O Paulo Carvalho já escreveu o essencial sobre muito do que rodeia a questão, tendo sido ele a assumir de forma mais intensa o desmontar do circo montado em torno de algumas sessões da formação sobre O Magalhães e que hoje é tema de nota na p. 14 do Público.
Em tudo isto o que me espanta é ver que há colegas que aderem a isto de ânimo leve, mesmo se de semblante ligeiramente incrédulo, como que dizendo para si mesmos: como sou capaz de embarcar nesta palhaçada?
Há uns dias, alguém que tem muito contacto com as escolas de vários pontos do país, perguntava-me como era possível que pessoas que no seu quotidiano protestam contras as políticas educativas, não se coibindo de desancar valentemente a equipa ministerial, depois se sentam, cordatas e batem palminhas amestradas, quando um Secretário de Estado passa em visita de Estado.
Eu respondi que seriam questões, quase por certo, de civilidade e polidez, a justificar tal flexibilidade no comportamento.
Mas isso sou eu a tentar desculpar o incompreensível.
No mínimo, recomendar-se-ia uma indisposição oportuna para não comparecer.
Há que ser coerente e saber manter um mínimo de dignidade.
O que por vezes parece ser difícil.
Outubro 16, 2008 at 10:13 am
Só tenho uma palavra, pronto, duas: deprimente e lamentável!
P.S.1- E não resisto a uma pergunta: isto foi alguma formação para funcionários do GigaShopping ? Sinceramente colegas… era mesmo necessário? Ao menos, no final, ofereceram-vos as maquinetas? Pelo vosso empenho deviam levar umas 3 ou 4 lá para casa. Não me levem a mal mas… já estou como o outro: não havia “nexexidade”!
P.S.2- Paulo: segundo li num email que circulou na internet, um colega que se recusou a alinhar nesta palhaçada e ainda dirigiu algumas critícas à animadora da sessão, foi devidamente identificado, teve a sua maquineta confiscada, ordem de saída da sala e (isto acho que já será mais um mito urbano) um aviso sério de informação à DREL sobre o seu comportamento.
Toca a remar cambada! E a cantar, de preferência! Mainada!
P.S.3 – Bem vistas as coisas, isto acabou por me dar uma excelente ideia: nas aulas assistidas (se as houver) vou aproveitar esta estratégia pedagógica e ponho toda a gente a remar e a cantar na aula! AVALIADORA INCLUÍDA! Vai ser lindo! :o)
Outubro 16, 2008 at 10:18 am
P.S.2 – Confirma-se, pois recebi mail do colega em causa e acho mesmo que publiquei o texto dele.
Outubro 16, 2008 at 10:18 am
Parecem os cânticos e os sorrisos dos povos ocupados que, apesar de não gostarem, têm de fazer agradar o exército invasor. Imagens destas existem por todo o lado, desde os comportamentos dos parisienses aquando da entranda do exército nazi até às reacções dos iraquianos face à entrada dos americanos: «Americans are good», «Sadhamm is bad». Batemos no fundo! Não sei se foi uma actuação combinada depois de meia dúzia de copos. É natural. Quando entramos nas contas de Baco, tudo é possível. Contudo, baco a cima ou baco abaixo, é com estas pequenas manifestções que vamos perdendo dignidade.
Não sei se devia ter comentado. Estas imagens são para pensarmos muito bem. Mas também julgo que não devia estar calado.
Outubro 16, 2008 at 10:27 am
omg this soooooo disgusting… : ((((((
Outubro 16, 2008 at 10:33 am
É por esta razão que sinto obrigado a ir à manif de 15 e é também por esta razão que sinto dúvidas quanto ao sucesso da dita.
Outubro 16, 2008 at 10:39 am
«É por esta razão que me sinto». Desculpem as gralhas, mas estou com alterações cardíacas.
Outubro 16, 2008 at 10:43 am
Estas imagens são do Gato Fedorento!
Não brinquem comigo. Tenho a certeza que estes filmes foram feitos para o programa Zé Carlos. São dois belissimos momentos de humor.
A Escola no meu tempo não tinha Professores assim tão cómicos. Deve ser um fartote de rir estas novas aulas.
Ainda me vou é inscrever nas novas oportunidades.
Outubro 16, 2008 at 10:48 am
Temos o que merecemos ou não? Somos uma cambada de cobardes sem carácter ou não? Desconfio que nem na Coreia do Norte se deve ver tanta sabujice! Triste ideia a minha de ter vindo para esta profissão e ser confundido com estas “coisas”!
Outubro 16, 2008 at 10:49 am
O Paulo Carvalho merece o aplauso de todos… Não há paciência… Que humilhação.
Outubro 16, 2008 at 11:14 am
Já conhecia os vídeos e tenho-os divulgado através do correio electrónico.
Isto é absolutamente constrangedor e, como já alguém disse, deprimente.
No meio disto tudo, tenho uma dúvida que é uma preocupação:
Será que já batemos no fundo?
Se ainda não, isso significa que o que aí vem poderá ser degradante.
Se nós consentirmos, claro!
Outubro 16, 2008 at 11:16 am
Manuel,
Ainda não nos(lhes) puseram narizes vermelhos…
Outubro 16, 2008 at 11:26 am
Pois!
Outubro 16, 2008 at 11:28 am
Pois!
Só falta isso, para a coreografia desta palhaçada estar completa.
Outubro 16, 2008 at 12:01 pm
Vi agora parte deste monstruosidade. Não consegui ver tudo. Os monstros são os nossos colegas que aceitam fazer este papel de mentecaptos. É muito típico de muitos profissionais do ensino esta aceitação de brincadeiras estúpidas como esta. São crianças, nunca abandonaram a escola, como dizia o outro… Que vergonha. Por acaso não vão acusar a Ministra ou o Sócrates – pessoas execráveis – por isto, ou vão?
Outubro 16, 2008 at 12:05 pm
Mais deprimente que ter MLR como ministra.
Outubro 16, 2008 at 12:11 pm
Os vídeos são reais ou trata-se de uma óptima paródia?
Trabalhei 33 anos no 1.ºCEB e sempre considerei estupidificante quer para os profs, quer para os alunos, este tipo de “motivações”. Pelos vistos ainda há gente que, não sabendo da profissão, continua a querer fazer do ensino um palco do rídículo. Lamento, lamento muito!
Outubro 16, 2008 at 12:26 pm
Vinha eu perguntar-lhe se este
era verdade. Confirma-se. Valha-me a virgem!!!
Outubro 16, 2008 at 12:56 pm
Estes vídeos foram inspiradores para o Zé Carlos, sobretudo o rap inicial que inspirou o Lino e Pino:
http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20081016122851&z=1
😆
Outubro 16, 2008 at 1:23 pm
Eu não diria melhor
“Que gente ridícula!
Para além daquilo não ter graça nenhuma, ao estilo malucos do riso, estamos a falar de um esquema de roubo ao erário, de enriquecimento ilícito de alguns. Se os senhores que ensinam as crianças não tem capacidade para o ver, é por serem cegos ou por serem ideólogos do regime.
Prefiro manter as minhas crianças longe dessa influência tóxica, não quero que sejam cobaias num experimento pavloviano.
O pior é ver que há gente que acha que isso é coisa de gente “bem disposta”. É a ditadura da boa disposição. Ou fazes parte da imbecilidade colectiva e dás risada ao ser enrabado, ou és um mal disposto, um anti-social. Prozac nele! E se não resultar, vai uma injecção de Pb82 na têmpora”.
Bonifácio in Blafémias
Outubro 16, 2008 at 1:51 pm
😆
Antes destas cenas devem ter ingerido um Licor Beirão, só pode!
Outubro 16, 2008 at 2:42 pm
É esta a imagem que NUNCA devíamos passar!
Francamente DEPLORÁVEL!
Outubro 16, 2008 at 3:01 pm
Mas isto são professores? Desculpem lá! É um pessoal que dá aulas.
Outubro 16, 2008 at 3:03 pm
Temos que passar estas imagens, pois aqui espelha-se a imagem do que (muitos) somos: um bando de ex-melhores alunos da sala, cumpridores até à bandalhice, que nunca cresceram!
Outubro 16, 2008 at 3:09 pm
O de baixo já foi removido. Mas a mensagem passou.
Outubro 16, 2008 at 3:15 pm
Como é que isto é possível?
Para descontrair, também sobre o Magalhães:
Outubro 16, 2008 at 3:32 pm
No artigo do Paulo Carvalho, acho particularmente sugestivo o vídeo que, se não estivesse identificado, poderia ser confundido com o de uma seita ou de uma lavagem cerebral orquestrada por um ditador.
Devo ser eu que estou a exagerar. Afinal, se assim fosse, haveria censura aos vídeos sobre estas acções. Esperem lá, onde está o segundo vídeo deste post?
Outubro 16, 2008 at 3:45 pm
O segundo já foi removido pelo autor. Estas encenações, segundo o Público, são candidaturas vídeo ao sorteio de alguns magalhões. Mas só para quem permanecer na sala até ao final da lavagam cere… perdão, da acção de (de)formação!
Outubro 16, 2008 at 3:50 pm
LOL. O que um gajo não faz por um prémio. E ainda se espantam com o “Momento da Verdade”. Ao menos os que vão lá não é suposto serem agentes de formação de cidadãos livres e conscientes.
Outubro 16, 2008 at 4:03 pm
Isto é uma brincadeira, certo? Será uma curta metragem para o festival de Vila de Conde, categoria comédia?
Outubro 16, 2008 at 4:10 pm
Apesar de não se tratar de opinador muitas das vezes consensual, destaco o artigo de Vasco Graça Moura no DN de ontem:
Com o Magalhães, o Governo corre alegremente o risco de agravar a crise do ensino, mascarando-a pela euforia bacoca do folclore digital. É como pôr os miúdos a usarem uma calculadora sem serem obrigados a compreender os aspectos elementares das quatro operações […]A desmontagem da encenação terceiro-mundista que foi servida aos portugueses está feita, embora os responsáveis governamentais não se tenham dignado enfrentá-la com argumentos válidos.
O que preocupa é ver artistas inesperados de um vaudeville duvidoso a participarem na referida encenação terceiro-mundista.
😥
Outubro 16, 2008 at 4:34 pm
Fiquei deprimida! Nem comento!
Outubro 16, 2008 at 5:22 pm
eu não quero palermas destes como professores dos meus filhos!!! Tinham a obrigação de recusarem fazer tais figuras!!
Outubro 16, 2008 at 5:37 pm
Eh pá…mas são professores??Numa acção de formação??Ainda não percebi…
UI…se são professores…
Isto só demonstra que ensandeceram!
Têm medo da avaliação e prestam-se a isto???
Nem quero acreditar!
Outubro 16, 2008 at 5:46 pm
Com o Magalhães instalado, se as coisas continuarem a correr mal no ensino, há sempre o truque de justificar tudo com erros informáticos.
Outubro 16, 2008 at 5:48 pm
Não vi o segundo filme, mas o primeiro parece uma sátira bem feita, por mais que remem estão sempre no mesmo sítio.
Outubro 16, 2008 at 6:32 pm
Até isto o ME conseguiu fazer a alguns zecos.
Terá valido a pena dois milhões de anos de evolução para chegar a isto?
Não teria sido melhor o raio do meteoro ter passado ao lado?
Pelo menos os dinossauros tinham a coluna vertebral bem dura, difícil de dobrar!
Outubro 16, 2008 at 6:42 pm
Não sejam maus…
Faltam as imagens finais em que os magalhães, já em equilíbrio difícil, são lançados borda fora.
“Magalhães ao mar” era a frase final que não conseguimos ouvir por “azelhice” do câmara.
Outubro 16, 2008 at 7:08 pm
Estão a passar-se, não vêem que esta gente já está por tudo?
Cantam e dançam com um magalhães ao colo, estão dopados de certeza.
Outubro 16, 2008 at 7:09 pm
setora, não branqueie o imbranqueável, sff…
Outubro 16, 2008 at 7:17 pm
Já não consegui ver nenhum:-(( Foram ambos removidos????
Outubro 16, 2008 at 7:27 pm
sem ter lido tudo e espero não me repetir, mas isto começou com aqueles dialogos fabulosos oriundos do GAVE e que devemos repetir ipsis verbis quando aplicamos as provas de aferição.
já leram aquilo?
eu sinto-me uma perfeita anormal.
è horrendo.
foi o que sentiu o paulo.
e depois continua com o nº de reuniões obrigatórias para aquilo.
Outubro 16, 2008 at 7:28 pm
e agora com esta formação e com a valiação e com o sucesso.
mas acham o quê?
Outubro 16, 2008 at 7:29 pm
por que é que o video não dá?
Outubro 16, 2008 at 7:39 pm
O vídeo de cima também já foi retirado pelo seu orgulhoso autor. Ou se calhar foi-lhe sugerido, a gente sabe lá… Mas no site do Público está uma peça maior sobre esta palhaçada sem graça. Que vergonha! Que embaraço!
Outubro 16, 2008 at 7:53 pm
Parece que foi mesmo retirado. Pelo menos ficamos convencidos que ainda resta um pedacito de vergonha.
Como nós quando no remanso do nosso lar damos um pu, mas não queremos que ninguém saiba.
Outubro 16, 2008 at 8:41 pm
Ana(39),
O 1º vídeo ainda pode ser visto na 2ª parte do link que coloquei no comentário 17, logo a seguir ao “rap Magalhães”.
Outubro 16, 2008 at 8:53 pm
Estes vídeos acabaram de passar na RTP1, como parte de curso de formação da INTEL para o dito. Algo se passa.
Outubro 16, 2008 at 9:07 pm
Pior que esta vergonha foi o comentário absolutamente cretino feito pelo MST na TVI. Só visto! Como é que foi possível este aborto ter nascido de Sophia? (Desculpem, mas agora passei-me).
Outubro 16, 2008 at 9:12 pm
Fonix a minha PCE quis que eu fosse a está tanga e eu disse que não e bati o pé várias vezes que não punha lá pés.
Outubro 16, 2008 at 9:28 pm
Vão-me perdoar os envolvidos mas quando vi este video pareceu-me uma qualquer cena dos anos 80 na Romenia sob a ditadura de Ceausescu…
Outubro 16, 2008 at 9:32 pm
Eu não quero comentar estas imagens!
Aproveito a oportunidade para fazer um elogio público à profissão de palhaço, que é das mais lindas, entre as mais lindas! No entanto, ser professor, hoje, é… qualquer coisa humilhante!
Outubro 16, 2008 at 9:35 pm
O Paulo os vídeos já não estão disponíveis
Outubro 16, 2008 at 9:38 pm
Impressionou-me sobretudo o olhar dos envolvidos…Primeiro pensei que fosse uma paradia mas os olhares denunciam algo de completamente diferente…
Outubro 16, 2008 at 9:40 pm
Isto é como o ovo de Colombo: é fácil criticar “a posteriori” sem lá ter estado. Eu também estive numa sessão destas e estou à vontade para escrever, até porque este mesmo blogue publicou a minha posição enviada para os coordenadores nacionais TIC.
Não é verdade que as pessoas estivessem com os copos, ou que fossem mentecaptos a fazer aquelas cenas. São as pessoas que com o seu sacrifício fazem as novas tecnologias mover-se nas nossas escolas. Com o sacrifício e muitas vezes às cegas porque as promessas de Plano Tecnológico que se ouvem na TV não têm correspondência no mundo real.
O que acontece é que os Coordenadores TIC já descobriram que daquela gente há pouco a esperar e, como tal, poupam energias desactivando um certo sentido crítico excessivo. De que vale gastar energias a contestar, ali naquela sala, entre 300 ou 400 desconhecidos, as tarefas surreais que nos propunham. E tenho bem de memória a reacção da plateia quando foi anunciada a tarefa para o dia seguinte. Depois dividiram-nos por grupos, com o cuidado de separar pessoas que se conheciam.
Eu próprio fiquei num grupo onde não conhecia ninguém, não sabia com o que contava. E o que me restou por prudência foi não colaborar com nada do que foi feito no grupo, declarando-me contra. Os colegas acabaram por fazer e acabaram por escrever o meu nome num papelinho para eu também participar no sorteio.
Portanto as coisas não são assim tão lineares.
Contudo, confesso que me indignei quando comecei a ouvir a plateia a aplaudir as respresentações. Não bati palmas, mas isso é indiferente. A incredulidade de alguma forma bloqueia-nos e acabei por não sair da sala. Assisti a tudo, até ao sorteio.
Quando publiquei as minhas considerações sobre o assunto tive vários colegas a subscrever as mesmas palavras, porque também tinham lá estado e tinham sentido o mesmo. E apenas um colega achou que a minha mensagem era apenas derrotista.
Por isso acho que não se deve avaliar os colegas de forma leviana.
Outubro 16, 2008 at 9:43 pm
#3
Antonio Daniel senti precisamente o mesmo. É grave muito grave…
Outubro 16, 2008 at 9:53 pm
Quais foram os comentários do Sousa Tavares?
Outubro 16, 2008 at 9:55 pm
anomimo tambem estou curioso. Nao vejo a TVI.
Outubro 16, 2008 at 10:03 pm
Vi na RTP1 e na TVI, por curiosidade.
Infelizmente MST, na TVI, revelou o que já sabemos: desprezo pelos profs. Fez questão em o demonstrar. Resta-nos ignorá-lo.
Outubro 16, 2008 at 10:09 pm
Pessoas que “cospe na cara de quem lhe dá de comer” deve ter um resposta á altura…Espero que a tenha
Outubro 16, 2008 at 10:15 pm
Estamos a falar de condicionamento comportamental com uma componente de ameaça de punição/exclusão social.
Os nazis e os estalinistas eram peritos nesta matéria, profundamente analisada por Hannah Arendt.
A “Mocidade Portuguesa” ao pé disto é uma brincadeira sem alcance político.
O intrigante é ainda haver quem não se aperceba do real alcance desta mixórdia mercantil-totalitária, uma vez que estamos na presença de uma patetice híbrida, meio tele-evangelista americana e meio lavagem ao cérebro estalinista, o que resulta numa parolice tosca portuguesa, deprimente e humilhante para quem nela participa.
E a humilhação é o primeiro passo para a despersonalização do indivíduo massificado.
Outubro 16, 2008 at 10:17 pm
Maria (com 43), obrigada. Mas entretanto vi-os na TVI. Confesso que chorei a rir.
Quanto ao MST, confirma-se o que acho há muito tempo: não só não sabe o que diz como não entende o que vê. Digamos que o Pedro Pinto também não ajudou a centrar a questão nas centenas de milhares (digo eu) de euros que se gastaram numa “acção de formação” daquele teor… Aposto que só não estavam o Mike e o Melga porque eles não se lembraram disso! Mas que belo sketch para os Gato…
E já agora, o senhor da fenprof apareceu ali a fazer o quê????
Outubro 16, 2008 at 10:22 pm
Concordo com o H5n1, isto foi tudo bem pensado.
Outubro 16, 2008 at 10:49 pm
Bolas! Já não vim a tempo!
“this video is no longer available”!
Ainda andarão por aí em protões?
Outubro 16, 2008 at 11:31 pm
Eu nem digo o que penso sobre isto!!!!
Outubro 16, 2008 at 11:47 pm
#60, Ana, colega professora:
O “senhor da Fenprof” sou eu.
Apareci ali porque quis aproveitar a solicitação da TVI para, a propósito destes episódios, denunciar uma situação grave que se passa nas escolas. Querem transformar os docentes do 1º CEB em vendedores do “Magalhães” e delegados de propaganda da Vodafone/TMN…, na sua componente não lectiva.
Exigir aos docentes a realização de tarefas que não fazem parte do seu conteúdo funcional – ainda mais no actual contexto em que já são tantas e tão absurdas as exigências que nos são feitas – muitas delas feridas de ilegalidades, é ilegítimo e imoral.
Infelizmente a jornalista só “passou” a parte que lhe tinha sido encomendada.
O Paulo já divulgou aqui, nas cartas ao director do “Público”, mas pode ler o original aqui: http://www.escolainfo.net/index.php?option=com_content&task=view&id=314&Itemid=1
Outubro 17, 2008 at 12:02 am
Em relação ao comentário 53: nada justifica aquele comportamento. A acção era sobre o funcionamento do Magalhães ou sobre propaganda ao Magalhães?
Outubro 17, 2008 at 12:23 am
#65, eu continuo a dizer que foi para mim surpreendente que tantos professores tivessem colaborado naquela palhaçada. Mas continuo a achar injusto muito do que tem sido dito, avaliando genericamente as pessoas com base num comportamento que contextualizado tem evidentemente outra leitura.
O que eu não desculpo é a quem organizou as sessões que, note-se, foram objecto de convocatória, lida por muita gente como de participação obrigatória. Se no papel que me entregaram na escola não dissesse “convocatória” eu não teria ido 2 dias para Lisboa na primeira semana de aulas quando tinha imenso trabalho atrasado.
Outubro 17, 2008 at 12:44 am
Tento compreender os colegas que se viram metidos nesta palhaçada mas acho também que se prestaram a um comportamento que não dignifica a classe (podiam ao menos exigir que não os filmassem naquelas tristes figuras).
Às vezes muito computador, muita tecnologia e falta de reflexão acerca do que é que fazemos com ela dão nisto.
Outubro 17, 2008 at 12:49 am
Hum!, Pavlov.
Outubro 17, 2008 at 1:00 am
O vídeo dos remadores foi uma sátira bem conseguida, isolada do resto da suposta apresentação do curso de formação. A música foi bem escolhida.
Outubro 17, 2008 at 10:36 am
Professores xocialistas como é óbvio
Outubro 17, 2008 at 2:45 pm
#64 Manuel, colega da Fenprof, obrigada pela sua resposta. Que a televisão só passa aquilo que quer, já nós sabemos. Daí que estas situações obriguem a cuidados redobrados. Do que escolheram passar das suas afirmações, a questão que coloquei é legítima e mais uma vez deu azo aos ressabiamentos do MST (mas também não é por aí, já estamos habituados).
De qualquer forma, mais do que o quererem transformar os professores em vendedores da TVshop (ainda que alguns deles não me pareceram muito aborrecidos), penso que a questão se centra mais nos milhares de euros que todos nós, como contribuintes, gastam nestas palhaçadas. Penso que seria a única forma de abordagem em que poderia ter tido algum eco junto da opinião pública…
Nesta perspectiva (minha, assumidamente), não achei a presença da Fenprof pertinente.
Outubro 17, 2008 at 2:46 pm
..leia-se “não me tenham parecido” em vez de “não me pareceram”
Outubro 17, 2008 at 2:58 pm
Deplorável…tão deplorável que nem me apetece comentar.
Sinto, ao ver estas imagens, um misto de vergonha, tristeza, indignação e raiva!
Transformámo-nos realmente um país muito triste. Muito triste mesmo!
Outubro 17, 2008 at 5:00 pm
Ana:
Havia duas formas de responder à solicitação da TV: recusar ou aceitar. Aceitando falar podia-se abordar a questão dos dinheiros (estamos de acordo) bem como outras: a propaganda, o fazer a festa e mandar outros pagar a conta da internet,a falta de ligações nas escolas para os “Magalhães” aí poderem funcionar, etc. E isso foi falado. Mas não passou, apesar dos cuidados e do diálogo mantido com a jornalista.
Como também não passou a referência à situação grave que se passa nas escolas do 1º CEB que não está relacionada com os professores que foram fazer a formação (coordenadores de TIC) mas com os professores do 1º Ciclo do Ensino Básico.
O ME/Governo pretende (ver sítio do e.escolinha) que os titulares de turma sejam delegados comerciais dos operadores – “dando todas as informações do Magalhães aos encarregados de educação e (…) tratando de todo o processo de inscrição na Internet” – tarefas que não fazem parte das suas funções.
Os docentes estão revoltados com esta situação. É mais uma imposição burocrática, a juntar a muitas outras, que impede os professores de se dedicarem às suas funções docentes. A revolta torna-se ainda maior quando, apesar de toda a propaganda e da repetição constante da mentira de que as escolas estão bem apetrechadas com Internet, em muitos muitos estabelecimentos do 1º CEB não existe ou existe apenas numa sala ligação (a funcionar) à Internet.
Em muitos casos mesmo que quisessem fazer esse “frete” nas escolas nem aí o poderiam fazer.
Não passou lá a mensagem; passou noutros locais, de tal modo que já há várias escolas a dizer que não dão para esse peditório.
Bom fim-de-semana.