É difícil, eu sei, tanto mais quanto estejamos envolvidos na situação.  Neste momento, na arena da Educação já começa a valer tudo, em especial do lado do Ministério para tentar fazer com que os professores, ou os sindicatos façam um movimento em falso, se desequilibrem e acabem  por cair

As declarações que o SE Pedreira tem feito nas últimas 24 horas, o tom com que são feitas e mesmo o conteúdo – não esqueçamos que algumas resultam de declarações de tipo oficial do ME – fazem acreditar que o primeiro  objectivo do ME, que seria colar aos sindicatos uma postura de irredutibilidade, falhou e se passou para o Plano B: concordar com a negociação, mas ir criando um clima de fricção, através de declarações desnecessariamente provocatórias, de maneira a que o interlocutor se descomponha ou surja nas negociações com uma atitude novamente de confronto, para que tudo possa ser dado como encerrado, com as culpas a serem rapidamente atribuídas por alguns opinadores estrégicos aos sindicatos e professores, enquanto se branqueia a intransigência de MLR y sus muchachos.

E é muito importante que, do lado da Plataforma ou outros professores, seja dada uma lição de civismo, não respondendo no mesmo tom.

Neste momento, concordo com a desconvocação das greves sectoriais, que se arriscariam a  ter, uma adesão bem inferior à de dia 3 em muitas zonas. Há que achar outras formas de mobilização e combate que surpreendam minimamente pela novidade ou pelos seus efeitos práticos

E assim o ME perde argumentos, porque fica ele na posição de intransigência.

Quanto ao que fazer quanto à avaliação do desempenho, para evitar novas manifs ou mega-manifs, o melhor seria mesmo que todos e cada um tivessem(os) a coragem de não apresentar os objectivos individuais.

É uma medida que derruba, pela base, o edifício da avaliação e ninguém pode acusar que o fizer de prejudicar alguém a não ser a si próprio.