Prometo não ocupar muito espaço a repetir argumentos, mas gostava de deixar aqui três pontos que acho essencial ter em atenção em relação ao estado de total mistificação em que se tornou, de forma agravada, a nossa Educação, em especial a não-superior:
Prova de ingresso na profissão – conhecido o diploma que a regulamenta fica-se com a sensação de aquilo é uma brincadeira de mau gosto pois nunca uma prova escrita generalista pode avaliar verdadeiramente a qualidade de um professor, a qual só se pode verdadeiramente aferir em contexto de sala de aula, perante alunos. E assim deveria ser feito: existindo vaga, os professores concorriam e prestavam provas práticas num verdadeiro ano probatório e não em prova livresca. Esta prova destina-se a ficcionar uma pretensão de rigor que é impossível existir quando há professores de diversas disciplinas que fazem prova específica e outros não, nem sequer a tendo prevista. Mas especialmente ridículo é que no artigo 8º do decreto regulamentar 7/2003 de 23 de Outubro se determine no ponto 2 que “A classificação da prova e das respetivas componentes expressa-se na menção de Aprovado ou Não aprovado”, enquanto no ponto 3 “A classificação da prova e das respetivas componentes pode ainda assumir uma expressão quantitativa, que é a da sua componente comum, quando apenas haja lugar à realização desta, e a média das componentes comum e específica, em cada caso, quando haja lugar à realização das duas”. Isto é anedótico porque um decreto regulamentar não se destina a apresentar um leque de possibilidades mas a regulamentar o que vai efectivamente acontecer, não deixando espaço fértil para despachos e notas de esclarecimento avulsas que, posteriormente, serão produzidas para regulamentar o decreto regulamentar. Percebe-se que o legislador tinha pressa e poucas certezas ou então que aquele ponto 2 existe para satisfazer uma pretensa conquista negocial de um federação sindical específica.
O ensino vocacional – ficámos a saber que sempre foi feita uma avaliação da experiência-piloto em 13 escolas e que parte dos inquéritos até têm quase um ano. Ficámos também a saber que de acordo com a opinião da maioria dos que implementaram os primeiros cursos vocacionais, em escolas que se voluntariaram para o efeito, consideraram que os cursos não estão adequados ao perfil dos alunos envolvidos. Mas só soubemos disso depois do MEC ter mandado alargar a experiência a centenas de outros casos e ter levantado imensos problemas à continuação de ofertas alternativas (muitos cursos foram “descontinuados” para dar lugar aos novos, mesmo quando nem plano de estudos ou programa tinham) a esta que tem evidentes inadequações à nossa realidade e à própria obrigatoriedade de 12 anos de escolaridade. O que significa que uma avaliação pouco favorável ficou escondida de forma a não perturbar uma abusiva estratégia de pressão para a sua generalização. Ao que consta a avaliação teve aspectos positivos a fazer lembrar as do estudo sobre o impacto das Novas Oportunidades que este MEC e este Governo tanto criticaram. Confrontado com este encobrimento, um dos responsáveis pela coisa optou por acusar professores e jornalistas de uma tenebrosa conspiração.
A proposta de rescisão – foi também fruto desta época outonal a apresentação da proposta concreta de compensação aos docentes que queiram rescindir o seu vínculo com o MEC e irem à sua vida, emagrecendo ainda mais os quadros, se possível levando embora o que resta dos professores mais caros ao orçamento, aqueles que ainda resistem e não se deixaram seduzir ou não estavam em condições para se aposentar. As condições propostas, mesmo as que apresentam valores mais favoráveis, são inferiores às apresentadas a outros funcionários e têm contrapartidas de tal forma restritivas (o período de “nojo” em relação a uma qualquer prestação de serviços ao Estado deixaria qualquer gestor público de cabelos em pé), que só rescindirá quem já tenha algum emprego alternativo garantido no sector privado e queira agarrar já numa quantia que, não sendo generosa, ficará logo nas suas mãos e livre (salvo saque fiscal posterior) dos humores governamentais. Porque já sabemos que ou se recebe logo ou as circunstâncias mudam e as promessas de ontem de tarde desaparecem ao pôr-do-sol. Este plano de rescisões pretende amputar ainda mais a classe docente e substituir um modelo de carreira com progressões por um modelo horizontal de não carreira. O truque é simples: se saíssem assim (embora não me pareça que isso possa acontecer) uns milhares de professores dos escalões salariais mais elevados que ainda restam nas escolas, a sua substituição poderia ser feita através de um novo concurso de vinculação extraordinária em que os professores entram para o 1º escalão da carreira, mesmo que já tenham 20 anos de serviço, ao contrário do que longamente aconteceu nos concursos externos para vinculação.
O mês de Outubro vai avançado e tudo isto se vai acumulando em cima de um arranque de ano lectivo que misturou amadorismo e incompetência a uma boa dose de renovada desconfiança da tutela em relação às escolas e em especial aos professores. Já é difícil encontrar ânimo e palavras para descrever o estado d’alma da maioria daqueles que ainda fazem alguma coisa pela nossa Educação.
Outubro 24, 2013 at 7:37 pm
Vou jantar de forma não escrita.
Outubro 24, 2013 at 7:47 pm
Numa altura em que a sociedade assenta na divisão profunda entre produtivos e improdutivos é natural que a Educação comece a perder a importância que tinha quando era suposto reproduzir os actores indispensáveis ao sistema produtivo e ao aparelho do Estado.
Hoje em dia, tanto pobres como ricos dependem, sobretudo, do roubo fiscal exercido sobre a população produtiva, cada vez em menor número.
Daí o exercício de expropriação do nosso futuro, em nome da manutenção dos privilégios de uma casta de improdutivos, que se acolhem debaixo de um socialismo fiscal de um Estado cleptocrático suportado pelos media servis na base de uma economia de mercado.
Neste quadro de demência e ruína social, o Tribunal Constitucional faz figura do Robim dos Bosques a quem o PC presta
o juramento de fidelidade conjugal num assomo de servilismo à alta burguesia que manda neste país.
A Educação não passa então de uma reserva de índios condenados à servidão fiscal e às filas da segurança social, num território dominado pela Nomenklatura do Estado cleptocrático.
Para manter o espírito ancestral da dignidade, os xamans sindicais apelam às danças e aos cantos que invocam os tempos gloriosos em que se caçavam búfalos e se vivia em comunhão com a mãe natureza.
Outubro 24, 2013 at 8:44 pm
As propostas de que falaste cheiram a dead man walking..with zombies…
Outubro 24, 2013 at 9:01 pm
Passos Sócrates Cavaco Poetas etc..todos são máscaras..nada mais do que isso..
Toda a acção é necessariamente mal conhecida. Para que não expressemos contradições de momento a momento, precisamos de uma máscara – como acontece se quisermos ser sedutores. Mas é preferível conviver com os que mentem conscientemente, porque esses também sabem ser verdadeiros conscientemente. Porque, a sinceridade habitual não passa de uma máscara, da qual não temos consciência.
Friedrich Nietzsche, in ‘A Vontade de Poder
Outubro 24, 2013 at 9:13 pm
Outubro 24, 2013 at 9:13 pm
fui..
Outubro 24, 2013 at 9:18 pm
O Paulo G escreve como ninguém, não só sobre Educação, como também sobre política e outros assuntos.
Autênticos quadros naturalistas de uma realidade assombrosa.
Usa a pena para escrever “desenhando” retratos em que o traço grosso e fino é utilizado de uma forma magistral.
O Melhor Cronista do Reino.
É uma honra ter-te como colega.
Outubro 24, 2013 at 9:30 pm
A ler IMHO
http://lareviewofbooks.org/review/the-counterreformation-in-higher-education
Outubro 24, 2013 at 9:34 pm
Also very interesting
http://stumblingandmumbling.typepad.com/stumbling_and_mumbling/2013/10/the-rhetoric-of-inequality.html
Outubro 24, 2013 at 9:38 pm
Bom, aqui fica o ultimo spam da naite. Vai ao encontro de outros 2 artigos que me enviaram ha dias(e falo mesmo de peer review articles nada de comentarices).
http://www.pieria.co.uk/articles/global_greying
Aqui está escrito mais fluentemente e mais fácil de digerir.
Salut
Outubro 24, 2013 at 9:56 pm
Clap Clap Clap
Outubro 24, 2013 at 10:01 pm
José Morais
“Estamos a falhar na formação de espíritos críticos”
por Ana Bela FerreiraHojeComentar
A aposta num ensino focado nas necessidades atuais do mercado de trabalho está a impedir a escola de formar as crianças e jovens para serem cidadãos críticos e flexíveis. O alerta é feito pelo professor jubilado da Universidade Livre de Bruxelas, José Morais, que hoje lança o livro “Alfabetizar em Democracia”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Na obra, o autor faz a ligação entre a democracia e a literacia e mostra a sua insatisfação com o estado da democracia no mundo. José Morais considera que mais do que um meio para atingir a democracia, a literacia é uma afirmação desta.
“Não basta usar o alfabeto para se ser literado”, explicou em entrevista ao DN. A literacia pode ser usada para “desenvolver uma atividade profissional” ou para “desenvolver a capacidade de reflexão”. E esta última é para o investigador de psicologia cognitiva a “literacia plena”.
“Então o que devemos pensar quando formamos os nossos jovens? Devemos formá-los para um espírito aberto, crítico, criativo e flexível”.
E atendendo ao atual sistema de ensino, “em que estamos a formar indivíduos para o mercado de trabalho que não sabemos como vai ser no futuro porque não conseguimos prever a evolução tecnológica”, torna-se claro que “estamos a falhar rotundamente” a formação para a capacidade de reflexão.
Esta forma de educação só pode levar a um de dois cenários, alerta José Morais, que é membro do Conselho de Educação da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Ou “temos 2% da população que faz parte de uma elite com dinheiro e gere a sociedade, uma maioria de pobres e escravos e uma classe média, com tendência a desaparecer, que fica no meio e faz a comunicação entre a elite e os pobres”. No outro cenário “vence o princípio humanista de termos todos direitos iguais”.
No entender do professor universitário, “estamos agora a ir mais para o primeiro cenário do que para o segundo. Não é por acaso que o alfabetismo baixou nos países desenvolvidos. E esse é um cenário horrível que deve ser discutido pelas pessoas”.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3495489&page=-1
Outubro 24, 2013 at 10:03 pm
Nuno, os casos pontuais ou a realidade alternativa.
Ainda há alunos sem aulas
A Renascença conta história do Diogo, de oito anos, que ainda não tem professora do terceiro ano.
24-10-2013 17:28 por Fátima Casanova
(…)
Ler mais:http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=126934
Outubro 24, 2013 at 10:14 pm
#12
A classe média não faz a comunicação (?) entre a elite e os pobres. Ela simplesmente é expropriada para manter os ricos e os pobres, ou seja, os improdutivos e o Estado cleptocrático.
Outubro 24, 2013 at 10:22 pm
Se tivessem vergonha na cara nem punham lá os pés.
Magistrados que destruíram escutas a Sócrates foram à apresentação do livro
24 Outubro 2013, 10:16 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
(…)
Ler mais:http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/magistrados_que_destruiram_escutas_a_socrates_foram_a_apresentacao_do_livro.html
Outubro 24, 2013 at 10:25 pm
#14:
O meu papel por aqui é de abanar a barraca, o papel de outros é apanhar silogismos.
É assim que caem muros.
Outubro 24, 2013 at 10:30 pm
Ainda estou para saber se o h5n1 tem algum problema com a palavra “Estado”.
Porque isto é mais uma questão de Cleptocracia.
Se quem manda no Estado é a banca mafiosa.
“Swap”: Advogado de empresa de meias diz que decisão do Supremo dá forte argumento ao Estado
Publicado hoje às 08:57
O advogado que derrotou um banco em tribunal por causa de um contrato “swap” assinado por uma empresa de meias garante que essa decisão recente do Supremo Tribunal de Justiça dá um forte argumento ao Estado nas negociações com a banca.
Os administradores das empresas públicas até podiam perceber perfeitamente aquilo que assinaram, mas esse facto, para os juizes, foi pouco ou nada relevante.
Carlos Lages, o advogado da fábrica de meias, sublinha que os juízes do Supremo nem tinham de julgar este caso.
No entanto, em Maio, decidiram pegar no assunto e uma das razões que se lê nesse acórdão, a que a TSF teve acesso, é que existem vários casos que afetam o próprio Estado.
O advogado sublinha que cada contrato “swap” é um caso diferente, mas acrescenta que a recente decisão do Supremo dá fortes argumentos ao Governo nas negociações com os bancos.
Os administradores das empresas públicas até podiam perceber perfeitamente aquilo que estavam a assinar, mas isso, segundo o acordão do supremo, tem pouca importância.
Este advogado, explica que cada contrato é um caso diferente, mas garante que este acórdao do supremo é um ótimo argumento que vai usar noutros três processos que tem em mãos de empresas contra bancos por causa dos “swaps”.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3494301&page=-1
Outubro 24, 2013 at 10:33 pm
Pois, tem-se de controlar a tropa porque o dinheiro roubado não serve nada com um tiro no meio dos cornos:
Por João D’ Espiney
publicado em 24 Out 2013 – 05:00
//
Portugal
Serviços Sociais. Governo corta na administração pública mas sobe na GNR e na PSP
(…)
Ler mais:http://www.ionline.pt/artigos/portugal/servicos-sociais-governo-corta-na-administracao-publica-sobe-na-gnr-na-psp
Outubro 24, 2013 at 10:39 pm
opiniao
PADRE ANTÓNIO VIEIRA: O SERMÃO AOS PEIXES
por
Anselmo Borges
padre e professor de Filosofia31 maio 2008Comentar
No quarto centenário do nascimento do Padre António Vieira, presto homenagem ao missionário, ao orador, ao escritor, ao patriota, ao diplomata, ao perseguido pela Inquisição, ao defensor dos índios e dos negros, puxando a atenção para a actualidade pavorosa do seu sermão aos peixes. Sermão de invulgar coragem frente aos colonos do Brasil. Não tinha Cristo chamado aos pregadores o sal da terra? Ora, “o efeito do sal é impedir a corrupção”.
É preciso ouvir as repreensões, que, se não servirem de “emenda”, servirão ao menos de “confusão”. E qual é a confusão? É que os peixes como os homens se comem uns aos outros. O escândalo é grande, mas a circunstância fá-lo maior. “Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.”
Quando Portugal é apontado como o país da União Europeia com maior desigualdade na repartição dos rendimentos e a corrupção campeia e os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres e se anuncia uma conflitualidade social iminente, que diria o Padre António Vieira? Perguntaria: “Que maldade é esta, à qual Deus singularmente chama maldade, como se não houvera outra no mundo?” E responderia: “A maldade é comerem-se os homens uns aos outros, e os que a cometem são os maiores, que comem os pequenos.” “Diz Deus que comem os homens não só o seu povo, senão declaradamente a sua plebe; porque a plebe e os plebeus, que são os mais pequenos, os que menos podem e os que menos avultam na república, estes são os comidos. E não só diz que os comem de qualquer modo, senão que os engolem e devoram.”
Que diria o Padre António Vieira frente a uma Justiça que não funciona ou que funciona mal e na qual os mais fracos e pobres não podem confiar muito? “Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado e já está comido.”
Com a subida dos preços alimentares, está aí mais fome. Evidentemente, para os pequenos. Há razões várias para a carência, mas uma delas é a especulação. Como é possível especular com o sangue dos pobres? “Porque os grandes que têm o mando das cidades e das províncias, não se contenta a sua fome de comer os pequenos um por um, ou poucos a poucos, senão que devoram e engolem os povos inteiros. E de que modo os devoram e comem? Não como os outros comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os outros comeres é que para a carne há dias de carne, e para o peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses do ano; porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come: e isto é o que padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos.”
Frente a uma ASAE que “permite” que governantes fumem em aviões fretados, mas inutiliza comida a instituições de solidariedade social por incumprimento de regras meramente formais, que diria o Padre António Vieira? “Os maiores comem os pequenos; e os muito grandes não só os comem um por um, senão os cardumes inteiros, e isto continuamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão também de noite, às claras e às escuras.” Os pequenos não têm nem fazem ofício “em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem”.
Não é preciso ir muito longe para ver a perversa cobiça. “Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar? Vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer.” |
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=992528&page=-1
Outubro 24, 2013 at 11:30 pm
#7 Concordo!
Outubro 24, 2013 at 11:51 pm
#14
Uma generalização apressada e abusiva.
Se pobre fosse sinónimo de improdutivo, ainda assim estaríamos menos mal.
Significaria que o trabalho estaria a cumprir o seu papel de libertar os trabalhadores da indignidade e da miséria, garantindo-lhes as condições materiais mínimas para uma vida digna.
Que não é o que sucede no nosso país, onde se pode trabalhar, e muito, e mesmo assim permanecer na pobreza.
Outubro 25, 2013 at 9:06 am
O António Duarte vê o mundo pelos manuais aprovados pelos grandes mestres e sacerdotes, construindo a sua “narrativa” na base do politicamente correcto.
Eu aponto tendências e estados limite, que são a melhor maneira de compreender as contradições de um mundo desenhado a esquadro e régua.
A prova disso é que continua a apostar no Trabalho como sinónimo de Libertação. Onde é que eu já ouvi e vi isto?
Outubro 25, 2013 at 10:36 pm
ÉA proposta de rescisão é um perfeito disparate. A discriminação por grupos. uma enorme injustiça. Repare-se na situação dos docentes que fizeram up grade ao conhecimento. Pagaram para isso, investiram no estudo e serão penalizados por isso, pois deixaram os grupos de origem para integrarem outros. Um professor de 1.º ciclo que tenha feito uma especialização e tenha por via disso passado para o grupo 910 ou outro, será penalizado. Tenho de concordar em absoluto com a Fenprof. Se cometerem esse disparate de privilegiarem grupos terão muitos professores a não aderir e a sentirem essa medida como injusta e sem o mínimo de senso.