Já o sabia há algum tempo, mas esperava a fundamentação documental e confirmação das pessoas visadas pelo desejo do ME calar quem, em posições de destaque desalinha do que se pretende ser o discurso oficial.

Neste caso o(a)s PCE que prestaram declarações sobre o regime de assiduidade dos alunos e a forma como tem sido conseguida a diminuição das faltas. Entre visitas de inspectores com notícias de jornal sublinhadas na mão e outro tipo de pressões, há inquéritos enviados para 5 escolas.

As perguntas enviadas para uma das escolas, a partir do gabinete da ministra foram as seguintes:

a) Está correcta a citação, atrás referida, incluída no artigo do “Expresso” de 4 de Abril?

b) Se está, em que dados se baseou para afirmar que há “menor registo de faltas” e “maior tolerância na sua marcação”?

c)Se não está, foi pedido ao Expresso um desmentido da citação?

d) Os dados referidos pela IGE – diminuição em 43,3% do número de faltas dos alunos do secundário da Escola Infanta D. Maria – foram baseados na resposta da escola ao Inquérito sobre a Aplicação do Estatuto do Aluno. Confirma a veracidade e o rigor da informação enviada à DREC? Considera que os dados enviados pela escola foram correctamente transmitidos pela IGE após a acção inspectiva já referida?

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Como estarão a perceber trata-se da Escola Secundária Infanta Dona Maria, cuja PCE, Maria do Rosário Gama está debaixo de fogo cerrado no interior do partido do Governo e a partir do ME.

A resposta já seguiu para a tutela e segue esta linha.

Não discuto a legitimidade do ME inquirir as escolas sobre o seu funcionamento. Não deixa é de ser curioso o modo cirúrgico como o faz. E como se nota que o objectivo é calar.

Assim como dispensa de participar em estudos da OCDE as escolas que levantam problemas.

censura1