Eu sei que há formalidades jurídico-legais para alterar aspectos do ECD, do horário de trabalho, etc, etc, mas se há algo que desde 2006-07 sabemos é que isso dificilmente trava o poder político no seu afã demolidor, para mais com ímpeto afundador.
E também sabemos como há sempre quem assine, alegando que poderia aí vir mal maior.
Pelo que vou colocar a coisa tal como ela tem sido despejada em centros de análise, decisão e comunicação.
A carga horária dos professores pode não aumentar, mas a carga lectiva é para aumentar, com ou sem redução de direitos adquiridos ou por adquirir na base do artigo 79º do ECD. O que Nuno Crato disse há dias é mera forma de encobrir o que tem sido despejado em cima do que é opinador simpático ou redacções solícitas.
Aviso desde já que acho obscena a hipótese de colocar colegas acima dos 55 anos a dar horário completo ou perto disso. Não por eu lá estar a chegar dentro de uns anos (ainda faltam uns quantos, é verdade…), mas porque basta olhar para o que nos rodeia e esquecermos aqueles que, sem tremores, eu qualifico como docentes necrófagos, ou seja, os que anseiam pelo mal dos outros como forma de se elevarem melhor (há as variedades hiena que ri e abutre que guincha). Ou imprevidentes, porque acham que nunca chegará a sua vez de caírem para o lado.
Mas voltemos ao essencial.
Temos agora 1100 minutos legislados de horário lectivo, do qual está ausente muito trabalho com alunos, considerado injustamente como não lectivo. isto dá 22 tempos de 50 minutos ou 24 de 45, mais uns acertos ridículos em cada período.
Vamos tomar como base de argumentação que se mantêm as reduções actuais e que estamos a falar na base do horário completo.
Pessoalmente, dando de barato outros direitos adquiridos, preferiria ter 22 horas de 60 minutos (a carga lectiva subiria muito, de 1100 para 1320 minutos) do que 25 de 50 (subida “apenas” para 1250 minutos), desde que contabilizassem na carga lectiva de forma transparente e justa todo o trabalho com alunos, mesmo que em pequeno grupo, e a direcção de turma.
Os actuais 14 tempos de 50 minutos que os docentes em fim de carreira leccionam (700 minutos) tornavam-se 840, mas mantinham-se esses 14.
As aulas passariam a ser de 60 ou 90 minutos. Apoios de 30 ou 60 minutos. O cálculo para efeitos de faltas consegue resolver-se, não vamos prender-nos com isso.
Sei que esta não é uma posição fácil de aceitar por muita gente, mas mais vale começar a pensar em propostas para evitar surpresas.
Sei que esta é uma discussão em terreno cedido ao adversário, mas eu recapitulo: manutenção das reduções do 79 e 22 tempos de 60 minutos ou 25 de 50? Contabilizando na lectiva o que passa por trabalho de ensino e aprendizagem com os alunos, mais DT.
Posso mudar de opinião perante argumentos convincentes para outras soluções.
Fevereiro 14, 2013 at 7:47 pm
O que é afinal componente lectiva? Fazemos tantas horas que deveriam ser lectivas e não são.
Fevereiro 14, 2013 at 7:56 pm
Discordo da proposta apresentada, desde logo por uma questão de princípio: implica a não consideração, no horário lectivo, das necessárias pausas.
Relembro que isto foi uma luta importante há uns anos atrás, quando uns iluminados pretendiam mexer na legislação laboral descontando no horário de trabalho tudo o que fossem pausas. Há que não ter a memória curta, por muito que se desvalorize a luta colectiva por melhores condições de trabalho.
Um professor trabalha na sala de aula durante 50 minutos, precisa dos 10 seguintes para se deslocar para a sala de professores ou a próxima aula, para ir à casa de banho, para comer alguma coisa ou ainda, e tantas vezes, para tratar de assuntos profissionais com os colegas, a direcção ou a secretaria. E ainda descansar dois ou três minutos, se conseguir, depois de tudo isto feito.
Fevereiro 14, 2013 at 8:00 pm
Os apoios pedagógicos são componente lectiva. Porém, continuam na CNL. Grrrrrrrrrrrrrrrr… À 5ª feira tenho todo o “santo” dia aulas; toda a manhã aulas com as minhas turmas, toda a tarde aulas de apoio aos alunos dos meus colegas.
Fevereiro 14, 2013 at 8:01 pm
# 2
Totalmente de acordo.
Fevereiro 14, 2013 at 8:08 pm
Desculpem o off Post…
O Glorioso SLB despachou o Bayer sem “aspirinas”…
Fevereiro 14, 2013 at 8:10 pm
Discordo.
Obsceno é ganhar o dobro e trabalhar metade (havendo algumas exceções). Já tenho mais de 150 alunos, trabalho seguramente mais de 45 horas semanais para dar conta do recado.
Fevereiro 14, 2013 at 8:10 pm
Eu não tenho 55 anos e ando estoirada! Temos que tentar travar isto dos horários. Com a indisciplina, não se aguenta!!!
Fevereiro 14, 2013 at 8:15 pm
Pureza,
já cá faltavam as comparações atabalhoadas. Eu trabalho bem mais de 45 horas… a maioria dos meus colegas trabalham mais de 45 horas. Não é por isso que vou aceitar esta barbaridade que só tem um objectivo: desemprego docente!
Estas purezas! O ensino está cheio destas infelizes purezas, de pensamento tacanho e profundamente mesquinho. Não há pachorra! Fui, como diz o Buli, que é melhor.
Fevereiro 14, 2013 at 8:17 pm
# 5
Yes! 🙂
Sou do Norte e sou “benfas” 🙂
Fevereiro 14, 2013 at 8:26 pm
Há alguma profissão em que as deslocações do trabalhador no seu serviço sejam descontadas na contagem do tempo do seu horário? Eu tenho 10 minutos de intervalo entre duas aulas e esses 10 minutos não devem ser contados como tempo de serviço? É que nós mudamos de sala, mudamos de turma e nessas mudanças gastamos tempo e, acho eu, esse é tempo de serviço.
Fevereiro 14, 2013 at 8:29 pm
#6, #8
Não é professora, é só para provocar. Se fosse professora sabia que quantas menos reduções mais horários zero e a mobilidade anda aí para ser aplicada.
Fevereiro 14, 2013 at 8:37 pm
#6, Irra, parece o Pedro…ou o eco dele…
Mas que barbaridade. Não venha comparar o que não tem comparação possível.É por estas posição invejosas e deploráveis que a classe docente é e será sempre a mais dividida das classes!
Nunca faremos nada de jeito em conjunto, nunca haverá verdadeira união de estratégias de luta por causa de “abéculas” como o colega! Trabalha o dobro? sabe lá o que eu trabalho??? sabe lá o que eu ganho? sabe lá o que eu GASTO em medicação devido ao que poderia considerar doença profissional??? Deixe-se chegar à minha idade e depois …reveja o que escreveu e …suicide-se!
Fevereiro 14, 2013 at 8:39 pm
#11 o problema é mesmo esse. se aumentar o número de horas ectivas dos velhotes sobre menos para os novatos. Logo… mobilidade. e depois não há despedimentos? Claro que há.
Fevereiro 14, 2013 at 8:48 pm
A ser verdade … e se pensássemos travar isto com uma paralisação laboral de um mês, trinta dias … nem que para isso tivéssemos que andar só a sopa? Porque não pensar-se e trabalhar-se numa convergência para tal?
Porquê a triste sina de “baixarmos sempre as calcinhas” sempre que há uma nova perspectiva de estupro?
Neste momento tenho vergonha de ser professor, preferia ser motorista ou estivador.
Esta é a minha predisposição, não por motivos meramente egoístas ou de classe, mas para impedir também que o serviço do ensino público se degrade mais do que já está, quando por outro lado não há qualquer esforço por parte da corj@ que nos governa de se conter nos gastos dos seus privilégios ou numa gestão sem ética da coisa pública.
Fevereiro 14, 2013 at 8:51 pm
#2,
Não percebi.
As pausas não estão contempladas porquê?
Estão nos 1100 minutos ou estavam nos 22 tempos lectivos?
Acho que estás a atirar completamente ao lado apenas porque sim.
A redução dos tempos para 45 minutos teve alguma consequência nas pausas?
Mas que raio de ideia é essa?
Uma aula começa às 8.30 e acaba às 9.30. A seguinte começa às 9.45 e acaba às 10.45. A seguir começa às 10.55 ou 11.00 e dura 60 minutos.
Acaba ao meio dia… Às 12.10 começa outra… é assim tão difícil de perceber?
Explica-me lá. como se eu fosse ainda mais burro do que sou, de que raio estás a falar?
#6,
Primeiro necrófago.
Fevereiro 14, 2013 at 9:02 pm
#6 pureza hiena ou pireza abutre ?
Docente necrófaga !
🙂
Fevereiro 14, 2013 at 9:02 pm
#0
Concordo plenamente , mas cheira-me que ao termos aulas de 60m eles diminuam a carga lectiva semanal das diferentes disciplinas. As que agora têm três tempos passam a ter só dois e cada professor um número infinito de alunos.
No ano passado tinha 7 turmas (18h) e nunca consegui decorar o nome de todos os alunos ( só no início de carreira tive tantas, mas com horas extra).
Fevereiro 14, 2013 at 9:04 pm
Claro que o Paulo estava a pensar em intervalos. Nós e os alunos precisamos deles.
Não me agradam as aulas de 90′ no básico, é muito tempo para os alunos.
Assim, de repente, é difícil pensar nas implicações que estas alterações trariam. Mas acho que também preferia as 22 de 60 minutos e concordo com a inclusão de todo o trabalho de apoio os alunos na componente lectiva.
No meu caso pessoal, facilitava-me o trabalho e a vida se me reduzissem 2 ou 3 horas do 79º. Mas não vai ser por isso que concordarei com essa alteração, a ser verdade o que consta por aí.
Fevereiro 14, 2013 at 9:06 pm
não consigo pensar nada de jeito
tenho a cabeça em água….a coluna cheia de artrozes e outras palavras esquisitóides
8 turmas é o inferno com 3 níveis é o inferno de dante
Fevereiro 14, 2013 at 9:06 pm
#15
Vou tentar explicar novamente.
Talvez, para nos situarmos melhor, começando por transcrever o artigo 197º do Código do Trabalho:
1 – Considera-se tempo de trabalho qualquer período durante o qual o trabalhador exerce a actividade ou permanece adstrito à realização da prestação, bem como as interrupções e os intervalos previstos no número seguinte.
2 – Consideram-se compreendidos no tempo de trabalho:
a) A interrupção de trabalho como tal considerada em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, em regulamento interno de empresa ou resultante de uso da empresa;
b) A interrupção ocasional do período de trabalho diário inerente à satisfação de necessidades pessoais inadiáveis do trabalhador ou resultante de consentimento do empregador;
c) A interrupção de trabalho por motivos técnicos, nomeadamente limpeza, manutenção ou afinação de equipamento, mudança de programa de produção, carga ou descarga de mercadorias, falta de matéria-prima ou energia, ou por factor climatérico que afecte a actividade da empresa, ou por motivos económicos, designadamente quebra de encomendas;
d) O intervalo para refeição em que o trabalhador tenha de permanecer no espaço habitual de trabalho ou próximo dele, para poder ser chamado a prestar trabalho normal em caso de necessidade;
e) A interrupção ou pausa no período de trabalho imposta por normas de segurança e saúde no trabalho.
(…)
Fevereiro 14, 2013 at 9:08 pm
#17,
Estando tudo actualmente pensado ao minuto, havendo intervalos até por grupos de disciplinas, penso que as coisas poderiam não mudar muito.
Como disse, isto e apenas para servir de discussão, antes de ser apresentada a a “solução final”.
A operacionalização no concreto implica uma exposição muito mais complexa.
Fevereiro 14, 2013 at 9:10 pm
#20,
Mas o que é que isso tem a ver com o quer que seja?
Explica-me lá devagarinho que pausas estão integradas nos 1100 minutos…?
Ainda não percebeste que os 1100 minutos não incluem as pausas?
Que passar de 50 para 45 minutos os tempos lectivos não te acarretou mais 5 minutos de pausa, pois tivemos de as devolver com juros e passaste a dar 24 ou 25 aulas em vez de 22?
O que transcreveste não fundamenta em nada a tua posição.
Foi um tiro ao lado.
Acontece a todos.
Fevereiro 14, 2013 at 9:10 pm
Pois eu acho que quanto mais jovem mais deve trabalhar.
Se são jovens para uma coisa, são jovens para outra.
Mainada!
Vocês não andam nas noitadas? Não têm que ganhar experiência?
como querem ganhar experiência sem andarem a dar no duro?! Hein?!
vão mas é trabalhar!
Fevereiro 14, 2013 at 9:13 pm
#17
Pois … também me lembrei dos tempos lectivos dos alunos, agora também com aquela confusão do total em minutos e que nem sempre batem certo com o número de tempos.
Fevereiro 14, 2013 at 9:13 pm
sabem o que é que eu estou a fazer a estas horas da nôte?
Grelhas! Grelhas dos intermédios!
E vocês?
No jantarinho às luz das velas. E, ai que te amo e ai que não posso viver sem ti…
Tá bem abelha!
Fevereiro 14, 2013 at 9:14 pm
podemos berrar argumentar protestar mas uma coisa é certa o que eles pretendem irá para a frente e nós teremos de aguentar…ponto..quase final…a verdade é esta…podemos espernear mas nada mais do que isso..talvez imolar-nos como forma de protesto…
Fevereiro 14, 2013 at 9:15 pm
E a Marta?
Aquela mal disposta, versão Fafe nos seus piores dias…
Deve ter a fazer grelhas, deve!
Fevereiro 14, 2013 at 9:16 pm
#2 António Duarte,
Subscrevo .
…” Relembro que isto foi uma luta importante há uns anos atrás, quando uns iluminados pretendiam mexer na legislação laboral descontando no horário de trabalho tudo o que fossem pausas. “…
Muito bem !
Fevereiro 14, 2013 at 9:20 pm
#15
Ora bem, quando se estabelece que o horário lectivo são 22 horas e que isso corresponde a 1100 minutos, ou seja, 22 tempos de 50 minutos, o que se está a dizer é que, em cada hora em que estamos ao serviço, 50′ são passados em sala de aula e os restantes 10 destinam-se a todas aquelas coisas que fazemos durante os intervalos. Não estamos a dar aulas, mas estamos a cumprir serviço lectivo. Estamos numa pausa entre duas aulas.
Com a tua proposta, o que acontece é que transformas as pausas laborais, previstas na lei como tempo efectivo de trabalho, num tempo que deixa de ser contabilizado ao professor. Fazes o intervalo, claro, não é isso que está em causa, mas é como se naquele período não estivesses no local de trabalho.
Para além de que estás a dar de barato um aumento de 220 minutos do horário lectivo dos professores, sem quaisquer contrapartidas.
Se ainda não entendes a minha posição, só posso sugerir que faças as contas.
A quanto irá cada professor trabalhar a mais, segundo a tua proposta.
E a quantos de nós irão para o olho da rua…
Fevereiro 14, 2013 at 9:22 pm
#21
“Estando tudo actualmente pensado ao minuto, havendo intervalos até por grupos de disciplinas, penso que as coisas poderiam não mudar muito.”
Há escolas com soluções muito diferentes. Na minha continuou tudo como dantes. Não é fácil pensar fora dos padrões habituais.
Fevereiro 14, 2013 at 9:25 pm
#22
As pausas não estão integradas nos 1100 minutos.
As pausas são os 10 minutos multiplicados pelos 22 tempos, ou seja, 220 minutos.
O horário lectivo são 22 horas, ou seja, 1100+220=1320.
Acho que ainda sei fazer somas…
Fevereiro 14, 2013 at 9:27 pm
#29
Quando li, entendi que a troca era considerar como tempo lectivo todo o trabalho realizado com alunos e que agora está na CNL.
Fevereiro 14, 2013 at 9:29 pm
A dos 60m foi veiculada naquele “relatório” do FMI e só o compreendo diminuindo a carga horária disciplinar ( de algumas, pelo menos)
Fevereiro 14, 2013 at 9:29 pm
#29,
És mesmo tu que não estás a perceber que eu sei disso… o “dar de barato” é em troca de três coisas… a manutenção do 79, a integração dos apoios na CL e outra que só com algum esforço se vai lá…
Mas não respondeste a uma coisa… preferes 25 de 50 como já existem na prática ou 22 de 60?
Fevereiro 14, 2013 at 9:30 pm
#32,
Exactamente!!!
Fevereiro 14, 2013 at 9:33 pm
Estou plenamente de acordo. Mais que isso seria um rastilho para uma situação a tender para o explosivo. Aceito como razoável (atendendo às circuntâncias) que em Agrupamentos mais pequenos a carga letiva para adjuntos e assessores suba e que as bibliotecas passem a funcionar sem que seja necessário um professor por biblioteca. Paralelamente seria importante rever as reduções para coordenadores de departamentos com elevado número de docentes e para diretores de turma. Mas… uma reivindicação fundamental seria moeda de troca. A saber: revisão do regime de aposentação!
Fevereiro 14, 2013 at 9:34 pm
Este ano com o aumento da carga horária ,noto que por exemplo, a professora de Matemática da minha filha deixou de dar questões de aula ,que deixou de corrigir os T.P.C na aula ( o que é errado ! ).E tudo isto porque tem de andar para a frente,dar o programa mas também porque ,segundo ela ,tem mais trabalho e não dá para corrigir as questões de aula .A professora de Francês só vai dar um teste durante o período todo porque tem dez turmas e não tem tempo para corrigir todas !Eu continuo a dar dois testes mas todos nós sabemos que quem está a perder são os nossos alunos ! se isto vai piorar realmente o ensino vai-se tornar uma porcaria :
Fevereiro 14, 2013 at 9:36 pm
Tenho 57 anos, quase 38 de serviço.
Pedi a aposentação antecipada há mais de um ano, por isso deve estar a chegar. Pedia-a porque, após 37 anos de carreira, me sentia muito cansada, mas também porque não gosto de “estar a mais”, não gosto de “embaraçar” os mais “novos” – alguns pouco mais novos, mas começaram tarde a trabalhar tanto. Levo 30% de penalização, mais o fator de sustentabilidade. Cerca de 1700 euros brutos.
Se soubessem o que foi começar a carreira em 75, bacharel com 20 anos acabados de fazer, num liceu só masculino, sem conselho diretivo, com os soldados a dar ordens de megafone… Aos 47 anos, ainda tinha 150 alunos e, nos primeiros 15 anos de carreira, tive cerca de 300 (11 turmas), porque as disciplinas que lecionava (Português e Francês) tinham duas aulas semanais (de 50 minutos), quer no 3º ciclo do básico quer no secundário. Hoje, tenho 3 turmas de Português – secundário, 3 aulas de apoio às minhas turmas, faço parte da equipa de autoavaliação da escola, sou diretora de turma, tenho 135 minutos na sala do aluno e 45 na sala de estudo. Há 20 anos que corrijo exames nacionais de 12º , ou seja, tenho o mês de agosto de férias, e já fui convocada para o 3º ano de formação como classificadora. Sempre trabalhei cerca de 40 horas, que cheguei a contabilizar. Hoje, com 26 horas na escola, trabalho mais, por isso “tenho pena” dos que ficam, jovens ou menos jovens.Há 12 anos que não dou uma falta.
Preocupo-me com os colegas que ficam. Assim, acho que não devem permitir que as aulas excedam os 50 minutos, porque, ficarão muito rapidamente sem a contabilização dos intervalos. O trabalho do professor exige preparação séria das aulas, elaboração de materiais, de testes, correção de testes… Exijam a definição clara das horas de trabalho individual. Concordo com o Paulo no que diz respeito à inclusão na componente letiva de todas as horas com alunos.
Desculpem o longo desabafo!
A todos peço que lutem. A todos desejo bom trabalho e muito sucesso.
Fevereiro 14, 2013 at 9:36 pm
O que deviamos fazer era parar as escolas ! ICom falinhas mansas não vamos lá .
Fevereiro 14, 2013 at 9:38 pm
Aumentando a componente lectiva vai diminuir a CNL. Como se “fixa” o tempo de trabalho individual?
Fevereiro 14, 2013 at 9:41 pm
blá blá blá..enq
Fevereiro 14, 2013 at 9:43 pm
Agora estes posts têm publicidade?!?! 😦
Fevereiro 14, 2013 at 9:46 pm
enquanto o nosso lizzard brain funcionar apenas ganharemos migalhas…sim alguns podem encetar lutas individuais que podem ter algum brilhantismo meteórico mas enquanto não funcionarmos como um todo nunca passaremos da cepa torta..fui…
Tudo quanto é apenas colectivo é desordem. A ordem vem da composição individual. Mas a composição individual para formar em si a ordem necessita de que esta também se projecte no colectivo.Almada Negreiros
A expressão do colectivo é o pânico. O terror só se submete pelo terror
Fevereiro 14, 2013 at 9:47 pm
Há países onde não há CNL , nomeadamente no continente Americano , receita FMI ?
Fevereiro 14, 2013 at 9:47 pm
#34
Continuo a achar que o que estás a propor é mau negócio para os professores, pelas razões que já invoquei.
Percebo que a questão das pausas laborais não te comova, mas eu penso que é um princípio de que não se deve abdicar a troco de contabilidades mais ou menos criativas: o intervalo entre duas aulas deve ser contabilizado como tempo lectivo, porque a sua existência é uma necessidade decorrente daquele.
A tua proposta poderia fazer algum sentido se estivéssemos a lidar com pessoas sérias – e não estamos – e a componente não lectiva de estabelecimento passassem a ser, exclusivamente, os intervalos. Não serão, obviamente, porque não se deixarão de fazer reuniões e de inventar serviço para professores supostamente desocupados.
Quanto à pergunta que fazes, obviamente, é fazer as contas. Eu prefiro a solução que preserve o maior número possível de horários docentes. A minha preferência em termos meramente pessoais é, perante aquilo que está em causa, irrelevante.
Desculpa lá esta posição tão pouco umbiguista…
Fevereiro 14, 2013 at 9:49 pm
#45,
A questão não está em ser “umbiguista” ou não.
Porque incorres num erro.
Na nossa carga horária, não estão contabilizadas pausas, desde que as coisas passaram a ser contadas ao minuto…
Isso já era…
O “mau negócio” é relativo…
E se te esforçares por ver a parte prática de manter 22 horas lectivas em vez de 25 perceberás que…
Fevereiro 14, 2013 at 9:53 pm
#40,
Neste caso deslocava-se parte da CNL para a CL… ou melhor… voltava para esta o que nunca deveria ter saído.
Fevereiro 14, 2013 at 9:57 pm
SERIA INTERESSANTE DEIXAR AQUI ALGUNS EXEMPLO DO QUE SE PASSA NA EUROPA RELATIVO A ESTE PONTO DE CL E CNL…
lembra-me que nos anos 90 era simplesmente cl…ponto…
Fevereiro 14, 2013 at 9:58 pm
Para começar e acabar rápido: acho a proposta bastante interessante.
Fevereiro 14, 2013 at 9:58 pm
É do cansaço , mas queria dizer que há países, nas américas, sem tempo de trabalho individual.
Fevereiro 14, 2013 at 9:58 pm
Assim não vamos lá.
Os sindicatos ficaram retidos na Serra da Estrela? Estamos por nossa conta… 😦
Fevereiro 14, 2013 at 9:59 pm
MAIS INTERESSANTE AINDA PORQUE NÃO TORNAR AS ESCOLAS EM ipss???
Fevereiro 14, 2013 at 10:00 pm
Era facilimo colocar uma equação para uma proposta desse género.
35 horas de trabalho, fim da componente de trabalho de estabelecimento, componente individual em função do número de alunos do docente ou do número de níveis atribuídos e o restante para componente letiva. Os que quisessem excelente e muito bom faziam os floreados para a escola.
Fevereiro 14, 2013 at 10:04 pm
Os intervalos são tempo de serviço e são componente lectiva. Não podemos abdicar disso.
Fevereiro 14, 2013 at 10:05 pm
#46
Contabiliza-se ao minuto, mas quando se diz expressamente que a hora lectiva tem 50 minutos, isto significa o quê? Pode haver quem ache que puseram ali uma benesse que a qualquer momento possa ser retirada. Eu acho que é o reconhecimento de um direito legalmente previsto, pelo qual nos devemos bater, pelas razões que já expliquei.
Vantagens em manter as 22 horas lectivas poderia haver se o ensino básico/secundário se organizasse como o superior, em que os horários são flexíveis e ninguém está a pensar em marcar as horas dos intervalos: aqui entra-se mais tarde, ali sai-se mais cedo, aqui faz-se um pequeno intervalo a meio que depois se tende a prolongar…
Na escola com miúdos pequenos, escassa ou nula autonomia e regida a toques de campainha, só vejo a desvantagem de haver mais trabalho para menos professores…
Fevereiro 14, 2013 at 10:06 pm
Eu tenho 46 anos e com os problemas de saúde que tenho, incluindo um AVC, já não aguento. Hoje levantei-me às 6 da manhã para ir corrigir testes. Amanhã farei o mesmo. Não tenho qualquer redução e tenho 8 turmas incluindo um CEF. Já estive em duas consultas médicas este ano a convencer o meu médico de que não quero entrar de baixa e de que tentarei aguentar até ao fim. Possivelmente, apesar da grave situação financeira, pedirei licença sem vencimento para me livrar deste suplício. Se me pagarem 2 meses por cada ano de trabalho, rescindo, mesmo sendo do quadro. Prefiro ser pobre mas viver em paz, algures no campo, como um camponês medieval.
Quanto à discussão, repugna-me que a duração das aulas seja definida com base em critérios não pedagógicos, sendo assessória quando é fundamental.
Fevereiro 14, 2013 at 10:06 pm
# 27
3 turmas. E as velhas de Português lá da escola só têm, cada uma, uma turma. E já sabemos que nome é que vão mandar para a classificação dos exames, não é? As velhas lembram-se sempre da Marta, tal como fica patente no comentário # 27. Lembram-se, mas nunca é para coisa boa…
Fevereiro 14, 2013 at 10:08 pm
#53
Concordo.
Onde é que se assina?
Fevereiro 14, 2013 at 10:09 pm
E A MARTA TEM A RATA VELHA DE TANTO AGUARDAR???
Fevereiro 14, 2013 at 10:12 pm
#57
Vai por mim Marta, essas velhas do quadro, se pudessem, punham os contratados a trabalhar que nem médicos….
http://www.dailymail.co.uk/health/article-2278685/Exhausted-junior-doctors-working-100-hours-week-putting-patients-lives-risk.html
o que vale é que não podem…..
Fevereiro 14, 2013 at 10:12 pm
#56,
O critério de 60 minutos é, para mim, pedagógico.
Acho 90 minutos uma barbaridade para o básico, em várias diciplinas dos 2º e 3º ciclos.
#58,
Mas afinal discordas do que eu escrevi e concordas com o Arlindo que concorda comigo.
Phosga-se,
#57,
As “velhas de Português” poderão um dia chamar-se Marta.
Espero que sim, porque significaria que não seria deitada fora pelo “sistema”.
É que a Marta ainda não percebeu uma coisa simples… no dia em que acabarem com as reduções, a Marta torna-se ainda mais descartável do que já é.
Entendeu?
Fevereiro 14, 2013 at 10:13 pm
#60,
Chegou o outro deilimeile.
Fevereiro 14, 2013 at 10:13 pm
# 59
É o caps lock e a estupidez: sempre ligados.
Fevereiro 14, 2013 at 10:14 pm
Já a minha mãezinha dizia: morra Marta mas morra farta!
Fevereiro 14, 2013 at 10:15 pm
#50
Antes desta invenção da MLR, também não o tínhamos no horário. O que é mais interessante é que na época Antes MLR, fazíamos imensas actividades com os alunos, com prazer e sem qualquer obrigatoriedade. Tínhamos tempo para tudo. Agora passamos 26 a 27 h na escola e não temos tempo para participar com os alunos numa série de actividades às vezes bem interessantes.
#53
Os floreados estão a ser feitos, ou antes, obrigam-nos ou querem obrigar-nos a fazê-los, na componente de trabalho individual. A CNL está toda ocupada noutras coisas.
Fevereiro 14, 2013 at 10:17 pm
O nº de turmas é que é o ponto fulcral da questão..22 horas com 10 turmas é muito diferente de 22 h com 3 turmas. daqui que o horário de um professor devia estar obviamente ligado ao nº de turmas /alunos que lecciona.
Exemplo:
até 4 turmas – 22 h letivas e 9 não letivas –
5- turmas – 20 h…..
6 turmas- 18 h
Só assim se pode fazer um trabalho sério e acompanhar verdadeiramente os alunos e corrigir os trabalhos testes etc…dentro das 35 horas
Fevereiro 14, 2013 at 10:19 pm
#61
Se não tivessem tido (e falo no passado) tantas almofadinhas para gozar o reumático nas escolas durante anos a fio, de certeza que as reformas (ou melhor, aposentações, que dá logo outro status) teriam sido em muito maior número e muitas mais vagas teriam ficado para os contratados ingressarem na carreira. O Paulo fala nas migalhas do 22 menos 14, eu falo no 22 menos 0.
Fevereiro 14, 2013 at 10:24 pm
#66,
Concordo.
#67,
As nossas experiências devem ser muito diferentes. Eu nunca dei aulas em escolas da elite, com tias dessas.
A minha preocupação é ser justo e não desejar o mal dos outros para beneficiar com isso.
eu sei que é bocadinho utópico para quem acha que já vale tudo…
Fevereiro 14, 2013 at 10:25 pm
#46
por isso mesmo: isso do “já era” deveria votar a ser. Esta de começar a contabilizar ao minuto nem se relaciona com o ECD. (já aquela da compensação dos cinco minutos, quando os tempos passaram a ser de 45 min, sem que os professores tenham pedido isso, foi ridícula e uma primeira cedência dos negociadores sindicais).
Contabilizar ao minuto foi uma esperteza saloia destes desgovernantes e é um disparate que só complica a vida às escolas. Por isso não deveriamos andar a ceder e ainda dar o corpo a mais vergastadas. Deviamos ser unidos e dizer BASTA!
Passamos a vida a ceder mais um pouco e ao que é que isso nos trouxe/levou?! Ainda batem mais em nós, ainda nos continuam a escolher como bode expiatório para suas experiências de cortes sociais, continuamos a ser o alvo preferencial do Bullying desgovernante! E porquê? Porque cedemos nessas coisas em veza de dizewr: NÃO! Mais de 22 tempos para todos é demais! e: Não, mais de 18 ou 20 tempos para os mais velhos é demais! Não aguentamos!
Nisso concordo com o A; Duarte: começarmos a ceder nisto aos bandidos, dar os nossos “lanches ” e trocos aos bullies só fará que nos venham exigir cada vez mais!
Devemos bater o pé e exigir os horários anteriores a esta salada completa da CNL e CL e OAs e tempos de escola etc! O que damos é sempre para a escola, mesmo quando é no escasso tempo que sobra em casa na “componente individual”:
Incorporamos estas siglas todas, como se fosse muito moderno, e deixamo-nos “tomar” ppor lorpas, constantemente! 😦
Claro que vão todos ignorar a minha opinião. Mas já não é tempo para andarmos a ceder nisto! devremos até suspender o disparate que está a exaurir todos! Se os sindicatyos assinam de cruz “memorandos” com troikas-desgovernantes, devemos rechaçar isso tudo e obrigar a negociar de novo.
Claro que vou ser ignorada,só porque discordo… OU seja: concordo que tudo o que é trabalho com alunos seja na CL, ou aliás, sem essa divisão, mas entendi o que o António diz… quando começámos/os nossos “representantes” começaram a admitir essa contabilização de 50 min como já não sendo, no fundo, os 60 min… começou a desgraça na brincadeira com os horáris docentes, por parte de quem desconhece o trabalho docente (e incluo aqui certos representantes sindicais)
Mas já não é mais a hora para este tipo de negociações, pois já nos esmagaram q.b. Agora é escolher de que cor é a chibata e quantos nós tem o cilício?!
Basta! 😦
Fevereiro 14, 2013 at 10:29 pm
#57
Jovem, eu sou uma velha azarada, tenho 2 turminhas para grelhar.
Só me lembrei da Marta porque estava a ficar neura…
Fevereiro 14, 2013 at 10:31 pm
#48
Exacto, Buli!
Já que nos comparam tanto: ver o que é mais frequente na Europa, em vez de andarmos sempre a inventar a roda, que geralmente é cada vez mais torta e penalizadora para quem trabalha. E acabar com essa divisão tola! (CL/CNL). Terá sido devido a eternos destacados nos sindicatos… por terem só “não lectiva”? Foi uma estupidez começarem a aceitar esses rodriguinhos. ;(
Fevereiro 14, 2013 at 10:31 pm
Bem pensado, se me permites, e uma boa base de discussão.
Fevereiro 14, 2013 at 10:38 pm
#53
Isso Arlindo!
Mas atenção à não sobrecarga dos tempos lectivos… que não dê para sobrecarregarem uns e mandarem os restantes para o desemprego. Se não lá vem a tal nova “invenção” dos 25 tempos de aula!
E deviam reintegrar as artes no currículo, claro…Basta ver o exemplo de paísees como a França, onde o investimento nas Artes tem cada vez mais retorno , e não prejuízo. Mas issi seria areia demais para as limitadas visões dos desgovernantes….
Fevereiro 14, 2013 at 10:43 pm
#57
Hummm… a Marta NÃO é professora. Só inventa, só para lançar a “Zizanie”… 👿
(a dize que as “velhas” despejaram as turmas nela! Como se fosse possível acontecer isso… de que século vem essa imagem?).
Fevereiro 14, 2013 at 10:46 pm
Essa Marta (putativa professora) que vai adejando por aqui e cujos comentários são reveladores de estonteante estultícia, é uma figura basicamente ordinária, não acham? É que até como caricatura é mal pensada.
Imagine-se um/a professor/a com tamanha ausência de ética…
É que só pode ser irradiado/a do ensino!
Nhac!
Fevereiro 14, 2013 at 10:46 pm
Nunca vi ninguém ficar com uma turma só devido a redução, por isso a Marta exagerou na dose de maldade e de invenção: não é professora. Não sabe do que fala! Marta= mais uma avençada.
Fevereiro 14, 2013 at 10:48 pm
#75
Nem mais!
isso ,na “Marta”, ainda é pior!
Fevereiro 14, 2013 at 10:49 pm
# 74
As velhas têm cargos tão duros que lhes permitem corrigir provas e testes durante a componente letiva.
Fevereiro 14, 2013 at 10:51 pm
# 75
“irradiada”?
Chiça!
Fevereiro 14, 2013 at 10:52 pm
claro que com um horário de 22h de 60m se consegue manter mais equilibrado o número de docentes existentes sem haver mobilidade ou despedimentos. mas o que o crato quer é mexer para reduzir docentes.
Fevereiro 14, 2013 at 10:53 pm
# 76
Mas já ouviu falar em “subs”?
Fevereiro 14, 2013 at 10:53 pm
#65 ellece
Subscrevo na totalidade!
Agora até os alunos estão estafados e não têm horário compatível, se se quyiser combinar algo extra.
E agora tudo que é actividade extra tem de ser imposto ANTES nos planos de avctividades de escola, depois com o relatório da actividade, só para ficar lindo para o arquivo. perdeu-se a espontaneidade e com isso boa parte do despertar nos alunos a iniciativa e a curiosidade em aprender mais do que o obrigatório.
Temos nos bons alunos uns alunos tristes, conformistas…. 😦
Não sobra para tudo o que se fazia dantes, sem imposições de cima para baixo… qual autonomia das escolas qual quê! É cada vez mais à força, ao “metro” e para a fotografia… 😦
Fevereiro 14, 2013 at 10:55 pm
Na perspectiva de quem não tem redução do 79 esta proposta é má, pois implica mais tempo de trabalho com alunos (os apoios que tenho estão incluídos na componente lectiva que é de 24 tempos). Não fiz contas, mas esta proposta implicará maior número de turmas para a maioria dos professores, pois cada turma terá menos tempos semanais a várias disciplinas. Por exemplo, eu teria de ter pelo menos mais uma turma.
Os tempos de 60 min seriam uma proposta interessante caso a nossa componente lectiva passasse a ser de 18 tempos de 60 min.
Pessoalmente, ando exausta, e já dei por mim a pensar que qualquer dia nem precisam de me mandar embora, saio pelo meu pé! Mas por acaso é aceitável que as pessoas sejam descartadas com um chute no traseiro por causa de um número mítico de 4000 milhões (ainda ninguém me demonstrou que não há outras formas de poupar)?! E para o ano? Se precisarem de reduzir mais passamos a 20 tempos de 75 minutos?
Para mim BASTA!
Fevereiro 14, 2013 at 11:04 pm
Mas os professores já querem assinar as condições do armistício antes de irem para a guerra?!
Está visto que assim já se dão por derrotados à partida. E não mostram vontade e capacidade para lutar.
Ainda não perceberam que só se negoceia com alguém quando se lhe reconhece força, senão impõe-se-lhe?
QUEREM QUE O CRATO NEGOCEI COM VOCÊS ASSIM?…
Fevereiro 14, 2013 at 11:05 pm
#83,
Não necessariamente,
Até porque a maioria das pessoas não tem os apoios na CL…
E se andamos esgotados, o que dizer dos colegas com mais idade?
Eugenia profissional?
Fevereiro 14, 2013 at 11:05 pm
#69
Tem razão. Se é para negociar que se ponha tudo em cima da mesa.
Manter 22 tempos lectivos, como o Paulo propõe, dá menos turmas/professor do que com 25.
Fevereiro 14, 2013 at 11:05 pm
Então Marta, tão nova e não festeja o dia dos namorados? Que se passa consigo? Ou será que as velhas lhe deram as turmas e em troca lhe ficaram com o namorado? Mas que velhas sabidolas…
Fevereiro 14, 2013 at 11:06 pm
#78
#81
Invenções e mais invenções… se com esse “subs” modernaços fala em substituições e se refere a quem ficou com falta de componente lectiva, tem menos turmas e completa com substituições,fique a saber (já que não é professora, caso contrário já perceberia o que se passa) que isso não é da vontade dessas tais “velhas” a que alude, mas devido aos malabarismos curriculares inventados este ano. Bem desejariam elas o seu horário completo, de certeza.
mas isso é algo a que os seus escassos neurónios, ou pelo menos as suas paralítiticas “cordas” do coração (se é que tem algum e não foi substituído por um relógio digital), não conseguem entender. Se fosse professora, saberia do que estava a falar. E não vinha inventar que os “velhos e as velhas” lhe empurraram para si o trabalho. Vá fazer essa contra-informação para junto dos boys e bóias, que já começam a ser os únicos que engolem essas patranhas malsãs. 👿
Fevereiro 14, 2013 at 11:08 pm
#84,
VAmos lá com calma.
1) O Crato não negoceia nada. Ou é o Gaspar ou são os secretários. Não sei se reparou.
2) Das últimas vezes, por ausência de alternativas, com muita “luta vocal”, fizeram quase tudo o que quiseram e ainda tivemos de ver muita gente “garganeira” a avaliar e a fazer o servicinho do ME.
3) Se tem uma proposta melhor, adiante-a e argumente. Só GRITAR, não adianta… basta ver as “conquistas” enormes dos últimos anos…
#86,
Pois….
Fevereiro 14, 2013 at 11:08 pm
#87
😀 😀 😀
pois… a marthe com douleur de “cotovél”! 😉
Fevereiro 14, 2013 at 11:09 pm
# 88
Sub de subdiretora, minha senhora, subdiretora!
Escassos neurónios, não é?
Fevereiro 14, 2013 at 11:10 pm
Hum!, tanto malandro preocupado!!
Fevereiro 14, 2013 at 11:13 pm
# 87
Não preciso de dias específicos para me lembrar que estou viva. Sou muito pagã.
Fevereiro 14, 2013 at 11:14 pm
#93
Em que quantidade?
Fevereiro 14, 2013 at 11:16 pm
#91Marta,
Giro,giro será quando a Marta ficar sem horário…
Fica a chuchar … no dedo .
…”Olá mamãs
A minha princeza tem quase 29 anos e chucha no dedo.
Chucha para dormir, embora ao entrar em sono profundo tire o dedo e também chucha durante o dia quando se sente ensonada ou mais cansadita.
Como lhe hei-de “tirar” o dedo?
Levei-a ao dentista a semana passada e ele disse que se ela não deixar o dedo começa a deformar os maxilares, o dedo e o céu da boca e um dia terá alguns problemas.
Há por aí mamãs na mesma situação? Há por aí mamãs que já conseguiram “tirar” o dedo? Como?
Ajudem por favor
Obrigada
Marta Mãe “…
Fevereiro 14, 2013 at 11:20 pm
Sem ter percebido todos os aspectos (por exemplo, aulas de 60m e aulas de 90), tendo a não concordar com a proposta do post.
Tendo a concordar com a proposta do Tiago em # 66.
Tendo a concordar com a proposta do Arlindo, se tiver uma operacionalização semelhante à que o Tiago propõe, e que não me parece igual à do Paulo.
Concordo com o António Duarte sobre a questão dos tempos de intervalo: a razão pela qual uma hora, em matéria de horário docente, nunca foi 60 minutos prende-se com o facto de ter que ser retirado o tempo para as mudanças de aula. Com certeza que se manterão os intervalos, porém, esse tempo será necessariamente transposto para a CTI.
Contudo, antes de mais, seria importante ponderar a relação horário lectivo / carga horária semanal das disciplinas. Assim de repente, parece-me que a proposta do Paulo teria duas consequências muito negativas: aumento do horário de trabalho lectivo para muitos professores e aumento exponencial de horários zero em muitos grupos disciplinares.
Mas a pergunta essencial, para mim, continua a ser: por que tem o governo de mexer (mais ainda) no horário de trabalho dos professores ou nas suas condições estatutárias?
Fevereiro 14, 2013 at 11:21 pm
# 19
8 turmas e três níveis = 200 e tal alunos (a maioria a sofrer de um desinteresse total pelas aprendizagens) + 53 anos (30 de serviço) + cargo + equipa de autoavaliação e RI = desvario completo ou inferno de Dante, sem dúvida.
Concordo com a proposta do Paulo, mas devemos atender aos intervalos, temos direito a eles.
Sempre considerei que as aulas de 50 ou 60 minutos seriam o ideal, para nós e para os alunos. Os famigerados que tiveram a ideia dos 90 minutos deviam estar muuuuuuuito longe da realidade. Exceção feita para as disciplinas mais práticas.
Concordo com o Arlindo e a grelhada. Esta história da CNL tem muito que se lhe diga! Sempre que estamos a apoiar alunos, estamos a lecionar e pronto. Quanto ao trabalho individual, claro que deve ter relação com níveis e nº de turmas.
Os colegas novos estão sempre contra os velhos. Ainda não perceberam que as benesses da velhice acabaram? Ainda não perceberam que quanto mais nos fizerem trabalhar, menos, ou nada, haverá para eles?
Para rematar, não me importava de ficar 7 ou 8 horas diárias na escola e cumprir aí o raio de todas as componentes! Nem um trabalhinho trazia para casa! Vivam os serões e os fins de semana!
Fevereiro 14, 2013 at 11:22 pm
#89
Pois…
essa desconsideração começou logo no tempo da lurdecas: mandava os sec. de estado calhaus negociar na vez dela. Logo aí a tentativa de humilhação. mesmo naquelas negociações onde segundo a lei deveria ser a titular da pasta a estar presente nas negociações.
Agora nem são os do MEC, mas os das finanças…
Mas se o próprio desgoverno (lembremos, de um país dito soberano, com governo eleito) aceita negociar o memorando com amanuenses clarinhos ou escurinhos das troikas, em vez de ir directamete fazer o braço de ferro com os seus chefes…
deixamos desde logo as relações institucionais dteriorar-se e depois… não tarda mandam negociar com os professores as funcionárias da limpeza do MEC…
Ai será que fui racista?! oh desgraça! 😛
Fevereiro 14, 2013 at 11:22 pm
Estou a gostar de, pelo menos, discutirmos estas coisas… em vez do silêncio antes da tempestade…
Fevereiro 14, 2013 at 11:22 pm
#98
Ups… repeti “negociações” na frase…
Fevereiro 14, 2013 at 11:23 pm
E 101…! 😀
Fevereiro 14, 2013 at 11:23 pm
Se os professores andam assim tão sobrecarregados de trabalho….como explicar que alguns deles passem tanto tempo na internet, a escrever e comentar em blogs? Parece-me que no máximo Nuno Crato pedirá a esses professores que, no próximo ano lectivo, dêm a mais, relativamente a este ano, metade do tempo que actualmente passam nos blogues e no facebook….
Fevereiro 14, 2013 at 11:25 pm
# 95
Corta-se o dedo e acaba-se o problema. E se ele persistir com os dedos remanescentes, cortam-se os braços e as pernas, não vá a cachopa chegar com o focinho aos pés.
É por tantos terem chuchado que a Marta e outras martas ficarão sem trabalho. E não, não me queixo de ter trabalho: apenas disse o que disse face ao que disseram sobre mim em # 27. Tomara eu ter para o próximo ano testes para corrigir.
Fevereiro 14, 2013 at 11:26 pm
#93
A derramar tanto fel, já se deve ter esquecido que está viva. Que bicho a morde para destilar tanto ódio, mesquinhez … pobre criatura infeliz.
Muito sinceramente, não estará a precisar de ajuda médica, enquanto é tempo?
Fevereiro 14, 2013 at 11:27 pm
#96
Boa síntese, Teresa A.
Concordo! E com a pergunta final também?
Com que base dizem que ainda podem cortar mais na educação do que no resto.
Ah, pois, a única resposta escondida é: tem sido a Área onde os negociadores têm cedido SEMPRE, seja movido a memorandos fofinhos, a pizzas com mais ou menos queijo, a acordos sobre os seus próprios estatutos ou sei lá que mais contrapartidas.
Fevereiro 14, 2013 at 11:28 pm
O ponto de interrogação ficou fora de lugar: era depois de “no resto” e não depoiis de “também”….
Fevereiro 14, 2013 at 11:29 pm
E nas cedências incluo também as cedências” internas” de entregas de OIs etc….
Fevereiro 14, 2013 at 11:31 pm
#102,
Caro inteligente… já viu que os comentários são todos em pós-laboral?
E se fosse fazer algo que um ex-secretário de Estado disse que faria a outro tipo de fiscais?
Fevereiro 14, 2013 at 11:32 pm
A grelhada não tem uns pontos para corrigir, em vez de passar aqui metade da noite? Sobrecarga de trabalho?….Pois sim, vê-se!
Fevereiro 14, 2013 at 11:32 pm
Primeiro comentário às 19.47… para que os trolls e lurkers registarem.
Fevereiro 14, 2013 at 11:33 pm
Li atentamente o debate entre o Paulo e o António Duarte e tenho que meter a colherada. 🙂
Actualmente, Paulo, o MEC considera 1 hora lectiva igual a 50min de aula + 10 min de intervalo para mobilidade entre salas, recolha de livro de ponto, etc., razão pela qual a componente lectiva corresponde a 1100 minutos em sala de aula.
Como o António, defendo que não se deve em nenhuma circunstância considerar a possibilidade de uma aula ser igual a uma hora, de forma a salvaguardar o maior número de horários possível. A não ser que, como tu desejas, Paulo, as aulas passem a ser de 60 minutos e, nesse caso, 22 horas corresponderão a 18 aulas e 1100 minutos (menos 18, pronto! :)), o que até era bastante simpático!
Para além do que referem em relação à componente lectiva, considero que o tempo de deslocação entre escolas de um agrupamento deve ser considerado de estabelecimento e pago ao km.
Se o pessoal influente nas escolas tivesse algumas luzes de matemática, saberia que a distribuição mais vantajosa para todos os professores, de carreira ou contratados, seria em horas de 50 min + 10. Nesta circunstância haveria mais horários e cada um deles poderia ter integrados 2 tempos para apoio a a alunos como a lei refere.
Infelizmente, pensar é difícil e fazer contas ainda mais! Mas confesso que há coisas nas escolas que me irritam particularmente: o “tem de ser” é uma delas, por prescindir a priori da reflexão e da fundamentação legitimizadoras.
Fevereiro 14, 2013 at 11:35 pm
#91
então? se é sub-directora é porque terá as suas funções. Dai so ter uma turma. Sempre foi assim. Ou acha que gerir uma escola é fácil? (nunca fiz parte de uma direcção e não concordo com este tipo de gestão, mas não sei como queria que uma sub-directora tivesse um horário lectivo “normal”!).
Então são assim tantas “velhas” sudirectoras na sua escola? pelo que disse pareciam ser uma legião, apenas com a Marta a “moirar”….
Não, esses epítetos não parecem ser o modo de falar de professora, nem das mais novinhas… Esta Marta é muito peculiar… nãaa… não é professora.
Fevereiro 14, 2013 at 11:35 pm
# 109
E você não tem uma mulher para coisar durante o serão? Ou esse nick é só garganta?
Fevereiro 14, 2013 at 11:36 pm
#102, 109
E você, imbecil, está aqui a fazer o quê? Não tem trabalho para fazer?
Fevereiro 14, 2013 at 11:36 pm
*legitimadoras
Fevereiro 14, 2013 at 11:39 pm
Umbiguistas, temos que fazer um encontro, para, cara a cara, discutirmos este assunto. Isto é demasiado grave para fazermos propostas aqui, na caixa de comentários. Desculpem esta sugestão de “clandestinidade”, mas isto tudo é
surreal.
Fevereiro 14, 2013 at 11:39 pm
#109
Fazer horas extra pela noite fora? Não poder fazer as pausas quando entender, nem pela noite fora?
isso é para Zezés avençados, que têm preço a dobrar por essas horas, ao contrário dios restantes portugueses. E é para desgovernantes que se reunem ao sábado , ao domingo e no dia de carnaval, para se fazerem de muitos trabalhadores e preocupados com o país que estão a destruir. Ao passo que vão fazer o ano novo em hotéis de luxo lá fora!
Fevereiro 14, 2013 at 11:40 pm
#112
Uma sub destas entra à hora que quer, sai à hora que deseja e faz durante o serviço que bem entende durante o horário de expediente.
Mas pronto, teve sorte e soube encostar-se.
Fevereiro 14, 2013 at 11:40 pm
#89
O ponto essencial é este: não se consegue negociar a partir de uma posição de fraqueza assumida ou de desvantagem estratégica. Tenha lá paciência, Paulo, mas isto é mesmo assim.
Os sindicatos claudicam exatamente também por esse motivo.
Toda a gente sabe, e os ME ainda melhor, que eles querem apenas manter a sua posição institucional de negociadores e representantes oficiais. A sua ambição não vai além disso: dê-se-lhe um acordo, isto é, reconheça-se-lhes importância, e eles assinam logo!
Se os professores furarem o guião estabelecido e optarem por formas de luta diferentes e mais duras, os sindicatos torcerão pelo seu insucesso.
Mas haverá outra forma?..
Fevereiro 14, 2013 at 11:41 pm
#113 Marta,
Já não fica a chuchar no dedo !
Bem respondido !
🙂
Fevereiro 14, 2013 at 11:42 pm
#116
Sim, mihranda. concordo. Aqui a caixa começa a ficar demasiado “MARTirizada” , Daily melgada e Camarinhada….
Fevereiro 14, 2013 at 11:43 pm
#119,
Não penso que uma posição racional seja uma posição de fraqueza, em especial se for uma posição exequível.
E volto a repetir que há nuances que talvez lhe escapem…
Claro que tudo depende de outras variáveis… por exemplo se cortarem horas no currículo de várias disciplinas tudo isto é espúrio e até podemos ter 22 tempos de 30 minutos…
Fevereiro 14, 2013 at 11:46 pm
Acho que nos estamos a esquecer que a proposta do Paulo partiu do princípio de que para não nos aumentarem o horário de trabalho de 35 h semanais, como o ministro disse, nos vão aumentar a carga lectiva, atingindo o mesmo objectivo. Partindo do boato que diz serem mais 2/3 horas, a questão que se põe é: distribuem-se esses minutos a mais por 22 tempos lectivos ou por 25?
Fevereiro 14, 2013 at 11:47 pm
Como disse a comentadora Teresa Antunes, a pergunta essencial continua a ser: por que tem o governo de mexer (mais ainda) no horário de trabalho dos professores ou nas suas condições estatutárias?
Aceita-se isso como um pressuposto adquirido, inevitável?…
Fevereiro 14, 2013 at 11:48 pm
121,
é verdade. Mas a jovem Marta já me fez rir com o comentário ao camarinha, presumo que jovem também. Ai estes jovens, daqui a uns anos, não muitos, vão ver-se so espelho e não se reconhecem… Bem feita!
Fevereiro 15, 2013 at 12:01 am
#118
ah… então afinal é só uma! Nao deveria então ter generalizado, Marta.
Infelizmente esse tipo de oportunismo sempre existiu nas escolas, mas sempre foi pontual. Curiosamente, nos últimos anos –à custa precisamente do critério do “mérito” (leia-se cunha) e não das habilitações e sequer tempo de serviço (que a Marta tanto odeia como critério)–, têm aumentado esses casos de colocações vindas do espaço…
Quando falou em velhas para aqui e para acoli que corrigima os testes nas aulas e mais isto e aquilo, afinal estava a pensar apenas NUMA só “velha”.
É portanto a sua “VELHA” de estimação…
#114
ellece, o mal é esse: se o mandar trabalhar ele vem para aqui, que é a sua função de avençado : “daily melga” dia -sim -dia -não e macho-polícia nos dias restantes…
Fevereiro 15, 2013 at 12:01 am
#124
Não devia mexer, mas o mais provável é fazê-lo … e há sempre quem assine. E é bom que quem assine saiba o que os professores pensam (sobre o assunto e sobre eles).
E, se calhar, também é bom começar a pensar o que fazer em relação ao que for assinado.
Fevereiro 15, 2013 at 12:02 am
Ainda não vi onde está o problema.
Pelo menos lá na minha tasca, perdão, na minha unidade orgânica, anda tudo feliz e contente. A começar nos contratados (parece que têm trabalho, não é?) e a acabar nos velhotes. Aliás, até se critica um ou outro rabujento que se atreve a criticar o “sistema”. E não faltam floreados, festinhas e cerimonias, mestres de sala, engraxadores e outros agentes necessários à lustruosidade dos sapatos de verniz.
Por isso, venha de lá o que vier, amigo gaspar, o bom povo português (ok, muitos não viram o filme, paciência!) está contigo.
Agora vou continuar a minha greve de zelo (tem esta vantagem, é quando a gente lhe apetecer e tenho uns 2.345 minutos a haver), aguardando com um bocadito de ansiedade a crunica que aclarará todas as vossas dúvidas.
E, desculpa Paulo, mas isto, tudo isto, não é para levar a sério. A partir do momento em que a constituição deixou de ser respeitada, não acredito mais nestes borgessos, digam o que disserem. Até porque fertilizaram (de forma eficaz, reconheço) o terreno para o aparecimento de martas, lontras, apreciadores de pizzas semi-frias, pedros na escola e um dia destes sem escola, corajosos anónimos (da família daqueles do alcoól) e etc e por aí fora.
Voltemos pois à sagrada greve…
Fevereiro 15, 2013 at 12:10 am
#125
é verdade: subiu um pouquito na minha consideração com a resposta ao camarinha! 😀
Mas swerá assim tão jovem para não entender? O que aprendi, na doc~encia é que amadurecemos bem depressa mesmo com poucos anos de profissão. A isso nos vemos obrigados.
A única situação a que não estavamos habituados, face a outras profissões era à quase obrigatoriedade de dar graxa aos chefes como “sobrevivência”! Isso só caiu noa nossa profissão , como praga, com o novo sistema de gestão não democrática.
Para mim é das alterações que mais destruiram as escolas públicas, instaurando a sabujice e o lambe-botismo, para além de despejar nas escolas o partidarismo de caciques de que a escola estava livre há décadas.
Tinhamos a dureza de profissão, mas compensava-se com a democracia inter-pares e com a camaradagem e troca de ideias e cooperação. Agora quase tudo isso morreu e transformaram as escolas em anexos camarários e repartições burocráticas, terreno fétil para o mobbying e outras práticas nefastas.
Quase que mataram a escola… 😦 😦
Sobram alguns blogues onde ainda se pode debater e trocar ideias livres.
😦
Tens razão , Paulo, foi bom debater um pouco em vez desse tal clima que se pressente do “antes da tempestade”. demasiado silêncio e acalmia….
Fevereiro 15, 2013 at 12:20 am
#127,128
O que mais me impressiona, de facto, é o tom geral dos comentários: parece que os professores, pelo menos estes professores vêm aqui como para um Muro das Lamentações.
Lamentam sem cessar as maldades e as azelhices do MEC, dizem do seu profundo sofrimento, do que já perderam, mas não dão um murro na mesa (no muro) e partem para a proposição de formas de luta verdadeiramente duras e eficazes.
Como é que em tais condições alguém os reconhecerá como interlocutores a sério para discutir e negociar? (Dando de barato que até possam apresentar propostas boas e “racionais”, como é o caso do Paulo, cuja boa fé não está em questão).
Fevereiro 15, 2013 at 12:43 am
#130
Comprrendo o que contesta e tem alguma razão, mas já muita água correu debaixo da ponte e já houve demasiada desilusão, daí o tal recurso ao “muro de lamentações” de que fala. Mas é por vezes o pouco que parece sobrar, depois de várias traições de muitos lados (seria caso para lhe perguntar, parafraseando o outro: “Onde é que andava no pós 8 de Março de 2008?”).
Eu também já não confio nas pseudo-negociações com o MEC, como diz o motta, se até a Constituição da Rep. desrespeitam, quem irão respeitar? Já não podemos ir por aí…
Se for para negociar então deveriamos rasgar o que já foi indevidamente imposto, à laia de remendos constantes ( organização do ano lectivo, horários, estrutura curricular). E fazer valer acima de tudo o critério pedagógico ( o verdadeiro, e não o folclórico e pós-carimbado à moda de NC..).
Boa noite.
Fevereiro 15, 2013 at 12:48 am
Ah, para registo do polícia-macho-camarinha, eu só comecei a comentar às 21.47h…
Fevereiro 15, 2013 at 12:49 am
Boa noite.
Mas…, mas…, a fenprof não está já a preparar “pizzar” o assunto?
Perguntei só por perguntar, estou entretido com a minha nova marimba e aguardo a vitória recorrente.
Fevereiro 15, 2013 at 12:50 am
85
Dei uma perspectiva de quem não tem redução e na minha escola essa proposta iria ter consequências desastrosas, já fizeram o estudo. Não tenho a petulância de falar por outras realidades e todos sabemos que as escolas se organizam de formas diferentes. Na minha temos substituições nos tempos de estabelecimento, por exemplo.
Nem sequer me referi aos colegas com mais idade, portanto não percebi essa da eugenia. A redução por idade justifica-se pelo desgaste profissional, espero que se mantenha.
Um outro problema ao considerar um horário como o sugerido é que fica aberta a porta a horários de 1320 min só com turmas, como há já neste ano colegas com 24 tempos com turmas (não inclui apoios). Quanto à sobrecarga de trabalho, muitos aspectos há a referir, depende das disciplinas, dos cursos, … Por exemplo, há professores com 5 e 6 ou mais níveis de ensino e diferentes sistemas de ensino (regular, profissional e EFAs/RVC) que ainda se deslocam a duas escolas, há professores com mais de 7 turmas e mais de 4 níveis. Que há professores que deviam ter redução lectiva e não aumento, dada a “louca” distribuição de serviço que têm, parece-me óbvio. Para terminar, julgo que se o apoio voltar a fazer parte dos tempos lectivos, existirão apenas para algumas disciplinas como matemática e português e em reduzido número.
Fevereiro 15, 2013 at 12:50 am
digo, 21.43…
Fevereiro 15, 2013 at 12:54 am
Nunca vejo que horas são.
Nem relógio, nem nada.
Fevereiro 15, 2013 at 12:59 am
#134
Concordo… é muito complicado. deveriamos negociar para menos, até e não para o “menor dos males”. Assim ao estilo de um bom regatear daqueles dos comerciantes marroquinos (só vi em filmes).
Comparação exagerada à parte, a negociar deveriamos puxar para horários menos sobrecarregados do que os actuais. Em troca da não paralisação das escolas, ou algo assim. Os médicos conseguiram um braço de ferro onde até subiram salários, mas no nosso caso deveriamos mostrar que o que precisams é de tempo para tudo o que é exigido. ( Pois…Dream on… só quando os professores se souberem unir todos, sem contar cada um no seu canto os tostões a perder momentaneamente… conseguirão esse braço de ferro).
Fevereiro 15, 2013 at 1:00 am
Hum!, febre sindicóide, “parolas” imensas.
Fevereiro 15, 2013 at 1:04 am
#136
olha que sorte! Mas como apareceu aquele macho-man dos corridinhos a reclamar contra quem comenta no blog, fiz acehei que se calhar deveria “picar o ponto”, mas é como disseste acima, já andam a ficar de novo nervosos e preocupados (decerto que os professores voltem a debater)… uma vez avençados, seja em que desgoverno for, sempre avençados…
good night!
Fevereiro 15, 2013 at 1:05 am
corrijo: “no blog, achei que se calhar…”
( o que faz pensar em mudar a estrutura da frase a meio da sua escrita…)
Fevereiro 15, 2013 at 1:11 am
#138
Já as “parolas” curtas por vezes podem ser eficazes, mas tantas outras vezes, se demasiado elípticas, levam a que toda a mensagem se perca, pois se cai nalgum buraco negro da galáxia conotativa…. 😉
Fevereiro 15, 2013 at 1:13 am
#140
Eu cá “açacho” que só se debatem. E é lindo de se verificar que fazem o que se espera deles.
Fevereiro 15, 2013 at 1:15 am
#2
Concordo!
As pausas entre aulas são inalienáveis, fazem parte do horário de trabalho em qualquer profissão, são deslocações dentro do trabalho.
Tenho defendido isto até à exaustão nos últimos dias.
Prefiro fazer 35h lectivas a prescindir de um direito desses. Se o pretenderem tirar QUE O ASSUMAM! Eu não o ofereço.
Farto de palhaços que me tentam tirar a dignidade!
Fevereiro 15, 2013 at 1:20 am
#141
Hum!, essa do cair, à mistura com a relatividade, é a coisa mais deliciosa que li por aqui.
Não menosprezando o akm, evidentemente, em geral e especialmente.
Fevereiro 15, 2013 at 1:37 am
#15
PG,
Cheguei agora e ainda não li tudo…
Considera-se hora lectiva o período de 50minutos. O horário é composto por 22h, isto é 22x50minutos =1100minutos (+220m de pausas para deslocações =1420m=22h)
A proposta de aulas de 60 minutos é absolutamente inaceitável por retirar tempo à CTI.
A ideia chave é: AS PAUSAS SÂO TEMPO DE TRABALHO!
Pessoalmente prefiro as 35h lectivas e já ninguém me poderá exigir fazer relatórios, preparar aulas, fazer ou corrigir testes. Reuniões só a pagar como extraordinário!
Se eles querem o ABSURDO que assumam o absurdo!
Já somos os professores que fazem mais horas lectivas de Europa, não chega?
Fevereiro 15, 2013 at 1:41 am
#15
Veja a lei pela qual todos os FP nos regemos:
“Artigo 118.º
Interrupções e intervalos
Consideram -se compreendidos no tempo de trabalho:
a) As interrupções de trabalho como tal consideradas
em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho
ou em regulamento interno do órgão ou serviço;
b) As interrupções ocasionais no período de trabalho
diário, quer as inerentes à satisfação de necessidades pessoais
inadiáveis do trabalhador quer as resultantes do consentimento
da entidade empregadora pública;
c) As interrupções de trabalho ditadas por motivos técnicos,
nomeadamente limpeza, manutenção ou afinação
de equipamentos, mudança dos programas de produção,
carga ou descarga de mercadorias, falta de matéria -prima
ou energia, ou factores climatéricos que afectem a actividade
do órgão ou serviço, ou por motivos económicos,
designadamente quebra de encomendas;
d) Os intervalos para refeição em que o trabalhador tenha
de permanecer no espaço habitual de trabalho ou próximo
dele, adstrito à realização da prestação, para poder ser chamado
a prestar trabalho normal em caso de necessidade;
e) As interrupções ou pausas nos períodos de trabalho
impostas por normas especiais de segurança, higiene e
saúde no trabalho.”
Click to access 0652406630.pdf
As “pausas”/Deslocações/idas è reprografia/ etc. são INALIENÁVEIS E SÃO TEMPO DE TRABALHO
Mais: devemos abolir o termo INTERVALO.
Fevereiro 15, 2013 at 1:46 am
#144
Que dizes? Não consigo ouvir … (magoaste-te? só chega cá acima um ECO …. eco… eco…)
Ui toca a fugir que agora é que vai ficar zangado e depois a galinha e a balalaika eléctricas ficam mal construídas!
E concordo com o que disseste de ser triste ver tantos depois acabarem por fazer tudo o que lhes mandam… 😦
Mas isso não deve levar-nos a virar costas a tudo, com a revolta. Quem estiver de má consciência e optar pela incoerência que fique com os actos que pratica.
Fevereiro 15, 2013 at 1:46 am
#145
1320m e não 1420…
Mas já vi que o AD já explicou tudo.
Fevereiro 15, 2013 at 1:51 am
#37
Anamaria, é isso mesmo que um professor deve fazer e assumir:
Não dá para fazer dois testes faz-se um, não dá para fazer um, não se faz nenhum!
Mas isso deve ser assumido, posto formalmente en actas de CT, de grupo, de pedagógico, etc. por todos os professores.
Se me tocam na componente individual de trabalho tenho que deixar de o fazer!
Assumam-se!
Fevereiro 15, 2013 at 1:52 am
Estou em horário pré-laboral…
Fevereiro 15, 2013 at 1:53 am
E não entendes nada de relatividade… o “buraco negro” pode não ser desses científicos do Eintstein e tal… ser só negro, de escuro ou antes pelo contrário e… é tudo relativo, afinal!
Fevereiro 15, 2013 at 1:56 am
#150
ora bem! Um pre-laboral que por outro lado também é pós -laboral. É tudo relativo.
Bem. para mim chega por hoje de debates e disparates para desanuviar.
Mais uma vez boa noite!
Fevereiro 15, 2013 at 2:02 am
#149
está bem…mas depois debate-se logo o que é obrigatório ou não por lei (quantos testes por período? e os portefólios, sim ou não? e a parcela de oralidade é um momento formal quantificável obrigatório ou não? e isto e aquilo….
Isso só tomado em posição de força colectiva, devidamente apoiado juridicamente, senão depois ficam os mártires do costume a ter que assumir as opções quase sozinhos…. 😦
Fevereiro 15, 2013 at 2:22 am
Este post foi à traição.
Apanhou-me a “dormir”, logo a mim que levantei este tema dezenas de vezes desde maio para cá.
Agora fico aqui a falar comigo mesmo.
Õs professores não podem dar o seu aval a qualquer acréscimo de horário lectivo:
Já temos a maior carga lectiva da europa;
Sofremos sucessivos acréscimos nos últimos anos e aceitar mais um é aceitar todos os futuros acréscimos;
Aumentar a carga horária é fazer de conta que sobra tenpo para outras actividades importantes que são EXIGIDAS aos professores. Eu NÃO FAÇO DE CONTA!
É ABSOLUTAMENTE ANTIPEDAGÓGICO COMO SERÁ FÁCIL DEMONSTRAR;
Conduzirá a gravíssimas situações de doenças/perturbações nos docentes sem qualquer benefício para os alunos ou para o país;
Potenciará ainda mais o abandono e a indisciplina nas escolas;
Se a medida fosse VIÁVEL muitos outros países já a teriam adoptado e não seria um governo com RELVAS, CRATOS, PASSOS E GASPARES a tomá-la pela primeira vez.
NÓS NÃO SOMOS A GRÉCIA, MAS PRETENDEMOS SER MUITO PIORES!
Os FILHOS DO NOSSOS GOVERNANTES não se sujeitam ao mesmo tipo de ensino que eles pretendem destruir.
País miserável que tanto destrata os próprios filhos!
Fevereiro 15, 2013 at 2:32 am
Vim espreitar mas são horas de deitar…
A conversa interessa-me e tem motivado, pela minha parte, constantes “discussões”
Concordo inteiramente com o António Duarte e nem quero pensar em prescindir dos direitos legais que se aplicam a TODOS os trabalhadores, nomeadamente nos intervalos/pausas (coisa diferente e ilegal é a tentativa, vinda da administração educativa em explorar o trabalho…)
Algumas notas:
– O despacho anterior ao despacho 13-A não significa que respeitasse (que também não o fazia e já nessa altura eu levantava a questão) a legislação laboral e a sua adaptação ao regime de trabalho em funções públicas … o 13-A, ao contabilizar ao minuto e arrogarem-se as escolas com ideias de compensar supostos minutos em falta, excedeu todos os limites,
– a existência de intervalos não é uma conveniência minha, sua ou daquele outro professor… é uma necessidade organizativa (por diversas razões) do trabalho nos estabelecimentos escolares,
– a legislação aplicável aos horários de trabalho que tenha conhecimento são:
Código laboral, regime de contrato de trabalho em funções públicas (RCTPF) e Estatuto da Carreira… todos falam em horas… e, obviamente, em TODOS eles a hora tem 60 minutos!
Se em #20 o António Duarte esclareceu o imprescindível artigo 197º do Código Laboral (no RCTPF – art. 117º eu acrescentaria um outro do Código Laboral também ele transposto para o RCTPF que transcreverei agora deste último instrumento:
nº 116, nº2 ” O trabalhador encontra -se adstrito às DESLOCAÇÕES INERENTES às suas FUNÇÕES ou indispensáveis à sua formação profissional.”
sejam elas entre salas, entre pavilhões, entre secretaria, direcção, reprografia, biblioteca, directores de turmas, reuniões… entre escolas do agrupamento…. para falar só nas deslocações)
Por exemplo, QUAL a fundamentação legal para que numa manhã de trabalho de qualquer trabalhador em qualquer função que entre às 8 h e termine às 13h (para almoço) contem 5 horas, isto é 300 minutos e ao professor não contem os mesmos 300´ MAS TÃO SÓ, e por exemplo, 250´ (5 aulas de 50´)ou 270 (6X45´) e ainda há a distinta lata de pedir minutos… só pode ser gozo descarado permitido pela convicta impunidade advinda das conhecidas disfunções quer das inspecções do trabalho quer do funcionamento dos tribunais (e já não falo dos provedores, procuradores…)!
mas os outros não se deslocam no trabalho???, entram e ficam imóveis no mesmo ponto???… e já nem falo de necessidades fisiológicas e outras???
Fevereiro 15, 2013 at 2:34 am
Quanto tempo leva (em média)cada um de vós a corrigir 30 Testes?
Quantas turmas tem cada um de vós? Quantos níveis? Quantas aulas para preparar por semana?
Quanto tempo vos leva (em média) a preparação de UMA aula de 90m?
Quanto tempo vos leva (em média) a elaboração de um teste de avaliação para 90m?
SÃO ESTES NÚMEROS QUE DEVEM SER REVELADOS :
Aos Pais
Ao MEC
À comunicação social
(…)
Se estes números forem divulgados nenhum governo terá coragem de aumentar um minuto à componente lectiva ou não lectiva dos professores (pré-universitários).
Fevereiro 15, 2013 at 2:38 am
Só agora vi o que escreveu “fad” – concordo inteiramente.
Fevereiro 15, 2013 at 2:59 am
A minha opinião é que não se deve aceitar (partindo do pressuposto que alguém vai tentar impor a aberração ao Crato) qualquer aumento da componente lectiva. Tenho seis turmas, 165 alunos e vejo-me em palpos de aranha para trabalhar as 35 horas em semanas de correcção de testes.
Quanto nos predispomos a vergar?
Fevereiro 15, 2013 at 3:13 am
Concordo com a argumentação e as contas de A. Duarte, fad e J.F. Penso que a proposta do Paulo é inaceitável e, mesmo, suicidária porque , com a intenção de ganhar ou preservar alguma coisa e evitar males maiores, aceita antecipadamente um aumento muito substancial da componente letiva, o que implica expressa ou implicitamente o aumento da componente não letiva de trabalho individual para preparação das aulas e avaliação das aprendizagens. Julgo que negociar com este ponto de partida é criar as condições para ser derrotado à partida, mesmo sem grande esforço do opositor.
Fevereiro 15, 2013 at 3:21 am
#53
Arlindo, há um conjunto de ideias perigosas nesse comentário:
Abolir a componente não lectiva de estabelecimento é deixar de fora um conjunto de tarefas que muitos ou todos os professores devem realizar… mas que teriam de ser depois realizadas na CTI. Estas tarefas não podem ser “flores” que ficam para os xalentes.
Uma solução mais equilibrada seria manter a distrubuição actual (22/24tempos+até 150m de componente N Lectiva de Estabelecimento + 10/11h de CTI conforme menos de 100 ou mais de 100 alunos)~e estabelecer claros limites máximos (individuais e cumulativos):
– limite máximo de alunos por professor;
-limite máximo de turmas;
Limite máximo de níveis;
(…)
Nenhum desses limites deveria ser ultrapassado e seria reduzido quando conjugado com outros limites..
.
(para estabelecer esses limites era necessário que os professores respondessem às questões formuladas em #156)
Formulado dessa maneira temo que abra portas para novas invenções de directores (à semelhança da criatividade nas contratações).
Fevereiro 15, 2013 at 5:52 am
#102,
Ouça lá: ontem não tive aulas à noite. Por isso, quando aqui comentei, não estive a “roubar” nada à escola.
Hoje nem são ainda 6h. Se estou aqui é problema meu e não da escola, ouviu??? Por isso nem se atreva…nem se atreva a fazer esse tipo de comentário.
Fevereiro 15, 2013 at 10:04 am
Discussão animada ontem, pelo que estou agora a ver.
Tive de me retirar cedo, mas gostaria de deixar ainda duas ou três notas a respeito do que posteriormente foi escrito.
Aumentar o tempo lectivo de 1100 para 1320 minutos significa um aumento de 20% da carga horária que temos actualmente. Já sei que o Paulo me dirá que iria incluir os apoios, ao que contraponho que deixariam de ser contabilizados os intervalos no tempo lectivo. Façam as contas bem feitas, que até se assustam…
Ainda assim, chamo a atenção que este aumento de 20% da carga lectiva seria superior àquele de que se fala para todos os funcionários públicos de 35 para 40 horas, que é de “apenas” de cerca de 14%. Chamava-se a isto ser mais papista do que o Papa, agora parece que se diz que é “ir além da troika”.
Outra questão, que pode ser enganadora, é pensar-se que preservando os 22 tempos lectivos se diminui o nº de turmas por professor. É uma ilusão, como em tempos aqui demonstrei a propósito dos tempos de 45 versus 50 minutos. Pois a carga lectiva dos alunos não aumenta pelo facto de passarem a ter aulas de 50 ou 60, pelo que, aumentando a duração das aulas, reduz-se o número de aulas semanais pelo menos em parte das disciplinas, o que tem o efeito automático de aumentar o número de turmas nos horários dos professores e criar mais horários-zero.
Finalmente, para o Paulo em #61: concordo com as afirmações generalistas do Arlindo em #53, que foi a única coisa que li dele. Mas no comentário que fiz o mais importante nem é a concordância, mas sim a pergunta que coloquei a seguir e que, como seria de esperar, ficou sem resposta. É o sindicalismo do “toca e foge”, do “fazia-se e acontecia-se”, que funciona desde que “os outros façam”…
Fevereiro 15, 2013 at 10:19 am
interessante.. ou no in Uk..
Click to access Workload-A5-7037.pdf
Fevereiro 15, 2013 at 10:20 am
Marta a partir do momento em q
Fevereiro 15, 2013 at 10:22 am
..em que tratou da forma como tratou colegas mais velhas deixou de ter direito a qualquer forma de respeito…e antes estúpido do que neo nazi com aspirações eugénicas…
Fevereiro 15, 2013 at 10:23 am
chamo á atenção a este artigo e a esta pérola…
What the Sample Planning Periods Show
These real life examples show that a large percentage of the teacher’s preparation time is dedicated to paperwork and conferencing. During the sample week of planning activities, it would be impossible to grade even one class set of essays during the allotted planning time. Thus, a teacher who gives writing assignments to five classes of 35 students and who works efficiently during her five 60 minute planning periods, will be unable to give timely feedback to students unless a substantial amount of work is brought home.
Teachers have traditionally been expected to bring work home because the job cannot be done any other way. In fact, early in U. S. history, teachers were not allowed to marry because of the time their families would require. But nowadays, teachers do marry, and they do have children. Because many teachers also have second jobs, they no longer have the option of working an extra 20 to 30 hours grading papers.
http://712educators.about.com/od/issuesineducation/a/planning_time.htm
Fevereiro 15, 2013 at 10:28 am
deixo aqui uma sugestão de escola onde os minutos nas aulas são no mínimo muito curiosos…fui…
22 Setembro, 2010
No artigo “No break, no bells in school of the future”, publicado no The Observer, é apresentada a Thomas Deacon Academy, uma escola pública inglesa, inaugurada em 2007, que utiliza o inovador método de ensino criado pelo seu Director, Paul Kelley. Nesta escola do futuro, com 2200 alunos dos 11 aos 18 anos, as aulas podem ter apenas 8 minutos, os intervalos são flexíveis, as campainhas não tocam, as aulas de ioga são obrigatórias, não há recreio para brincar e a arquitectura dos edifícios faz lembrar um centro comercial.
Segundo Stephen Heppell, consultor do governo britânico no projecto de modernização das escolas, a Thomas Deacon Academy assinala o nascimento de um novo modelo de educação e, ao mesmo tempo, a morte da “escola fábrica” que durante mais de meio século funcionou como os restaurantes de fast-food.
Daqui:http://blogdaformacao.wordpress.com/tag/escola-fabrica/
Fevereiro 15, 2013 at 10:48 am
Aos mais “sensíveis”, ler com mais atenção:
“Sei que esta é uma discussão em terreno cedido ao adversário, mas eu recapitulo: manutenção das reduções do 79 e 22 tempos de 60 minutos ou 25 de 50? Contabilizando na lectiva o que passa por trabalho de ensino e aprendizagem com os alunos, mais DT.”
Se eu acho que é a proposta do Paulo é uma boa base de iniciação para uma discussão com o MEC? Não. Mas também não li o Paulo dizer que é.
Se eu acho que se as coisas ficassem assim, como o Paulo apresenta, seria bom? Sem dúvida.
Parece que há gente que ainda acha que a velha estratégia do “tudo ou nada” é a que funciona. Que só conseguimos alguma coisa com gritos nas ruas e intransigências (até ao momento dos sorrisos e assinaturas com pizzas… ).
Já agora: louvar a posição do Arlindo em #53, que ao contrário dos “améns da FENPROF”, é capaz de dar a sua opinião em espaço público e sem receios.
Fevereiro 15, 2013 at 11:49 am
Tenho 30 anos de serviço e ganhei direitos ao longo da carreira que depois me foram retirados…..
Concordo que as aulas passem para 50 minutos, pois se nem nós (adultos) conseguimos concentrar-nos durante 50 minutos querem que as crianças estejam concentradas 90….pedagógicamente está errado
Aliás já várias vezes referi isto…mas parece que muitos não entendem…..
concordo com a colega #38
Fevereiro 15, 2013 at 12:50 pm
Qualque aumento da carga horária que proponham acabará sempre por traduzir-se em aumento do nº de turmas – esse é o objectivo deles :
-reduzir o nº de professores.
Propor um aumente de 15 ou 20% da carga horária é despedir 10 ou 20 mil professores! Será isso que pretendem?
E os que restarem como é que fica? E os alunos ganham o quê?
#168 Defender que se as coisas ficassem como o Paulo sugere “já seria bom” é mais de meio caminho andado para uma derrota antecipada. Se os sindicatos enveredarem por aí será mais uma desgraça para muitos milhares de professores e para o ensino. Poderemos ficar com mais do dobro de carga lectiva que os nossos pareceiros europeus ou da OCDE? Mais do dobro da França, da Espanha ou da Grécia? Creio que nem o MEC se atreverá a defender isso.
A não aceitação de qualquer tempo lectivo a mais não é radicalismo é reconhecimento de que já não há qualquer margem de Bom Senso para ceder – será o fim da linha para muitos e muitos outros quebrarão!
Defendo mesmo que os dirigentes que negociarem aumento de carga horária tenham a DIGNIDADE DE REGRESSAR ÀS ESCOLAS CUMPRIR A SUA CARGA LECTIVA!
Fevereiro 15, 2013 at 1:22 pm
A evidência do absurdo de qualquer aumento da carga lectiva está (também) aqui num post mais acima:
Irão professores para a rua para que os crápulas continuem a nomear boys e compadres com salários obscenos!
O chefinho dos crápulas anunciou ontem a INTENÇÃO de reduzir custos com os automóveis de luxo. Derão reduzir um pouco no luxo!
A ana amarela acrescenta
“ana-amarela Says:
Fevereiro 15, 2013 at 10:52 am
Porquê?!?
Porque, entre muitos outros desgovernos, é preciso garantir verbas para estas coisas…
«Instituto público aumenta dirigentes em 25%
A nova Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) paga actualmente salários mais elevados que as três entidades que lhe deram origem e que entretanto foram extintas, noticia esta sexta-feira o jornal Sol, que adianta que os dirigentes da nova estrutura ganham mais 25% do que os seus antecessores.»
http://www.noticiasaominuto.com/economia/45931/instituto-p%C3%BAblico-aumenta-dirigentes-em-25#.UR4Sq6VFUjc
Enquanto isso a capa do jornal afirma que um quarto das crianças vive na pobreza!
Fevereiro 15, 2013 at 1:28 pm
#170, fad,
Reler:
……………………………………………………………………………………………………..
“Contabilizando na lectiva o que passa por trabalho de ensino e aprendizagem com os alunos, mais DT.”
……………………………………………………………………………………………………..
É fazer as contas…
…
Fevereiro 15, 2013 at 5:12 pm
#172, Maurício,
As contas que appresenta em #168 traduzem sempre em 25 h lectivas no mínimo. A hora lectiva é de 50m + 10m de deslocação para outras salas/turmas/pavilhões, etc.
25h letivas são 25 h de trabalho. Acrescente-lhe 2h no mínimo de CNL e já só lhe resta um máximo de 8 h para a CTI. Essa(s) proposta implica sempre o aumento de mais uma turma por professor – mais uma turma e menos 2 ou 3 h na CNL. E o contra argumento de que não tem que implicar mais uma turma não cola- pois dessa forma não haveria razão para o MEC alterar seja o que for. O MEC só alterará para reduzir e dispensar professores. Isso é inaceitável!
É uma ilusão perigosa (ver#53) querer diluir a CNL de Estabelecimento na Componente Lectiva – eu sei no que isso vai dar!
É doentia esta voragem de cortes, alterações, alteração de alterações, etc.
Contas destas ando a realizá-las e a colocá-las por aqui há perto de um ano. Da próxima vez deixo todos os links..
Veja este quadro postado pelo Arlindo:
http://www.arlindovsky.net/2013/02/o-quadro-do-diario-economico/#comments
São dados de 2012, ainda sem o incremento de horário que levámos no ano 2012/2013.
Já tinhamos cerca de 120h a mais do que a média da UE e da OCDE. Com o incremento devemos ter cerca de 200h a mais. E agora querem propôr o quê? Isto está a tornar-se demência.
Que cortem nos acessores, nas fundações, nas alcavalas, nas adjudicações directas, nas nomeações coloridas ou na put@ que os p@riu. Eu não tirei cursos manhosos nem ocupo o lugar onde trabalho há mais de 30 anos por vias de filiações partidários ou por compadrio. Sempre me submeti a concursos públicos transparentes e já não tenho paciência nenhuma para levar com as sacanices que me pretendem impôr.
Volto a dizer: se me colocarem 35h de aulas vou dá-las! Mas fico com 0h (ZERO horas) de componente não lectiva! Clarinho como a água.
Abraços!
Fevereiro 15, 2013 at 5:57 pm
E se o GOVERNO RECUA NO HORÁRIO DE 40 HORAS NA FUNÇÃO PÚBLICA…
Click to access DE_01_2013-02-15.pdf
Qual a razão que justifica o aumento do horário dos professores?
Qual de vós/nós trabalha menos de 35 ou 40 horas?
Ou andaremos todos a representar?
Fevereiro 15, 2013 at 6:08 pm
Governo muda de estratégia para sair da crise…
“Nuno Crato jurou que não haverá «aumento do horário de trabalho» para os professores;”
Nuno Crato jurou que não haverá «aumento do horário de trabalho» para os professores;
Nuno Crato jurou que não haverá «aumento do horário de trabalho» para os professores;
Nuno Crato jurou que não haverá «aumento do horário de trabalho» para os professores;
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=68317
NUNO CRATO JUROU QUE NÃO HAVERÁ “AUMENTO DO HORÁRIO DE TRABALHO” PARA OS PROFESSORES.
Se aumentar a carga lectiva deverá dizer EM QUE É QUE CORTA NA NÃO LECTIVA!!!!
Fevereiro 15, 2013 at 6:35 pm
[…] Carga Horária, Componente Lectiva […]
Fevereiro 15, 2013 at 9:30 pm
Fad,
concordo com tudo o que disse em todos os seus comentários.
Na minha escola há disparidades em termos de distribuição de carga letiva que chegam a ser iníquas.
Um coordenador do EP tem 12 horas de redução e um universo de alunos que não chega a 30. Duas turmas…
Há professores com apenas um nível atribuído..
Há outros com apenas duas turmas e outros com 7 ou 8…
Há os mais velhos que só têm secundário…
Há professores só com o Profissional e que deixam de dar aulas em março quando os alunos vão para estágio…
Fevereiro 15, 2013 at 11:01 pm
[…] O relatório do Governo (mais conhecido por relatório do FMI), por sinal traduzido para Português nesta casa, abriu o debate. […]
Fevereiro 16, 2013 at 5:20 pm
De facto o trabalho não é igual para todos. A natureza das disciplinas é diferente assim como maiores as responsabilidades dos docentes que preparam, por ezemplo, alunos para exame. Logo, as exigências colocadas aos professores, sobretudo ao nível da componente não letiva, são muito diversas.
Vamos assumir que assim é. Será mais fácil a discussão se colocarmos lealmente os problemas em cima da mesa para um debate franco e aberto entre nós. Sem disparatadas clivagens novos/ velhos ( Que estupidez!…).
Tenho 55 anos, trinta anos de serviço, leciono 20 horas letivas, LP e HGP (8 horas em duas turmas com 30 alunos cada uma) num Agrupamento TEIP e ainda 2 h de AE, sou coordenadora de departamento ( há cinco anos ) avaliadora interna e externa, coordenadora de exposições da escola. E mais : desde 2008 que corrigo Provas de Equivalência à Frequência e Exames.
Estes são os meus privilégios por ter a idade que tenho. E mais: desde 2004 que não subo na carreira. E não falto desde essa data.Não precisei felizmente.Mas já me sinto cansada. Cansada da indisciplina, da ingratidão, da falta de reconhecimento. E da estupidez de algumas discussões de lana caprina…
Apetece-me parafrasear Rui Barbosa:
(…) o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.”
Fevereiro 16, 2013 at 5:42 pm
Por lapso, escrevi “ezemplo”, em vez de ” exemplo”(l.3), no comentário anterior.
Fevereiro 17, 2013 at 12:46 am
Bem… se atribuírem a componente individual de trabalho consoante o número de turmas deve ser bonito,os professores de matemática e de português vão querer saltar para outros grupos,ao menos não têm de trabalhar disciplinas com insucesso, ver testes e outros trabalhos,aguentar a pressão dos exames e por aí fora. Acho que pode e deve haver factores de correcção, mas não podemos ser levianos em certas abordagens. Os professores podem ter os mesmos direitos, sem dúvida,mas as disciplinas têm naturezas diferentes e as dificuldades não são apenas resultantes do número de turmas.