Exmos. Senhores,
Caros colegas,
Porque continuo a pensar que é a união que faz a força e que SÓ TODOS JUNTOS podemos fazer a diferença perante este violento ataque à escola pública e aos professores, uso este meio ao meu alcance para, a um nível puramente pessoal:
a) pedir encarecidamente que, de momento e perante a ameaça que a todos atinge, se esqueçam as indeclináveis e salutares divergências, os eventuais conflitos, e se trabalhe conjuntamente e por todos os meios ao nosso dispor para o bem comum, pela dignidade da nossa profissão e CONTRA:
. A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE – dada tonalidade kafkiana e o mal-estar que introduziu nas escolas, o rastilho ideal
. A REORGANIZAÇÃO CURRICULAR – e, sobretudo, a defesa por razões pedagógicas do par pedagógico em EVT
. O PROJECTO DE DESPACHO DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NAS ESCOLAS – e o descalabro que se lhe seguirá.
. OS MEGA-AGRUPAMENTOS – numa altura em que, nos países outrora exemplares e agora até nos EUA, se regressa à pequena escala e à escola familiar
b) manifestar o desapontamento pela demarcação da FNE da presente contestação, porventura um sinal do que poderão vir a ser as políticas educativas do PSD em próximo governo (e gostava de estar enganado).
c) pedir aos destinatários deste e-mail a divulgação/publicitação, pelos meios considerados possíveis, de todas as Moções/Tomadas de Posição contra a ADD, a Reorganização Curricular e o Projecto de Despacho de Organização do Trabalho nas Escolas, bem como que, empenhada e militantemente, se incentivem mais escolas a fazê-lo (por pequeno que seja o acto, estou convencido da sua maior força na congregação do maior número de professores).
Pela minha parte, tratei de compilar as Escolas e Agrupamentos + Moção da ANDE, quer nos blogues – com destaque para o Umbigo, onde são mais que muitas, e para o Octávio Gonçalves – quer nas páginas da FENPROF e do SPN. Esta lista de 46 Escolas e Agrupamentos segue abaixo (infelizmente nem todas têm link).
Os melhores cumprimentos
Carlos Marinho Rocha
(professor ‘contratado por tempo indeterminado’, Escola Secundária/EB2.3 Clara de Resende, Porto)
Já são 46 Escolas e Agrupamentos …
(entre a contabilidade dos Blogues e a da Fenprof)
As últimas:
Moções Do I Encontro De Dirigentes De Escolas Públicas – Moçoes_do_Porto
Conselho Pedagógico do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, Rio Maior, (ADD)
Escola Secundária Filipa De Vilhena, Porto – Tomada de Posição dos Relatores (ADD)
Escola Secundária de S. Pedro, Vila Real (ADD)
Agrupamento de Escolas de Alpendorada, Alpendorada – Tomada de posição dos relatores (ADD)
… as outras:
Agrupamento de Escolas de São Silvestre, Coimbra (ADD)
Escola Secundária Infanta D. Maria – Coimbra – Tomada de Posição (ADD)
Secundária Augusto Gomes, Matosinhos (ADD)
Agrupamento Vertical Clara de Resende, Porto, 2 Tomadas de Posição, ADD e Reorganização Curricular
Escola secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Lisboa, Posição dos professores sobre a actual situação da escola, as propostas de alteração organizacional e curricular do sistema educativo e a avaliação do desempenho docente
Esc. Secundária de Camões, Lisboa, (avaliação de desempenho ADD)
EB1 Bairro da Ponte – Agrupamento de Santo Onofre – Caldas da Rainha, Tomada de Posição – Reunião de Conselho de Docentes
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares – Tomada de Posição – Conselho Pedagógico
Escola Secundária com 3º Ciclo Quinta das Palmeiras – Tomada de Posição
Escola Secundária com 3º Ciclo Nuno Álvares – Tomada de Posição
Escola Secundária Frei Heitor Pinto – Tomada de Posição
Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã – Tomada de Posição – Departamento de Línguas
Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã – Reunião de disciplina de Língua Portuguesa
Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã – Tomada de Posição – Departamento de Ciências Sociais
Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã – Tomada de Posição – Departamento do 1º Ciclo do Ensino Básico
Agrupamento de Escolas do Teixoso – Tomada de Posição
Agrupamento de Escolas de João Franco do Fundão – Tomada de Posição
Agrupamento Escolas do Atlântico, Conselho Geral, Viana do Castelo, (ADD)
Agrupamento de Escolas de Freiria – Reunião de CEF – Electricidade
Agrupamento de Escolas de Freiria – Reunião de CEF – Informáticos
Agrupamento de Escolas de Freiria – Professores do 1.º CEB – Informação adicional à posição aprovada
Escola Básica 2.3 de Freiria – Informação adicional à posição aprovada
Agrupamento de Escolas de Freiria – Departamento Curricular de Educação Pré-Escolar – Informação adicional à posição aprovada
Agrupamento de Escolas Dr. Augusto Louro, Seixal (EVT)
EB1 de Serrado, Agrupamento de Buarcos – Informação adicional à posição tomada
Escola EB 2/3 D. Carlos I, Sintra (ADD)
EBI de Montenegro – Faro – Grupo disciplinar de História
EBI/JI de Montenegro – Faro – Educação Física
Escola de Framil – Posição aprovada em reunião de Departamento Curricular
Agrupamento de Escolas de Salir – Informação adicional à posição tomada
Escola Secundária Dr. António Granjo – Informação adicional à posição aprovada
Escola Secundária Com 3º CEB De Ferreira Dias, Cacém, Posição do CCAD
Escola Secundária de Amares – Posição aprovada em Departamento Curricular de Educação Física
Escola Secundária de Amares – Informação adicional ao texto aprovado
Agrupamento de Escolas D. Pedro I, Gaia: Conselho Pedagógico (ADD)
Escola de Canelas – Vila Nova de Gaia – Posição aprovada em reunião sindical
EB 2, 3 de Cabreiros – Barcelos – Posição aprovada em Departamento Curricular
Escola Secundária de Barcelos, Barcelos (ADD)
Agrupamento de Escolas D. José I – Vila Real de S.to António – Informação adicional ao texto aprovado
Agrupamento de Escolas de Castro Daire – Informação adicional ao texto aprovado
Agrupamento de Escolas de Mogadouro – Posição aprovada em Departamento Curricular
Agrupamento de Escolas de Soure 3/S Martinho Árias – Informação adicional ao texto aprovado
Agrupamento de Escolas nº1 de Portalegre – Informação adicional ao texto aprovado
Escola D. Manuel I – Pernes – Posição aprovada 10 (dez) reuniões de Departamentos Curriculares
Agrupamento de Escolas de Esgueira – Informação adicional à posição aprovada
Agrupamento de Escolas de Gondifelos, V.N. de Famalicão, Posição Professores do Departamento do Primeiro Ciclo
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Foz Côa – Reunião Sindical
EB 23 da Maia – Declaração de Protesto dos Relatores
Escola Secundária Padre Benjamim Salgado – Posição de Departamento Curricular
Fevereiro 15, 2011 at 11:30 pm
Não é para desmerecer, mas eu aprecio o Kafka.
Fevereiro 15, 2011 at 11:33 pm
Tirando isso, apoio.
Fevereiro 16, 2011 at 12:22 am
E ainda melhor se definir escola, porque quanto a professores…
Quantos, dos que conhece, dizem EU? Metade estão casadas com vereadores e afins…
Fevereiro 16, 2011 at 12:33 am
Ainda há que definir posição, para manter ou só para publicar?
O autor do texto, decerto com a melhor das intenções, ainda lhe falta, no mínimo, perceber-me. E, para que se saiba, não estou professor – sou-o.
Fevereiro 16, 2011 at 12:58 am
Está a fazer um bom trabalho, colega.
Num registo honesto e claro, o que nem sempre é habitual.
Fevereiro 16, 2011 at 1:00 am
*…num registo honesto e claro, o que nem sempre se encontra no que se vai lendo sobre o assunto.
Fevereiro 16, 2011 at 2:20 am
Caro Carlos Rocha,
Reconhecendo o seu trabalho e empenho nesta divulgação das tomadas de posição de escolas, e compreendendo a boa vontade do seu apelo, não posso no entanto deixar de dizer o seguinte no que respeita ao contributo da FENPROF: se tivessem sido tão rápidos e eficazes a negociar o fim desta ADD como são agora a publicar as tomadas de posição dos “zecos” que têm de se confrontar com ela nas escolas, não teríamos de ter este trabalho, nem toda esta preocupação. E, ao que parece, só publicam as tomadas de posição das escolas que usarem o seu formulário. As outras… desconhecem. Dá muito trabalho encontrá-las. Uma chatice. Mas quando se trata de declarações de certos bloggers e/ou dos movimentos já se arranja tempo e paciência para organizar “dossiers”. Engraçado.
Mais “engraçado” ainda é ver a FENPROF a disponibilizar minutas e formulários de protesto contra a sua incompetência e incapacidade negocial, vulgo, manutenção da ADD.
Isto para já não lembrar que a ADD só se mantém de pé em muitas escolas porque os seus resultados contam para efeitos de graduação nos concursos e os contratados não querem ser ultrapassados nas listas, nos concursos de mobilidade, como o do ano passado e o deste ano. Ess foi outra das grandes “vitórias” do célebre Acordo, que a FENPROF continua a dizer que foi muito importante e de cuja assinatura não se arrepende.
Assim, não vamos lá! Não há bases para construir a unidade! Por muito que isso custe a pessoas, certamente bem intencionadas, como o colega Carlos Rocha, e outras que têm dado muito de si a esta luta!
Fevereiro 16, 2011 at 7:23 am
#0- acho de extrema importância a listagem de todas as moções e tomadas de posições.
das que já aconteceram e das que vão acontecer.
Ricardo,
tem razão.
Ou seja, se os contratados não tiverem os asteriscos, isto cai de podre.
E os contratados querem os asteriscos?
Não, estavam muito bem sem eles, pq as regras do jogo não tinham demasiados elemenstos perniciosos.
Agora têm.
Portanto, enviezar a coisa para fazer cair os asteriscos dos contratados seja talvez o que se impõe.
De facto, se analisar pares é aborrecido, analisar os pares que com as quotas podem ficar sem trabalho em meia dúzia de meses é F*******.
Fevereiro 16, 2011 at 9:16 am
“Aos zecos, relatores, directores e sindis: E TU, o que tens feito pela luta?”
Podia dar um bom post. E o CMR aproveitava o embalo e “compilava” as respostas.
Fevereiro 16, 2011 at 2:21 pm
Caro Ricardo Silva,
Não vou fazer aqui a defesa dos sindicatos, a minha opinião é conhecida.
Agora, isto, o que o Ricardo escreveu, com toda a razão que tenha, é o que se quer ultrapassar. Ressentimentos de parte a parte não nos levam a lado nenhum, a união, essa, pode levar a algum lado.
Dou-lhe um exemplo. O Ricardo diz que a Fenprof só publica as suas Tomadas de Posição. Não é verdade. Se for à página do SPN e mesmo à da Fenprof encontra outras além daquelas por eles patrocinadas. A questão é: terão as outras tido o cuidado de as enviar aos sindicatos? Se calhar esqueceram-se ou acharam que não valia a pena. Depois, queixamo-nos. Eu enviei a da minha escola para o SPN e ela está lá!
É a isto que eu chamo o modus faciendi faccioso e que, infelizmente, está por toda a parte. Assim, não vamos lá das pernas.
Deixemos de olhar para trás e púnhamos os olhos no agora da luta, é pedir muito?
Como viu este mail foi enviado, a título pessoal, a vários blogues, movimentos, sindicatos e outras entidades, infelizmente, até ao momento, só o Umbigo lhe deu destaque.
É pena. Não por mim, mas pela luta que se devia privilegiar.
CMR
Fevereiro 16, 2011 at 4:10 pm
Caro Carlos Rocha,
Como sabe o blogue da APEDE tem dado destaque a todas as tomadas de posição que vão sendo conhecidas. Se não estão todas isso deve-se apenas ao facto de querermos incluir os links. Em muitos casos não nos foram enviadas directamente. Nem por isso deixamos de as procurar, na blogoesfera, e de as publicitar.
Não é verdade que os sites dos sindicatos tenham publicitado todas as moções. Desafio-o, apenas para dar um exemplo e há mais, a indicar-me o link em qualquer site dos sindicatos para a moção do Agrupamento de Escolas D. Carlos I. Eu sei porque motivo não consta. O colega não sabe. E isso sim é o tal modus faciendi faccioso. Aquilo que o colega escreve em #10 é um branqueamento do passado em nome de um presente de luta. E isso não podemos aceitar. Porque o passado já foi presente e a unidade foi uma palavra vã para muitos. Não o foi para nós. E quando ela foi uma realidade, apesar de tudo, e de todas as diferenças, acabou desbaratada e enterrada. É preciso retirar ilacções e consequências. E não estão aqui em causa ressentimentos. A luta não se faz de ressentimentos, nem avança ou recua por causa de humores pessoais. Trata-se apenas de dar uma opinião fundada em experiência directa. Opinião nua e crua. Tenho direito a ela. Estou farto de unidades que não passam de unicidades. Assumo-o. E é muito por isso tb que grande parte dos professores se “desligou” da luta. Não foi nem será o meu caso. Nunca esperei por ninguém para tomar posições nesta luta. Assim continuarei a agir. Como muito em breve poderá, mais uma vez, confirmar.
Quanto ao esforço que tem feito para reunir as posições das diversas escolas considero-o muito meritório. A APEDE tem feito o que pode para manter uma lista actualizada de posições de escola, e fazemos isso a par do nosso trabalho diário na escola. É bom não o esquecer.
Abraço
Fevereiro 16, 2011 at 6:02 pm
Na escola Secundária de Vila Verde em Braga, a maioria dos professores em abaixo-assinado pediram a suspensão da avaliação de desempenho. Pedia para publicar esta notícia no seu blog. Juntos venceremos!
Fevereiro 16, 2011 at 7:32 pm
Obrigada Carlos. Levei a lista para o meu blogue a partir deste post do Guinote.
Fevereiro 16, 2011 at 7:56 pm
Ricardo,
Também estou aqui desde os primeiros idos de 2oo8, mesmo se como free lancer. Percebo-o, éclaro. Mas…
abraço sincero
Março 1, 2011 at 12:09 pm
SE NÃO FOSSE DRAMÁTICO…ATÉ ERA CÓMICO!
Exactamente três semanas depois de publicado o Decreto-Lei nº 18/2011 de 2 de Fevereiro no qual, laconicamente, através de uma alínea do Anexo II, página 662, se refere que a disciplina de Educação Visual e Tecnológica a partir do próximo ano lectivo passará a “competir a um professor”, o mesmo Ministério responsável (?) por esta “reorganização do desenho curricular” envia às escolas, através da Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular uma comunicação, acompanhada de cartaz a afixar na Sala de Professores, relativa ao projecto Metas de Aprendizagem.
Nessa comunicação a Directora – Geral, Alexandra Marques, apela à participação dos “agentes educativos” , “através da partilha de ideias, experiências e propostas”, o que deverão fazer no sítio das Metas de Aprendizagem (http://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt), onde, inclusivamente são solicitados a participar num inquérito a decorrer durante o mês de Março…
Acedendo ao referido sítio, ficamos a saber que este projecto, cuja coordenação foi entregue pela Ministra Isabel Alçada a Natércio Afonso em finais de 2009, foi realizado por nove equipas de peritos coordenadas por docentes do ensino superior das respectivas áreas de especialização científica e didáctica, estando previsto o seu desenvolvimento em quatro fases, até 2013, e” o acompanhamento da sua utilização em escolas por equipas de consultores curriculares. A sua operacionalização foi objecto de um contrato firmado entre o Ministério da Educação, através da Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa”.
Se entrarmos agora na secção referente ao 2º ciclo, encontraremos uma Introdução onde pode ler-se “(…)a Educação Tecnológica (ET) do 2º Ciclo, que surge definida separadamente no Currículo Nacional do Ensino Básico, foi integrada com a Educação Visual neste ciclo de ensino, uma vez que constitui uma única área disciplinar. Neste sentido, faz-se uma articulação com os eixos estruturantes referenciados para a área da Educação Tecnológica, designadamente: Tecnologia e Sociedade, Processo Tecnológico, Conceitos, princípios e operadores Tecnológicos. Assim, tenta-se cruzar as competências definidas para as duas áreas referidas, tendo em vista uma efectiva integração e aplicação em contexto escolar, uma vez que a disciplina é leccionada por dois professores em simultâneo. Enfatiza-se, ainda, nesta opção, a ideia que a Educação Visual e a Educação Tecnológica podem proporcionar uma «exploração integrada de aspectos estéticos e científicos com vista ao desenvolvimento de competências para a fruição, a criação e a intervenção dos aspectos visuais do envolvimento».
No mesmo sítio é ainda referido que “No processo de elaboração das Metas de Aprendizagem, o Ministério da Educação, realizou um processo de consulta junto das associações profissionais e sociedades científicas que visou recolher contributos que permitissem o aperfeiçoamento dos documentos produzidos pelas diferentes equipas. Para o efeito houve duas reuniões alargadas e a recolha de contributos que foram tomados em consideração nos documentos finais divulgados neste sítio”. Apesar de desconhecer quais as “associações profissionais e sociedades científicas” consultadas parece-me ser de louvar a iniciativa do Ministério.
Estranho é que ao resolver, em contradição com os pressupostos avançados pela sua própria equipa relativamente à disciplina de Educação Visual e Tecnológica, acabar com a presença na sala de aula de dois professores – com a qual se pretende assegurar o apoio necessário dentro das duas áreas que a constituem – o Ministério não tenha tido o mesmo cuidado em procurar a opinião avalizada de quem está em contacto directo com a realidade das escolas.
Pelo contrário, ignorou por completo o parecer do Conselho Nacional de Educação – (que refere que “A redução de um professor na leccionação da Educação Visual e Tecnológica, no 2° ciclo, representa uma alteração significativa no cumprimento do programa, sobretudo se forem considerados os apoios de que os alunos necessitam no uso de materiais diversos, quer pela perigosidade que trazem na sua utilização, quer pela individualização desses mesmos apoios, podendo acentuar o predomínio das aulas teóricas sobre as aulas práticas, o que será contrário à “natureza eminentemente prática” desta área curricular disciplinar.”) e também o parecer da Unidade Técnico – Científica de Artes Visuais da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, onde pode ler-se: “Deste modo, a proposta apresentada parece não ter em consideração documentos como o Currículo Nacional do Ensino Básico (2008), as Metas de Aprendizagem (2010), o Roteiro para a Educação Artística, que resultou da Conferência de Lisboa em 2006, ou o Estudo de Avaliação do Ensino Artístico (2007).”
Seria interessante conhecer a opinião das equipas de consultores curriculares atrás referidas bem como o parecer do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, parceiro da DGIDC no lançamento e operacionalização do projecto Metas de Aprendizagem acerca desta matéria.
Seria importante também conhecer a posição de Natércio Afonso, coordenador do projecto bem como da responsável pela área das Expressões Artísticas – Elisa Marques.
Se não estivesse em causa “a qualificação dos portugueses e o desenvolvimento da tecnologia (…) factores essenciais na criação de valor na economia portuguesa”, para utilizar as palavras do Conselho de Ministros nº 101-B/ 2010 ou, para não ir tão longe, “o desenvolvimento de competências para a fruição, a criação e a intervenção nos aspectos visuais e tecnológicos do envolvimento» esta situação, de tão ridícula, seria motivo de riso. Assim, aquilo a que assistimos é deveras…dramático!
Porto, 28 de Fevereiro de 2011
António Domingos, professor de Educação Visual e Tecnológica