Eu descodifico… a “comunidade” é formada por gente com agendas muito diferentes. Na presença uns dos outros dizem uma coisa, nas costas dizem outra. Fazem voz grossa para fora, acorrem rapidamente a pedir desculpa mal se desligam os microfones e as câmaras.

O MEC sabe disso. A realização de reuniões separadas destina-se a confirmar que há quem roa a corda à primeira promessa de sensibilidade para as suas questões específicas.

Se existisse confiança na coerência e união dos protagonistas, que todos falam mesmo a uma voz, não haveria problema em repetir várias vezes o mesmo até Nuno Crato desistir, ele mesmo, da ideia de reuniões separadas, por ser mais do que certo que se enfastiaria.

isto já é demasiado bailinho e começa a ser confrangedor.

Houvesse solanáceas nesta malta toda  e a posição era bloquear o arranque do ano , podendo os alunos ir para a escola, frequentarem os seus espaços e propostas de actividades, mas sem arranque das lectivas.

Mas o mais certo é começarem os telefonemas e os contactos paralelos em off Acertasse eu assim no Euromilhões…

Sindicatos, pais e directores ameaçam faltar a reunião com ministro da Educação

O Ministro da Educação, Nuno Crato, poderá esperar em vão, esta segunda-feira à tarde, pelos representantes dos sindicatos de professores, das associações de directores de escolas e das confederações de associações de pais, que se manifestam indignados por aquele ter respondido a um pedido de reunião conjunta com a marcação de encontros separados.
“Este procedimento não é politicamente sério. Primeiro recusam a presença do ministro, depois contactam as organizações em separado e por fim definem o conceito de conjunto como ‘aquilo que acontece no mesmo dia”, protestou já o dirigente da Fenprof, Mário Nogueira.

Tal como o sindicalista, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, e o dirigente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, garantiram que não entrarão nas instalações do Ministério da Educação e Ciência caso a reunião não seja de facto conjunta.

“Não quero estar a adivinhar intenções, mas é muito estranho que nos contactos prévios não tenham dito que haviam decidido não aceitar a reunião com os todos os parceiros em simultâneo. Só ontem, por acaso, ao contactarmos entre nós, nos apercebemos de que seriamos recebidos a horas separadas”, especificou Adalmiro Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Rui Martins, da Confederação Nacional Independente das Associações de Pais e Encarregados de Educação (Cnipe) mostrou-se igualmente indignado e reiterou que, “a não ser que a situação se altere e a reunião seja conjunta” não aceitarão encontrar-se com o ministro ou qualquer outro representante do ministério.