Para além da delícia do Memory Chalet de Tony Judt, a maior surpresa foi uma leitura repescada nos últimos dias às compras do passado, a autobiografia temática de Edmund White, com os seus capítulos dedicados aos seus psiquiatras, ao pai, à Europa, às louras, a Genet.
Tudo com uma candura que é hilariante, mesmo quando o não tenta.
E fica-se a perceber que um miúdo de 13-15 anos, homossexual, conseguia ter sexo (é certo que mais na versão clintoniana) com uma frequência invejável na América tradicionalista, homofóbica e repressiva dos anos 50, pelo menos com muito mais facilidade que um equivalente, hetero, no Portugal pós-revolucionário de finais dos anos 70.
Das publicações propriamente do ano, o mais útil foi o ensaio do Pedro Magalhães sobre Sondagens, Eleições e Opinião Pública, editado pela FFMS.
Dezembro 31, 2011 at 2:38 pm
O facto de o miúdo conseguir ter sexo na “versão clintoniana” é que devia ser invejável na América tradicionalista e não só…
Dezembro 31, 2011 at 2:59 pm
Destaco o lançamento da edição, por parte da Gulbenkian, da obra completa de Eduardo Lourenço.
Em tempos de tanta indigência – sobretudo intelectual -, trata-se de uma espécie de desforra do espírito…