Para além da delícia do Memory Chalet de Tony Judt, a maior surpresa foi uma leitura repescada nos últimos dias às compras do passado, a autobiografia temática de Edmund White, com os seus capítulos dedicados aos seus psiquiatras, ao pai, à Europa, às louras, a Genet.

Tudo com uma candura que é hilariante, mesmo quando o não tenta.

E fica-se a perceber que um miúdo de 13-15 anos, homossexual, conseguia ter sexo (é certo que mais na versão clintoniana) com uma frequência invejável na América tradicionalista, homofóbica e repressiva dos anos 50, pelo menos com muito mais facilidade que um equivalente, hetero, no Portugal pós-revolucionário de finais dos anos 70.

Das publicações propriamente do ano, o mais útil foi o ensaio do Pedro Magalhães sobre Sondagens, Eleições e Opinião Pública, editado pela FFMS.