ABAIXO-ASSINADO
O MEC quer impor uma prova de acesso à profissão de professor a profissionais que já nela ingressaram, alegadamente para avaliação de capacidades e conhecimentos. Ora, muitos destes professores, apesar de não pertencerem aos quadros do Ministério da Educação, já exercem a profissão há mais de dez ou quinze anos de serviço (ou até mais) e foram várias vezes avaliados com notações de Bom, Muito Bom e Excelente, não se percebendo por isso que esta prova seja considerada agora pré-requisito necessário para futuros concursos de colocação de professores.
Ser professor implica formação e provas sucessivas de avaliação constantes – cinco anos de formação académica superior e um ano de estágio profissional, antes da entrada na carreira, como ainda outro ano de período probatório, depois da entrada na carreira. Faz, também, parte do enquadramento geral de pré-requisitos para concurso à carreira ou função de professor, a realização de uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, para aqueles profissionais que, desempenhando a função de professores, tenham obtido na avaliação do desempenho menção qualitativa inferior a Bom.
O que o quadro legislativo agora aplicado pelo Ministério da Educação preconiza é a obrigatoriedade de realização de uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, para todos os professores que não fazem parte dos quadros do Ministério da Educação, questionando objetivamente a qualidade do seu trabalho realizado, em muitos casos, durante décadas, ao serviço da educação pública em Portugal, e assim debilitando globalmente a imagem e o estatuto da profissão de Professor, junto dos alunos e dos cidadãos portugueses em geral.
Os abaixo assinados, professores dos quadros do Ministério da Educação a lecionar no Agrupamento de Escolas de Barcelos, entendem esta deliberação governamental como profissionalmente inaceitável e indigna e comprometem-se a em nenhuma circunstância se disporem a vigiar ou, muito menos, corrigir as referidas provas, se a isso vierem a ser chamados, por entenderem que essa tarefa se afasta quer de qualquer enquadramento legal ou funcional da profissão de professor, quer de um mínimo de dignidade e deontologia profissionais.
O presente abaixo-assinado será enviado para os órgãos da administração educativa, da soberania nacional e comunicação social.
Agrupamento de Escolas de Barcelos, 21 de Novembro de 2013
Novembro 22, 2013 at 11:35 am
Ver provas de colegas nossos não faz parte das nossas funções!
Novembro 22, 2013 at 11:42 am
Barcelos! check!
onde estão os outros? 😦
Novembro 22, 2013 at 12:12 pm
Não me apetece comentar este assunto…
Apetece-me desabafar, a propósito de outro.
Refiro-me ao que se passou ontem na Aula Magna.
E começo por citar um dos participantes: “… não estamos aqui para defender, mas para atacar…”
E eu venho aqui também para atacar quem:
– quando alguém alertava para o despesismo desbragado, respondia que não fazia contas de merceeiro;
– quando alguém apelava à contenção, o apelidava de miserabilista;
– sempre confundiu dignidade de estado com ostentação;
– promoveu um estado social de país rico, em cima de uma economia de terceiro mundo;
– quem sempre se comportou como quem só tem direitos, sem ter deveres…
Aqui chegados, só por masoquismo se pode levar a sério esta gente, que se acha no direito de obrigar os credores a continuar a disponibilizar-lhe o dinheiro, para que o gastem como bem entendem!…
Simplesmente ridículo!
Novembro 22, 2013 at 1:24 pm
Também não gosto dessa gente!
A verdade é que são eles que estão na sala de espera do poder e apesar destas simulações de ataque, apenas chegarão ao poder quando o governo cair de podre.
A maioria dos portugueses votantes gostam desta alternância e apesar de prostestos acabam por votar nos mesmos.
Novembro 22, 2013 at 1:27 pm
E reflectir sobre a substância da coisa? http://lishbuna.blogspot.pt/2013/11/blog-post_2177.html
Novembro 22, 2013 at 3:49 pm
chato se tu engoles tudo o que ouves problema teu…outros ainda pensam…s alemães só pagaram tudo no pós 2 guerra mundial porque os juros foram bem baixos e o pagamento bem prolongado no tempo..ah e parte foi esquecido e perdoado…imagina se agora pedissem ás pessoas que têm casa que em vez de pagarem em 25 30 anos tinham de pagar em 3….pois…
Novembro 22, 2013 at 3:50 pm
digo..magina se agora pedissem ás pessoas que têm casa isto: em vez de pagarem em 25 30 anos tinham de pagar em 3….pois…
Novembro 22, 2013 at 7:32 pm
Muito bem Barcelos!
Novembro 22, 2013 at 7:46 pm
O que o quadro legislativo agora aplicado pelo Ministério da Educação preconiza é a obrigatoriedade de realização de uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, para todos os professores que não fazem parte dos quadros do Ministério da Educação, questionando objetivamente a qualidade do seu trabalho realizado, em muitos casos, durante décadas, ao serviço da educação pública em Portugal, e assim debilitando globalmente a imagem e o estatuto da profissão de Professor, junto dos alunos e dos cidadãos portugueses em geral.
As posições tomadas pelos detentores do poder não são inócuas: têm forçosamente um sentido. De forma repetida, os sucessivos ministros – incluídos os do tempo de Sócrates – têm procurado returar dignidade ao exercício da profissão de professor. É neste terreno que a discussão sobre os múltiplos pretextos encontrados para alimentar a novela ADD pelos governos tem de ser colocado. Foi, por isso, com grande satisfação que li este abaixo-assinado.
Novembro 22, 2013 at 7:50 pm
#9
…têm procurado retirar dignidade…