Há quem culpe a ADD por ter catalisado alguns dos piores aspectos dos microcosmos escolares. E antes disso o próprio ECD que criou a divisão da carreira entre titulares e outros.
Não vou regressar aí.
Vou, apenas como desabafo de final de Julho, analisar rapidamente qual o melhor processo de arruinar um bom ambiente de escola.
- Será mais eficaz o método rápido, em que tudo desaba em poucos meses, perante o processo de adesivagem aos novos tempos, assumindo a cristalização de uma elite clientelar em torno do poder que redistribui as (em muitos casos bem pobres e por vezes meramente simbólicas) os seus favores?
- Ou será mais profundo o método lento de, mesmo com boas intenções, tentar adiar certas decisões e de falso compromisso em falso compromisso, acabar por alienar muita gente e ficar em seu redor apenas com os oportunistas e aqueles que, sem o encosto ao poder, não sobreviveriam?
O primeiro método é mais brutal mas, mesmo quando executado com má fé e injustiça, de certa forma mais corajoso, porque se assumem as opções.
O segundo método, por seu lado, entranha-se mais e cria raízes fundas, deteriorando de forma mais perene as relações de (des)confiança entre as pessoas.
Os últimos anos fizeram-nos assistir ao avanço mais rápido ou mais lento deste processo de apodrecimento interno da vida das escolas, um com o claro entrincheiramento das partes, o outro com uma promiscuidade menos clara dos interesses em conflito encoberto.
Neste momento já não há solução simples – será que existe mesmo uma difícil? – para remediar o mal feito.
A manutenção do actual modelo de ADD até final do ciclo vai agravar os problemas existentes. A sua suspensão criaria outros. Mas teria o condão de criar uma ruptura e uma desvinculação clara com as práticas do passado, que só como excepção são boas.
O novo modelo de ADD que aí virá até pode ser melhor (acho que sim, sinceramente) do que o anterior. Mas, ao não ter sido assumida uma ruptura clara com o passado, tudo nascerá em terreno envenenado e dificilmente crescerá de forma sadia.
Perante isso vou tomar a única opção lógica e coerente: tal como com a ADD que termina (já sei a minha classificação e tudo!), vou alhear-me da próxima.
Irei limitar-me a analisar as propostas e contrapropostas em presença de um ponto de vista do observador não participante. E, quando for implementada, espero conseguir o espaço de liberdade que consegui com esta e que me permitiu trabalhar com os meus alunos de uma forma normal e com interferências externas mínimas.
O peditório já dura há muito tempo e está em demasiadas esquinas e semáforos.
Julho 31, 2011 at 11:47 am
Infelizmente, não me foi possível alhear desta ADD.
Apesar de estar no 4º escalão não solicitei aulas observadas e continuei a fazer o meu trabalho da melhor maneira possível.
Contudo, ao receber a nomeação para avaliar colegas tive, sem possibilidade de recusa como é sabido, desenvolver um trabalho que me consumiu imenso tempo e energia.
Sem qualquer formação para isso, uma pessoa foi, desta forma, “atirada às feras”. O processo ainda não acabou, pois faltam os professores do Quadro.
Esta nova/velha ADD terá as mesmas repercussões na escola.
Espero, sinceramente, que venha o colega da escola do lado e que não me obriguem a ter de ir a outras escolas fazer aquilo que tive de fazer este ano na minha.
Por favor, DEIXEM-ME EM PAZ!
Julho 31, 2011 at 11:56 am
#2
Estou consigo, colega.
Julho 31, 2011 at 11:57 am
Paulo, o título não tem gralha?
Julho 31, 2011 at 12:09 pm
A tua genialidade (desculpa! teve de ser!) está resumida em dois parágrafos:
“(…) A manutenção do actual modelo de ADD até final do ciclo vai agravar os problemas existentes. A sua suspensão criaria outros. Mas teria o condão de criar uma ruptura e uma desvinculação clara com as práticas do passado, que só como excepção são boas.
O novo modelo de ADD que aí virá até pode ser melhor (acho que sim, sinceramente) do que o anterior. Mas, ao não ter sido assumida uma ruptura clara com o passado, tudo nascerá em terreno envenenado e dificilmente crescerá de forma sadia. (…)”
Julho 31, 2011 at 12:10 pm
Vou estar calado até dia 12:
Mas conseguiram estragar a melhor profissão do mundo em Portugal.
Julho 31, 2011 at 12:14 pm
#5
Não vais nada.
Julho 31, 2011 at 12:15 pm
Vem hoje uma notícia no JN sobre as famigeradas regras para a elaboração de horários enviada pela DGIDC às escolas no dia 29 de Julho. Já leram?
Julho 31, 2011 at 12:16 pm
Isto é a verdadeira relação AMOR\ÓDIO. Bato-te, mas gosto de ti porque não consigo viver sem sem cá vir.
Julho 31, 2011 at 12:17 pm
Aumenta o suspense…
Julho 31, 2011 at 12:18 pm
Julho 31, 2011 at 12:21 pm
Julho 31, 2011 at 12:21 pm
Exactamente.
Tudo à beira da mais completa insanidade. Será então o máximo obrigarem (obrigarem-nos) a ir avaliar o colega da escola ao lado. Se até aqui podiamos invocar, justamente, o não reconhecimento de competências aos colegas avaliadores, agora até esse protesto nos vai ser vedado. Sei lá quem é o colega que aí vem!!!
Defendi aqui, numa fase muito inicial desta loucura, que teriamos que ser capazes, entre nós, de resolver o problema da avaliação. Entre nós, repito. Canalizando para aí as nossas reivindicações, por exemplo ao nível da formação dos putativos avaliadores. Não foi essa a opção da maioria, a começar pelos sindicatos. Preferimos disparar em todas as direcções, não interessando os danos colaterais. Perante isto, perante tanta divisão, perante tal balbúrdia, defendi (mudando de opinião reconheço), que só haveria (haverá?) um método isento desta contaminação de proximidade: Apresentação de provas públicas. Eventualmente com um júri de alguém da escola, alguém do ministério (IGE?), alguém de uma instituição de ensino superior. Não vejo outra saída razoável.
O caminho que a maioria seguiu foi noutro sentido. Pela minha parte, agradecendo a vossa paciência de ter lido uma ou outra “boca” minha contra este(s) modelo(s), retiro-me definitivamente do comentário à coisa, com a certeza que estamos à beirinha de momentos fellinianos no que à avaliação diz respeito. E eu adoro F. Fellini. No cinema.
Julho 31, 2011 at 12:22 pm
Impossível estar calado…
Julho 31, 2011 at 12:28 pm
Nuno Crato queria implodir o Ministério da Educação mas acho que se esqueceu de contratar uma boa equipa de demolições. O edifício tem as estruturas podres mas vamos continuar a construir nele mais uns anexos e tapar os buracos com cimento de má qualidade. A realidade do Ministério da Educação (vulgo, O Monstro) fez implodir Nuno Crato. Não espero nada de bom dos próximos tempos. Mas a ver vamos como diria o cego.
Julho 31, 2011 at 12:47 pm
Concordo com o que li no seu post.
Em defesa da nossa própria saúde e no interesse de construir uma boa relação ao menos com os alunos das turmas que nos vão calhar no próximo ano, o melhor é manter algum afastamento terapêutico em relação a esta salsada toda!
Contudo, não parece que o país tenha condições financeiras para criar equipas de júris avaliadores, nem sei mesmo se consegue pagar as deslocações aos “avaliadores da escola ao lado”… Basta ver o que está a acontecer com os classificadores de exames…
Portanto receio bem que os “desgraçados” que tenham sido nomeados relatores mesmo contra a sua vontade e sob protestos não aceites, venham a ser os primeiros da lista a avançar para a nomeação pura e simples outra vez.
A ser assim, manter-se-à o ódio ao avaliador mais próximo e afastar-se-à a zanga contra a tutela…
Onde os professores falharam?
Desde o princípio pensando que bastaria manifestarem-se ao sábado e logo a seguir quando se viraram uns contra os outros, incapazes de resistir e apontar ao alvo certo e atirar com pontaria sobre o monstro.
Infelizmente fomos vítimas de “fogo amigo”.
Agora é tarde!
Julho 31, 2011 at 1:02 pm
#15,
“fogo amigo”? Fomos mas é vítimas de fogo absolutamente hostil! Estratégia “Shock & Awe!” aplicada de forma perfeita pelo inominável e desclassificado Sókas & sus muchachos & muchachas.
Julho 31, 2011 at 1:10 pm
Parece que decidiram ser co-responsáveis.
– Parece que decidiram aceitar que o tal modelo monstruoso e kafkiano respire por mais mais uns tempos e, pior, que fique no ar a ideia de que esse mesmo modelo deverá servir de base para o que aí vem.
Essa decisão – política – poderá custar muito do capital que Nuno Crato trazia.
E essa opção abre portas ao jogo que interessa àqueles que, há ano e meio, assinaram um acordo que aceitava o actual modelo – dizendo que ele deveria ir até ao fim do ciclo – e as próprias quotas.
Ou seja: lá teremos mais coreografias.
Da minha parte, podem ter a certeza de duas coisas:
– Não irei aceitar a oferta que aí vem de litros grátis de café, da parte de quem exagerou na dose de Xanax.
– Não vou mais tentar convencer ninguém de que é suposto esta ser uma luta de todos: vou passar a dar a minha opinião, agindo de acordo com a minha consciência.
Disse, no início do ano, neste espaço, que achava que devíamos “acordar”.
Nessa altura a maior parte da nossa classe resolveu submeter-se e fazer contas à vida.
E a Fenprof achou por bem manter a malta anestesiada, uma vez que o momento político não era o ideal para o “barulho”.
Ok.
– Amanhã será um novo dia…
…
Julho 31, 2011 at 1:18 pm
Não me alheei desta tanto quanto queria porque me incumbiram de avaliar 5 colegas.
Em Agosto, mal regresse a casa, vou ter de preencher as fichas e de estar presente na reunião de avaliação dos contratados, embora ainda esteja de férias.
Com o prazo de entrega dos RAA a terminar a 31 de Agosto, ainda não recebi nenhum. Claro que os não vou buscar durante o meu período de férias (excepto 1 – contratado). Espero que me transfiram estes dias de trabalho para Setembro.
No início de Setembro, terei de ver os relatórios e preencher as fichas dos restantes colegas.
Espero que se constitua tal bolsa de relatores com formação para o efeito.
Também estou mais do que cansada deste peditório.
Espero desligar nas férias (sem televisão, jornais e Net) e que, quando regressar, as novidades sejam mais animadoras.
Julho 31, 2011 at 1:27 pm
Ó balha-me Deus!
Mas alguém estava à espera que a substituição do Socas pelo Sr. dos Passos, ou do PS por PSD+CDS significasse, fosse no que fosse, uma “ruptura clara com o passado”?
Tratou-se apenas de substituir uma equipa governativa claramente desgastada e descredibilizada, prisioneira dos seus próprios erros e da sua obstinação numa política que já não tinha viabilidade nem saída.
Não estiveram nunca em causa as grandes linhas de rumo seguidas, por isso as mudanças que este governo introduzir serão essencialmente na forma, no estilo, no relacionamento com outros actores sociais e políticos. O essencial, seja a política económica liberalizadora, a política social assistencialista ou a política laboral assente na precarização dos vínculos, nos cortes salariais, na supressão das carreiras ou na avaliação punitiva do desempenho, tudo isso será para manter.
Mas enquanto houver gente satisfeita porque mandou embora um pilantra, ou porque ganhou um ministro inteligente e bem-parecido em troca de uma qualquer pindérica descabelada, este rotativismo em que só mudam as moscas vai fazendo o seu caminho.
Julho 31, 2011 at 1:32 pm
Hum…Os escravos desconhecem a escravidão…
Julho 31, 2011 at 1:45 pm
#19
Comentário exemplar de pedagogia política.
Julho 31, 2011 at 1:46 pm
Julho 31, 2011 at 1:46 pm
#21. Nem mais…
Julho 31, 2011 at 1:46 pm
Há leituras e justificações para tudo!
Aqui vai uma:
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2011/07/31/autor-dos-atentados-da-noruega-exige-demissao-do-governo-em-troca-de-uma-declaracao
Julho 31, 2011 at 1:53 pm
# 19 António Duarte
Sim, de facto este “arco do poder” não muda nada substancialmente, apenas legitima, pelo voto, a mesma intenção fundadora de toda a intervenção nas várias vertentes económica, financeira, social, etc.
A minha convicção é que o actual modelo económico está falido e é preciso construir outro, não propriamente repetir modelos que tiveram o seu tempo histórico, mas um novo modelo.
Contudo, dadas as circunstâncias de pressão social sobre uma enorme quantidade de gente que vem sendo sacrificada, esse passo de mudança só ocorrerá a partir de um tempo de violência.
Sou pessimista?
Talvez.
Mas olhando a realidade do Mundo actual, além do meu jardim, parece-me inevitável um cenário de grande violência.
Julho 31, 2011 at 2:01 pm
É uma pena não aproveitar esta oportunidade para melhorar o sistema de ensino…
Para os caracteres chineses crise significa oportunidade.
Assim sendo, aí estão eles:
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2011/07/31/agencia-de-rating-chinesa-diz-que-atual-situacao-de-portugal-e-oportunidade-para-investidores-da-china
Julho 31, 2011 at 2:17 pm
Paulo, ainda não consegui perceber o que te leva a dizer que esta ADD é melhor do que a anterior. É que, a meu ver, ela é igualzinha à anterior. Pensarão que somos parvos?
Portanto, o ambiente, além de continuar irrespirável entre colegas da mesma escola, vai agora alastrar à escola do lado (uma pergunta a propósito deste aspecto: quem tiver de se deslocar para ir assistir a aulas de escolas que fiquem a km de distência vai ter ajudas de custo e horário para isso?).
Isto só se resolveria se o governo tivesse optado por um modelo de ADD simples e eficaz criado de raiz, em vez de optar por mandar poeira para os olhos, mudando o nome da papelada, mas mantendo a avaliação entre pares e a burocracia toda.
Recuperar o bom ambiente? Tirar poder aos directores, ou fiscalizar a sua acção, tem de ser o primeiro passo.
Julho 31, 2011 at 2:37 pm
A política, em Portugal, serve de desculpa para tudo, até para destruir uma classe, a educação, um povo. Os nossos políticos, mesmo aqueles que que aparecem sob a capa do um grande fervor patriótico, têm o crânio em forma de computador e nunca compreenderão que governar um país não se limita a administrar-lhe analgésicos.
Nós, professores, fomos fracos em determinados momentos – deixámo-nos manusear como uma taxa de juro – e a fraqueza custa sempre muito caro. Votei PPC para me ver livre de Sócrates, mas em consciência sabia que a perspectiva de mudança era ínfima, encantava-me imaginar que tudo seria diferente, mas não me convencia.
Dito isto, parece que tenho aquilo que mereço porque legitimei mais do mesmo (ou quase).
Dito isto,
Julho 31, 2011 at 2:48 pm
#27:Concordo!
Julho 31, 2011 at 2:52 pm
Meus senhores, está na altura de apresentar uma avaliação, não? Sindicatos, professores, opinadores, outros, comentam, criticam, embalam, etc…e não são capazes de construir uma alternativa, de dar um contributo…Há 5 anos que andamos nisto, de desgaste em desgaste,…Toda agente espera para ver, espera decisões e depois crítica e nunca serve. Nada serve.. É um bocadinho deprimente esta postura!
Uma ideia:
Objectivos em Setembro, todos: 1 página
Autoavaliação em Julho, todos
Aulas observadas pelo coordenador – escalão 1, escalão 3, escalão 6 – 2 nos 4 anos do ciclo
Avaliação pelo director
Julho 31, 2011 at 2:59 pm
Aproveitando a ideia(com algumas alterações):
Objectivos em Setembro, todos: 1 página
Autoavaliação em Julho, todos
Aulas observadas pelo coordenador ou outro com formação (nos casos de candidatura ao MB e ao Excelente ou sempre que houvesse algo que o justificasse.
Avaliação pelo director e grupo de profs (como acontecia anteriormente a este modelo).
Julho 31, 2011 at 3:00 pm
VOU PLANTAR FLORES NOVAS, AMARELAS, ENCARNADAS, MATIZADAS.
OS VASOS SÃO OS MESMOS, A MESMA TERRA, A QUAL VOU MEXER BEM E AVIVAR COM ADUBO DE BOLINHAS AZUIS.
Pergunto: as flores vingarão em tal cama? Podem vingar, mas:
“O novo modelo de ADD que aí virá até pode ser melhor (acho que sim, sinceramente) do que o anterior. Mas, ao não ter sido assumida uma ruptura clara com o passado, tudo nascerá em terreno envenenado e dificilmente crescerá de forma sadia.”
Julho 31, 2011 at 3:05 pm
O Alberto João Jardim berra na tv que não pára enquanto não se libertar do colonialismo de Lisboa.
Então e a massa do ‘contenente’????
Julho 31, 2011 at 3:08 pm
Eu, por mim, dava-lhe já a independência.
Até nem acho muito graça à Madeira, aquilo é só lagartixas…
(desculpem os colegas da Madeira)
Julho 31, 2011 at 3:09 pm
Ai o Portas vai fazer um’ hospetal’ na Madeira?
Julho 31, 2011 at 3:10 pm
O que é que ele tem contra o casamento gay? Se ainda fosse contra o casamento, eu até entendia…
Julho 31, 2011 at 3:11 pm
Está a embirrar com a burguesia rica disfarçada de esquerda.
Julho 31, 2011 at 3:13 pm
Quem é o grupo exótico da televisão do ‘contenenete’??
Julho 31, 2011 at 3:14 pm
O homem hoje também só embirra com os ingleses. Ai os turistas…
Julho 31, 2011 at 3:15 pm
(este meu avatar é uma graça, não desfazendo…)
Julho 31, 2011 at 3:17 pm
#30
Espanta-me a passividade com que agora se aceita essa coisa absurda a que chamam objectivos individuais, sobretudo se recordarmos que foi a sua recusa em massa que esteve na origem da maior contestação colectiva dos professores contra o governo de que há memória em Portugal.
Fico perplexo que se queira aferir o trabalho dos professores como se avalia o dos vendedores de automóveis ou outros profissionais que trabalham numa lógica muito diferente da nossa. Como se os objectivos de cada professor não fossem os da escola em que está integrado, como se fizesse algum sentido cada um ser avaliado, não em função de critérios comuns a todos, mas a partir do que se lembrou de escrever numa folha de papel.
Objectivos individuais na profissão docente não fazem sentido. Objectivos a nível de escola talvez, se não forem uma forma de subalternizar o currículo nacional e as aprendizagens fundamentais em favor do folclore e das macacadas em prol do caciquismo local.
Julho 31, 2011 at 3:19 pm
DL 106/98
Artigo 6.º Direito ao abono
Só há direito ao abono de ajudas de custo nas deslocações diárias que se realizem para além de 5 km do domicílio
necessário e nas deslocações por dias sucessivos que se realizem para além de 20 km do mesmo domicílio.
Artigo 7.º Contagem de distâncias
As distâncias previstas neste diploma são contadas da periferia da localidade onde o funcionário ou agente tem o
seu domicílio necessário e a partir do ponto mais próximo do local de destino.
Artigo 18.º Meios de transporte
1 – O Estado deve, como procedimento geral, facultar ao seu pessoal os veículos de serviços gerais necessários às
deslocações em serviço.
2 – Na falta ou impossibilidade de recurso aos meios referidos no número anterior, devem utilizar-se
preferencialmente os transportes colectivos de serviço público, permitindo-se, em casos especiais, o uso do
automóvel próprio do funcionário ou agente ou o recurso ao automóvel de aluguer, sem prejuízo da utilização de
outro meio de transporte que se mostre mais conveniente desde que em relação a ele esteja fixado o respectivo
abono.
Artigo 20.º Uso de automóvel próprio
1 – A título excepcional, e em casos de comprovado interesse dos serviços nos termos dos números seguintes,
pode ser autorizado, com o acordo do funcionário ou agente, o uso de veículo próprio nas deslocações em serviço
em território nacional.
2 – O uso de viatura própria só é permitido quando, esgotadas as possibilidades de utilização económica das
viaturas afectas ao serviço, o atraso no transporte implique grave inconveniente para o serviço.
3 – Na autorização individual para o uso de automóvel próprio deve ter-se em consideração, para além do
disposto no número anterior, o interesse do serviço numa perspectiva económico-funcional mais rentável.
4 – A pedido do interessado e por sua conveniência, pode ser autorizado o uso de veículo próprio em deslocações
de serviço para localidades servidas por transporte público que o funcionário ou agente devesse, em princípio,
utilizar, abonando-se, neste caso, apenas o montante correspondente ao custo das passagens no transporte
colectivo.
Artigo 21.º Uso de automóvel de aluguer
O transporte em automóvel de aluguer só deve verificar-se nos casos em que a sua utilização seja considerada
absolutamente indispensável ao interesse dos serviços e mediante prévia autorização.
Artigo 22.º Casos especiais
1 – Em casos especiais, e quando não for possível ou conveniente utilizar os transportes colectivos, pode ser
autorizado o reembolso das despesas de transporte efectivamente realizadas ou o abono do correspondente
subsídio, se for caso disso, mediante pedido devidamente fundamentado a apresentar no prazo de 10 dias após a
realização da diligência.
2 – Para efeitos do pagamento dos quantitativos autorizados, os interessados apresentam nos serviços os
documentos comprovativos das despesas de transporte ou os boletins itinerários devidamente preenchidos.
Artigo 26.º Âmbito das despesas de transporte e modos de pagamento
As despesas de transporte devem corresponder ao montante efectivamente despendido, podendo o seu
pagamento ser efectuado nas formas seguintes:
a) Através de requisição de passagens às empresas transportadoras, quer directamente por reembolso ao
funcionário ou agente;
b) Atribuição de subsídio por quilómetro percorrido, calculado de forma a compensar o funcionário ou agente da
despesa realmente efectuada.
Artigo 27.º Subsídio de transporte
1 – O subsídio de transporte depende da utilização de automóvel próprio do funcionário ou agente.
2 – Para além do subsídio referido no número anterior, são fixados por despacho do Ministro das Finanças outros
subsídios da mesma natureza, designadamente para percursos a pé, em velocípedes, ciclomotores, motociclos e
outros.
3 – O abono dos subsídios de transporte é devido a partir da periferia do domicílio necessário dos funcionários ou
agentes.
4 – A revisão e alteração dos quantitativos dos subsídios de transportes são efectuadas anualmente no diploma
previsto no artigo 38.º
Julho 31, 2011 at 3:20 pm
Sinceramente, não acho que o próximo, nem os futuros próximos, modelos de ADD já melhores.
Por mais voltas e floreados que se dê ao próximo modelo, ele estará sempre subordinado a um postolado, a saber: economicista.
Assim sendo, e considerando a natural e justa expetativa individual depressa chegará o desânimo e posteriormente o conflito entre os pares quando for percetivel nos próximos anos de que a progressão não está condicionada pelo seu desempenho e ainda que haja algumas,poucas, progressões,elas serão sempre os mesmos ( os muito excelentes, obviamente, tb muito discutíveis).
Julho 31, 2011 at 3:23 pm
Postulado, obviamente
Julho 31, 2011 at 3:31 pm
# 40
Tem razão.
“Como se os objectivos de cada professor não fossem os da escola em que está integrado, como se fizesse algum sentido cada um ser avaliado, não em função de critérios comuns a todos, mas a partir do que se lembrou de escrever numa folha de papel”.
O trabalho do professor tem de estar ligado aos da escola. Por isso, esse documento (que parece terá o nome de Programa Educativo do professor) pode desaparecer.
Julho 31, 2011 at 3:32 pm
#41 bem visto…
Mas pq raio esta ADD é melhor que a anterior?
-pq os ciclos sao em média de 4 em 4 anos? (é a única coisa menos negativa)
-pq os gajos das escolas ao lado ja não nos odeiam? (tenho mais amigos na escola ao lado do q na minha)
– pq agora as aulas assistidas sao obrigatorias?
devem estar a brincar comigo
Julho 31, 2011 at 3:35 pm
pessoal quem for até à escola ao lado dar uma volta que vá de TAXI
táxi para todos já
Julho 31, 2011 at 3:37 pm
Estou para ver se esta bolsa de professores avaliadores resultará de nomeação, nomeadamente dos que tiveram de desempenhar o cargo de relator.
Julho 31, 2011 at 3:39 pm
Explicitamente, em qualquer ADD não aceito ser avaliado por pessoas que não reconheço serem melhores ou não saberem mais do que eu; ou seja, quero que haja legitimidade, e portanto, quero escolher a pessoa que reconheço ter mais conhecimentos e competências do que eu, para me avaliar.
Acho que este sentimento é comum a muitos professores.
Julho 31, 2011 at 3:40 pm
Deve ser como a bolsa de classificadores de exames. Até ao momento, não se viu um “tusto” das deslocações (dos exames já se sabe) que têm sido várias: dias de (des)formação; buscar/entregar exames 1ª fase; buscar/entregar exames 2ª fase.
Julho 31, 2011 at 3:40 pm
A “avaliação externa” e um “pormaior” importante
Quando o PSD e Nuno Crato andavam nos treinos para serem respectivamente governo e ministro da educação desse governo, apresentavam como solução mágica para o imbróglio da ADD aquilo a que chamavam avaliação externa. Nada de professores a avaliar colegas, nem de promiscuidades entre avaliadores e avaliados a competirem pelas mesmas vagas.
Era então a moda das “agências” que o Estado contratava: uma para avaliar professores, outra para fazer os exames nacionais, mais umas quantas para isto e para aquilo. Em tempo de crise, um negócio seguro para “empreendedores”, devidamente ancorados no Estado, como convém desde sempre ao capitalismo nacional.
Mas agora devem ter descoberto que não há dinheiro para a festa, e os mandantes que tiraram de lá os socratinos para meterem estes fizeram-no precisamente para evitar que continuassem os números de ilusionismo destinados a gastar o dinheiro que não há. Chegaram então à mesma “evidência” a que os socratinos haviam chegado muito antes: a forma mais barata de ficcionar uma avaliação de professores é pô-los a avaliar-se uns aos outros.
E assim chegamos a esta ideia peregrina de uns professores irem avaliar outros à escola mais próxima. Mas achar que isto é substancialmente diferente do que está actualmente e chamar-lhe avaliação externa é enganar as pessoas.
Eu continuo afirmar o que disse desde o princípio: uma ADD nos moldes em que insistem em a querer fazer, com classificações quantitativas de inúmeros parâmetros, com aulas assistidas para quase toda a gente, com efeitos em concursos, progressões, serviço e por aí fora, para justa e exequível custa muito dinheiro e leva anos a implantar, pois pressupõe formação e experimentação antes da generalização e envolveria muita gente com redução total ou parcial da componente lectiva. Estou convencido que os custos seriam sempre muito superiores aos eventuais e discutíveis ganhos.
Julho 31, 2011 at 3:41 pm
pessoal usem o táxi pague a escola
quem disse que tem de usar o carro?
Julho 31, 2011 at 3:44 pm
Os ciclos de 4 anos se incluírem aulas observadas em todos; recolha de evidências e as coisas do costume vai ser horrível na mesma.
Julho 31, 2011 at 3:51 pm
Os avaliadores deverão ser os “mais velhos” por causa da redução da componente lectiva. Não deverão ser suficientes, pois o pessoal tem estado a reformar-se ou a pedir a reforma.
É que para ir avaliar os outros colegas têm de haver redução na componente lectiva. Isto não interessa ao governo.
Para ser uma bolsa a nível nacional também não é viável ppelos gastos que implica.
Terão de ser criadas contrapartidas para os avaliadores. QUAIS?
Julho 31, 2011 at 3:52 pm
Os objectvos servem para o professor focar a sua actividade, servem para balizar e nortear o professor. Ele tem os da escola, sim. Mas terão todos os objectivos ser os mesmos para todos os professores, de igual forma, na mesma medida? Creio que não!
Julho 31, 2011 at 3:57 pm
Quaisquer que sejam as alterações, não vejo como escapar à tendência obsessiva da avaliocracia que vão se entranhando nos sistemas sociais. Quanto às quotas na ADD, não vejo como escapar já que existem em (quase) toda a função púlica, mesmo que lhe chamem outro nome…
Julho 31, 2011 at 3:59 pm
#51: Para quem era contra a avaliação por par,não está nada mal…
Os pares se forem da escola de outra esquina já são bons,logo toda a questão se resume à eterna luta entre o Bem e o Mal.
Não tenho idade para novelas.
Julho 31, 2011 at 4:03 pm
Mas este governo havia de mudar a ADD porquê?
Não foi o PSD que teve oportunidade de votar contra, quando o assunto foi levado ao parlamento, e não o quis fazer?
Alguma vez o PSD ou CDS, estiveram dispostos a acabar com esta farsa?
Alguam vez estes partidos, estão preocupados com o que se passa nas escolas e com a qualidade do ensino?
Alguém destes partidos,se preocupa ou quer saber, com o que os professores passam num dia -a -dia, dentro duma sala de aula, convencendo os filhos de uma grande parte dos portugueses, que têm que trabalhar, para alcançar bons resultados?
A demissão de muitos pais, é enorme, perante o papel que deveriam ocupar junto dos filhos, no sentido de lhe incutir, a responsabilidade e o esforço perante o estudar. Passou a ser a escola, na figura dos professores a fazerem sózinhos esse trabalho.
Como se isso não fosse já por si um trabalho extraordinário, perante a missão que deve ser a esssencial, (ensinar, transmitir conhecimentos, preparar para a vida), a escola passou a partir de determinada altura, ter que aprender a saber conviver, não só com a indiferença de muitos alunos e pais, perante a escola,como com o desprezo e igualmente indiferença, com que o governo anterior, e estes igualmente, vêem a imagem do professor. Um simples funcionário público, igual a qualquer outro.
Como até agora, ninguém se tem interessado, pelo caos a que a escola chegou, e pelos resultados que a mesma demonstra, no que respeita aos saberes dos alunos, isso poderia significar, na parte deste governo, uma viragem e um sentido diferente de fazer. Parece que não. O grande problema e missão mais urgente, é afastar professores das salas de aula, que tiraram um curso para leccionar e, colocarem os mesmos, a avaliar professores. Quer sejam de escolas do mesmo agrupamento, ou outras, serão sempre professores das escolas públicas portuguesas, que não estão a trabalhar com alunos.
Se no privado a avaliação dos professores é diferente e resulta, porque não se faz o mesmo?
Parece ser simples: Não se faz, porque a preocupação, não é a qualidade do trabalho do professor, pois se fosse, ao ter M Bom ou Exc, passaria de escalão. Até com Bom, porque é uma boa nota. Mas ainda assim, não passa, porque existem as quotas, e o número será muiiiiiiiiito reduzido de professores a entrar, ainda que tenham estas notas.
A grande questão é que não querem pagar aos professores, o que eles têm direito.
Conseguiram arranjar uma armadilha, a milhares de técnicos superiores, que investiram anos e anos a fio na sua formação, continuam a investir, uns melhores outros piores, mas capazes na sua maioria de desenvolver um trabalho sério.
A isto chama-se desprezo por uma classe, que muito importante é, e muito influencia, os futuros cidadãos deste país.
Não acredito que a forma como os políticos portugueses olham actualmente para os professores, não possa influenciar estes, no futuro na sua conduta, de forma desmobilizadora.
Aguardamos!..
Julho 31, 2011 at 4:03 pm
Uma análise rápida aos famosos 7 princípios:
1.º Princípio. …..o MEC salienta que NINGUÉM SERÁ PREJUDICADO na fase de transição.
…..Deste modo, no futuro e aquando do descongelamento da carreira, nenhum professor avaliado pelo modelo actual será prejudicado.
Falso: todas as trafulhices já foram feitas em tempo oportuno.DEMAGOGIA PURA.
2.º Princípio. OS CICLOS DE AVALIAÇÃO SERÃO MAIS LONGOS….
Pacífico mas vai implicar mais trabalho de todos e algumas questões técnicas delicadas.
3.º Princípio. O PROCESSO SERÁ DESBUROCRATIZADO, baseando-se em elementos simples para o avaliado – Programa Educativo do Professor e Relatório de Auto-Avaliação.
FALSO. Vai implicar mais burocracia ainda.
4.º Princípio. HIERARQUIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO com REFERÊNCIA EXTERNA, a fim de eliminar conflitos de interesses entre avaliadores e avaliados. Os avaliadores terão de pertencer a um escalão mais avançado que os dos respectivos avaliados. As aulas observadas serão efectuadas por professores do mesmo grupo disciplinar, mas exteriores à escola do professor avaliado.
Aqui então vai ser lindo de ver; e continuam os conflitos de interesses sim.
5.º Princípio. VALORIZAÇÃO DAS COMPONENTES CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA em sala de aula, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares.
Feita por quem e com que formação?
6.º Princípio. O estabelecimento de um QUADRO OBJECTIVO DE ISENÇÕES DE AVALIAÇÃO, para situações concretas;
Esperar para ver….
7.º Princípio. Um SISTEMA DE ARBITRAGEM expedito para os recursos.
Esta só pode ser mesmo para rir.
Julho 31, 2011 at 4:05 pm
#55
Admito que tenha razão, no sentido em que, por exemplo, um professor de Matemática poderá ter objectivos diferentes de um de EF, já que a comunidade educativa espera de ambos coisas diferentes.
Mas indo por esse caminho, deverão ser os órgãos dirigentes da escola a assumir essas diferenças, não cada professor isoladamente a definir o que pretende fazer.
Julho 31, 2011 at 4:09 pm
#57: Princípios…Deixa-me rir…
Julho 31, 2011 at 4:11 pm
#45,
tal como o resto da plebe não sei o que é o Programa Educativo do Professor mas cheira-me que não são só os objectivos do Projecto Educativo de Escola/Agrupamento. Terá, provavelmente, de incluir a formação e outras coisas do género. Tendo em conta o linguarejar economês, será mais um plano de acção do que uma lista de objectivos que se copiam do Projecto Educativo. Mas isso sou eu cá a pensar com os meus botões porque isto é noite e eu não paguei a conta da EDP 😀
Julho 31, 2011 at 4:20 pm
# 59
no ponto 4º, quando começarem a esbarrar na realidade, as dificuldades e as “impossibilidades” surgirem, é só acrescentar “sempre que possível”.
Não foi o que fizeram na última alteração à ADD?
Esta “nova” ADD, é a continuação da manta de retalhos que já existia e vai ser constantemente remendada.
Fico a aguardar …
Julho 31, 2011 at 4:45 pm
Se fossemos uma classe unida…
Julho 31, 2011 at 5:12 pm
Duas perguntas, valendo 50 pontos cada:
1ª: Na sua opinião, o que contribuiu para que uma União – nunca antes vista de uma classe profissional tão numerosa como a dos professores – contra um modelo de avaliação e um ECD, à partir de determinada altura, fosse praticamente desfeita na sua totalidade?
2ª: Na sua opinião, considera que o actual modelo de avaliação é recusado ou aceite pela maior parte dos professores?
…
Sabem, eu acho que tornou-se conveniente para muitos dizer que a culpa de muito do que se passou é do partido A ou do partido B; das políticas eduquesas ou menos românticas; dos Sindicatos mais ou menos politizados; dos ministros que já lá estiveram e dos que ainda estão a chegar; das políticas mais à esquerda ou mais à direita.
O problema é que, independentemente da responsabilidade que partidos, políticas, sindicatos e ministros têm no cartório – e não é pouca – , não podemos escamotear uma realidade:
– Os mesmos professores que lutaram contra um ECD e um modelo de avaliação até meados de 2009, deixaram de lutar, na sua grande maioria, à partir dessa altura.
O que infelizmente verifico – desde há muito – é que a maior parte dos colegas “acomodou-se à nova realidade”.
Passaram a achar que não valia mais a pena lutar por algo que lutaram tão energicamente até 2009.
E vale muuuuito a pena tentar entender o que mudou desde essa altura.
…
De resto – e abrindo uma excepção à uma promessa minha – dizer apenas que entre esta realidade que vivemos – sem sócrates – e a que vivíamos – com sócrates -, acho até absurda a comparação.
E confirmo o que venho dizendo há algum tempo:
– Para alguns, como o António Duarte, era preferível continuar a ter sócrates no poder.
E, como diz o outro, “- São opções e há que saber respeitá-las.”
Seria importante é que os que não se importavam de continuar com sócrates no poder saibam também respeitar quem, juntamente com a maioria do povo que votou, preferiu não ter que aturar por mais tempo um verdadeiro salafrário.
…
Julho 31, 2011 at 5:37 pm
O facto de o M.E. não ter suspendido a anterior avaliação está-me a colocar muitas dúvidas acerca do que deva ou não colocar na minha auto avaliação. Mais do que Bom não tenho porque não pedi observação de aulas. Menos de Bom também não. A minha dúvida é a seguinte, será que o que eu escrever ou não escrever nesta auto avaliação irá de alguma maneira condicionar o meu futuro profissional? Vou explicar melhor: houve algumas coisas que eu fiz nestes dois anos (mestrado, apresentações em congressos, e mais uns escritos…) que eu tenho algum pudor em colocar na minha auto avaliação, até porque no meu grupo disciplinar, fora os contratados, ninguém pediu observação de aulas e ninguém tem mestrado nem publicações…
Será que poderei fazer uso em futuras avaliações dessas “actividades complementares” se não as referir agora?
Obrigada
Julho 31, 2011 at 5:41 pm
Desculpa Paulo, mas ainda não consegui entender o que te leva a dizer que esta ADD é melhor do que a anterior. Apesar dos 7 princípios serem muito vagos adivinha-se que venha por aí algo muito preocupante.
Tenho conversado com muitos colegas de várias escolas. Tenho lido muitos comentários/ reflexões em blogs e fóruns de colegas e o sentimento é o mesmo : muita apreensão, revolta e desilusão.
Se se vier a consumar o que se prevê, o início da escola em Setembro irá ser muito conturbado. Existem colegas que me afirmaram que em certas escolas poderemos estar perto de uma espécie de ” guerra civil ” .
Bom…será isso que o MEC pretende, a instalação do caos?
Julho 31, 2011 at 5:45 pm
#65
“…era preferível continuar a ter sócrates no poder.”
Nunca o pensei, disse ou escrevi. Ninguém detesta mais a figura, e o que ela representa, do que eu. E já acho importante que alguma coisa mude, nem que sejam as moscas.
Agora não tenho é idade para ter ilusões acerca do PSD e das virtualidades de um seu governo. E se outros, que se iludiram, tentam levar outros pelo mesmo caminho eu, democraticamente, faço ouvir a minha discordância.
Quem não gosta, paciência.
Julho 31, 2011 at 5:53 pm
Este fará o que nem o outro teve coragem!
Despedimentos: indemnizações vão baixar para 10 dias Redução do valor das indemnizações passa, numa primeira fase, pelos novos contratos e, para o ano, para a sua totalidade: novos e contratos já existentes O pontapé de saída neste processo vai ter início, com a apresentação da proposta de lei no Parlamento que reduz de 30 para 20 dias as indemnizações por despedimento, no que diz respeito aos novos contratos. Mas a grande novidade passa por alterações já para o ano que vem, mudanças que poderão passar por uma redução dessa indemnização para dez dias.
Julho 31, 2011 at 6:09 pm
#30,
“Meus senhores, está na altura de apresentar uma avaliação, não?”
Deprimente, deprimente (é repetição enfática, não gaguejo) é achar que os professores ou simples comentadpres são pagos para fazerem as tarefas do governo!
Não abdico do meu direito à crítica e, quanto a mim, este ministério poderia ter vergonha das propostas que apresentou.
Os outros descobriram o projecto educativo da escola e estes querem acrescentar-lhe o individual, afirmando-se contra a burocratização e o “eduquês”!
Nem a Isabel se terá lembrado dessa, quando prometeu rever esta ADD, no fim do ciclo!
E a observação por pares fora da escola?! Revela uma imaginação confrangedora, tipo: não querem os colegas dali, enviamos os dacolá!
Entretanto, “legalizou” o processo kafkiano desta ADD, não a suspendendo!
Julho 31, 2011 at 6:13 pm
#69
dez dias não. Zero(0) dias
Julho 31, 2011 at 6:29 pm
#69 quando eu dizia neste blogue que vinha por ai o fim da escola publica com despedimentos em massa para passarem a contratarem a geracao rasca a 500€ diziam que eu era demagogo..
já agora … quais sao as 2 contra-propostas da fne e fenprof para este modelo apresentado pelo sr. Crato ?
nao existem por aqui no blogue sindicalistas de alta patente para satisfazer a curiosidade dos zecos?
Julho 31, 2011 at 6:42 pm
#71:Tudo se prepara para isso…
Julho 31, 2011 at 6:45 pm
Não me apetece comentar nada mais do que está no post.
Se o fizesse, talvez fosse indelicado.
E o domingo está quente e aprazível q.b.
Julho 31, 2011 at 6:54 pm
Sobre o imbróglio:
Julho 31, 2011 at 6:57 pm
Só concordo com aulas assistidas se tiver a oportunidade de assistir primeiro às aulas do espectador- avaliador. É necessário conhecer os gostos do dito cujo para apostar numa aula excelente.
Julho 31, 2011 at 7:55 pm
#68, António Duarte, diz:
“… Ninguém detesta mais a figura, e o que ela representa, do que eu. E já acho importante que alguma coisa mude, nem que sejam as moscas.”
– Julgo que fiquei esclarecido: o António preferia que PPC ganhasse a sócrates. Mas que fosse com os votos dos outros.
“Agora não tenho é idade para ter ilusões acerca do PSD e das virtualidades de um seu governo.”
– Eu, se calhar, ainda tenho. Posso não estar à espera de milagres ou de já estar preparado para mais do mesmo, mas ter certezas “só porque estes são de direita”… não, efectivamente não consigo: Não sou de rótulos ou de ideias fixas. E também não me considero excessivamente ingénuo – ao contrário dos que tudo sabem e que vivem clamando as suas certezas com a sobranceria evidenciada no “eu bem vos disse” ou no “eu bem avisei” -, mas tal como na altura do Memorando e posteriormente do Acordo, eu preferi inicialmente dar o benefício da dúvida aos Sindicatos. Achei que era o mais correcto a fazer, apesar deles discordar. Acabei por arrepender-me, ou seja, aprendi com o erro. E já sei que pelo menos em alguns não posso mais confiar, enquanto prioridades políticas estiverem à frente dos interesses dos professores.
“E se outros, que se iludiram, tentam levar outros pelo mesmo caminho eu, democraticamente, faço ouvir a minha discordância.”
– Certamente não te referes a mim pois nunca fiz apelos e não me iludi: já disse que voltava atrás e votava nos mesmos, sem pestanejar.
E sabes porque? Porque, tal como tu, “achava importante que alguma coisa mudasse”.
E, utilizando as tuas palavras, para que pelo menos “mudassem as moscas”, alguém teve que fazer o “trabalho sujo”.
Para que hoje possas aqui, ladeado de chicos-espertos e de figuras como o Maverick-Vassalo-Vargas, vangloriares-te de uma esperteza verdadeiramente saloia.
…
Julho 31, 2011 at 7:59 pm
Este programa que nos mandarão elaborar também poderá ter rectificações ao longo do ano (o governo já tenciona apresentar dois orçamentos rectificativos) ou só se destina a confrontar-nos com as nossas próprias incapacidades de prever o futuro e penalizar-nos por isso? E depois ir-nos-ão pedir quantas evidências (claro que, para fingirem que são diferentes, não lhe vão chamar isso. Talvez “provas”, para serem “originais”…) para se medir as promessas iniciais e os resultados finais?!
Eu penso que seriam menos ridículos se, simplesmente, pedissem uma declaração tipo “juro por minha honra que cumprirei com lealdade…”
Muito sinceramente, esta alternativa de ADD está a fazer-me lembrar a confusão/estupidez que se passou com o Estatuto do Aluno.
Julho 31, 2011 at 9:51 pm
Muito bem dito! Bravo! Apoiado! Esta coligação que agora chegou ao governo teve a sua oportunidade… e perdeu-a!
Nada esperava do PSD, bem pelo contrário! Mas daqueles em quem votei esperava mais coerência…o futuro começa agora!
Julho 31, 2011 at 11:51 pm
Pois os “ambientes” nas escolas estão cada vez mais hostis!
“Puxa-se a manta de um lado e destapa-se do outro”
Não só pela ADD mas principalmente devido a ela.
Sobretudo aquele valor extra para usar nos concursos!!
Vale como cobertura de um ano após a profissionalização.
E então dois valores?!
É que um professor só é “muito bom” ou “excelente” se o director concordar!
Sobre política na escola tenho a dizer que saí muito queimado quando apoiei um colega, candidato a director, que veio a perder.
Estou cansado, saturado e sem energias para tanta léria de ADD.
Isto de propostas, contra propostas e negociações desta ou de outra é tudo uma enorme perda de tempo.
Assim não se pode ser professor!
Agosto 1, 2011 at 12:50 am
#78 serenadoutora,
Ainda a vou ter que ir avaliar.
Agosto 1, 2011 at 12:52 am
#78 serenadoutora,
Ainda vou ter de ir avaliá-la.