Preencher avaliação tira tempo aos alunos
O Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares pediu ao Ministério da Educação a suspensão do processo de avaliação de desempenho. Segundo o Conselho Executivo, o modelo é “inexequível” e os professores estão “sem tempo” para os alunos.
Numa carta enviada à ministra da Educação, a que a Lusa teve acesso, 116 dos 130 professores daquela escola pedem a “revogação imediata” do despacho que institui a avaliação de desempenho e de toda a legislação “conexa”.
Os docentes consideram que a aplicação do modelo é “inexequível, por ser inviável praticá-lo segundo critérios de rigor, imparcialidade e justiça” e que “não contribui nem para o sucesso dos alunos, nem para a qualidade do trabalho pedagógico que os professores pretendem”.
“Assenta numa perspectiva desmesuradamente burocrática, quantitativa e redutora da verdadeira avaliação de desempenho dos docentes. Pela sua absurda complexidade, não é aceite pela maioria dos professores deste país, não se traduzindo, por isso mesmo, em qualquer mais-valia pessoal e/ou profissional”, lê-se na missiva.
Em declarações à agência Lusa, a presidente do Conselho Executivo afirma que os professores já andam “deprimidos, extremamente cansados e desmotivados”, garantindo que o tempo disponível para os alunos “é diminuto”.
“Se esta burocracia traduzisse no final um benefício para a educação fazíamos um sacrifício ainda maior. Mas pensamos que o que se passa é o contrário. Isto é acabar com o ensino porque os professores estão sem tempo para os alunos”, garantiu Maria Eduarda Carvalho.
Segundo a responsável, os problemas começam logo com a divisão da carreira em duas categorias: professor e professor titular. Naquele agrupamento de escolas, os professores titulares do departamento de Matemática, avaliadores, são todos docentes da disciplina.
“Como podem avaliar um professor de Física, Química ou Informática quando cientificamente não tem nada a ver. Com a delegação de competências tenho professores de educação visual a avaliar professores de educação física”, crítica a docente.
Maria Eduarda Carvalho acrescenta que a “grande maioria” dos docentes do agrupamento trabalha “muito mais” do que as 35 horas semanais e que alguns já estão a pensar abandonar a profissão.
“Este ano já se reformaram dois professores e outros dois estão a pensar pedir a reforma para o ano, ainda que com penalizações. O que me vale é que tenho um corpo docente jovem e sem tempo de serviço para o poder fazer”, diz.
A presidente do Conselho Executivo sublinha ainda que a avaliação vai interferir com o “futuro e as vidas” dos professores, já que a classificação final influenciará o concurso de 2009, que vai ditar as colocações para os quatro anos seguintes.
“Não pode ser com uma avaliação leviana como esta”, criticou a responsável, afirmando que, no seu caso, não se sente “preparada” nem “formada” para avaliar um docente de educação física, por exemplo: “Não sei avaliar se ele está a preparar bem as aulas”.
Sublinhando que “os objectivos individuais e colectivos dos professores do agrupamento são ensinar os alunos e prepará-los para uma sólida construção de um projectos de vida”, o conselho pedagógico aprovou no final de Setembro um outro documento, onde manifesta “repúdio” e “oposição” ao modelo do Ministério da Educação.
“A existência e o uso destes instrumentos de avaliação, ou de quaisquer outros baseados na mesma legislação, merecem o nosso repúdio e a nossa total oposição por serem não só inadequados como prejudiciais à nossa função de professores”, lê-se numa declaração, igualmente enviada a Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo o Conselho Pedagógico, o Ministério da Educação, com as suas reformas, conseguiu “um efeito verdadeiramente subversivo”. “Subverteu a essência do trabalho dos professores: em vez de estar a ser orientado para resolver os problemas dos alunos, ele centra-se, agora, nos problemas profissionais dos professores”.
“Esperamos que este esforço não seja em vão e que, pelo menos, possa levar, no final deste ano lectivo, à revisão e alteração deste monstro aterrador que nascido do casamento entre a injustiça e o disparate só pode parir injustiças e disparates”, lê-se.
Contactado pela Lusa, o assessor de imprensa do Ministério da Educação sublinhou que o Conselho Pedagógico aprovou os instrumentos de registo e que a avaliação “não está parada” no estabelecimento de ensino.
Outubro 21, 2008
Suspensão Da Avaliação: Vila Nova De Poiares
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Coragem, Docentes, Resistência?[65] Comments
Outubro 21, 2008 at 11:47 pm
A ler
http://controversamaresia.blogs.sapo.pt/139608.html
Outubro 22, 2008 at 12:03 am
A presidente do Conselho Executivo (… ) afirmando que, no seu caso, não se sente “preparada” nem “formada” para avaliar um docente de educação física, por exemplo: “Não sei avaliar se ele está a preparar bem as aulas”.
Repita lá?
Como é que alguém que diz isto pode dirigir uma escola?
Outubro 22, 2008 at 12:08 am
Podemos falar de ética ainda?
Como invejo os colegas e as escolas que tiveram o mérito e a excelência de suspender, questionar e travar este sombrio e cretino processo de avaliação. Parabéns excelentes e ilustres professores.
Não é fácil tomar estas decisões!
Não é fácil enfrentar os colegas mais “lurdinhas” que o papa!
Parabéns aos presidentes dos executivos que zelam pelos interesses e reivindicações de quem os elegeu e não esperam um lugarzinho ao sol…
Como eu gostava que na margem sul (onde lecciono), na margem “jamais” , crescesse um movimento “jamais milu”, que contribuísse para arruinar todas estas nulidades que presidem ao nosso e não deles Ministério. Se alguém tem que ser avaliado com insuficiente, é esta equipa podre que nos perturba e desvia e faz perder tanto tempo.
Vamos antecipar a nossa avaliação para dia 15 de Novembro, apelo a todos, TODOS!
Eu, como director de turma, já tive que alertar os alunos sobre o nervosismo e a inquietação e o descontrolo de alguns professores que não resistem a esta humilhação que o ministério impõe devagarinho…
Apelo a todos os colegas que se reformaram recentemente, face a este estado de coisas, que falem abertamente à comunicação social! Mostrem que continuam a ser professores, ensinem a estes meninos como leccionaram! Expliquem porque não é possível medir, “grelhar” quantificar, trabalhar para o mérito! Mérito é concedido pelos outros! Se eu trabalho para o mérito, para o excelente não tenho mérito ! (verdade de La palice) .
Será que podemos falar de valores, de ética ainda? Sim, mas, nas escolas de Vila Nova de Poiares, Arouca, Arraiolos, Vouzela, Amadora, Coimbra, Armação de Pêra etc…em todos os blogs como o teu e nosso umbigo. Obrigado Paulo!
Outubro 22, 2008 at 12:13 am
Imagina Da se a colega é de bordados ou crochet..pode ter uma ideia agora daí a avaliar decentemente vai um grande e imenso espaço nebuloso…agora a sério eu no meu caso não me considerarai apto para avaliar e ver se as aulas de E.Fisica estavam a ser ou não bem preparadas..treinadores de bancadas somos todos agora uma analise especifica e detalhada nem todos..bem no renascimento todos sabiam de tudo…
Outubro 22, 2008 at 12:13 am
Porquê?! Toda a gente tem formação para avaliar toda a gente?! De áreas disciplinares diferentes, inclusive?!
Outubro 22, 2008 at 12:16 am
#5, Parece que há quem se sinta a avaliar tudo e todos. Falta de espelho!
Outubro 22, 2008 at 12:17 am
Até amanhã…deixo aqui um video da Lurdinhas e dA SUA FILHA…
http://br.youtube.com/watch?v=b5t5GukrWOU
Outubro 22, 2008 at 12:17 am
#6
sinta pronto a
Outubro 22, 2008 at 12:20 am
Parece que o poder quando sobe à cabeça sobe mesmo. Muitos que se sentem ofendidos por serem avaliados, no papel de avaliadores nem nos passa pela cabeça o que seriam capazes de fazer.
Outubro 22, 2008 at 12:21 am
Estamos a falar da PRESIDENTE da Escola. Não pode dizer aquilo, simples.
Eu até acho que parte da avaliação científica deve ser feita através de provas e não por pares.
Outubro 22, 2008 at 12:25 am
# 9,
Ora bem!
Anda para aí muita gente, cheia de si própria.
Ou não se vêem ao espelho, ou são altamente míopes.
Outubro 22, 2008 at 12:25 am
Reformei-me recentemente, mas podem crer que estou muito solidário e activo na luta da classe.
Dia 15 é a manif, certo?
Outubro 22, 2008 at 12:25 am
DIGAM-ME UM MODELO DE AVALIAÇÃO EM VIGOR NA EUROPA ONDE A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES SEJA FEITA POR EXAMES..OU A SUA SUBIDA NA CARREIRA DEPENDAM DAS NOTAS DOS MENINOS..E ONDE EXISTAM TITULARES E NÃO TITULARES..COM isto encerro que amanha é ás 9 e 30..Carpe diem
Outubro 22, 2008 at 12:26 am
A senhora merece todas as críticas e mais alguma, mas os filhos não têm que pagar pelos erros dos pais. Sei que foi brincadeira, mas nem assim. A filha da senhora merece que a deixem em paz.
Outubro 22, 2008 at 12:27 am
Zé: certo!
Outubro 22, 2008 at 12:27 am
E já deixou..nem lhe fala nem a quer ver ..
Outubro 22, 2008 at 12:28 am
Dia 15, claro!
Outubro 22, 2008 at 12:35 am
É necessário mobilizar e esclarecer, sobretudo os que vivem longe dos grandes centros, pois os sindicalistas sabem-na toda!
Outubro 22, 2008 at 12:36 am
#10
Claro que a PRESIDENTE de uma escola pode dizer o que disse. E fê-lo muito bem.
Teve coragem e ética!
Outubro 22, 2008 at 12:37 am
Não há profissão, em Portugal ou no mundo, onde as pessoas sejam sujeitas a isto! Isto é produto de mentes doentias! Esta ministra tem um problema qualquer com professores. Assim que chegou ao cargo desatou a levantar acusações graves que nunca provou.
O modelo anterior de avaliação, se bem complementado pelas inspecções periódicas, era bom. Este é um labirinto absurdo, inexequível, que em nada vai melhorar a qualidade do Ensino!
Já para não falar da divisão da carreira e de tudo o resto. Se não ganharmos esta guerra que o Governo iniciou, então não há dúvida que merecemos estes enxovalhos! Adesivos, bufos, o medo que voltou ao nível do pré-25 Dabril, isto está um descalabro!
Outubro 22, 2008 at 12:38 am
ESTOU CANSADA, MUITO CANSADA, VAI NA SEGUNDA SEMANA QUE ENTRO NA ESCOLA ÀS 8 DA MANHÃ E REGRESSO A CASA ÀS 9 DA NOITE.NÃO ESTOU A DELIRAR, ESTOU A DIZER A VERDADE: REUNIÕES, REUNIÕES E MAIS REUNIÕES. GRELHAS, ACTAS, DECLARAÇÕES, CONFUSÕES. AS AULAS TÊM SIDO DE IMPROVISO(VALEM-ME OS 25 ANOS DE SERVIÇO), NÃO HÁ TEMPO PARA PENSAR E TRABALHAR PARA OS ALUNOS. O CANSAÇO É TÃO GRANDE QUE O SILENCIO ABSOLUTO TOMA CONTA DE MIM.
A ESCOLA CAMINHA A PASSOS LARGOS PARA A MAIS ABSOLUTA DAS DEMÊNCIAS.AS EQUIPAS SOS RECENTEMENTE ANUNCIADAS VÃO SERVIR APENAS PARA VESTIREM A CAMISA DE FORÇAS AOS LOUCOS INSUBMISSOS (DEUS ABENÇOE OS LOUCOS).
SOBRE UM NINHO DE CUCOS, SEM HERÓIS, SEM HUMANOS, SEM ALEGRIA, SEM ABNEGAÇÃO, SEM VERGONHA, SEM JUSTIÇA,SEM GENEROSIDADE… SEM FUGA.
Outubro 22, 2008 at 12:39 am
Não diabolizam os sindicatos. O meu sindicato apoia a acção de 15/11 e TODAS as que sejam justas, como esta é. Divisão é o que o Governo quer.
A Presidente do CE que confessa não saber avaliar as aulas de EF tem TODA a razão! Ou então não valia a pena tirar-se cursos superiores. Era chegar lá e “Corram, meninos!”
Outubro 22, 2008 at 12:42 am
# 22
Mas há macacos que acham que podem estar em todos os galhos…
Outubro 22, 2008 at 12:43 am
Mentalidade à portuguesa … todos somos um pouco de treinadores de futebol, professores de educação física, professores de história, professores de evt, professores de geografia e por aí fora … por isso todos conseguem avaliar = conversa de café.
Outubro 22, 2008 at 12:45 am
Era bom que os sindicatos dissessem claramente que vão estar lá dia 15.
Quais são esses sindicatos? É que há quem queira sindicalizar-se num em que possam confiar.
Outubro 22, 2008 at 12:49 am
22
posso saber que sindicato é esse?
Outubro 22, 2008 at 12:54 am
Transcrevo email que recebi do meu delegado sindical (SINDEP):
—– Original Message —–
Subject: Fwd: FW: 15 DE NOVEMBRO – A MANIFESTAÇÃO DA VONTADE DOS PROFESSORES!
A MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES É DIA 15 DE NOVEMBRO.
A manifestação dos sindicatos é dia 8 de Novembro.
Colega,
Se puderes, vai a ambas, se assim for o que te diz a consciência, e
achares que é importante para a Luta.
Caso só possas ir a uma delas e quiseres fazer parte da História da
Luta dos Professores pela Dignidade da sua Profissão e pela Defesa dos
seus Direitos e do Ensino Público de Qualidade não faltes à
manifestação de dia 15, a MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES.
A Manifestação de dia 15 de Novembro terá mais impacto, pois será
histórica, porque só essa foi convocada pelos próprios professores e
já está oficializada!
Para estares actualizado sobre ela, vai consultando o blogue do MUP,
onde diariamente serão dados pormenores da organização:
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
TODOS SEREMOS POUCOS!
UMA ESCOLA, UM AUTOCARRO!
DEIXEM-NOS SER PROFESSORES!
PASSA ESTA MENSAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE CONHEÇAS.
Outubro 22, 2008 at 12:56 am
Quanto à questão de todos sermos profesores de tudo, é bem verdade. Os “sabichões” só costumam render-se na Música, porque de resto, são como os não-professores, que acham que ser Professor do 1ª Ciclo, p. ex., é só dizer: b – a = ba , 1 + 1 = 2 🙂
Outubro 22, 2008 at 12:59 am
O SINDEP está de parabéns.
Outros sigam o exemplo.
Outubro 22, 2008 at 1:00 am
Notem que não estou a promover o SINDEP, e até continuo a consultar diariamente o site para ver se o apoio a 15/11 já lá está expresso, com todas as letras. Mas entendo que se calhar estas coisas de plataformas requerem alguma diplomacia.
Divisão é que não. É altura de esquecermos as diferenças e estarmos o mais possível unidos!
Outubro 22, 2008 at 1:10 am
Aquela PCE é a burocrata típica, na escola dela reina a confusão, nota-se pela linguagem.
Provavelmente para impôr a disciplina a miúdos, regra geral, pacatos de uma cidade do interior também não se sente competente.
http://dn.sapo.pt/2007/06/10/sociedade/praxe_violenta_poiares_ainda_esta_es.html
Outubro 22, 2008 at 1:16 am
#31
E???
Provavelmente???
😯
Outubro 22, 2008 at 1:25 am
Não estou lá, não conheço, não me pronuncio. Mas a “pacatez do interior” é chão que deu uvas. A globalização dos comportamentos juvenis é total.
A indisciplina, a violência, nas escolas, é um dos maiores problemas da actualidade. O Ensino Particular, que é pago e é para quem pode, resolve os problemas de forma expedita. Já o Público, que está refém dos romantismos guterristas e socretinos, trata o prevaricador como vítima da sociedade malvada, e ignora as vítimas. Neste contexto, professores, funcionários, alunos e pais, têm que se curvar perante os factos: a impunidade faz lei!
Outubro 22, 2008 at 1:25 am
Em suma não se sente competente para nada.
Repito, quem dirige uma escola não se pode achar incapaz de avaliar um professor, como não pode achar incapaz de impor a disciplina, etc.,etc.,etc.
Não pode.
É a minha opinião.
Outubro 22, 2008 at 1:27 am
Atirar lama é fácil… 😳
A argumentação fraca, muito fraquinha!
😳
Outubro 22, 2008 at 1:30 am
DA
Se a aula for divertida até que o professor motivou os alunos. Mesmo que diga as maiores barbaridades, o que interessa são as flores.
De que lado está? Então já os presidentes avaliam a capacidade científica?
Bem, mas parece que as recomendações são só para avaliar as competências pedagógicas dos profs. Ou seja, continuamos a fazer de conta que esta avaliação é séria.
Outubro 22, 2008 at 1:33 am
33.
Já que falou no particular, lá é o Director Pedagógico que avalia todos os professores.
E essa de que o particular é para quem pode pagar não corresponde à verdade, metade dos alunos do privado estão abrangidos por contratos com o estado ou em escolas profissionais. São iguais aos das escolas públicas
A grande diferença está nas cultura/clima de escola, esta em muitas públicas não é uma prioridade. Preocupam-se mais com a burocracia, os concursos, os horários, etc. coisas de repartição pública.
Outubro 22, 2008 at 1:35 am
Aliás seria interessante comparar o comportamento dos alunos dos CEF/Profissionais das Escolas Profissionais privadas com os das Escolas Públicas.
Outubro 22, 2008 at 1:38 am
Atenção que eu não disse que “O Particular é que é bom”! No que respeita à (in)disciplina, o Particular é expedito!
A avaliação no Particular decerto não comporta estes processos labirínticos, também…
No Público, mesmo quem não tem essa mentalidade de repartição pública, nada pode fazer para alterar o (mau) ambiente de escola. A tutela põe e dispõe, desautoriza os professores, desculpa os alunos que os agridem, ignora a violência, as navalhadas, etc.. Ou não é?
(Mas este DA é mesmo o do costume?…)
Outubro 22, 2008 at 1:38 am
«Contactado pela Lusa, o assessor de imprensa do Ministério da Educação sublinhou que o Conselho Pedagógico aprovou os instrumentos de registo e que a avaliação “não está parada” no estabelecimento de ensino.[VN Poiares]»
Nada, nada. Está tudo em movimento. Menos o cérebro do assessor de imprensa.
___________
Corajosa tomada de posição. Parece que foi a 1ª manifestação de apoio de um CE, de que aqui tivemos conhecimento, certo?
Virão mais com certeza…
Outubro 22, 2008 at 1:39 am
Os alunos CEF e PA são o causa destacada da violência nas escolas públicas! Simplesmente não têm perfil para ali estar, naquele ambiente de desautorização total dos adultos e impunidade total para os violentos!
Outubro 22, 2008 at 1:40 am
Pois. E seria também interessante comparar as regras e limites impostos nessas escolas. A expulsão leva esses alunos para o público. Não compare o que não é comparável.
Outubro 22, 2008 at 1:40 am
Parabéns, à PCE dessa escola, pela coragem à exposição! Não a conheço. O tempo dos prof. polivalentes/generalistas ainda não chegou! Que é isso de 1 prof. de EVT ir avaliar um de Música ou vice-versa? Aonde é que pode estar a competência científica para tal?
Se acontecesse com o rapaz, apesar de gostar mt de música não saberia distinguir uma colcheia de uma semi-breve.
Outubro 22, 2008 at 1:42 am
Também não conheço a PCE, mas dou-lhe os parabéns!
Outubro 22, 2008 at 1:44 am
rc,
O que é nós temos feito para lá de atirar lama?
R.
Claro que o Presidente tem dificuldades em avaliar a capacidade científica. Mas sabe quem ensina bem e quem ensina mal.
Outubro 22, 2008 at 1:49 am
#45,
Lutar contra as injustiças.
Lutar contra o “quero posso e mando… nem que mate uns tantos”.
Analise o seu discurso:
A PCE não pode dizer…
Provavelmente (????) 😳
Outubro 22, 2008 at 1:49 am
O DA é o mesmo do costume, em noite de derrota do seu FCP. 😦
Outubro 22, 2008 at 1:49 am
A Escola Pública é o caixote onde a Sociedade deposita tudo! Os professores que se amanhem! Alunos violentos? Alunos sem princípios, vindos da miséria social e humana? Alunos sobredotados? Alunos com dificuldades de aprendizagem? Alunos com deficiências profundas? Tudo para a Escola Pública, em nome de poéticas “integrações”…
O Ensino Privado dá mostras de que a autoridade, a simplicidade de procedimentos, o senso-comum, são essenciais. Tem os seus defeitos, mas o Público devia copiar-lhe as qualidades.
Outubro 22, 2008 at 1:50 am
Não vou dizer que lamento, amigo DA… desculpe-me a sinceridade. Também não estou contente, claro.
Outubro 22, 2008 at 1:58 am
O Ensino Privado dá mostras de que a autoridade, a simplicidade de procedimentos, o senso-comum, são essenciais. Tem os seus defeitos, mas o Público devia copiar-lhe as qualidades.
Como sabemos há privados e privados. Nem vale a pena desenvolver… (a propósito o ranking das escolas de 2008 deve estar a sair).
Nas 8 escolas onde trabalhei, em 2 delas havia um excelente cultura de escola, prestigiadas, bom clima, respeito pelos professores, muito por acção dos respectivos Presidentes, hoje esses PCE têm o rótulo de adesivos. Isto é complicado!
Outubro 22, 2008 at 1:58 am
Presunção e água benta, cada um toma a que quer.
Por mim, prefiro os que têm noção das suas limitações, aos que acham que dominam todas as áreas e não se enxergam.
Outubro 22, 2008 at 2:12 am
Só agora li o comentário 41.
Os alunos CEF e PA são o causa destacada da violência nas escolas públicas! Simplesmente não têm perfil para ali estar, naquele ambiente de desautorização total dos adultos e impunidade total para os violentos!
Eu não generalizaria, mas sou contra a multiplicação de CEFs, sobretudo quando recebem alunos que já estão na marginalidade. Mesmo que os professores fossem os das escolas públicas, estes cursos deviam decorrer fora das instalações das escolas. É o que acontece num Agrupamento da Póvoa de Varzim, os CEFs são leccionados num centro social ou cultural da localidade.
A alternativa é criar escolas como esta:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=363758&visual=26&rss=0
A minha não tem CEF, nem a EB23 onde o meu filho mais velho fez o 2.º ciclo e para onde irão os mais novos. Mas já houve que os quisesse criar.
Outubro 22, 2008 at 2:24 am
Apelamos à vossa divulgação da reunião do próximo dia 28 de Outubro (3ª f), às 18 horas. E também à eventual participação, uma vez que se trata de uma reunião aberta
http://escolapublica2.blogspot.com/2008/10/reunio-28outubro-mudana-do-local-da.html
Outubro 22, 2008 at 2:37 am
No intuito de poupar angustias e discussao, sugiro que se faca um levantamento das escolas onde o ensino funciona bem.
E faca-se como ai.
Paralelamente, pergunte-se aos bons alunos das classes nao privilegiadas, qual o seu segredo.
Quando nao se sabe como fazer, pergunte-se a quem faz bem.
Nao ha necessidade de ligar o complicometro.
Isto so avanca com principios simples.
Outubro 22, 2008 at 2:53 am
A honestidada, a franqueza e o exercício da verdade são qualidades que não se coadunam com obediências cegas,acríticas e com a arrogância de tudo saber, o desejo de conquistar/manter poder a todo o custo e o “politicamente correcto” dos lugares.
A nobreza dos cargos está na coragem e nobreza do carácter de quem os desempenha.
Pena tenho, que neste país, a todos os níveis e sectores, o incumprimento do dever da verdade – da equidade – da justiça, não seja devidamente punido e banido!Talvez, por isso, se continue a querer parecer o que não se é – esta é a pobreza maior de um povo que apesar de europeu só consegue encontrar os caminhos do hemisfério sul (naquilo que ele tem de pior).
Parabéns à srª Presidente, à escola e a todas as outras que assumem as suas convicções e posições! Que mais, e muitas mais, lhes sigam o exemplo!
Já que querem ridicularizar os professores com as “equipas SOS/112/bombeiros”… como lhes queiram chamar, eu proporia a criação de “equipas 112-Ministério” – há muito que estão a precisar! (o seu iluminismo ainda não atingiu um nível de conhecimentos adequado face às matérias sobre as quais decidem: o mal maior(?)- estão a destruir o futuro de algumas gerações de jovens.
Outubro 22, 2008 at 9:17 am
Ó DA,
Se o presidente do CE sabe quem ensina bem e quem ensina mal para quê esta fantochada desta avaliação ?Para quê tantos papeis ?Porque é que um titular pode saber menos que um professor e no entanto vai ser o titular que vai avaliar ?
Outubro 22, 2008 at 10:12 am
DA,
Os bons presidentes de CE são fundamentais. Os exemplos têm que vir de cima. Muita gente foge para os cargos de gestão porque tem medo dos alunos, e depois passa a condenar sistematicamente os professores por estes não conseguirem conter a inundação da indisciplina com a esponjinha minúscula da autoridade que lhes resta.
Os CE também têm sido refógio para pessoal que quer somar anos para a reforma, ou colmatar falta de habilitações, etc., etc.. Mediocridade há em todo o lado…
Esses presidentes com qualidade serem agora chamados adesivos faz-me muita impressão! Ou eles mudaram, ou são injustamente assim apodados.
Outubro 22, 2008 at 10:20 am
A minha humilde opinião:
DA Diz:
Outubro 22, 2008 at 1:10 am
“Aquela PCE é a burocrata típica, na escola dela reina a confusão, nota-se pela linguagem.”
Acha que a linguagem/escrita que utilizou para referir-se à PCE de Vila Nova de Poiares é a mais correcta? Eu explico. “Aquela PCE…”
Eu jamais escreveria assim, haja ética na forma como falamos dos nossos colegas!
….
“Provavelmente para impôr a disciplina a miúdos, regra geral, pacatos de uma cidade do interior também não se sente competente.”
E citou:”http://dn.sapo.pt/2007/06/10/sociedade/praxe_violenta_poiares_ainda_esta”.
Agora pergunto:
-na escola onde é docente, nunca houve comportamentos agressivos entre os alunos?
-consegue “controlar todos os alunos da “sua” escola?
Se nunca teve situações dessas e se consegue controlar todos os alunos, porfavor, DÊ-ME a RECEITA. E para que se conste (pq talvez V.Exª desconheça), Vila Nova de Poiares não é uma cidade mas sim uma Vila pertencente ao Distrito de Coimbra.
Pelo que entendi através de alguns dos seus comentários, V.Exª acha-se com capacidade para avaliar todos os seus colegas e de todas as disciplinas, certo? Teve alguma formação específica para possuir esse “dom”?
Não leia e interprete o meu comentário como uma provocação mas sim como um pedido de esclarecimento pois interrogo-me: “serei assim tão, tão, tão ignorante porque não tenho capacidade para a valiar os colegas de outras Áreas?”.
Aproveito ainda este espaço para dar os meus sinceros PARABÉNS à Senhora Presidente do Conselho Executivo da Escola EB23Secudária Doutor Daniel de Matos.
Outubro 22, 2008 at 10:23 am
Os meus sinceros PARABÉNS à Senhora Presidente do Conselho Executivo da Escola EB23Secundária Doutor Daniel de Matos.
Continue colega, contra a corrente que tem como objectivo “esmagar” os Professores.
Outubro 22, 2008 at 1:13 pm
O que nos falta é “ethos”… Pode ser que as actuais tempestades saneiem o ar e se venha respirar melhor daqui a uns tempos. Vai custar, mas vai valer a pena.
Outubro 22, 2008 at 3:51 pm
Anamaria,
Ser contra a carreira hierarquizada equivale a não querer ser avaliado por colegas(não tenho nada contra os Prof. titulares, aliás na minha escola os coordenadores são bons profissionais) que até aqui eram exactamente iguais a nós.
Na escola há um chefe, o PCE, eles que nos avalie.
Outubro 22, 2008 at 7:04 pm
Porque é que todas as escolas não suspendem a avaliação, ou, pelo menos, enviam abaixo-assinado à Ministra?
Outubro 22, 2008 at 10:46 pm
DA #31
DA,
Não conheço pessoalmente “aquela PCE” que diz ser “a burocrata típica” nem a escola onde diz reinar “a confusão”, mas garanto-lhe, tenho pena…
Tenho pena pois conheço alguns colegas que já leccionaram e outros que ainda leccionam nesta escola, e a opinião é unânime tanto em relação à escola, que dizem ser exemplar, como em relação “aquela PCE”, que dizem ser de uma integridade e competência assinaláveis. Dizem ser sobretudo uma incansável defensora dos direitos de todos os alunos, funcionários e docentes.
Pude agora comprovar isso nesta atitude digna e corajosa como aceitou pronunciar-se publicamente em nome de todos os seus colegas de escola.
PARABÉNS ao Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares, pela seriedade e pela real vontade de fazer melhor.
Maio 26, 2009 at 6:53 pm
Tanta conversa deitadafora.
è claroque quemfala assim não pode avaliar
Maio 26, 2009 at 6:58 pm
Não édefensora de todos por igual. se diz que não sabe avaliar um colega, como avalia um funcionário??? não está a ver o que eles fazem…sempre ouvi dizer que não e igual para todos.