Para que nenhuma Ministra, Secretário de Estado ou Primeiro Ministro escapem sempre ilesos quando afirmam que a progressão era automática e sem critérios. Porque é mentira. Não é uma inverdade. É mesmo uma mentira. Política ou outra, não sei distinguir. E repetida com a aparência de convicção (ou da pura ignorância) pode enganar os transeuntes e os ingénuos.
Aqui fica o que constava do anexo 1 do decreto regulamentar 11/98 de 15 de Maio. Estes elementos deveriam ser confirmados pelos dados existentes nos serviços administrativos e validados e avaliados pela Comissão de Avaliação do Conselho Pedagógico.
QUADRO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE REFLEXÃO CRÍTICA
Actividade do docente:
1. Conteúdo:
1.1. Serviço distribuído (componente lectiva e componente não lectiva);
1.2. Cargos desempenhados, considerando:
1.2.1. Administração e gestão;
1.2.2. Orientação educativa;
1.2.3. Supervisão pedagógica;
1.2.4. Outros.
2. Desenvolvimento do processo ensino / aprendizagem:
2.1. Planificação do processo ensino / aprendizagem, considerando:
2.1.1. Selecção de modelos e métodos pedagógicos;
2.1.2. Cumprimento dos núcleos essenciais dos conteúdos programáticos;
2.1.3. Cooperação com os professores da escola / turma / grupo disciplinar;
2.1.4. Outros aspectos relevantes.
2.2. Concepção, selecção e utilização de instrumentos pedagógicos auxiliares do processo ensino / aprendizagem, considerando:
2.2.1. Manuais escolares;
2.2.2. Outros.
2.3. Processo de avaliação dos alunos, considerando:
2.3.1. Critérios de avaliação e definição de conteúdos nucleares da aprendizagem para a progressão dos alunos;
2.3.2. Aferição dos critérios para uma coerência pedagógica da aprendizagem;
2.3.3. Práticas inovadoras no processo de avaliação dos alunos;
2.3.4. Outros aspectos relevantes.
2.4. Participação em actividades de apoio pedagógico e de diversificação curricular.
2.5. Participação na organização de actividades de complemento curricular.
3. Análise crítica do processo de acompanhamento dos alunos, considerando:
3.1. Informação e orientação dos alunos (vocacional e profissional);
3.2. Detecção de dificuldades na aprendizagem e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.3. Gestão de conflitos comportamentais e de índole disciplinar na sala de aula e na escola e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.4. Relacionamento com os encarregados de educação;
3.5. Outros.
4. Participação em actividades desenvolvidas na Escola, considerando:
4.1. Projecto educativo;
4.2. Área-Escola;
4.3. Formação.
4.4. Projectos culturais, artísticos e desportivos, considerando:
4.4.1. Participação em projectos culturais locais e de defesa do património;
4.4.2. Organização e participação em visitas de estudo.
4.5. Outros aspectos relevantes.
5. Participação na articulação da intervenção da comunidade educativa na vida da escola.
6. Promoção e participação em actividades inter-geracionais.
7. Participação em actividades no domínio do combate à exclusão.
8. Participação em actividades no domínio da promoção da interculturalidade.
9. Participação em actividades de solidariedade social.
10. Formação
10.1. Plano Individual de Formação, considerando:
10.1.1. Identificação das necessidades de formação, designadamente nos planos científico-pedagógico e profissional;
10.1.2. Articulação do Plano individual de Formação com o Plano de formação da Escola / Associação de Escolas;
10.1.3. Participação em equipas de formação para a inovação e a qualidade.
10.2. Formação contínua, considerando:
10.2.1. A articulação das acções de formação realizadas com o Plano Individual de Formação;
10.2.2. Actividades de aperfeiçoamento profissional e académico, nomeadamente participação em seminários, conferências, colóquios e jornadas pedagógicas;
10.2.3. Outras actividades relevantes.
10.3. Formações acrescidas, considerando:
10.3.1. Graus académicos;
10.3.2. Outros diplomas.
11. Assiduidade do docente.
12. Actividades de substituição.
13. Outras actividades relevantes no currículo do docente.
14. Estudos e trabalhos realizados e publicados.
15. Louvores.
16. Sanções disciplinares.
Abril 14, 2008 at 11:56 am
“QUADRO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE REFLEXÃO CRÍTICA”
Acho que este título diz tudo.
Faz-me lembrar o outro a dizer: “Este ano temos de produzir mais.” ou mesmo a clássica: “Este ano vão ter um aumento! Não estão contentes?”
Similitudes? Ambos não quantificam e o que seria o incremente de “produção” ou de “aumento” é a falácia. Como exemplo, se o aumento não chegou ao aumento da inflação, na realidade o aumento traduz-me em nada em termos líquidos e se a produção é de 0,0001% e não dá para cobrir o incremente dos custos de produção, então não se produziu nada.
Há que quantificar e hoje em dia há métodos muito objectivos na avaliação do quer que seja e não continuar como tudo estava, vide “QUADRO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE REFLEXÃO CRÍTICA”.
Resta-me agradecer ao autor do blog por mostrar a todos os cidadãos deste país o lamaçal administrativo em que os professores eram avaliados e para vermos o quanto justo, democrático e transparente era o processo (NOT!).
Abril 14, 2008 at 11:58 am
Meu caro amigo,
Acha que a quantificação é a solução?
Acha que é possível “medir” objectivamente o desempenho de um professor numa sala de aula e a sua influência e intervenção sobre os seus alunos?
Abril 14, 2008 at 1:00 pm
António Gedeão (1),
As escolas não são organizações de produção (parafusos, automóveis, grelhadores).
São organizações de prestação de serviços.
Dentro do grupo de organizações a que pertencem (prestadoras de serviço) ocupam ainda uma tipologia singular em face do objectivo último para que existem, isto é, a SOCIABILIZAÇÂO DA CRIA HUMANA DE UMA DETERMINADA CULTURA, no caso, a portuguesa.
Mas retornemos aos processos de avaliação ou de medição por si levantado.
Sabia que a avaliação no âmbito dos processos relacionais, em situação devidamente controlado com instrumentos altamente especializados (reparo que nem me atrevo a dizer situação natural como a sala de aula porque aí o problema é muito mais complicado), implicam no mínimo TRÊS Psicólogos altamente treinados em situação de observação!? Sabia que de seguida há conferencia das observações e, que mesmo em situação controlada e com tecnicos com alta formação no âmbito do comportamento humano avaliação e com grande treino, há apreciáveis disparidades e só com outros elementos recolhidos se pode dar um parecer?
A reflexão de um professor sobre a sua prática aferida e confirmada com todos os elementos devidamente confirmados, por professores com idoneidade aceite por todos,
na base dos itens que estão expostos no post do Paulo (aqui), é a único meio de uma possível avaliação/medição com alguma correspondência á realidade do desempenho profissional de um professor.
A Comissão de Avaliação podia solicitar TODOS os elementos que necessitasse para a avaliação, incluindo entrevista para aferir de alguns elementos que poderia explorar.
Tanta imbecilidade. Ignorância!
Abril 14, 2008 at 1:02 pm
Claramente e objectivamente que se pode “medir” e quantificar a partir dessas “medições”.
Estamos a falar de uma classe profissional que passa algum do seu tempo profissional em “medições”. “Medem” e “traduzem” o desempenho dos alunos em “números” e quer-me convencer que os professores não podem ser avaliados e, através daí, quantificados e comparados uns com os outros?
Abril 14, 2008 at 1:11 pm
O Coment 1.
É mais uma obsessiva socratinice à procura da tão propalada “quantificação”!
Diz a luminária: “hoje em dia há métodos muito objectivos na avaliação do quer que seja”. Por exemplo, para a situação específica, quer concretizar?
Já agora, é possível mostrar o “lamaçal” feito de fichas, fichinhas, descritores e outros com que é avaliado (ou avalia)? Concretize tudo o que, de infusa sapiência, parece tão óbvio, dando a ideia de que muito saberá sobre o que escreve. Saberá?
Abril 14, 2008 at 1:16 pm
António Gedeão (comentário 4),
São patéticos os (seus) argumentos.
Os professores avaliam resultados de testes disciplinares dos seus alunos. Tudo o resto implica conferência de pares realizadas nos conselhos de turma.
Vê-se mesmo que é totalmente ignorante sobre a matéria onde está a “querer meter o bedelho”.
Abril 14, 2008 at 2:26 pm
Pelo gosto de cultivar a inteligência, habituei-me a passar por aqui. Reparo que vão aparecendo personagens híbridas, umas entre o Hannibal Lector e o Diácono Remédios, outras entre o Bart Simpson e o menino Revoredo, outras mais insondáveis. Mas sem ponta de graça. Acho eu! Não sei se estão, mas alguns parecem a soldo.
Costumo agir em conformidade: umas vezes, como a caravana que passa; outras vezes, como a vinha vindimada. Tenho compreensão pelas mentes atormentadas, mas não tenho vocação nenhuma para versão masculina da Clarice ou da Marge Simpson. Nalguns casos, quando muito, poderei contribuir para a oferta de playstations… para bem do país.
Abril 14, 2008 at 2:30 pm
Pronto, pronto. Ai tantas “dores” do reumático.
Depois de ler algumas opiniões, proponho a contratação de uma equipa multidiscplinar avançada da ESA para avaliar os Professores em Portugal.
Abril 14, 2008 at 3:06 pm
António Gedeão,
É capaz de informar o auditório se há ou não sistema de avaliação de desempenho profissional de médicos, professores do politécnico, professores do universitário, magistrados do ministério publico e outras.
E se o colega do lado com menos habilitações e qualificações académicas e profissionais e experiência vai avaliar as consultas médicas,avaliar o desempenho dos magistrados e penalizá-los por perderem casos, etc.
Diga lá, já que é tão entendido em “avaliações e medições”…
Desta forma, está a dar trunfos para que os professores “digam umas verdades a sério”. isso não é uma estratégia “suicida” da sua parte?
Abril 14, 2008 at 3:16 pm
Paulo.
Obrigada pelo seu post. Impunha-se desmascarar a voz corrente de que não havia avaliação até agora.
A ignorância não é uma condição, quanto mais sabemos mais livremente podemos pensar.
Já a estupidez… Como dizia Einstsein: “só há duas coisa infinitas, o universo e a estupidez humana. E quanto ao primeiro não tenho a certeza!”
AC
Abril 14, 2008 at 3:46 pm
Continuo a dizer que a avaliação até agora era uma fachada muito bem encapotada.
Mas pronto, cada um acredita naquilo que quer.
Albert Einstein também disse:
“Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado. A tradição é a personalidade dos imbecis.”
Abril 14, 2008 at 3:54 pm
Pois, Paulo!
O problema desta avaliação não é a sua falta de existência… é a sua falta de quantificação. E sem ela os srs não conseguem estabelecer critérios para travar progressões e cortar nos vencimentos.
No cômputo global daquelas inúmeras grelhas em que se divide e volta a dividir, qual a diferença significativa entre uma valoração de 6,4 e uma de 6,5, ou entre uma de 7,4 e uma de 7,5?
Qual a diferença significativa entre o empenho, a participação, a relação pedagógica, etc, dos que tiveram uma e dos que tiveram outra? Que instrumento altamente sensível a estas qualidades conseguiu determinar estas diferenças?
No entanto, as diferenças são mais do que significativas. São determinantes numa carreira profissional!
No 1º caso, ao avaliado com 6,4 não lhe é reconhecido o tempo de serviço para progressão – são dois anos que não contam, enquanto com 6,5 esse tempo conta.
Como se mede esta diferença?!
No 2º caso, acontece uma situação semelhante, quem tem 7,4 progride normalmente, quem tem 7,5 tem direito a bonificação.
E é à falta deste mecanismo de contrôle e punição, baseado em critérios quase todos subjectivos e dependentes de 2 avaliadores, que avaliam coisas diferentes, que os srs chamam não ter havido avaliação.
Avaliação, houve! Classificação, não!
PS: e é mentira que todos tenham tido satisfaz!
Abril 14, 2008 at 3:56 pm
Em tese é um modelo interessante. Se descontarmos a dimensão do “copy past” até exige algum trabalho. E no que concerne à apreciçaõ, em 1.000 casos conhece algum que não tenha tidos “Satisfaz” Ou será que se praticav aquilo que alguns profesores referem em relação aos seus alunos “muito facilismo para melhorar os números”? E já agora como se diztingui o professor com 100% de assiduidade do que faltava mais 10% da saulas, digamos 15%? Que penalização tinha o incumpridor? Nenhuma.
Abril 14, 2008 at 3:58 pm
Nas aulas de estratégia costumo dizer que quem sai de Coimbra e apanha a Auto -estrada para Norte pode ir no caminho certo, tal como o que apanhou a Auto-Estrada para o Sul. O caminho certo depende de quê? Do Objectivo. Sem se definirem objectivos quantificados não se pode avliar com rigor. Existe um grande caminho pela frente para fazermos uma Escola Pública Melhor!
Abril 14, 2008 at 3:59 pm
Penitencio-me pela troca de letras…
Abril 14, 2008 at 4:04 pm
Há em alguns comentadores uma certa confusão de conceitos entre “avaliação” e “classificação”.
Existem muitas obras em Ciências (Ocultas e Iluminadas) da Educação que ajudam a compreender isso.
Sei que estou a ser mauzinho, mas é verdade.
O modelo de avaliação proposto pelo ME é um método de medição, apenas.
Quase apetece evocar o Valter Lemos de há 15 anos e as teorias que então defendia de avaliar para o sucesso e não para excluir.
Abril 14, 2008 at 4:08 pm
Já agora permito-me sugerir uma obra de referência sobre avaliação e gestão de serviços
http://www.planetanews.com/produto/L/24638/administracao-de-operacoes-de-servicos-robert-johnston—graham-clark.html
Vale a pena ler. Tudo pode ser avaliado até a actividade dos médicos.
Abril 14, 2008 at 4:08 pm
Ohem que dois – o “poeta” antónio gedeão e o t. da silva juntos e ao vivo!!!
Absolutamente divinal, vejamos:
1.serão spin doctors socráticos?
2. serão analfabetos funcionais em termos de avaliação e respectivas técnicas?
3. serão simples assessores de um qq departamneto do ME?
4. serão apenas PARVOS?
Alvíssaras…. a quem adivinhar primeiro e uma viagem de cacilheiro Trafaria/Algés.
António
Abril 14, 2008 at 4:09 pm
Esqueci-me de dizer. Também posso contribuir para o FIFA 2008 se houver no mercado. Surgiu-me de repente uma dúvida. Há coisas que se medem e tem um valor. Passado um minuto tem um valor completamente diferente. Como resolver este grande ou pequeno problema?
Abril 14, 2008 at 4:09 pm
“Penitencio-me”…querem ver que é um padreco a computar de uma cela de um qq seminário ou um monge cartucho???
António
Abril 14, 2008 at 4:10 pm
António,
Quemnão consegue atacar as ideias cede á tentação de atcar o seu autor. Se é professor – o que duvido – compreenderá a triste figura e mau exemplo que aqui dá.
Sejamos sérios na abordagem dos assuntos. Agora vou que tenho que fazer.
Abril 14, 2008 at 4:13 pm
Quem não consegue atacar as ideias cede à tentação de atacar o seu autor. Se é professor – o que duvido – compreenderá a triste figura e mau exemplo que aqui dá.
Sejamos sérios na abordagem dos assuntos, o autor deste Blogue merece-o. Acredito que seja mais um profissional do “agitprp”. Se é, apenas lhe cito o saudoso ( para os seus) Vladimir Ilich ” O esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. Leia mais.
Agora vou que tenho que fazer.
Abril 14, 2008 at 4:14 pm
Concordo com o Guinote numa parte.
Primeiro pensem no que é a “avaliação” e a “classificação”.
Onde estão os professores de Matemática quando precisamos de um?
O Universo pode ou não, teoricamente, ser definido matematicamente?
Se sim, pode ou não um professor ser classificado através de um método de avaliação definido matemáticamente?
Por outro lado, acho que o Guinote andou a ver ontem no segundo canal o documentário PT sobre ocultismo no canal 2… 🙂 Tou a brincar consigo….
Abril 14, 2008 at 4:16 pm
Maria Lisboa,
Se bem que no anterior Estatuto de Carreira Docente estivesse consignada a Avaliação/Classificação de Bom e de Muito Bom, esta nunca foi regulada porque, todos o sabemos, porque as equipas ministeriais alegaram sempre que não havia “money” para tal (!)
Alguns professores obtiveram não satisfaz, e muitos nem sequer se submeteram a avaliação estacionando no escalão. E é bom, mais uma vez esclarecer que havia duas progressões e dois tipos de topo de carreira (bachareis e licenciados).
De notar, que fiquei muito admirada quando a proposito do tal “concursio tritulares” verificar existirem varios casos na minha escola de professores que não se submeteram a avaliação e como tal não tinham progredido nos escalões.
Abril 14, 2008 at 4:18 pm
Olha o António Gedeão é o Trabalhador da Silva!
Abril 14, 2008 at 4:22 pm
Ou ser a anahenriques. Posso ser bipolar. Ou extraterrestre.
Abril 14, 2008 at 4:25 pm
Em 19, onde se lê “tem” deve ler-se “têm”. Duas vezes. Peço desculpa. Estava a pensar num caso concreto 😉
Abril 14, 2008 at 4:32 pm
PortugAL DEVE SER DOS PAÍSES QUE TEM MAIS ESQUIZOFRENICOS; SENÃO VEJAM SÓ AQUI EXISTEM QUASE UMA DEZENA DE PESSOAS QUE SE DESMULTIPLICAM EM VÁRIAS PERSONAGENS ( GEDEÃO, TRABALHADOR, MARÉ E OUTROS ..
o PIOR É QUE SE AS MESMAS NÃO TOMA A MEDICAMENTAÇÃO PODEM TORNAR-SE VIOLENTAS E ATÉ MESMO DENOTAR TENDÊNCIAS ASSASSINAS..
Abril 14, 2008 at 4:33 pm
É evidente para quem está dentro do sistema, que havia avaliação!A mensagem propalada pelo Socratino e Sinistra (trio maravilha) inclusivé na T.V é pura mentira,como se comprova e está postado acima no anexo um do decreto regulamentar da reflexão crítica,e esta mentira teve como objectivo manipular a opinião publica contra “as facilidades dos professores”.
Todos os professores à data de transição de escalão tinham de ter créditos correspondentes aos anos de permanência no escalão. Esses créditos eram obtidos inclusivamente pela frequência de acções de formação.Só posteriormente se poderia elaborar o relatório crítico e só depois de apreciação pelo orgão de Gestão e pelo departamento de avaliação do CP é que o professor era informado da atribuição da nota. Um dos anos que estive doente e não tive créditos suficientes tive de aguardar até ao ano seguinte para frequentar acção de formação e obter o crédito em falta.
Enquanto delegado tomei conhecimento de atribuição, pelo C.E e ratificado pelo C.P de uma avaliação de não satisfaz a um prof. contratado, que mais tarde a veio a impugnar judicialmente.
Também enquanto membro de C.P constatei a atribuição da menção de Bom a alguns colegas se bem que por vezes envolto em polémica.
Portanto, de forma objectiva, havia avaliação!Querem uma mais exigente? Tudo bem, desde que justa ,exequível e séria, o que não acontece com o modelo imposto.
Abril 14, 2008 at 4:37 pm
Este último post deu-me sono…
Continuam a bater no ceguinho…
Abril 14, 2008 at 4:39 pm
Ah! Querem falar de Acções de Formação?
Caro Paulo Guinote, isso dava pano para mangas num post novo. 🙂
Eu dou o título: “As panelinhas dentro das escolas: Acções de Formação (Manual de Sobrevivência)” É que sou mau…
Abril 14, 2008 at 4:40 pm
Alguém conhece o estudo que é referido aqui?
“A partire dal 2001, l’OCSE ha promosso un’ indagine internazionale
finalizzata a: come migliorare le politiche educative al fine di incentivare la professione docente (indotta dall’allarme sollevato dall’invecchiamento della categoria docente, ma finalizzata principalmente alla crescita della qualità dell’apprendimento),
con l’obiettivo: di ricercare strategie per attrarre, reclutare, trattenere e far crescere insegnanti capaci.”
…”Uno studio effettuato nel 2000 su un campione di 3000 scuole (1.500.000 studenti) ha mostrato come tra le variabili che determinano la qualità dell’insegnamento, la qualità dei docenti rappresenta la principale, più dell’organizzazione scolastica, della dirigenza o delle condizioni finanziarie.
La conclusione più importante dello studio – condotto con estremo rigore scientifico – è che insegnanti che hanno caratteristiche osservabili simili, in realtà producono qualità d’insegnamento molto differenti.
Di conseguenza, l’identificazione di docenti di alta qualità non può essere condotta esclusivamente sulla base delle caratteristiche osservabili.”
http://www.coordsuperiori.altervista.org/PROGRESSIONE_CARRIERA.doc
Abril 14, 2008 at 4:56 pm
a cáfila do guinote tem uma inclinação para não aceitar e discutir o contraditório. Como se razão estivesse do lado deles. E como tal, toca a acusar as pessoas de boys, doentes mentais, …. disparates e mais dispareste… e se pensarmos que esta gente educa os homens de amanhã… estamos tramados.
Abril 14, 2008 at 4:59 pm
Eu cá vou andando e trabalhando, obrigadinho…
O que é a aveielação?
Abril 14, 2008 at 5:13 pm
bigbrother, 28
Cerca de 30% com doença mental, são os dados vindos a público, se não estou em erro!…
Abril 14, 2008 at 5:43 pm
Uma pergunta às mentes iluminadas que por aqui passam…
Imaginem esta situação:
Um professor durante todo o ano lectivo falta apenas a dois tempos. O dia em que faltou coincide com um dia de Greve, por exemplo o dia 14 de Março.
A escola onde exerce funções esteve fechada, uma vez que não havia número de funcionários suficientes para garantir a Segurança dos alunos.
Os professores cumpriram horário.
O professor do exemplo faltou a dois tempos, mas cumpriu o resto do horário. No entanto, não faltou à componente lectiva pelos motivos indicados.
Pergunta / dúvida:
Como se avalia este professor, quanto à assiduidade?
De facto, não foi 100% assíduo, dirão as estatísticas, mas também é um facto que nunca faltou aos alunos.
Abril 14, 2008 at 6:23 pm
Quando aparece alguém (P. Guinote e outros) a repor alguma ordem (epistemológica, ética, ou até estética) na discussão e a ilustrar o contraditório, aparecem os “iluminados” do costume com a sua sacrossanta verdade:
1. Confusão recalcitrante entre avaliação, classificação, medição e outros metatermos de comprimento e altura razoavelmente afins;
2. Quando se lhes diz que os professores têm sido avaliados e escrutinados, fundamentalmente desde 1998, arranjam quanta lama encontram para espalhar pelo contraditório que reclamam;
3. Dizem-lhes que as menções de “bom” e “Muito Bom”, não foram atribuídas por falta de regulamentação do diploma da avaliação (1998), assobiam para o ar e voltam espalhar mais lama.
4. Explica-se que esta avaliação não se destina a reconhecer o mérito e que, à semelhança do concurso para titulares, as injustiças serão ainda mais, até porque será violado o código do P. Administrativo, fundamentalmente porque um avaliador concorre com os avaliados para a mesma avaliação e para as mesmas quotas (não existem avaliadores para determinados grupos disciplinares, muitos avaliadores terão escalonamento hierárquico diferente), ou a avaliação dos alunos não deve ter expressão na avaliação do professor que é parte interessada nessa avaliação.
5. Já se referiu, por mais do que uma vez: se o objectivo fosse reformar a avaliação de professores, não seria necessário apoucá-los, diminui-los, denegri-los, desgastar-lhes a imagem, fazendo deles o bode expiatório e dos sindicatos uma força de bloqueio;
6. O que está em causa é essencialmente um motivo de natureza económica que se destina a dividir artificialmente os professores em categorias de custo e não em qualquer arrumação meritocrática ou de excelência. Vão transformar a profissão numa actividade sem atracção, seja pela retribuição económica, seja pela conflitualidade organizacional, seja pelos resultados/eficiência efectiva da escola.
7. O ensino pode ser a próxima grande oportunidade de negócio, até para retribuição de favores políticos e, para isso, é necessário levar a escola pública à falência, depois será fácil justificar o seu fracasso.
8. Não são questões corporativas que movem a maior parte de nós. Gostamos suficientemente do que fazemos para continuarmos a empreender uma campanha de esclarecimento e de mudança para a melhoria e salvaguarda da escola pública.
– No essencial é isto que queremos analisar, ponderar e resolver e quando por aqui perpassa alguma irritação, penso que ela se deve, entre outros, a dois factores: à cegueira de muitos apaniguados seguidores dos “grandes líderes” e um facto simples: publiquem as vossas avaliações, com grelhas, descritores, tipo de carreira, quotas. Vá lá. Só para comparar e, quem sabe, para aprendermos.
Abril 14, 2008 at 6:28 pm
Se V. Ex.cia acha que o anterior Sistema de Avaliação de Professores, realizado conforme o decreto Regulamentar 11/92, era justo, convido-o a verificar quantos professores, nomeadamente do 1.CEB, progrediram automaticamente até ao 10.º escalão, sem nunca terem dado aulas. Estavam “doentes” para trabalhar, mas exerciam outros actividades porque na escola não faziam absolutamente nada.
Foi justo?
Se quiser, e sem colocar o nome aos santos, dou-lhe todos os elementos.
Lutemos sim por uma classe em que haja distinção entre o bom e o mau profissional.
Um abraço
L.B.
Abril 14, 2008 at 6:46 pm
Meu caro L.B.
As escolas não estão em auto-gestão!
Alguém (e não a legislação) deixou de cumprir as suas obrigações.
Também pode andar na auto-estrada a 200 km à hora; se não for multado, o defeito (o exº da MLR!) é do Código das estradas?
Há, por certo, (e também sei o nome dos santos) no “concurso de titulares” um número significativo de injustiças. Quem as cometeu, foi avisado, ainda assim, avançou. Isto não merece críticas, mesmo dos apaniguados?
A questão dos “maus” e dos “bons”, parece uma visão a preto e branco. Por mim prefiro o espectro completo e em matéria de avaliação, prefiro a formativa e, em situações anormais (e só nessas) a do apuramento das responsabilidades.
Mas, em vez de um modelo de avaliação chileno-colombianos, não há na Europa perspectivas que recoloquem a avaliação dos professores portugueses na União Europeia?
Abril 14, 2008 at 6:50 pm
Existem muitos candidatos a professores – mais de 50.000 – que não se importam de se submeter às novas exigências.
A resistência encontrada às mudanças é mau sinal…
Abril 14, 2008 at 7:05 pm
Sr. JCosta
1. Quando as leis não são de fácil aplicação ou criam demasiadas injustiças, alteram-se!
2. Pergunte aos encarregados de educação se há ou não bons professsores.
E quando não são bons professores e são óptimos exlicadores, que pensar?
3. Defende a formação? Eu também!
Mas deveraão entrar para o ensino todos os q
Abril 14, 2008 at 7:09 pm
Aliás, é também por esse substancial e generoso argumento que muitas empresas empreendem as necessárias deslocalizações, para… onde podem subtrair-se à retribuição justa.
Faltou explicar que muitos o fariam, como já acontece com alguns professores de Inglês, a 7 euros a hora, ou menos.
Percebemos!
Quanto ao contraditório…
Abril 14, 2008 at 7:12 pm
Sr. JCosta
1. Quando as leis não são de fácil aplicação ou criam demasiadas injustiças, alteram-se!
2. Pergunte aos encarregados de educação se há ou não bons professsores.
E quando não são bons professores e são óptimos exlicadores, que pensar?
3. Defende a formação? Eu também!
Mas deverão entrar para o ensino todos os aqueles que tiraram um curso via ensino?
Se não é possivel impedir que qualquer ESE particular forme professores, pois estamos num país livre, não compete à entidade empregadora definir critérios de admissão?
Não se cometeram já erros a mais que deixaram o estado da educação nesta situação?
Ao contrário do que diz, nos países da América Latina qualquer um pode ser professor. Basta saber ler e escrever (mal).
Na Europa exige-se qualidade!
L.B.
Abril 14, 2008 at 7:13 pm
jcosta (37) é isso. Quem não percebe isso ou é burro ou mal intencionado.
Agora proponho um concurso de comentários à maneira do T da S. Prémio a divulgar mais tarde. Aqui vai o meu:
“O todo é diferente das partes. O óptimo é inimigo do bom e o suficiente está de relações cortadas com o assim-assim. O outsourcing e o brainstorming conduzem à recompensa dos melhores. O sucesso escolar na Mongólia é de 98%, porém só 23% têm telefone em casa. Eis dados que nos devem levar a pensar…”
Abril 14, 2008 at 7:25 pm
Ler com toda a atenção
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/04/gato-escaldado-de-gua-fria-tem-medo.html
Abril 14, 2008 at 7:33 pm
Hum…
Excelente sinal a visita cada vez mais frequente de alguns iluminados trabalhadores PS…
Abril 14, 2008 at 7:46 pm
Já circula teu post Paulo.
Professores e não professores. Com pedido expresso de divulgação.
A grande mentira!
E os sindicatos nunca se deram ao “trabalhito” de desmontar com um papelito!
E agora até fazem “Entendimentos”!
Abril 14, 2008 at 7:59 pm
L.B. (43)
1. É o que estamos a tentar: alterar para melhorar: ECD, Avaliação, Estatuto do Aluno, Gestão escolar, em nome de uma escola pública democrática e de qualidade:
2. E não só. Os alunos também podem responder, os pares e uma boa parte dos interessados na escola, com excepção dos que opinam e desconhecem o essencial, excepto a lama e os casos exemplares.
3. Formação, monitorização com objectivos de correcção, avaliação das reformas, antes de serem desvirtuadas e lançadas fora.
Devem entrar para o ensino os que têm qualificações para isso. Nessas qualificações considero a formação inicial, específica e estágio pedagógico. Vencidas essas etapas, com êxito, porque não?
Quando refere os erros devia também perceber que estamos a tentar evitá-los e a exponenciar o seu número, com as nossas denúncias. Nada há de imobilista ou retrógrado no que propomos. Muitos, ao invés de colaborarem, anda à cata do exemplozinho pouco dignificante para a apressada generalização. Só lhe referi o Chile e a Colômbia porque, para que considere, foi daí que rapinaram o modelo de avaliação e até o subverteram para modelo de “classificação”. Há apenas dois pormenores: no Chile, o modelo está em evolução desde 2003 e foi pensado em conjunto com o colégio dos professores, entre outras entidades. O frontispício do documento abre com a frase: “Ensino, a nossa maior riqueza”, significativo?
Quanto à Europa, conhece como se avaliam os professores por aí? Como é?
Abril 14, 2008 at 8:30 pm
LB (43) diz “se não é possível impedir que qualquer ESE particular forme professores, pois estamos num país livre…”
A liberdade tem as costa largas. Num país livre E DECENTE dever-se-ia impedir qualquer ESE particular (ou pública) de formar docentes à toa, em cursos da treta sem qualidade. Também acha que qualquer universidade ou politécnico de vão de escada pode formar médicos ou engenheiros da treta?. Isto não é o terceiro mundo. Cabe ao estado fiscalizar essas instituições.
Quando opina que se cometeram já erros a mais (completamente de acordo) não lhe parece que os culpados foram os sucessivos políticos do centrão? Porquê virem agora lançar o descrédito e as culpas exclusivamente para cima dos professores?
Abril 14, 2008 at 8:54 pm
Talvez na Mongólia não sejam tão mongoloides como o senhor..
Mongos como o senhor deviam ir paera a china e trabalhar 18 horas dia e sem remuneração..
Abril 14, 2008 at 9:25 pm
Jaime:
Afinal estamos de acordo!
Apenas quis “espevitar” os que que fogem constantemente da realidade do nosso sistema de ensino, preferindo filosofar, mas sem nada avançar.
Concordo prefeitamente com o que diz. Mas tenho pena que muitos bons professores, com excelente preparação pedagógica e científica sejam ultrapassados por outros que, formados em ESEs privadas, concorrem com óptimas notas!
Não deito as culpas para cima de todos os professores. Também sou professor e disso tenho orgulho!
Por isso não posso pactuar com apenas sabe gritar- Não.
Devíamos claramente dizer o que queremos, apresentar propostas de avaliação, saídas de reuniões de docentes participadas, reflectidas e conclusivas.
Um abraço
Abril 14, 2008 at 10:03 pm
LB sei de muitos casos desses, de recem licenciados de certas universidades, com notas altas e mal qualificados. Mas não lhe parece que deveriam ter sido os anteriores ministros (e esta também, para começar) que deveriam ter resolvido esta situação terceiro-mundista? Ou não o fizeram para não incomodar os amigalhaços que estavam à frente dessas instituições? Vem agora esta ministra atribuir a culpa aos professores e lançar uma divisão absurda em duas classes, retirando aos professores o direito básico que é sentir que se está a funcionar no seio de uma organização em que as regras fazem sentido? Porque os que desfilaram no dia 8, muitos pela primeira vez, fizeram-no para lutar contra a prepotência e contra o absurdo que sentiam que lhes estavam a cair em sima como um pesadelo.
Abril 14, 2008 at 10:04 pm
(cima)
Abril 14, 2008 at 11:11 pm
Jaime
Volto a concordar.
Mas não sou ingénio a ponto de não saber que esses amigalhaços do governo estão no grupo dos 100000 professores que estão diariamente a manifestar-se. E que vão continuar a lutar … pelos seus interesses.
Veja-se o exemplo do entendimento!
Não me esqueço dos cursos dados pelos sindicatos e que foram tão úteis para progressão na carreira.
Professores unidos, sim! Mas não me revejo nos sindicalistas que, duranre muitos anos ´~ao puseram os pés numa sala de aula.
L.B
Abril 15, 2008 at 7:33 pm
…independentemennte dos conteúdos a ideia de usar o nome António Gedeão , parece-me um desatino muito grande…
Abril 15, 2008 at 9:15 pm
Não sou professor mas interesso-me por problemas de educação, conheço professores (alguns muito bons profissionais). E disse alguns , não todos. E pelo que tenho lido, inclusive neste blog, isso é que custa muito a aceitar a uma grande maioria. E é essa imensa maioria que pede a indistinção.
Surpreende-me que sendo os professores que mais avaliam e classificam sejam os profissionais que mais medo (disse medo) têm de se r avaliados. Vá lá deixem de ser queixinhas! Deixem de olhar para o umbigo e pensem um pouco acerca da vossa importância na formação das gerações futuras!