Os diapositivos seguintes fazem parte da comunicação apresentada pelo Professor David Justino em Montemor, no dia 29 de Setembro.
Resumindo: atendendo aos constrangimentos de ordem social e cultural das suas famílias, os alunos portugueses têm um desempenho acima da média nos testes PISA.
E esta hein?
Não fui eu que inventei… é o resultado de um estudo em decurso para publicação internacional e deita por terra muitas ideias feitas sobre o mau trabalho feito nas escolas portuguesas, as quais conseguem, com alunos com um background mais problemático, alcançar resultados acima do previsível.
Outubro 8, 2012 at 9:47 pm
Vou já copiar e deixar um «link» para aqui.
Outubro 8, 2012 at 9:47 pm
‘É uma iniciativa que parte da constatação de que “Portugal tem um problema endémico: a falta de reflexão e a consequente falta de soluções”. O Espaço do Tempo, do coreógrafo Rui Horta, e o jornalista Carlos Vaz Marques acreditam que 2012 pode ser o ano certo para reflectir, e por isso decidiram organizar mensalmente um debate sobre um tema actual. O primeiro debate do ciclo “Sinais de Fumo – Conversas para além da crise” acontece já hoje, a partir das 11h, no Espaço do Tempo (que fica no Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo) e tem como convidados Eduardo Lourenço, Pedro Mexia e Dulce Maria Cardoso, que conversarão sobre Ética e Valores.
Março será o mês para pensar sobre “Economia – Algures entre o senso comum e a ciência (pouco) exacta”, com Augusto Mateus e Henrique Neto; em Abril chegam a Ciência e as novas gerações de investigadores, com João Magueijo, João Sentieiro e Ana Delicado; Maio servirá para discutir a Cidadania e a sociedade civil com Irene Flunser Pimentel, João Brites e António Costa Pinto; Junho será a vez da Cultura com Delfim Sardo, Rui Vieira Nery e Tiago Rodrigues.
Em Julho, a proposta é para pensar o Território, a agricultura e a sustentabilidade com João Ferrão, José Manuel Lima Santos e Teresa Avelar; em Setembro, mês do início das aulas, o tema é a Educação, com David Justino, Gabriel Mithá Ribeiro e Paulo Guinote; em Outubro, com a rentrée, debate-se a Política, com António Barreto, Pedro Lomba e Rui Tavares; em Novembro, a Sociedade de Informação, com António Câmara, José Bragança de Miranda e Carlos Martins; e por fim, em Dezembro, os Sinais de Fumo encerram com uma reflexão sobre Indivíduo e Alteridade, para a qual estão convidados José Tolentino de Mendonça, Vasco Santos e Ana Duarte Silva.
Dizem os organizadores no texto de apresentação da iniciativa: “Sabemos que não há fumo sem fogo e é altura de voltar a perguntar, com Sá de Miranda, ‘que farei quando tudo arde?’ É tempo de lançarmos Sinais de Fumo dizendo ao futuro que estamos aqui, vivos, e dispostos a reinventá-lo.”
http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=300916
Outubro 8, 2012 at 9:59 pm
Obrigada, Paulo.
Outubro 8, 2012 at 10:02 pm
Não encontro o vídeo. Houve transmissão em directo ( o som era mau) mas não há vídeo disponível, ainda.
Outubro 8, 2012 at 10:07 pm
fiquei com a Alma lavada!!!!
Outubro 8, 2012 at 10:10 pm
#4,
Ainda não está online…
Outubro 8, 2012 at 10:43 pm
Gosto disto.
Outubro 8, 2012 at 10:56 pm
Tenho esperança nestas pessoas que começam a aparecer… lentamente mas com muito significado, e falam do que realmente sabem. Façam-se ouvir por favor!!! É um apelo, é um pedido de socorro envergonhado da nossa sociedade ás pessoas que conseguem chegar aos locais certos a seu devido tempo.
Outubro 8, 2012 at 11:37 pm
Gostei muito disto
Outubro 9, 2012 at 12:15 am
Mas aposto que o MEC vai esconder esses dados muito bem, até ao fim da legislatura… para depois o darem como um milagre das suas desmedidas facínoras! 😦
#0
ao menos entre nós, uma boa notícia. Prova que tal como Roma e Pavia, a Educação do País com tantos anos de atraso também não se faz num dia…
Tomara os degovernantes entendessem, de uma vez por todas!
Fora de post, mas mui suculento:
http://margarida-alegria.blogspot.pt/2012/10/afinal-este-coelho-tambem-aprecia.html
Caçarola saída há pouco do lume… 😛
Outubro 9, 2012 at 12:20 am
Querem destruir a educação pública, tudo têm feito para isso… mas…
😉
E foi o relatório PISA que disse: apesar dos “constrangimentos de ordem social e cultural”…
“CONSTRANGIMENTOS”, estão a ver senhores desgovernantes? É praticamente a única coisa que os senhores “alavancam”… para além de mandarem mudar os cabeçalhos aos documentos e toda a restante burocracia.
Outubro 9, 2012 at 1:02 am
Finalmente alguém me dá razão! Custou, mas enfim… Já o tinha afirmado aqui algumas vezes.
Só espero que Sócrates, Lulu e outras cabecinhas do género, que tanto nos achincalharam, se rendam à evidência. Claro que qualquer pessoa com dois dedos de testa chega a esta conclusão, mas não lhes interessava, tinham que nos espezinhar! Nunca explicaram a razão por que os filhos dos nossos emigrantes, nos países de acolhimento e salvo raras exceções, têm resultados mais fracos do que os seus colegas… Ora aqui está a óbvia resposta!
Outubro 9, 2012 at 1:30 am
Não sei como foram qualificados/ avaliados/ quantificados/ correlacionados … os tais níveis de “constrangimentos”
As conclusões não são minimamente inovadoras…
Na escola onde lecciono há muitos anos, jovens de bairros complicados, com vidas difíceis… daqueles que se não houvesse alguma oposição interna teriam sido encaminhados como coitadinhos, socialmente desprotegidos, incapazes face à exigência blá, blá, blá para os percursos coiso e tal… coisas da treta, fazem exames do secundário no 11º – e, lembro disciplinas como Geografia, MACS (Mat. ..:)… onde todos conseguem obter classificações superiores a 10 enquanto noutras escolas… Muito trabalho (de aula e não de flores), muita exigência quanto ao conhecimento, prof. que não facilitam e para quem as aulas são o mais importante e evidentemente, muito trabalho dos miúdos que acabam por “dar o litro” …
Quando a administração educativa gosta é de festas e flores, de reuniões/ papeis/relatórios/actas/projectos disto – daquilo e da treta/ “planos-planinhos e planotes”, dossiers disto-daquilo e daqueloutro, propostas e documentos disto-daquilo e daqueloutro, projectos educativos, projectos de turma, projectos de actividades, projectos de acompanhamentos, projectos de… ,… , … (as aulas serão o que consegue restar depois de tudo isto)…, está tudo dito – poderão existir/subsistir núcleos de resistência que a pouco e pouco serão abatidos… nem que seja pela exaustão…
Onde tem estado o ex-ministro desde o início dos ataques aviltantes, humilhantes e ultrajantes que tem sido feitos aos Professores e à destruição da Escola enquanto organização e entidade própria de conhecimento/ exigência/ exemplaridade/ humanidade e proximidade…
Talvez esteja a ser injusta mas não me lembro de o ouvir desmistificar tanta falsidade e tanta má fé…
Outubro 9, 2012 at 1:42 am
Hum!, quer-me parecer que, quer uns, quer os outros, não se assumem, aqueles porque fazem conscientemente o que não gostam, estes porque aprendem muito daqueles.
Apesar de todos serem os melhores – a autoestima é que é do caraças, não fossem eles agentes da inacção.
Outubro 9, 2012 at 9:59 am
A dualidade entre o ensino público e privado é artificial e enganadora, porquanto a “escola pública” pode continuar a ser financiada integralmente com dinheiros públicos, embora orientada para objectivos mercantilistas e sujeita a uma flilosofia de alienação.
Portanto já é tempo de se passar a outro nível de pensamento, abandonando falsas contradições em que ambos os lados da equação fazem parte do problema e não da solução.
Quanto ao conceito do nosso nível educacional ser um reflexo da miséria que reina em todos os sectores da sociedade, parece-me perverso, embora verdadeiro…
Na Índia e na China temos resultados escolares de topo em certas áreas e certos estabelecimentos públicos, a par de muita miséria económica e social.
Penso que a educação tem mais a ver com a valorização da cultura e o lugar que é dado ao saber e ao conhecimento, do que propriamente com o PIB ou outra variável económica.
Portugal é um país que sempre desvalorizou o conhecimento intelectual e científico, quer porque era “perigoso” (no tempo do fascismo), quer porque é considerado elitista ( esquerda e oportunistas instalados)
Outubro 9, 2012 at 10:00 am
#13,
Podem não ser para quem está no terreno mas… alguém me indica um político que tenha estudado o assunto e o tenha apresentado assim?
Que nós sabemos, é certo… que seja assim demonstrado é outra coisa.
Outubro 9, 2012 at 4:03 pm
E esses “bons” resultados relativos não serão também resultado do consulado de David Justino como ministro da Educação? Apesar d eu não me lembrar de nada de bom desse período… mas há tanta coisa que eu não sei…
De qualquer modo vejo que sobre esta notícia ninguém resolver dizer que estes estudos valem o que valem, ou que é daqueles estudos em que é possível “torturar” os dados até que eles “digam” o que queremos “ouvir”.
Outubro 9, 2012 at 4:28 pm
#15
Concordo que:
“Portugal é um país que sempre desvalorizou o conhecimento intelectual e científico, quer porque era “perigoso” (no tempo do fascismo), quer porque é considerado elitista ( esquerda e oportunistas instalados)”.
Mas como não encontro nada na filosofia ou estrutura do nosso sistema de ensino que tenha como objectivo a qualidade das aprendizagens não sei a que se deva atribuir aqueles pretensos bons resultados, apesar de relativos.
Qunato a estar “orientada para objectivos mercantilistas”, embora sejam objectivos algo limitadores, é bom que assim seja, uma vez que não se espera que os alunos emigrem para a selva amazónica ou venham a viver em algo parecido…