… um bruáááá… e se já há avaliações mal feitinhas de tão apressados os prazos? E se, à luz das novas indicações, se (re)descobre que no ciclo avaliativo anterior houve escolas a contabilizar a assiduidade de forma diferente e os asteriscos foram falseados devido a critérios diferentes?
E este é daqueles parâmetros que deveria ser objectico.
Agora pensem na manta de retalhos em que está a forma de apresentar evidências e de as mesmas serem avaliadas...
Há quem peça a simples menção da actividade realizada para atribuir um Muito Bom e há quem peça documentação sobre o processo de realização da actividade para um mero Bom.
Há quem exija um RAA de texto corrido, há quem o peça dividido por dimensões e quem o queira subdividido em domínios. Tudo teoricamente para seis páginas mas… lá vem truque – resguardando-se na possibilidade dos relatados incluírem os anexos que julguem necessários. Oitenta páginas foi-me contado por amigo aqui do deserto que viu um RAA, todo anexado. Sem ser para mérito, sequer.
Garanto que há quem tenha entregue, para além do porta-folhas-dossiê, uma dezena de dêvêdês.
Mas desde que os doutores Cavaco Silva, Nogueira Leite e Marques Lopes achem que assim é que é, os monos que se aguentem, em especial os contratados, mais precários, mais frágeis e mais vulneráveis a todo o tipo de desmandos.
Hoje contava-me um colega que, algures pelo centro, uma colega contratada viu a classificação ser condicionada no ano anterior por estar com redução de horário, por motivo de aleitamento. Que descobriu isso em Agosto e não conseguiu encontrar apoio jurídico institucional (notem como evito afrontar os nossos representantes…) em duas organizações representativas e acabou por comer e calar.
Isto é uma palhaçada.
A peça de ontem da DGRHE – querendo moralizar as coisas – apenas ajudou a destapar as vergonhas que por aí andam.
Será que chega a tempo de se perceber o fétido odor?
Julho 7, 2011 at 3:01 pm
Não, Paulo! O odor já se percebe há muito… O que existe é muito nariz com sinusite……
Esta avaliação está putrefacta há muito, só não sente quem não quer.
Julho 7, 2011 at 3:07 pm
Será que Nuno Crato aceitará ser co-responsável pelos resultados desta vergonha?
…
Julho 7, 2011 at 3:11 pm
Maurício, pelos vistos já a ratificou. Política oblige…Ou, conselheiros do ME sabem muito….
Julho 7, 2011 at 3:12 pm
Plenamente de acordo…
Julho 7, 2011 at 3:14 pm
A minha relatora não percebia um boi do que eram/são as evidências, claro que como eu não pedi * ela não estava muito preocupada 😉 Contudo o sentimento era generalizado na escola, de tal modo que a entrega da fichinha foi adiada por várias vezes.
Ao ver as fichinhas de outros colegas, aqueles candidatos aos ***, fiquei… “aborrecido” (a palavra que eu queria mesmo escrever também acabava em ido…). Então não é que colocaram lá como evidências actividades/grupos em que só deram o nome no início do ano!?!?!? Num sítio normal tal não passaria mas ali, se calhar como em muitas escolinhas, reina o caos e os relatores são incapazes e não estão para se chatear (pelo menos na minha).
Peço desculpa pelo desabafo mas já estou farto de compadrios e “Agora o excelente/muito bom é para ti e para o ano é para mim”…
Julho 7, 2011 at 3:21 pm
#5
Concordo plenamente com a descrição destes “Chicos espertos”, Na minha escola um grupo disciplinar fez uma actividade e convidou uma turma do 1º ciclo, estiveram na escola 45 minutos.
Quem fez a actividade apresentou o respectivo relatório como dinamizador e de acordo com o que constava no PAA, as colegas do 1º ciclo que foram convidadas também o apresentaram. E Agora ??
Antes da avaliação isto não acontecia!!
Não suporto este tipo de oportunismo !
Julho 7, 2011 at 3:22 pm
uma vergonha o comportamento de muitos professores, relatores (que decepção) e muitos directores.
Mts e mts mais papistas que o Papa
Julho 7, 2011 at 3:30 pm
parece um filme de terror:
uma mãe a mastigar ruidosamente uma pastilha elástica, uma mãe geração sócrates, a discutir com a prof que nem sabe o que dizer para além de lhe explicar que é sim e agora a discutir com o marido que apareceu entretanto. A filha é a mais educada e tranquila mas com uma mãe assim geração sócrates vai acabar por ficar como a mãe. É um filme de terror. Eu não sou daqui. Eu não sô daqui. As agências têm razão: portugal vai falir.
Julho 7, 2011 at 3:33 pm
fiquei com tonturas só de assistir a isto. dói-me a cabeça, sinto-me agoniado, é um filme de terror. só sei que sei uma coisa: as agências estão certas.
Julho 7, 2011 at 3:35 pm
acabem com as agências hoje – acho genial – porque amanhã outros constatarão as evidências. morram as agências morram. pim!
Julho 7, 2011 at 3:37 pm
Surreal!
Isto é mesmo surreal!
Ele são anexos e anexos ao RAA…
É a vergonha completa das evidências!
Que classe profissional esta!
Como é que se pode mobilizar toda esta gente para algo?
O pãnico que está a ser fazer a porcaria de 1 relatório de 6 páginas, quando as actas e PCTs e PEIs e balanços de tudo e mais alguma coisa e PCts que têm 200 páginas….
Julho 7, 2011 at 3:39 pm
A equipa de Nuno Crato vai co-responsabilizar-se, assinando/ legitimando o que se passa em cada uma das escolas, no que concerne à avaliação gizada pela anteriores equipas?
Julho 7, 2011 at 3:42 pm
Só me ocorre uma palavra:
PALHAÇADA
Julho 7, 2011 at 3:43 pm
E estes comentários saltam e saltam….
(cont.)
…o pessoal entra em pânico com 6 páginas!!! E consegue ser mais papista que o papa e anexam, e anexam, e anexam….ele é gráficos e tabelas anexas de evidências e cartas de elogio dos EE….
E a telefonarem em pânico a toda a hora e mensagens e e-mails….
Que vergonha!
Julho 7, 2011 at 3:47 pm
isto é surreal mas o país é surreal… aliás! Mas isto é o país verdadeiro! O Portugal real. O Portugal socrático: o Portugal dos ruidosos mastigadores de “chiclete” (agora estou na dúvida se a dôr de cabeça foi causada por assistir a isto ou pelo ruído da mastigação da “chiclete”).
Julho 7, 2011 at 3:47 pm
Não é surreal. É a realidade. 😉
Julho 7, 2011 at 3:49 pm
Se esta palhaçada continua vamos andar todos de máquina fotográfica em punho para “evidenciar”!
Julho 7, 2011 at 3:49 pm
não percebo, não é a lei que obriga a duas a 4 evidências para cada domínio?
mais do que isso o relator deveria ignorar
os colegas só têm culpa se puserem mais do que isto, porque mesmo para este número obrigatório o trabalho que se tem já é mais que suficiente….
Julho 7, 2011 at 3:55 pm
Proponho que este post fique todo o dia (e noite) no topo da página.
Só me apetece chamar nomes :
– aos que conceberam este modelo
– aos representantes dos profs que anuíram com o governo nos acordos
– aos xalentes e mbons que precisam dele para provarem alguma coisa
– ao PR que vetou o diploma
– aos partidos da oposição que propuseram a suspensão e não souberam prevenir o veto
– a este governo que prometeu e não cumpriu
– a Nuno Crato que está cheio de “medo” da opinião pública e dos Pachecos e quejandos
Falta alguém para chamar nomes? Se faltar, digam.
Não ponho aqui os nomes que sou senhora educada, mas imaginem os piores.
Julho 7, 2011 at 3:55 pm
E escreve-se e anexa-se tudo o que vem à cabeça. Inclusivamente, evidencia-se aquilo que é o cerne da profissão. Não entendo!
Mas tenho de ler estas porcarias todas e manter o charme e a cordialidade, quando o que me apetecia era soltar a franga.
Os alunos não merecem isto!
Julho 7, 2011 at 3:58 pm
#19,
Falta mandar a nódoa destes colegas que alinham nisto como se de 1 doença terminal se tratasse para um lugar que não escrevo….
Julho 7, 2011 at 4:04 pm
Muitas frangas à solta… 🙄
Seria uma realidade bem mais interessante.
Julho 7, 2011 at 4:05 pm
16
mas como pode um país de gente assim sequer ser considerado pelos investidores? Tão doudos ou quê? Claro que os suiços têm razão ao dizer que seria escandaloso se Portugal não fosse considerado lixo. E se pensam que acabando com as agências – acho muito bem – resolvem o problema, outros virão substituir as agências e confirmarão o diagnóstico feito a Portugal: lixo.
Julho 7, 2011 at 4:06 pm
é que um governo, este ou outro, não vai conseguir resolver os problemas estruturados por décadas de “eduquês”.
Julho 7, 2011 at 4:15 pm
Já se sabe que não foi ninguém que colaborou nesta palhaçada toda!
E temos um processo kafkiano, um monstro que não se pode parar porque os votos já estão contados!
É só rir.
Ou chorar…
Ou…
Julho 7, 2011 at 4:18 pm
Palhaçada , mesmo !
Tenho a caixa do mail cheia de RAA que me mandam tipo virus .
🙂
Julho 7, 2011 at 4:26 pm
…”Isto é uma palhaçada.”…
É MESMO!
Julho 7, 2011 at 4:37 pm
É também uma vergonha a forma como muitos colegas aqui fazem comentários, não sei, sinceramente, com que tipo de dor.
Aviso já que sou dos relatores, dos delatores, tudo o que queiram chamar. Estou nisto por nomeação que, enquanto funcionário público e perante a lei, é meu dever cumprir.
Mas não admito mais nenhuma etiqueta do que esta. E a razão é simples, eu fui a todas e, como eu, muitos colegas que estão agora com este frete em cima dos ombros, mais os risos escarninhos, exactamente iguais aqueles que muitos tiveram quando foram convidados a descer mais do que uma vez a Avenida e sair à noite das diferntes capitais de distrito, honra seja feita a este blog e a outros que a ele se associaram.
É evidente que nada está bem neste processo, mas também não é correcto procurar o bode expiatório naquele a quem, sem lhe perguntarem se queria o cargo ou não, enfiaram um barrete na testa e enviaram para a rua feito polícia, que mais não é do que isso.
Diria mesmo que, mais uma vez, sem fugir à regra, continuamos a mostrar aquilo que realmente somos, barafustamos como o porteiro do hospital por causa das falhas no serviço e depois mostramos os dentes e desfazemo-nos em risinhos na frente do médico.
Julho 7, 2011 at 4:46 pm
Será que o fétido odor chega aos narizes do PPC e do NC? Ou terão as narinas entupidas? Ou serão afinal de tudo, por muitas boas palavras deitadas ao vento, coniventes com toda esta situação?
Pena que o cheiro nauseabundo não chegue para se entranhar nesses corpos do PPC e do NC.
Julho 7, 2011 at 4:47 pm
Nã…
Julho 7, 2011 at 4:47 pm
Julho 7, 2011 at 4:48 pm
FUI..
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/07/aagora-sao-os-bancos-que-sao-lixonext.html
Julho 7, 2011 at 4:49 pm
#28
Vergonha, também, é a carinha de contente que o porteiro faz por achar que ele é que deixa entrar, ou não, o paciente no hospital.
Julho 7, 2011 at 4:50 pm
Esta avaliação é excelente! Proporciona aos senhores professores uma instrospeção acerca do seu trabalho, uma reflexão do que fizeram e não fizeram, do que correu mal e do que correu bem. Sabem, há professores que fazem muitas coisas e que se esforçam e há outros que nem por isso! Sabiam?
Julho 7, 2011 at 4:55 pm
#34
claro que sabemos, os que se esforçam lutam pelos seus alunos, para que estes aprendam algo, os que “nem por isso” divertem-se a redigir RAAs com milhares de Anexos
Julho 7, 2011 at 4:59 pm
# 34
Então só descobriu isso agora?
Distraído!
Se pudesse… fuzilava, não é?
A vida dá-lhe uma oportunidade de ouro e em vez de a aproveitar, vem aqui dizer baboseiras.
Julho 7, 2011 at 5:01 pm
Não quero usar adjectivo para me referir aos colegas que tanto se esforçam por mostrar que são excelentes. Só gostava que no próximo ano lectivo dessem a esses os cargos, as turmas,os projectos “pesados”.
Julho 7, 2011 at 5:02 pm
Esta avaliação é a catástrofe burocrática e falsificatória que precede e explica qualquer outra catástrofe nossa à vista.
Julho 7, 2011 at 5:04 pm
# 34
Como muito bem referiu: “há professores que fazem muitas coisas e que se esforçam e há outros que nem por isso”, apenas não reparou num pequeníssimo pormenor:
– Este modelo de ADD não permite discriminar a qualidade do trabalho desenvolvido por cada professor. 😀
Declaração de interesses: Não sou professora.
Julho 7, 2011 at 5:05 pm
“28
“É também uma vergonha a forma como muitos colegas aqui fazem comentários, não sei, sinceramente, com que tipo de dor.”
Com dor de rins.
“Aviso já que sou dos relatores, dos delatores, tudo o que queiram chamar.”
Até poderia eventualmente aceitar-se se todos os relatores fossem iguais, se todos fossem delatores, por exemplo.
“Estou nisto por nomeação que, enquanto funcionário público e perante a lei, é meu dever cumprir.” Leitura de férias sugerida como bom remédio contra o funcionalismo extremista: Bartleby.
Quanto ao resto, obrigado pelo esforço e pela dedicação.
#34
O que queria dizer, parece-me, era isto: “Sabem, há professores que passaram a fazer de repente muitas coisas inúteis e que se esforçam para conseguirem excelente e há outros que nem por isso. Sabiam?”
Julho 7, 2011 at 5:11 pm
Vamos trabalhar? Vamos fazer mais e falar menos?
Julho 7, 2011 at 5:14 pm
#28,
Se reparar, no post não se fala em relatores.
Aliás, só tenho aversão a relatores-muito-guerreiros que se acobardaram e não disseram NÂO apesar da prosápia que exibem nestas discussões.
Há uns que pediram escusa e aceitaram a negação – lembremos sempre o Francisco Submarino – e outros que aceitaram com uma espécie de objecção de consciência, quando antes quase batiam em quem aceitava.
Também me dão náuseas os que, dizendo que não, estão mortinhos por avaliar colegas quando eles muito pouco sabem. Alargo esta consideração a membros de CCAD que em nenhum lugar decente chegariam a ter tal responsabilidade, muito menos competência para fazer o que fazem.
Muitos dos outros relatores são boa gente, bons colegas e fazem o que podem.
Julho 7, 2011 at 5:14 pm
# 41
Sim, vá trabalhar que eu pago impostos para que trabalhe e se deixe de baboseiras!
Julho 7, 2011 at 5:16 pm
41 A favor,
…” Vamos fazer mais e falar menos?”…
Boa ideia!
Pode dar o exemplo e ficar caladita sff?
Julho 7, 2011 at 5:18 pm
# 42 Paulo
Poizé!
Aqui ando nos grelhados e “vidências”… Fora exames e “runiões”…
E ainda me aparecem os “a favor” e… outros ziins!
Ai Caramba!
Julho 7, 2011 at 5:48 pm
No fundo o que vai ser avaliado é o RAA mais as evidências e o folclore feito durante o ano. Esta avaliação não motiva os professores, é desprestigiante para a profissão, provoca divisões profundas na classe, descentra a actividade docente do processo ensino/aprendizagem tornando-se ela própria o centro e o objecto principal da actividade docente. Os professres neste momento trabalham para a avaliação e não para os alunos. Por causa da avaliação, os professores estão preocupados em “mostrar serviço”, gladiando-se por protagonismo. As reuniões acabam aos berros e perdeu-se o gosto pela partilha. Sr. Ministro da Educação, por favor, ponha cobro a isto e devolva a paz e o ambiente saudável às salas de professores, para que estes voltem a entrar nas salas de aula com um sorriso nos lábios e com energia para ENSINAR os seus alunos.
Julho 7, 2011 at 5:51 pm
#46
mainada!
Julho 7, 2011 at 6:19 pm
Partilhar com os ******************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************* ?
Julho 7, 2011 at 6:42 pm
Aquela enteléquia milu disse que tinha perdido os professores, mas tinha ganho a opinião pública (ou outra me..da qualquer em troca que a deixou contentinha). Nuno Crato, pessoa que eu estimo, está , a cada dia que passa, a perder os professores nesta avaliação da treta, e tudo em troca de quê?
Julho 7, 2011 at 6:46 pm
#46
tem estado nas minhas reuniões?
Julho 7, 2011 at 6:56 pm
“Estou nisto por nomeação que, enquanto funcionário público e perante a lei, é meu dever cumprir.” Sou coordenador e avaliador, tirei uma licenciatura para ensinar alunos não professores, por isso os meus “avaliados” avaliam-se a eles próprios (como se diz na minha terra deitam os foguetes e apanham as canas), eu só entrego na comissão de avaliação . Estou farto deste filme de terror…
Não pedi aulas e no ciclo de avaliação anterior RECUSEI um MB
desde que concordaram que tudo eram evidências (até um traque)deixei de me preocupar com esta avaliação.
Há colegas a fotocopiar livros de ponto..e não são colegas “velhos” são da fornada do meio da tabela….há muita gente aqui que é só fogo de vista…….
BOAS FÉRIAS
Julho 7, 2011 at 7:13 pm
Recebi agora por e-mail.Não gosto de deixar comentários tão longos mas este merece 🙂
Vem do Brasil . Cá não é diferente ….
Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO
6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Julho 7, 2011 at 7:14 pm
PALHAÇADA.
Que evidências??????
O prazo na minha escola parece que é 31 de Agosto.
As aulas são as minhas evidências e, talvez, uma ou outra saída com alunos. (evidências – estão no plano anual de actividades e, eventualmente, nos relatórios das actividades, que, seguramente, não fiz (apenas acompanho alunos). Não quero responsabilidades, louros e o diabo a quatro.
É com os alunos na sala de aula que trabalho a sério.
Para palhaçada, tenho as anedotas e brincadeiras que, felizmente, ainda, vou tendo com alguns (poucos) desalinhados.
Julho 7, 2011 at 7:27 pm
#52
Muito parecido àqueles exames do secundário onde é quase tudo escolha múltipla…
Julho 7, 2011 at 7:32 pm
Isto é a essência do salazarismo.
Está nos nossos genes e é muito difícil de tratar e corrigir este tipo de reverência patológica à hierarquia e de sabujice crónica aguda.
Como é possível, ao fim de 37 anos de democracia, ainda estarmos no grau zero da dignidade humana?
O que têm feito os partidos e os sindicatos para promoverem a autonomia, a liberdade e a coragem dos portugueses?
NADA!
Sempre à espera da voz de comando do colectivo e da complacência do Estado.
Somos LIXO à espera de ser recolhido e tratado pela máquina do Estado!
Julho 7, 2011 at 7:43 pm
Referes-te a isto h5n1?
Julho 7, 2011 at 7:45 pm
Julho 7, 2011 at 7:48 pm
MAS ACHO h5N1 QUE AQUILO QUE TU ESCREVES SOBRE A SOCIEDADE ESTÁ QUASE TUDO AQUI…
Julho 7, 2011 at 7:54 pm
Respondo ao Paulo, se me permite, não respondo a comentários sem nome. Não me referia a este post concretamente, mas ao que paira no ar e nos outros post’s. Dá a impressão que agora há maus, convencidos e incompetentes dum lado e doutro as vítimas. É claro que tem razão quando diz que há de tudo, mas eu ainda acho que são mais os que estão a aguentar isto como um fardo que outra coisa qualquer.
Acredito sinceramente que uma grande maioria se está nas tintas para a pseudo-promoção que isto lhes possa dar e preferiam estar do outro lado da barricada. Não tornemos é isto num confronto como o da chuveirada dos polícias.
Digo-lhe mais, se há alguém que acha que encontra alguma promoção ou prestígio no estado em que a escola se encontra é muito ingénuo e nunca soube fazer mais nada na vida do que dar aulas, o Paulo entende muito bem onde quero chegar.
Julho 7, 2011 at 7:55 pm
#42
Concordo. Sensato e equilibrado.
Julho 7, 2011 at 8:56 pm
# 42
“Muitos dos outros relatores são boa gente, bons colegas e fazem o que podem.”
Também há CCADD’s assim.
Pertenço a uma CCADD onde foi um cabo dos trabalhos pôr lá alguém. Ninguém, genuinamente, o queria.
Também é verdade que ninguém está no Pedagógico sem ter sido eleito pelos pares antes de nomeado pela Directora.
A própria Directora faz tudo para empurrar esta palhaçada da ADD para o lado e aceitou muito bem a vontade da CCADD de que o prazo de entrega do RAA fosse o limite legal de 31 de Agosto, com esperança de que até lá a palhaçada fosse mesmo suspensa.
A CCADD deu o exemplo: ninguém quis observação de aulas. Os coordenadores de Departamento deram o exemplo: nenhum quis observação de aulas. Menos de meia dúzia de relatores (naquelas situações muito especiais dos escalões e com medo do futuro) pediram observação de aulas.
Ninguém quer portefólios, nem dossiers, nem palhaçadas afins.
O ambiente ainda está muito calmo porque anda tudo a empurrar os dias, numa esperançazinha de que… cada vez mais vã!
Felizmente, há escolas assim: onde ninguém merecia a cruz que querem fazer carregar.
NOTA: Nunca houve avaliação “à séria” neste agrupamento, tendo inclusive havido moções votadas (secretamente) e subscritas por quase todos em 2008 (apenas 1 voto contra e 2 abstenções em centena e meia de professores). Nunca houve objectivos individuais.
Só no ano passado é que houve aulas observadas para 17 dos professores contratados e aí sim, já houve ânimos agitados, claro!
Percebo que são poucos os casos como os deste (meu) agrupamento, em que se tem lutado sempre e em massa contra esta ADD.
E lamento que todos estes que têm lutado firmemente sintam que estão a perder a guerra, defraudados, depois de terem acreditado nas promessas do novo Governo. Bando de ingénuos, pois!
Julho 7, 2011 at 11:06 pm
Um bom – mais um – texto com um “mas”; este: porquê, não consigo perceber – desculpar-me-à – a referência apenas a Cavaco Silva, Nogueira Leite & Marques Lopes e não a Passos Coelho & Nuno Crato, recém responsáveis pela não suspensão desta ADD? Mais, que dizer do PCP e do BE que logo na 2ª feira seguinte deveriam ter apresentado de per si ou em bloco, à votação, a sua suspensão obrigando o “casal” PSD/CDS a mostrar a sua “raça” à vista de todos perdendo e desprezando assim uma oportunidade única? Porque não o fizeram e não o farão? E, como não há duas sem três, aqui vai a 3ª: sendo certo que na vida, quais faces de uma mesma moeda, há vantagens e desvantagens também o consulado de Maria Lurdes Rodrigues trouxe a vantagem, única é certo mas significativa/substancial: ter dado a oportunidade de poder confirmar, pela negativa, a “classe” de muitos & determinados colegas & professores no que diz respeito, nomeadamente a oportunismo, protagonismo, vedetismo & outros “ismos”.
Julho 8, 2011 at 12:35 am
Uma humilhação contínua é o que vejo agora todos os dias na escola. Infligida de fora, mas também auto-consentida. São os rios de fotocópias, de anexos às actas (até já vi exigir-se o registo em acta de que os alunos fizeram trabalhos… obrigatórios pelo programa da disciplina), um frenesim em que não se pára um minuto para pensar.
Mas também a humilhação hetero-infligida, sob a forma de pseudo-elevada competência, produzindo-se instruções e mais instruções (há um documento (?) de 22 páginas de instruções; já mudarem o nome à coisa que tem de se entregar por três vezes, e ainda não lhes ocorreu que a coisa tem um nome legal – relatório de auto-avaliação).
E de um frémito tantas vezes mal contido por se estar naquele papel – o de relator bom, o de relator-compincha, que vai ajudar o coleguinha, coitadinho, que ainda não chegou à sapiência do relator bom sobre como elaborar um relatório com o máximo de 6 páginas.
Hoje estou azeda de triste.
Julho 8, 2011 at 2:07 am
Tendo em conta as posições, muitas vezes contraditórias, assumidas pela maioria dos professores ao longo destes últimos anos, será que merecem um ministro da educação com o nível de Nuno Crato?