Atendendo às competências dos Conselhos Municipais de Educação (decreto-lei 7/2003 de 15 de Janeiro, artigo 4º), é de questionar:
Está prevista pelo ME uma consulta alargada aos CME de todo o país sobre este projecto de concentração da rede escolar?
Sinceramente, gostava de saber o que se passa a este nível. Ainda hoje seguirá mail meu com proposta de adenda à ordem de trabalhos do CME a que pertenço, visando a inclusão deste tema.
É conhecida a minha reserva em relação à municipalização dos serviços educativos num país com a dimensão do nosso mas, em havendo estas instituições com atribuições tão ricas e diversificadas, seria bom perceber se servem para alguma coisa.
Até por o projecto de diploma sobre esta reconfiguração da rede escolar não contempla qualquer tipo de consulta deste tipo antes da sua publicação.
E já agora uma segunda dúvida:
Estão as autarquias, até por iniciativa da ANMP, disponíveis para que a posição a levar para as negociações com o ME seja o resultado de uma consulta aos respectivos Conselhos Municipais de Educação? Ou apenas serão posições com origem na elite política no poder local e a sociedade civil que coiso e tal?
Junho 6, 2010 at 11:19 am
Consulta? Negociação?
Ai-esparta! O sacana do comando da Meo avariou outra vez…
Junho 6, 2010 at 11:26 am
Em relação à municipalização dos serviços educativos num país como o nosso nem é bom falar …
Seria o fim do sector.
Os professores passariam a empregados domésticos dos pais e autarcas.
Junho 6, 2010 at 11:32 am
Gastou-se um batelão nas cartas educativas para irem para o lixo!
Pareceres dos CME, do Conselho de Escolas, dos Conselhs Gerais e coisa e tal, servem para aliviar conciências e deixar em acta posições que, mais tarde, perante qualquer ajuste de contas, ajude a sustentar um sempre útil lavar de mãos.
Junho 6, 2010 at 11:42 am
O sócas diz que seria criminoso não fechar as escolas; criminoso, é obrigar crianças de tão tenra idade a levantar-se antes das seis horas da manhã, para serem transportadas,em carrinhas sem condições,para longe de sua casa; criminoso, é “poupar” no ensino básico-promário, para dar aos administradores das empresas; criminoso, é termos um primeiro-ministro “criminoso” e um presidente (com letra minúscula) que tudo deixa fazer; criminoso é o que os políticos da “democracia” estão a fazer a Portugal; criminoso, é não haver outro “25 de abril”, mas agora com sangue em vez de cravos. Há tanta coisa criminosa, que dizer, que “é criminoso não fechar escolas com menos de 20 alunos”, faz do seu autor alguém que devia ser banido. O que eles diziam do Estado Novo, estão eles a fazer,agora,muito mais…Estes socialistas,diziam que o estado novo mantinha o povo na ignorância…é eles? o que estão a preparar para o futuro? Fechar escolas primárias e oferecer diplomas dos outros ciclos, daqui a uns anos (não muitos) vão estar “todos” no lugar por eles (socialistas) desejado. Diplomados sem saber escrever nem perceber o que estão a ler…Dizia-se que o Fascismo durava há muito tempo; “este” socialismo, está lá quase.
Junho 6, 2010 at 11:53 am
Perguntas simples:
Uma criança de seis anos precisa ir à casa de banho no meio da aula. Vai atravessar corredores e recreios com jovens adolescentes não vigiados?
Quanto custa ao país o desaparecimento de mais um agricultor, de mais um pastor de cabras ou ovelhas? Os que morrem deixam um lugar vazio, mais uns baldios incultos. Um país sem agricultura é um país pobre.
Junho 6, 2010 at 12:02 pm
Aos 15 anos saltas para o 9º ano ….aos 18 anos saltas para o 12º ano…aos 22 anos vais para mestrado, aos 25 mandas um fax e ficas motivado e doutorado. Pobre nação de PIGSs falida, que tais filhos tens….fujamos daqui, que a realidade ultrapassa a ficção…
Junho 6, 2010 at 12:05 pm
Estás a brincar mas já li algures que existem estudos para a partir de 2020 tornar obrigatório a escolaridade até ao 1º ciclo de Bolonha…como vês não andas longe…
Junho 6, 2010 at 12:07 pm
Num futuro não muito distante..
Junho 6, 2010 at 12:09 pm
A verdade…
Junho 6, 2010 at 12:10 pm
Portugal do futuro no interior..
Junho 6, 2010 at 12:18 pm
Junho 6, 2010 at 1:11 pm
Vão ouvir os CME.
Depois transmitem a opinião que lhes interessa, mas vão legitimá-la no facto de os terem ouvido.
MLR também ouvia os professores…
Junho 6, 2010 at 1:17 pm
Pois, é importante que as criancinhas socializem.
Também se dizia que era mau as crianças serem criados em casa sob a influência maléfica dos avós. Tinham que aprender a socializar desde pequeninas.Nada melhor que o infantário.
Socializaram tanto que deu nisto.
Junho 6, 2010 at 1:18 pm
Em 4 anos, MLRodrigues fechou 3000 escolas. Não ouviu ninguém. Sufocou-se quem tentou introduzir a questão. Na manifestação de 15 de Novembro, alguém pediu que se fizesse um minuto de silêncio por esse drama.
Chamaram Centros Escolares a armazéns onde meteram, às centenas, crianças de 3,4,5,6,7,8,9 anos, aniquilando redes de afecto e segurança, bem como as suas individualidade e identidade.
As escolas, implantadas nos centros das populações, libertaram espaços nobres que já deram condomínios e agências bancárias e projectam-se equipamentos congéneres.
Isabel Alçada prossegue na senda da MLR, atitude que, neste momento, não nos surpreende. A auscultação é para entreter Zé Povo. Afinal não ficou tudo na mesma: temos sorriso, beijinho e simpatia, ingredientes com que se faz a aguardente que se dá ao peru na véspera do Natal.