… um bruáááá… e se já há avaliações mal feitinhas de tão apressados os prazos? E se, à luz das novas indicações, se (re)descobre que no ciclo avaliativo anterior houve escolas a contabilizar a assiduidade de forma diferente e os asteriscos foram falseados devido a critérios diferentes?

E este é daqueles parâmetros que deveria ser objectico.

Agora pensem na manta de retalhos em que está a forma de apresentar evidências e de as mesmas serem avaliadas...

Há quem peça a simples menção da actividade realizada para atribuir um Muito Bom e há quem peça documentação sobre o processo de realização da actividade para um mero Bom.

Há quem exija um RAA de texto corrido, há quem o peça dividido por dimensões e quem o queira subdividido em domínios. Tudo teoricamente para seis páginas mas… lá vem truque – resguardando-se na possibilidade dos relatados incluírem os anexos que julguem necessários. Oitenta páginas foi-me contado por amigo aqui do deserto que viu um RAA, todo anexado. Sem ser para mérito, sequer.

Garanto que há quem tenha entregue, para além do porta-folhas-dossiê, uma dezena de dêvêdês.

Mas desde que os doutores Cavaco Silva, Nogueira Leite e Marques Lopes achem que assim é que é, os monos que se aguentem, em especial os contratados, mais precários, mais frágeis e mais vulneráveis a todo o tipo de desmandos.

Hoje contava-me um colega que, algures pelo centro, uma colega contratada viu a classificação ser condicionada no ano anterior por estar com redução de horário, por motivo de aleitamento. Que descobriu isso em Agosto e não conseguiu encontrar apoio jurídico institucional (notem como evito afrontar os nossos representantes…) em duas organizações representativas e acabou por comer e calar.

Isto é uma palhaçada.

A peça de ontem da DGRHE – querendo moralizar as coisas – apenas ajudou a destapar as vergonhas que por aí andam.

Será que chega a tempo de se perceber o fétido odor?