O Paulo Carvalho já escreveu o essencial sobre muito do que rodeia a questão, tendo sido ele a assumir de forma mais intensa o desmontar do circo montado em torno de algumas sessões da formação sobre O Magalhães e que hoje é tema de nota na p. 14 do Público.

Em tudo isto o que me espanta é ver que há colegas que aderem a isto de ânimo leve, mesmo se de semblante ligeiramente incrédulo, como que dizendo para si mesmos: como sou capaz de embarcar nesta palhaçada?

Há uns dias, alguém que tem muito contacto com as escolas de vários pontos do país, perguntava-me como era possível que pessoas que no seu quotidiano protestam contras as políticas educativas, não se coibindo de desancar valentemente a equipa ministerial, depois se sentam, cordatas e batem palminhas amestradas, quando um Secretário de Estado passa em visita de Estado.

Eu respondi que seriam questões, quase por certo, de civilidade e polidez, a justificar tal flexibilidade no comportamento.

Mas isso sou eu a tentar desculpar o incompreensível.

No mínimo, recomendar-se-ia uma indisposição oportuna para não comparecer.

Há que ser coerente e saber manter um mínimo de dignidade.

O que por vezes parece ser difícil.