Publico nas condições que me são comunicadas através deste mail, apenas omitindo a identidade do aluno envolvido.
Olá Ana,Envio a participação que entreguei na Direcção e é essa que gostaria que enviasses ao Paulo Guinote. Se o Paulo decidir publicar no seu blog eu não me oponho. Pelo contrário. E sem omitir a minha identidade. O meu nome deve constar. Não tenho vergonha de assumir que fui agredida. O contrário, esconder que isso aconteceu, em nada me dignificaria.Perderia o respeito por mim própria e pelos valores que defendo.A direcção da escola está a dar-me o apoio necessário e o conselho de turma também. À excepção de um colega como referi que é o individuo mais achincalhado por aquela e por todas as turmas que lecciona. Por ter características que os alunos não aceitam….Deverá ter medo que o meu caso faça despoletar o dele. Porque convenhamos…há professores que encobrem as situações que vivem nas suas aulas para passarem uma imagem que não corresponde à realidade.Pertenço ao quadro da Escola Secundária *********** mas estou destacada por aproximação à residência na Escola Secundária ************. Uma a 15 km da outra.Agradeço que não seja referenciado o nome da escola e o nome do aluno, caso a minha participação seja publicada..Muito ObrigadaBom fim de semanabj.Leonídia
Abril 17, 2010 at 5:27 pm
Á colega, o meu obrigada por partilhar a agressão e por torná-la pública.
Mesmo que não tivesse o apoio do CT e da Gestão, esse seria ainda o caminho certo, julgo eu.
Aceite também a minha solidariedade.
Abril 17, 2010 at 5:35 pm
Brava, brava, brava! Fossem todos assim e a canalha que permite o estado miserável a que chegámos não teria o poder que lhes foi outorgado, refiro-me a todos os que pactuam com o embuste, a farsa, a pouca vergonha a que chegou o ensino nas escolas portuguesas do ensino público, ou seja desde o topo da hierarquia até aos directores que melhor seria chamar de capatazes e aos colega, sindicatos, etc… Faltam-me palavras para enunciar o nojo, a repugnância que sinto perante o estado a que se chegou.
Cara colega, um forte abraço e obrigado.
Abril 17, 2010 at 5:39 pm
Cara colega um grande abraço de solidariedade.
Abril 17, 2010 at 5:51 pm
Duas notas:
1.ª) O meu Director não apoia os profs. que são violentados / agredidos. As penas dos alunos são limpar os jardins e m****s do género que os azem sentir uns heróis.
2.ª) A colega deveria – é fácil falar dos outros, sim… – ter chamado alguém. A desautorização que tal medida implicaria teria muito menos custos a nível emocional e físico do que os que decorreram da agressão. Mas, como escrevi, é fácil teclar sentado na minha cadeira sobre os outros.
Abril 17, 2010 at 6:22 pm
Parabéns colega pela sua coragem! A sua atitude é dignificante! Estes casos que acontecem em todas as escolas têm que ser tornados publicos!
Abril 17, 2010 at 6:26 pm
Cara colega, cara Professora: um abraço forte de solidariedade.
Abril 17, 2010 at 6:28 pm
Cara colega, eu não faria melhor.
Felicidades e um bom final de ano.
Abril 17, 2010 at 6:33 pm
Um dos males do professores/as é precisamente ter a “receita” para tudo e sobre tudo. E apregoam-na, e cada um deles/delas faz dessa receita umbilical um chorrilho de “Ai se fosse comigo”, “Ai comigo não era assim”, “Não é assim que se faz”, “É assim que se faz”, etc.
É caso para pensar se tanta douta e convicta opinião, acredito que muitas vezes segida de prática equivalente à doutrina pessoal, consoante uma série de auto-dogmas muitas vezes arcaicos, obsoletos e cegos a uma população de alunos que nasceu na Internet e na Playstation, tal como nós nascemos na televisão, mais a crise de valores ( isso estaremos de acordo) não tem originado situações de ambivalência,podendo até ser considerado um generation gap entre a classe docente neste momento.
Este post não tem nada aver com a situação da colega agredida, sendo mais uma reflexão rápida`à resposta do #4, Sísfio.
Abril 17, 2010 at 6:51 pm
Força, colega!
Abril 17, 2010 at 6:52 pm
Um grande abraço de solidariedade para a colega!
Se existissem um pouco mais Leonídias e menos “Amélias” nas nossas escolas, as coisas seriam bem diferentes.
Nota: O género aqui é indiferente.
Abril 17, 2010 at 7:01 pm
Parabéns, colega, pela sua coragem…
É de profs assim que a nossa escola precisa e que, infelizmente, vão sendo cada vez menos…
Falta-nos a coragem…muitas vezes são os próprios colegas que vão fazendo com que isso aconteça…
Quem nunca ouviu colegas a auto-elogiar a relação que têm com este tipo de alunos? No entanto,esquecem-se de referir que têm bom relacionamento com eles porque lhes permitem fazer tudo dentro da sala e o que era suposto ser uma aula , deixa de o ser..
Estes Cursos Profissionais trouxeram para a nossa escola o fim do respeito pelo ensino e pelos professores.
Abril 17, 2010 at 7:03 pm
A escola de Ermesinde onde isso aconteceu fica no concelho de Valongo.
Neste concelho há mais escolas EBs e secundárias onde as agressões acontecem, mas as directoras não fazem nada e os alunos ficam contentes porque podem continuar a bater e a insultar os colegas os professores e os funcionários.
Numa secundária deste concelho há uma das turmas do tecnológico de desporto que são os piores, também junto com os das turmas dos CEF e os do profissional. Até os mais pequenos do 7º ano imitam os mais velhos.
Estragaram o sistema de porteção de incendios e ninguém quer saber, roubam coisas dos computadores e estragam. os professores estão com medo e as directoras nem se interessam pelas nossas queixas.
Abril 17, 2010 at 7:07 pm
Lord of the Flies
Abril 17, 2010 at 7:08 pm
Também sei que é fácil dizer apenas FORÇA!
É preciso MUITA FORÇA para todos os dia se conseguir enfrentar esses alunos!
Fomos capazes de nos mobilizarmos para as lutas sobre o ECD e Avaliação, mas quando vamos fazer alguma coisa por esta causa? Ainda se acredita que o ” novo” Estatuto do aluno vai alterar alguma coisa?
Abril 17, 2010 at 7:13 pm
Paulo, esqueceste-te de apagar o nome da escola.
Abril 17, 2010 at 7:20 pm
O novo estatuto do aluno é mais uma das leis que não se cumprirá. Quem espera disso protecção devia começar a tomar comprimidos de juízo.
Abril 17, 2010 at 7:41 pm
Acontece que, este tipo de problemas, só se verifica nalgumas escolas. Muitos colegas ainda hoje ficam de boca aberta quando ouvem estes relatos. Por isso, como grupo profissional, não tem havido qualquer reacção. Estes professores estão abandonados nas suas “ilhas” de violência. Quase proscritos por não serem capazes de resolver estas sirtuações. Para muitos até dão má imagem da classe.
Quando por aí escrevi, vai já para alguns anos, que a indisciplina é O PROBLEMA da escola, muitos criticaram. E criticam. Mas o calo que se adquire nestes ambientes impede todos arranhões, mesmo dos próprios colegas. Escrevi também a que a indisciplina e a violência a ela associada vai destruir a escola pública, se nada for feito urgemntemente. Mais uma risada geral.
E assim chegamos ao ponto em que estamos. “Brincando” aos concursos, às avaliações, aos estatutos, às nogueiradas mais ou menos alçadas, mobilizando as massas para a nobre missão de educar, enquanto colegas morrem um bocadinho em cada dia que passa, devido aos centros de acolhimento de delinquentes em que algumas das nossas escolas se têm vindo a tornar.
Quando alguém se disponibilizar a lançar um SOS, com encontros, acções, manifestações, greves, seja lá o que for, para combater esta situação, faça o favor de dizer. Para os outros peditórios, não obrigado, já dei.
Abril 17, 2010 at 7:43 pm
Façam favor de não se centrar nos erros… obrigado.
Abril 17, 2010 at 7:44 pm
Olinda, a Leonídia só pede para se apagar o nome do aluno. Ela assume a identidade e não faz segredo do nome da escola. bjinhossssssssss
Abril 17, 2010 at 7:48 pm
Nos erros das políticas educativas, sim. Centrar-nos -emos
Abril 17, 2010 at 8:48 pm
Vou remar contra… mas não me parece caso de polícia, este!
A colega, no contexto da violência escolar, quis marcar posição, mas exagerou.
No gabinete de apoio da escola, instruiram o rapaz a pedir desculpa e a colega desautorizou-os, não a aceitando. Assim, continua a enfrentar o aluno na sala de aula, num clima que não lhe é favorável, penso eu, e vai para tribunal perder tempo e saúde psíquica.
Eu sei que é facil ser treinador de bancada, mas no caso concreto, em minha opinião, deveria ter imposto a “ditadura da maioria” e obrigado os outros três alunos a segui-la até às exposições. Assim, teria evitado que um aluno rebelde se sentasse na mesa, provocando-a e desafiando-a.
Lamento o sucedido, de qualquer modo e espero que a sua atitude não lhe traga muitos dissabores.
Abril 17, 2010 at 8:53 pm
Eu não digo…?
Bem , já temos alguns comentários aqui ( 1 ou 2) que dão para começar a pensar em escrever “Como lidar com a indisciplina dos seus alunos, mesmo que alguns deles sejam completamente insubordinados e se estejam literalmente a cagar para si”.
Abril 17, 2010 at 9:03 pm
#15,
Isso não me foi pedido.
Abril 17, 2010 at 9:05 pm
# 21
Mel,
“No gabinete de apoio da escola, instruiram o rapaz a pedir desculpa e a colega desautorizou-os, não a aceitando.”
Desautorização..? Desautorização, li bem?
De quem? De um grupo de professores que está ali mas podia não estar, só pq lhes calhou a horinha do Gabinete naqueles 45′?
Mas agora os profs que estão nos gabinetes de ” vai para ali que estás aqui na aula a boicotar” ou ” faltaste ao teste, vai para o gabinete que estás mais sossegado a fazê-lo” são uma autoridade???´
Então agora já nem direito à indignação se pode ter? Leva-se uma espécie de chapada, leva-se em cima com uma coreografia de pugilato e um pedido de desculpas resolve a situação?
uma vez uma aluna chamou-me fdp e fez-me umas cenas indescritíveis. Não, não me bateu, não me agrediu fisícamente, Fê-lo, do alto dos seus 15 anos, numa TEIP, no seu 5º aninho mas foi uma … digamos que “encostadela” psicológica.
Mais tarde, veio pedir-me desculpa.
Não aceitei, dizendo-lhe que era a atitude que estava correcta mas que não aceitava as desculpas. seria minha aluna, mas nunca mais seria alguem por quem eu tivesse consideração e a relação entre mim e ela passaria a ser estrictamente profissional: eu ensianava, ela aprendia, podia falar cmg se fosse assunto aulas.Mas não aceitei as desculpas.
Abril 17, 2010 at 9:22 pm
Não sei se teria a coragem da colega mas acho que fez bem em participar à Polícia e seria indigno aceitar as desculpas pouco sentidas de um energúmeno.
Abril 17, 2010 at 9:27 pm
#23
Agradeço que não seja referenciado o nome da escola …
Abril 17, 2010 at 9:31 pm
#26,
(gulp)
Corrigido, embora pelo comentário 19 (que foi quem recebeu o mail que me foi reenviado) confirme que não era feita questão em ocultar o nome da escola.
Abril 17, 2010 at 9:33 pm
#21
Mel,espero que quando lhe acontecer algo semelhante, porque se é professora estará na fila,consiga reagir tão serenamente e aceitar as desculpas.
Abril 17, 2010 at 9:37 pm
Cara colega
Senti um calafrio ao ler o seu testemunho.
Coragem!
Abril 17, 2010 at 9:42 pm
Paulo, no anexo com a participação está a localidade. Talvez apagar aí também a localidade.
Abril 17, 2010 at 9:44 pm
#21,
O que tu queres, sei eu…
Abril 17, 2010 at 9:47 pm
E a primeira linha do comentário 12. 😆
Abril 17, 2010 at 9:48 pm
#31, eu também!
Abril 17, 2010 at 9:50 pm
Soma e segue.
Em escola
Adolescente espancada
Uma aluna de 15 anos da Escola Afonso III, em Faro, foi ontem brutalmente espancada por um colega dentro de uma sala de aula. O agressor, R.S., tem 16 anos e reagiu mal a uma chamada de atenção de B.D..
Tudo se passou na aula de Ciências, e o jovem partiu para a violência. ‘Agarrou-a pelos cabelos e empurrou-a. Ela bateu com a cabeça na mesa e ficou estendida no chão’, contou ao CM uma colega que estava na sala do 7º E. Ainda não satisfeito, o agressor ‘meteu–se em cima dela e começou a dar-lhe murros, chapadas e pontapés’, recordou.
Ao que o CM apurou, a professora entrou em pânico e não conseguiu impedir a brutal agressão. A vítima foi assistida pelo INEM e transportada ao Hospital de Faro. ‘Ficou com vários hematomas na cabeça e na face e está sob vigilância médica porque pode ter um traumatismo’, referiu ao CM Eulália Campina, mãe da vítima. A PSP foi chamada à escola e abriu um inquérito, que seguirá para o Ministério Público. A escola vai abrir um processo de averiguações.
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=3D9A4311-8932-4706-9C5C-AC8BA7FC6103&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&h=11
Abril 17, 2010 at 9:54 pm
Vizela
Em cativeiro por predadores da net
Menor foi aliciado com promessas de uma vida melhor. Foi agredido e vítima de abuso sexual
Fernando, nome fictício, sempre sonhou com uma vida melhor. Na sua casa, em Vizela, as dificuldades financeiras eram muitas, e raro era o dia em que a mãe não estava alcoolizada. Há cerca de semana, um homem que conheceu através de um chat na internet ao navegar no seu computador ‘Magalhães’ propôs–lhe trabalho, e o menor, de 15 anos, não hesitou. Mas rapidamente o sonho de Fernando se tornou um pesadelo: foi levado à força para Espanha para trabalhar numa quinta, mantido em cativeiro, brutalmente agredido e vítima de abuso sexual.
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=3FC34300-A707-48C8-AC5A-A000B288A1B2&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&h=11
“um homem que conheceu através de um chat na internet ao navegar no seu computador ‘Magalhães’”
Abril 17, 2010 at 9:58 pm
Valha-lhe o Papa! Essa clara associação abuso-Magalhães e implicitamente Sócrates é um perfeito disparate.
É preciso ter tento no que se escreve, sob pena de produzir efeito contrário.
Que disparate!
Abril 17, 2010 at 9:59 pm
Dar aos caciques (perdão, dirrrectorris) um poder que é dos professores …
A ministra da Educação voltou hoje a insistiu que é preciso “dar mais força” aos
directores das escolas para resolver casos de agressões e de “bullying” em meio escolar.
http://www.publico.pt/Educação/ministra-quer-dar-mais-forca-a-directores-de-escolas-para-resolver-violencia_1427492
Abril 17, 2010 at 10:01 pm
# 36
Leia a notícia.
Abril 17, 2010 at 10:02 pm
# 12
Ah! Pois …
Abril 17, 2010 at 10:06 pm
Já li isso há muitas horas.
O que estou a dizer é que da forma como escreveu, ao bisar a frase “um homem que conheceu através de um chat na internet ao navegar no seu computador ‘Magalhães’” parece estar a querer fazer uma imputação de culpa ao Magalhães e ao governo que o distribuiu.
É o que resulta da maneira como escreveu e por ter colocado a notícia num post sobre violência escolar.
Abril 17, 2010 at 10:08 pm
Não percebi bem … sabia que o Magalhães era acusado de muitas coisas mas … de assediar miúdos!?
Abril 17, 2010 at 10:11 pm
À colega q fez a participação a minha solidariedade.
Só quem não é professor e NÃO DÁ AULAS é que pode afirmar q faria de outra forma. É tão fácil longe da situação, a frio, com serenidade, dizermos o q faríamos num hipotético cenário, sem contar com as idiossincrasias dos envolvidos…tão fácil! O pior mesmo é estar lá e passar por tudo…
Abril 17, 2010 at 10:24 pm
#42,
Nem mais, Caneta!
Professores há muitos, mas ou não dão aulas (conheço tantos) ou então dão meia dúzia de aulas por semana a turminhas de elite.
Depois é fácil virem para aqui armados em palpiteiros.
Abril 17, 2010 at 10:28 pm
Sempre gostava de saber quem é a “pessoa” que escreveu o comentário #21.
É que, ou é impressão minha ou a última frase tem uma espécie de ameaça velada
“…Lamento o sucedido, de qualquer modo e espero que a sua atitude não lhe traga muitos dissabores.”. Mais não digo.
Abril 17, 2010 at 10:37 pm
Não é o resultado da “agressão” que está em causa. O modo como o professor é visto por certos…jovens…é que devia deixar o ME em sentido. Se se chama ME é pq é responsável pela educação. Se isto ocorre no local pp para o efeito, alguém devia ser atirado borda fora pois mostra que não a consegue assegurar.
E isto de “aceitar pedido de desculpas” para “manter a autoridade do director” tem muito que se lhe diga…Vai dormir, rapariga, que o teu mal é sono.
À colega Leonídia deixo um pedido de desculpas por pertencer a uma classe que ouve e vê isto todos os dias e não se revolta a sério, nem por si pp quanto mais pelos outros.
Abril 17, 2010 at 10:49 pm
28,
Também desejo o mesmo… E eu disse que estava a ser “treinador de bancada”…
44,
Com o “o que tu queres sei eu” está a ver se vou à polícia acusá-lo de assédio moral, para provar dos dissabores que desejo a colega não passe?
Em que planeta vive para desconhecer que, andar pelos tribunais, traz perda de tempo e muitas dores de cabeça?
Não me diga que para si, tratar de casos aborrecidos como o da colega é como ir passear à beira-Douro?
A colega teve azar, mas foi mal aconselhada, na minha modesta opinião.
Não vou dizer que o “Jamé” não é professor por não saber interpretar, mas que não parece, não…
Abril 17, 2010 at 10:51 pm
E se com isto estavam a ver se me afastavam, conseguiram!
Fui!
Abril 17, 2010 at 10:53 pm
Mau! São coisas da comunicação electrónica. Não é caso para tanto.
Abril 17, 2010 at 10:54 pm
#44
Cá para mim é uma das desautorizadas do GAAF…da referida escola…
Na minha escola também existe esta espécie de
“Madres” que defendem e ensinam os meninos a pedir desculpa; só tenho medo que algo de mais grave venha a acontecer e depois quero ver…
Abril 17, 2010 at 10:58 pm
O problema não são os cursos profissionais, mas sim os alunos serem obrigados a andar na escola, nestes ou em qualquer outros cursos.
Abril 17, 2010 at 11:05 pm
#50
“…em quaisquer…”
Abril 18, 2010 at 12:09 am
50, concordo…
Abril 18, 2010 at 3:10 am
Não se esqueçam caros colegas, dia 25 deste mês vamos comemorar mais uma data com canções e frases feitas… mas a mim só me resta a desilusão e o nojo!
É o que me apetece dizer perante este tópico! Já me canso e já me falta a pachorra para comentar situações destas, as suas causas e os seus efeitos.
Abril 18, 2010 at 2:55 pm
Sei que é fácil falar quando estamos do lado de fora, por isso, o que vou referir não se restringe especificamente a este caso.
1- Não creio que a divulgação do nome do(s) colega(s) envolvido(s) traga mais-valia ao relato dos factos, pelo contrários, coloca-o(s) perante um mediatismo nem sempre fácil de gerir;
2- Por favor, colegas (principalmente do sexo feminino), independentemente do tipo de conflito, evitem o contacto físico com os alunos adolescentes ou adultos. Défices ao nível da mais elementar educação, leva-os a tentarem medir forças com as colegas, agravando a situação de conflito (recorde-se a sucessão de empurrões e puxões, no célebre caso do telemóvel).
Quando um aluno desobedecer a uma ordem deve receber outra, a de saída da sala. A desobediência a esta deve ser imediatamente comunicada ao órgão de gestão. Se tal não for possível, ou este não agir de imediato, a aula deve terminar nesse momento.
#50
Ainda que advogue um profunda reformulação dos cursos profissionais, compreendo o alcance do comentário e subscrevo-o.
Abril 18, 2010 at 2:58 pm
Cara Leonídia,
Estou também na tua escola, apesar de não termos contactos muito frequentes por diferença de horários.
Quero aqui declarar o meu respeito e admiração pela forma como defendeste a tua dignidade. Creio que só assim poderemos fazer-nos respeitar e exigir que o Ministério não finja que nada acontece.
Apresento a minha solidariedade.
Força!!!
Ana Virgínia
Abril 18, 2010 at 5:01 pm
E não é verdade que gajas boas, mas boas, mas mesmo, mesmo, mas mesmo mesmo boas é em Ermesinde? 🙂
Não vos conheço, apesar de actuar mais ou menos na mesma área geográfica.
gostei muito desta declaração da Ana Virgínia aqui no Umbigo relativamente à Leonídia.
Abril 18, 2010 at 6:52 pm
Querida Leonídia,
Em primeiro lugar a minha solidariedade para contigo bem como a coragem que tiveste para aqui expores o teu caso. De certa modo dás coragem a tantooooooos colegas que, por esta ou outras razões, são aviltados na sua essência, numa perspectiva Humana. Mas o que é de lamentar é que essa dimensão que contém valores como Respeito, Partilha, Igualdade, etc) já foi chão que deu algumas uvas… neste momento “o terreno” está infértil. E mais, pejado de larvas que o condenarão, caso a “praga” se mantenha, a jamais produzir.Nessa sentido e pegando nesta metáfora que uso, cabe uma de duas situações ao “agricultor”: ou encosta a enxada ou acredita que pode e vai em frente.
Ir em frente, não numa perspectiva de meras palavras, mas de acções concretas.
Tu dizes que participaste o caso à polícia e que o mesmo foi pra Tribunal. Sabes o que isso significa, quase de certeza, não sabes?
Significa o mesmo que: já era. Esquece.
O que acho interessante é o tal “apoio” da C. Exectiva e do C. de Turma. Que me parece, segundo o que contas, totalmente incoerente com a atitude de laxismo que promove. Afinal, o que é que essa gente anda a fazer? Não gosto de formular juízos sem conhecimento de factos, mas essa atitude faz-me pensar nalgum receio dessa parte perante uma queixa a quem de Direito, a nível Ministerial.Ou seja, aquietar ânimos sem haver “barulho”.
Se todos os colegas, a não haver resposta coerente da Direcção, perante as suas situações, fizessem as suas denúncias à Drel, uma, mais duas, mais três, fariam a diferença. Porque isso fica registado. E isso poderá ser uma solução concreta.Digo eu… não quero dizer que eles actuem a teu favor mas… a queixa fica.
Espero que, como tu, outras pessoas divulguem as suas “questões” porque do pouco se pode fazer muito.
Bem-hajas. Rita
Abril 18, 2010 at 8:10 pm
Caríssima amiga e colega
Hoje em dia, é preciso ter coragem para ser decente…Parabéns por continuares a SER.
Tens, obviamente,a solidariedade e a amizade de sempre.
Abraço
Izilda
Abril 19, 2010 at 3:04 am
Querida Leonídia:
Ainda bem que continuas vertical e corajosa ,tal como te conheci enquanto docente em turmas comuns a ambas .Li nos comentários acima , a palavra ” classe “;mas do alto da minha 3ª idade eu pergunto:Qual classe ? Os prof.não passam de um grupo social apavorado ,cada vez mais apavorado ,e cada vez com mais razões para isso . Que faz o Ministério ? Nada ! Parece que tb.tem medo !As medidas agora agora anunciadas ,há muito tempo que caducaram.Só as enfeitaram com palavras novas !Parece que a loucura domina os nossos governantes !
São os sãos que devem mandar nos loucos e não o contrário! Ora na minha opinião,quem manda,deve estar louco,uma vez que neste país ” é preciso ter coragem para ser decente”,quando a normalidade devia ser ser decente ! Aulas ? Só com telemóvel ligado pronto a chamar a polícia .Este,devia ser o
principal direito do professor.Digo eu,que por acaso até nem tive situções muito complicadas.
Um grande abraço da Elisa
Abril 19, 2010 at 10:43 am
Leonídia,
Imagino que todos os que aqui escrevem são professores porque escolheram essa actividade profissional como meritória, digna e decente.
No entanto, nos dias de hoje, imagino que a grande maioria fugiria desta actividade, se pudesse.
Em situações tão graves quanto a que tu viveste (e podes crer, que não és só tu nem acontece apenas na tua escola) os professores vivem atormentados a pensar na pena que podem atribuir ao “pobre” menino ou no que o “pobre” menino lhes pode fazer numa próxima aula ou na esquina mais próxima.
E é esta política educativa que temos: valoriza-se a mediocridade e a boçalidade e desprestigia-se o mérito e a excelência. É que para as estatísticas mais vale um aluno dos cursos profissionais com “sucesso” do que um professor “decente” com “problemas de adaptação” (coitadito, está cansado e não tem paciência, dirão).
Moral da história: Entra dinheiro nas escolas para financiar os cursos dos meninos e os professores saem por exaustão.
Grande abraço,
Manuela
Abril 19, 2010 at 2:35 pm
É absolutamente chocante a forma como continuam a desenrolar-se os dias na maioria das nossas escolas!
É também para mim( que me aposentei o ano passado por já não aguentar mais)violento ser confrontada com estes casos de violência porque ainda tive alguma esperança que a situação mudasse. Santa ingenuidade!
Força não só para a Leonídia como para as centenas de professores que sofrem na pele este tipo de situações.
Abril 23, 2010 at 10:58 am
Olá,
PARABÉNS.
Deixo apenas esta frase: TODOS OS PROFESSORES DEVERIAM AGIR COMO TU.
Bj
Olga
Abril 23, 2010 at 11:12 am
PARABÉNS!!