Expresso, 24 de Outubro de 2009
Ainda não comprei a edição em papel, mas esta manobra já tinha sido falada na altura do Verão. Não me parece nada de especialmente preocupante. Em boa verdade o que interessa é:
- A eliminação da divisão na carreira docente.
- A não penalização, pela não-avaliação, de quem não entregou OI nas escolas de alguns directores mais papistas que a papisa deposta.
O resto é pouca coisa.
Quem requereu a classificação de mérito que a guarde bem guardada e emoldure.
Quanto ao modelo de transição até ao novo, eu proponho – sem rebuço algum – aquele que está em vigor no ensino privado e que – ao que constam os rankings – tão bons resultados tem dado em algumas escolas.
Outubro 24, 2009 at 9:42 am
Já segue…
Outubro 24, 2009 at 9:52 am
Paulo, já te pedi uma vez: não te esqueças de mim e de outros como eu que foram até ao fim.
O que prevês para nós?
Outubro 24, 2009 at 9:53 am
Como é possível dizerem que a ministra só foi convidada à tarde?!!!
Outubro 24, 2009 at 9:53 am
Isabel ALçada avança com o modelo de avaliação do Socas. Ela é apenas mais bonita e agradável que a Milu.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1400029
Outubro 24, 2009 at 9:58 am
Bom dia!
#2,
Recebi a Mª Campos no meu blog! LOL A gaja anda doida!
Até logo.
Outubro 24, 2009 at 10:00 am
Se isto se mantiver, se for impossível derrubar o Socas, digo-vos uma coisa:
Desta vez não me fio na união entre professores. Desta vez mando a coerência às urtigas, torno-me oportunista, aprendo a fazer como os demais: entrego TUDO!!
Fui uma das “sacrificadas” julgando que estávamos unidos até ao fim, na luta contra o modelo de avaliação.
Afinal a luta era só contra os OI.
Só percebi agora.
Para mim, todo o processo avaliativo é ilegal, pq assenta numa divisão ilegal da carreira.
Mas não sou uma heroína sozinha. Só acompanhada.
Outubro 24, 2009 at 10:04 am
#3 MENTIROSOS COMO SEMPRE FORAM.
É por causa da ministra ter dito que não tinha sido convidada à pergunta de um jornalista.
Como se um ministro da educação com os problemas que há fosse convidado à tarde, e no dia seguinte de manhã fosse indigitada.
Esta também já APRENDEU DEPRESSA … A MENTIR .
Outubro 24, 2009 at 10:32 am
#2, pois… julgo que suspendendo o modelo se suspendem os efeitos negativos da avaliação (ou não).
Outubro 24, 2009 at 10:37 am
#8, Paulo, mas tu não estás a apostar nisso.
Neste post, tu achas que isso não é prioritário, mas sim que todos tenham uma avaliação.
E eu? e outros como eu?
Fomos os sacrificados nisto tudo?
Esperava que não te esquecesses de nós…
Mail..
Outubro 24, 2009 at 10:37 am
Por favor, não conheço o modelo de avaliação do ensino privado. Onde encontrar?
Por outro lado, vamos ter turmas com alunos super escolhidos e seleccionados, etc.?
É que quem tem turmas do Profissional e quejandas está com um burn out!….
Outubro 24, 2009 at 10:38 am
#8, Paulo, tira-lhe o “negativos”. Efeitos desta avaliação que tanto contestámos!!
Outubro 24, 2009 at 10:44 am
Reb,
Mail a avivar-te a memória sobre quem mudou de posição e a tentar que percebas o que está escrito.
Outubro 24, 2009 at 10:44 am
Após escutar a notícia desta manhã na TSF, só me ocorre colocar um agradecimento público no placard da sala de professores da minha escola:
“Agradeço a todos os colegas que participaram no processo de Avaliação e que contribuíram para dar argumentos ao Governo para a continuação do Modelo contra o qual lutámos, alguns.”
Outubro 24, 2009 at 10:51 am
#11,
Se o modelo for suspenso, os efeitos negativos serão eliminados.
E os outros também, embora possa originar guerrilha contrária e há que o saber encarar.
Outubro 24, 2009 at 10:51 am
#10,
I’m Burnt!!!!!!!!!!
Outubro 24, 2009 at 10:53 am
É o fim da linha.
Outubro 24, 2009 at 11:35 am
#9
Reb:
Estou no mesmo barco que tu. Não entreguei “nadica de nada”. Vamos ver o que nos espera.
Na minha escola, estamos apenas duas pessoas nesta situação.
Outubro 24, 2009 at 11:56 am
#5 A MC faz parte da nomenklatura. Detesta quem se atreve a pensar pela sua cabeça…
O trabalho dele(a) é controlar a contestação. É tipo big brother… Um perigo!
Outubro 24, 2009 at 12:49 pm
“(…) Foi ainda na escola Fernando Pessoa que Isabel Alçada conheceu Ana Maria Magalhães, com quem criou estes livros de aventura. O novo cargo, garantiu ao CM Ana Maria Magalhães, não vai impedir Isabel Alçada de escrever. “Quando avizinhámos que poderia vir a ser ministra adiantámos o trabalho durante o Verão e entregámos o novo livro na semana passada. Geralmente entregamos em Dezembro. Agora, a partir de Janeiro voltaremos a escrever”, contou a escritora. (…)” Correio da Manhã
Outubro 24, 2009 at 12:50 pm
“(…) Foi ainda na escola Fernando Pessoa que Isabel Alçada conheceu Ana Maria Magalhães, com quem criou estes livros de aventura. O novo cargo, garantiu ao CM Ana Maria Magalhães, não vai impedir Isabel Alçada de escrever. “Quando avizinhámos que poderia vir a ser ministra adiantámos o trabalho durante o Verão e entregámos o novo livro na semana passada. Geralmente entregamos em Dezembro. Agora, a partir de Janeiro voltaremos a escrever”, contou a escritora. (…)” C. da Manhã
Outubro 24, 2009 at 12:54 pm
# 18
MC é “UM”.
Não é “uma”.
Pertence á corte “borboleta”.
Outubro 24, 2009 at 1:12 pm
A ORIGEM DO MAL
A opinião pública e os média têm focado que o motivo principal da contestação dos professores se centra na avaliação que o ministério decidiu implementar. Aos olhos da opinião pública, os professores só se preocuparam quando chegou o momento de implementar a avaliação. Dar enfoque esmagador à vertente da avaliação, no momento em que contestação está no auge é, do meu ponto de vista, redutor. E parece-me que os professores têm caído nessa armadilha, uma vez que nos blogs a que tenho tido acesso, estamos a dar demasiada atenção a este assunto em vez de abordar outros assuntos que estão na origem deste mal-estar. A avaliação dos professores foi o detonador para a revolta dos mesmos, mas o problema encontra-se a montante e é bem mais preocupante que o modelo de avaliação que o Ministério da Educação quer concretizar.
Comecemos pelo actual Estatuto da Carreira Docente e ao lermos as dezenas de deveres profissionais dos professores, verificamos que ficamos à mercê dos burocratas do ME, uma vez que se tratam de deveres de seres do outro mundo. Somos como que homens e mulheres dos sete ofícios, uma espécie de marcianos, com e obrigações e deveres que não encontro em outros ramos profissionais. Este parafernália de deveres profissionais, não contribuirá certamente para com o dever principal que deveria nortear a nossa profissão: a ARTE DE BEM ENSINAR! Somos burocratas, juristas, animadores culturais, assistentes sociais, psicólogos, educadores de pais, promotores de marketing das Escolas, administrativos… depois as aulas que temos de preparar e leccionar, a avaliação dos alunos (fortemente condicionada), o cumprimento dos programas, as estratégias de recuperação dos alunos…. A quantidade desmesurado de deveres profissionais aos quais somos obrigados, fragiliza o professor do ponto de vista le
gal, uma vez que, qualquer gestor de uma escola, qualquer director geral da educação, qualquer superior hierárquico, tem margem de manobra para escravizar e sujeitar o professor a uma tarefa humilhante e desadequada, porque sempre encontrará, numa alínea k do artigo nº X, um dever, para nos vergar!
Mas o “cancro” que poderá causar danos sérios à “saúde” da função docente foi a criação da figura do professor titular. A criação desta figura e o subsequente concurso, espécie de lotaria, que esteve na base do recrutamento desta categoria, começa a inquinar e irá desestabilizar definitivamente a colaboração entre professores. Colegas relataram-me factos muito desagradáveis que ocorreram entre docentes em algumas Escolas e que são premonitórios de mal-estar que irá advir. Não tenhamos dúvidas, uma espécie de “cortina de ferro” irá dividir, ainda mais, os professores, promovendo o individualismo em detrimento do trabalho de equipa.
A obra de engenharia social, configurada por um governo centralista, promoveu para o mesmo saco, bons e maus professores para a figura de professor titular. Formatando a cultura própria de cada escola, desconfigurando as respectivas lideranças, substituindo os líderes, que eram aceites dentro da dinâmica do grupo-escola por uma liderança formal e estranha à dinâmica da mesma, por um decreto-lei, podemos afirmar que este governo promoveu o “saneamento” à velha maneira estalinista.
Negociar um novo estatuto, onde haja somente a carreira única de professor é pois a primeira prioridade. As outras situações são as regulamentações: progressão na carreira e avaliação dos docentes.
Não vamos ser hipócritas:
Gostam de ser avaliados por alguém na vossa ESCOLA, que, devido ao seu historial nessa ESCOLA, seja considerado de competência duvidosa ou sem capacidade para liderar?
Um abraço
Até 8 de Março
Pedro Castro (Esc. Secundária da Maia)
Outubro 24, 2009 at 2:00 pm
#22, absolutamente de acordo com as prioridades para o futuro.
Mas as consequências do passado ( desta avaliação), como se resolvem?
Outubro 24, 2009 at 2:28 pm
professor que dê credibilidade aos rankings não deve saber bem o que anda a fazer…e basear neles um modelo de avaliação nem merece comentários!
Outubro 24, 2009 at 2:33 pm
REB VOU A SAIR E LEVO 2 GARRAFAS..UM DOURO E UM ALENTEJANO…SERÁ QUE SE PODEM BEBER LÁ?…
Outubro 24, 2009 at 2:36 pm
Outubro 24, 2009 at 4:33 pm
Se o modelo de ADD for suspenso é óbvio que deve ser suspenso tudo o que vem regulamentado no Dec-lei nº 2/2008 de 10 de Janeiro e derivados: Dec-regulamentar nº 11/2008, de 23 de Maio (simplex 1), dec-reg nº nº1-A/2008, de 5 de Janeiro (simplex 2)e Dec. reg, nº 14/2009 de 21 de Agosto (simplex 3), com a garantia de que nenhum professor seja prejudicado.
Outubro 24, 2009 at 8:29 pm
#17
Junta mais uma no barco!
Outubro 24, 2009 at 8:30 pm
Calma, Reb!
Estou na mesma situação. Se não for por via parlamentar … cá estaremos. Há que manter a espinha direita!
Outubro 24, 2009 at 8:32 pm
#9
Tem toda a razão. É preciso garantir que os colegas que não entregaram OI’s (minha escola o director fez os OIs de quem não entregou) e que não foram avaliados não sejam prejudicados pois eles foram os casos que pularam para os media e deram visibilidade à nossa causa.
As avaliações se suposto mérito devem ter igual caminho que é o caixote do lixo. É preciso dizer que os MBom e Excelentes estão envoltos num nubloso conjunto de critérios que bebeficiaram os chicos-espertos e lambe-botas (não estou a falar das cotas). O processo de suposto mérito dava um bom ensaio sobre a mediocridade deo sistema e tenho esperança que algum JST lhe pegue e escreva uma sátira.
Outubro 24, 2009 at 9:02 pm
Essa história do convite tardio está muito mal contada…
As escolas necessitam de paz para desenvolverem os seus projectos.
Enquanto não acabar a divisão na carreira não haverá paz nas escolas.
Não confio nem um pouco neste PS. E nunca serei enganada por uma carinha laroca que está afastada da escola há longos anos.
Outubro 24, 2009 at 10:46 pm
Caros colegas, por favor não deixem de enviar legislação com referências às perfeitas contradições das mesmas e dos efeitos nulos da maioria, quer para a valorização do ensino quer para o sucesso de alunos e profissionalismo dos professores, para as caixas de correio dos deputados de todas as bancadas parlamentares. Principalmente para os lideres das bancadas!!!! As sensibilidades da oposição podem precisar de um empurrão!!! Não se inibam!!! Muitos desconhecem por completo os efeitos da divisão da carreira , bem como o actual ECD!!! Acreditem que a maioria não sabe, não compreende o cerne da questão.
Não sabem o que fazer à titularidade dos professores, promulgada em diário da Républica, o que fazer com as avaliações atribuidas, os CGs e a sua “composição”….etc,etc!!!
AVANCEMOS COM TODOS OS NOSSOS ARGUMENTOS!!!!! NADA DE ATITUDES CORPORATIVAS!!! SEMPRE EM NOME DE UMA EDUCAÇÂO MAIS JUSTA E COM MAIS MÉRITO!!!!
Divisões sempre existiram em todas as profissões, contudo não desta e por esta via ARBITRÁRIA!!!!!
O meu avaliador não tem mais competências, nem formação pedagógico-científica do que eu!!! Como tal, não tem aptidões, nem credibilidade para avaliar quem quer que seja !!!! Só tem mais anos de serviço que eu, por acaso 2!!!
Outubro 25, 2009 at 1:48 am
Lá vamos nós recomeçar. Também não entreguei e somos uns poucos na minha escola. Veremos o que acontece. Espero que acabem rapidamente com a divisão. Pode ser que isto acalme e comecemos a ter alguma tranquilidade.
Quanto à avaliação ? Acho que vamos ter algumas surpresas.
Outubro 25, 2009 at 1:39 pm
22
Concordo!!
Os nossos problemas já são antigos e variados! E a indisciplina?? Quando é que se avança para o que verdadeiramente importa, a indisciplina? A mim não me põe exausta um aluno carregado de dificuldades de aprendizagem. Faço o que for preciso (já dei provas disso), mas a indisciplina, a má educação e a insolência põem-me doente! Dão literalmente cabo de mim.
Outubro 25, 2009 at 4:20 pm
[…] Guinote under Avaliação, Docentes, História, Lutas [25] Comments A forma como escrevi este post despertou alguns protestos e exercícios de hermenêutica legítimos a propósito desta passagem: […]