“A radicalização é grave e espero que os sindicatos repensem”
Agora vejamos o que Nuno Crato foi dizer para o Brasil (cortesia do Livresco)
Junho 8, 2013
“A radicalização é grave e espero que os sindicatos repensem”
Agora vejamos o que Nuno Crato foi dizer para o Brasil (cortesia do Livresco)
Junho 8, 2013 at 1:14 pm
Do stalinismo ao neoconservadorismo, passando pelo socialismo de gaveta, ele é um homem para todos os cargos e todas as estações.
Junho 8, 2013 at 1:23 pm
#1
Está é a fazer ao poleiro, no próximo governo, juntamente com o Paulinho das feiras.
Junho 8, 2013 at 1:45 pm
“Para avançarmos, precisamos de formar mais e mais engenheiros, médicos e cientistas”.
Artes e Humanidades são excentricidades desviantes!
Junho 8, 2013 at 1:50 pm
#3
Nem que seja para emigrarem quase todos, como já acontece a muitos…
Futuro neste país só para os jotinhas partidários, mas essa é a parte que o ministro “contra a demagogia” sempre se esquece de referir.
Junho 8, 2013 at 1:53 pm
Sendo assim Sr. Ministro, não seja radical! Negociar não é igual a impor, tem de haver cedências de parte a parte. Aprenda com o seu colega do Ministério da Saúde como é que se faz.
Junho 8, 2013 at 1:54 pm
O Sr. Crato não está contente com os professores, logo, se fosse um democrata devia fazer greve. Os portugueses ficar-lhe-iam muito gratos.
Junho 8, 2013 at 1:56 pm
Tenho que dizer que concordo com muita coisa que aqui é afirmada por NC. Mas fico estarrecida com a ideia das escolas terem autonomia para contratar os professores na base do mérito. A base está bem, deveria ser o mérito a ser reconhecido pelos diretores, mas não é, ou raramente o é, o que sempre prevalece é o amiguismo e o compadrio. Temos uma longa tradição nisso e muitos “Sr. Diretores” não têm a mínima competência para avaliar os outros, nem isso lhes interessa, porque apenas lhes importa proteger os da sua “entourage” e aqueles que melhor lhes fazem a corte, lambem as botas e são dotados para o espetáculo.
Junho 8, 2013 at 2:10 pm
uma cançoneta para este cantar ao chefe dele, ao Gaspar:
a chuva é um pinga pinga constante e brincalhão;
a chuva é um pinga pinga, vai pingando e cai no chão;
molha tudo, tudo molha, molha tudo no jardim;
e quando a gente se molha faz atchim, atchim atchim. ATCHIM!
Junho 8, 2013 at 2:11 pm
Mais demagogia do que a de Nuno Crato é difícil. Mais demagogia do que a do seu governo é difícil. Quem convenceu os portugueses com propaganda populista para depois introduzir a agenda neo-liberal? Foram os professores ou os cientistas da educação? Não, não foram. Quem fala de mérito e de mérito mas promove o compadrio e o financiamento da mediocridade em colégios com contratos de associação?
Nuno Crato demonstra na entrevista que está preparado para ser Ministro da Edicação do Estado Novo mas nada preparado para defender os interesses dos alunos portugueses.
Engenheiros e Cientistas à força! É a solução primária de um intelecto desequilibrado.
Excluir a investigação e o trabalho nas Ciências da Educação realizado nas melhores universidades portuguesas é outra proposta primária de um indivíduo mal formado para a função que exerce.
Junho 8, 2013 at 2:19 pm
NC em todo o seu esplendor!
Num discurso mais aberto e fluente (arejado por um ar mais “tropical”…), revela toda a sua verdadeira visão sobre a Educação e mostra-nos o que devemos esperar dela.
A proclamada visão “liberal” da educação que este governo trazia, apoiada em grandes conceitos que enfunavam o peito dos seus arautos, como os de “liberdade de escolher” e “autonomia”, no fim de contas, redunda numa dolorosa caricatura que macaqueia o que de pior se podia esperar de uma tecno-burocracia centralista e monolítica inspirada num qualquer regime do “socialismo real” – excepto na firmeza do propósito de entregar as escolas ao modelo de gestão privada e aos grandes interesses empresariais -, tanto mais que perfilha como aqueles a sinistra ideia de corrigir a sociedade e produzir um “homem novo”, agora segundo os parâmetros do austeritarismo ultraliberal.
Pode dizer-se, por outro lado, que esta bizarra construção é o testemunho indelével da orientação empresarial-utilitarista e da cultura tecno-burocrática que tomaram conta da escola, mormente a partir do consulado de MLR – e que esta entrevista patenteia exuberantemente,
As reservas iniciais que evidenciei quando NC foi indigitado prendiam-se, justamente, com a visão tecnocrática (em que pontifica – como se observa na entrevista – um fundo de cientismo) e ao mesmo tempo mercantilista de ensino (a escola não passa de uma empresa, colocada ao serviço do mercado) que se conseguia surpreender nas entrelinhas do seu discurso sobre educação, para além ou aquém da retórica anti-eduquesa.
Parece cada vez mais confirmada a tese de que o discurso anti-eduquês de NC ia no sentido, não tanto de criticar o eduquês por este ser o aliado objectivo de um ensino cada vez mais desumanizado, burocratizado e nivelador, mas antes por ver naquele – na sua pedagogia laxista e facilitista -um obstáculo que poria em causa as exigências de eficiência, rendibilidade e produtividade que presidem à sua concepção de fundo, tecnocrática e utilitarista, de ensino e de educação.
Junho 8, 2013 at 2:23 pm
Dr Jekyll & Mr Hyde? http://lishbuna.blogspot.pt/2013/06/blog-post_9082.html
Junho 8, 2013 at 2:45 pm
Pais consideram “irónica” sugestão de passar greve dos professores para dia 27
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=110469
Junho 8, 2013 at 2:49 pm
Decorreram no dia 6 de junho reuniões entre a FENPROF e o MEC sobre o alargamento do horário de trabalho e a regulamentação, para os professores, do regime de requalificação dos trabalhadores em funções públicas, vulgo mobilidade especial.
A reunião, com a presença (na 1ª parte) do Secretário de Estado da Administração Pública, não adiantou nada relativamente às medidas que o governo pretende impor a toda a Administração Pública. O Governo continuou a afirmar que, quer o aumento do horário de trabalho para 40 horas, quer o sistema de mobilidade especial, agora chamado de requalificação profissional, se aplicará aos docentes, propondo apenas adiar a sua aplicação para fevereiro de 2014.
A suspensão da reunião e o seu recomeço ao final do dia, parece não ter sido mais que uma encenação para fazer crer à opinião pública que o MEC estava efetivamente a negociar e, a prova-lo, até tinha sido suspenso o Conselho de Ministros como passou na comunicação social.
Sobre estas duas medidas, a FENPROF assumiu as seguintes posições:
POSIÇÃO DA FENPROF A PROPÓSITO DO DESPACHO
SOBRE ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO
É inadmissível não ter havido qualquer negociação com as organizações e sindicais e também não lhes ter sido enviado, sendo apenas conhecido por favor de alguns/algumas jornalistas que, gentilmente, o cederam. Trata-se um comportamento inaceitável e impróprio da democracia.
As componente letivas de 22 e 25 horas mantêm-se mas, como a FENPROF já antes tinha afirmado, nem poderia ser de outra forma porque:
i) estão estabelecidas no ECD e não poderia um despacho alterá-las;
ii) o horário de trabalho a que este despacho obedece é o das 35 horas, pois não foi ainda aprovada a sua alteração para as 40 horas, preparando-se o governo para impor essa decisão. Acontece que, de acordo com proposta de lei do governo, não existe qualquer regime de exceção previsto, pelo que esta prevalecerá sobre o ECD, o despacho sobre organização do ano letivo ou qualquer outro diploma legal e, dessa forma, alterará automaticamente todas as suas disposições legais.
Prevendo-se que isso aconteça em 1 de julho, pergunta-se: em 1 de setembro serão ainda essas as horas letivas? Admitindo que, este ano, não possam ser alteradas dada a proximidade do novo ano letivo e a necessidade de as escolas se organizarem para ele, está o MEC em condições de garantir que não serão alteradas em setembro de 2014 ou mesmo antes, por exemplo, em janeiro de 2014? Só há uma forma de garantir que isso não acontecerá: manter 35 horas semanais de trabalho. Parece exceção? E é, dada a excecionalidade do trabalho docente. Como outras exceções existem para outros setores da Administração Pública nas mais diversas matérias, nomeadamente o vínculo. É de recordar que, segundo a OCDE, os professores portugueses são dos que têm dos mais preenchidos teacher’s time.
Se MEC reconhece que professores já trabalham 40 e mais horas nas escolas, então por que motivo considera necessário alterar a lei para nela inscrever as 40 horas? Obviamente que a alteração tem outro propósito que é refletido nos milhões de euros que o governo pretende reduzir em despesa com pessoal, e isso decorre de despedimentos e mobilidade especial. De acordo com orçamento retificativo, até final de 2013 serão 200 milhões de euros. Para 2014 a “fatura” será bem maior! Se o aumento do horário de trabalho não tivesse qualquer impacto no emprego, como sugere o ministro, então como conseguiria o governo reduzir tantos milhões de euros na chamada despesa com pessoal?
Prevê-se a possibilidade de a direção da escolas ou agrupamento, ao longo do ano, alterar horários dos docentes.
É eliminada da componente letiva a redução para o exercício do cargo de diretor de turma. Das principais críticas relativamente ao despacho que vigora foi a redução das horas para direção de turma. Agora são eliminadas! Isto constitui um aumento do número de turmas / alunos a atribuir à generalidade dos docentes que, no entanto, continuarão a ter de assumir a direção de turma, só que esta passará para a sua componente não letiva.
No 1.º Ciclo, permite retirar o professor titular de turma, até 150 minutos, da turma. Destino: AEC! Isto significa que, saindo este docente titular de turma durante períodos em que está a decorrer coadjuvação, os coadjuvantes ficarão com a turma sem a presença do coadjuvado. Absurdo!
Nos restantes setores poderão ser atribuídos 2 tempos de 50 minutos para esta atividade de AEC, e outras.
Podem ser imputadas à componente letiva atividades como a coadjuvação, o apoio educativo, a oferta complementar no 1.º ciclo, a lecionação em grupos homogéneos ou atividades de substituição. Mas apenas para quem tem horário letivo incompleto que assim o completa. Já para quem não atividade letiva atribuída (horários-zero) estas atividades não são consideradas letivas! Isto revela que não servirão para retirar docentes do horário-zero. A intenção é ocupá-los com tais atividades até que chegue o dia (1 de fevereiro de 2014) em que são atirados para o circuito da mobilidade especial que, 1 ano depois, os levará ao desemprego.
É inadmissível a discriminação de escolas cujos alunos apresentam índices de sucesso menos elevados. Perante dificuldades acrescidas reveladas por estes alunos não deveriam estas escolas ser discriminadas positivamente? Ou o MEC atribui índices menos elevados de sucesso a mau trabalho dos professores e quer castigar as escolas?
De uma primeira simulação feita em escolas de média dimensão, este novo despacho dá origem a uma quebra de 3 a 4 horários por escola / agrupamento o que poderá significar a eliminação, a nível nacional, de 3.000 horários de trabalho. Isto sem considerar os eventuais efeitos do aumento do horário de trabalho para as 40 horas.
PARECER sobre o anteprojeto de Proposta de Lei que institui e regula o sistema de requalificação dos trabalhadores em funções públicas, vulgo, mobilidade especial
O governo quer impor o despedimento sem justa causa na Administração Pública e, consequentemente, entre os docentes, através de um sistema dito de “requalificação dos trabalhadores em funções públicas”, que revogaria o atual e, já de si, gravoso sistema de mobilidade especial, que entra em confronto direto com a Constituição da República.
No caso específico dos professores, aqueles que fossem considerados “excedentários”, designadamente por ausência da distribuição de serviço letivo, seriam colocados na situação de requalificação, o que mais não seria do que a antecâmara do seu despedimento, agora ainda mais clara na proposta apresentada pelo governo aos Sindicatos da Administração Pública.
No plano geral e específico, este diploma está ferido de inconstitucionalidade formal, tendo em conta que, do art.º 7.º da Lei 23/98, de 26/5, se retira que as matérias com incidência orçamental só podem ser discutidas na negociação geral anual (que se iniciará a partir de 1 de setembro).
Por outro lado, as que não têm essa incidência exigem que as partes acordem na negociação e “que não tenham sido discutidas na negociação geral anual precedente” — no caso em apreço houve esta negociação e, para o efeito, não houve acordo entre as partes.
Ora, a pretensão do governo de querer impor aos Sindicatos uma negociação ilegal é um arrogante e inadmissível desrespeito pelo direito à negociação coletiva, direito consagrado na Lei acima referida.
A FENPROF considera, ainda, que não há professores a mais nas escolas, daí que, em sua opinião, não faça sentido estabelecer um sistema que não terá aplicação, exceto se não for esta a opinião do MEC. Antes deixaria claro como, à força de tanto querer despedir, o governo não teria qualquer pudor em destruir condições fundamentais para uma oferta pública de educação e de ensino de qualidade. Os professores fazem falta às escolas e deles depende, em grande parte, um ensino de qualidade.
Como diversos responsáveis deste ministério têm, repetidamente, afirmado que não haverá professores na mobilidade especial, agora designada por sistema de requalificação, reforçam-se as razões para o que antes se afirmou. Mantenham-se os termos em que o Estatuto da Carreira Docente define esta matéria, ajustando-se e atualizando-se o texto com referência a legislação, entretanto aprovada, relativa a concursos e colocações de professores.
Assim, a FENPROF apresenta as seguintes propostas:
Artigo 64.º
N.º 1 – Manter
N.º 2 – Manter
– N.º 3 – “Por iniciativa da Administração…sendo aplicados os procedimentos previstos para efeitos de mobilidade interna no Decreto-lei n.º 132/2012, de 27 de junho.”
– N.º 4 – “As regras de requalificação dos trabalhadores em funções públicas aplicáveis aos docentes… próprio.”
– N.º 5 – Manter
Artigo 64.º-A, proposto pelo MEC
Eliminar
6 de junho de 2013
O Secretariado Nacional da FENPROF
Junho 8, 2013 at 3:02 pm
radical, radicalão
vou agora eu mesmo ser
que este desministro
se f … , se vá f …
Junho 8, 2013 at 3:12 pm
Que feliz que estou depois de ler esta entrevista. Fiquei a saber que as escolas devem escolher quem contratam e quem demitem. Será bom que contratem sempre os melhores professores. Assim teremos uma nova raça ariana de loiros de olhos azuis, sem doenças, com perfil óptimo e asseado, com idades compreendidas entre os 35 e 45 anos de idade, pois se é de actividade que a escola precisam estes serão os eleitos, se não tiverem reumatismo. De seguida, depois da nova raça ariana de professores, passaremos a escolher os alunos, começando pelos loiros e de olhos azuis até restarem aqueles que por um bug do Sistema são poirtadores de alguma deficiência!!!
Junho 8, 2013 at 3:14 pm
FNE fala em adesão de 99% e alunos de 500 turmas sem avaliação
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/fne-fala-adesao-99-alunos-500-turmas-sem-avaliacao
Junho 8, 2013 at 3:17 pm
http://omocho.info/mocho4/?p=8689
Aliás como venho a dizer desde manhã….
Junho 8, 2013 at 3:22 pm
PQP este porco cínico e nojento!
Junho 8, 2013 at 3:25 pm
# 17
Ok,mocho. Já dei uma olhadela… 😀
Junho 8, 2013 at 3:26 pm
Agradeço a possibilidade concedida para ler a entrevista. E depois de a ler não vejo assim tantas razões para criticar Nuno Crato. Até concordo com muito do que ele afirma. É a opinião pessoal do Ministro sobre como deveria funcionar o sistema de Educação em Portugal.
E lendo bem a entrevista não vejo sintomas da tão propalada (por alguns) intenção de Crato destruir a Escola Pública… Vejo sim a defesa da competência, da qualidade, da exigência e da disciplina nas nossas escolas!
Junho 8, 2013 at 3:26 pm
Qual é a probabilidade de te aguentares de pé depois de comeres ovos com salmonelas????
Junho 8, 2013 at 3:27 pm
#19 Okay, obrigada
Junho 8, 2013 at 3:28 pm
PS e PCP já valem 50 por cento juntos
http://expresso.sapo.pt/ps-e-pcp-ja-valem-50-por-cento-juntos=f812390
Junho 8, 2013 at 3:30 pm
Pronto….eis o Pedro!
Xau, vou meter roupa na máquina de lavar, depois vou limpar o pó, depois vou estender a roupa na garagem, depois vou varrer as varandas, depois irei descongelar meio frango que, com massa, será o nosso jantar!
Provavelmente virei só nessa altura…
De momento…não se pode aqui estar!!! Desculpai!
Junho 8, 2013 at 3:39 pm
#20
Porque é que não vais até Monsanto ver se por lá ando?
Junho 8, 2013 at 3:40 pm
http://expresso.sapo.pt/governo-deixou-o-pais-pior=f812030
Junho 8, 2013 at 3:43 pm
http://www.publico.pt/politica/noticia/antonio-costa-apela-a-convergencia-no-essencial-1596834
Junho 8, 2013 at 4:15 pm
# 21
Grande dificuldade, sr ministro NC.
Qualquer aluno mediano do 9º ano resolveria isto na disciplina de matemática com um diagrama em árvore.
Costumo baralhar os alunos dizendo que a moeda poderá ficar em pé… 😀
Junho 8, 2013 at 4:29 pm
Tratar alunos de forma diferenciada com turmas de 30 alunos, e, como disse o Crato (que eu não sei), turmas de 37 em espanha, só se for em relação à estatura, idade, peso e género. Demagogo.
Junho 8, 2013 at 4:31 pm
#25…
realmente não sei, Shue….temo que seja mais uma barbaridade, mas não sei mesmo. Será a requisição civil???
Junho 8, 2013 at 4:39 pm
A entrevista em si nao me interessa muito.
O que eu acho chocante e o fato desta estar ” traduzida ” em brasileiro.
Mas porque?
O portugues de Portugal e assim tao incompreensivel!?
Junho 8, 2013 at 5:07 pm
Já repararam na pose de paxá do Crato na foto da entrevista?
Junho 8, 2013 at 5:38 pm
Notas à margem de uma prosa bárbara
Nuno Crato – Vejo vários educadores por aí se perdendo numa linguagem hermética, dúbia e demagógica
O leitor julgar-se-ía no direito de ser informado sobre quem falava Nuno Crato em concreto? Poi perca as esperanças…
O autor de livros sobre didática ou pedagogia (não, Sr Ministro, não livros sobre educação, isso já é cedência eduquesa) julgava-se no direito de não ser enxovalhado numa designação genérica ditada pelas conveniẽncias de momento de um agente ao serviço de interesses difusos porque nunca assumidos com clareza, apenas vagamente insinuados, nomeadamente, a subalternização do ensino público ao ensino privado? Confiava num ministro capaz de cultivar o rigor nas suas afirmações? Pois desiluda-se, o pelemista que tem pela frente joga noutra selecção.
Nuno Crato – …essa turma não só resgata como radicaliza teorias do passado…
Meu cara, fico aguardando a lista das teorias do passado de que o Sr falou, tá bom?
Nuno Crato – Muitos batem na tecla de que a prova faz mal… Vem aí na contramão do que afirmam grandes pesquisadores.
Muitos?
A prova no singular absoluto, ou seja com valor universal, ou seja as provas em geral, sem excepções de qualquer espécie. Os “muitos” referidos como sujeito da oração estarão todos de acordo com esta afirmação universal? Há dissenções? Como poderemos saber?
Nuno Crato – O construtivismo é hoja uma interpretação livre da teoria sobre o aprendizado lançada pelo psicólogo Jean Piaget
Interpretações livres há muitas. A obra de Freud foi inicialmente traduzida “livremente” para francês, o que originou bastante controvérsia e mesmo discórdia. Não se combatem “interpretações livres” com formulações generalistas, mas com a denúncia do afastamento do pensamento do autor. Só que isso obriga a estudar o autor e, de certa maneira, a divulgá-lo. Muito trabalho, não é? Certamente mais do que a consideração do público português lhe merece.
Nuno Crato – A neurociência descobriu que é possível acelerar e muito o aprendizado de uma criança à base de incentivos permanentes. Isso tromba de frente com os principais postulados de Piaget.
Não sendo eu especialista em Piaget, mas apenas leitor de uma das suas obras, confesso que não observei nela qualquer exclusão explícita nem implícita do valor dos incentivos. Recordo-me de um registo da satisfação da criança ao estabelecer um nexo complexo.
Postulados na Psicologia é que é para mim uma novidade. Posso admiti-la em ciências como a matemática, a física ou a química, mas na psicologia? Haverá alguma tentação em construir uma edifício forçadamente isento de contradições lógica num ramo das ciẽncias da vida?
Nuno Crato – Ele [Jean Piaget] acreditava que o processo de retenção dos conhecimentos se dava por etapas muito bem definidas, divididas segundo as faixas etárias.
Enquanto Nuno Crato não estiver disponível para identificar as tais etapas muito bem definidas pelo precipitado Jean Piaget, estou mais propenso a acreditar que é o próprio Nuno Crato a exercer o seu direito às “interpretações livres” que critica nos outros.
Pergunta da jornalista da Veja : O senhor provocou debate acirrado no mundo todo ao afirmar que a escola moderna é vítima do “eduquês”. Porque o assunto causou tanto barulho?
Nesta altura, pensei que Nuno Crato teria a probidade intelectual de dar o seu a seu dono. Que iria calmamente explicar à jornalista que o facto de a crítica ter sido escrita numa obra em português, língua do país irmão, não significa que as ideias nele contidas não estivessem previamente sistematizadas em francês, por um verdadeiro matemático com investigação a sério, não um simples divulgador.
Nova decepção. Em vez disso, como responeu o entrevistado?
Nuno Crato: – Sou um entusiasta do saber científico e desprezá-lo, a meu ver, só prejudica o ensino.
Pois é, “cada um toma a que quer”, diria eu. Para que a entrevista ficasse completa, Caro Sr Ministro, só faltou mesmo acusar os professores portugueses com que está em conflito de serem os que “desprezam as ciências”.
Só fiquei com uma dúvida: se lhe sobrou a vergonha ou lhe faltou a coragem
Junho 8, 2013 at 6:18 pm
#33 Correcção do link:
Click to access SauverEcole.pdf
Junho 8, 2013 at 6:25 pm
Curioso, leio a entrevista e fico com a sensação, nítida, que NC (ou alguém por ele) deve ter pago (e bem) para ter direito a aparecer na revista. Perguntas certinhas, feitas à medida, com respostas genéricas e acusações com alvo bem definido mas explicitamente não identificado, numa atitude cobarde e moralmente desprestigiante.
Na única vez em que ele fala no setor privado, no final de uma resposta, a pergunta seguinte encaixa que nem uma luva: “Que princípios empresariais uma escola poderia adotar?”. Mérito do(a) entrevistador(a) ou guião pré-estabelecido (eventualmente negociado) para relançar a ideia de serem as escolas a escolher os professores, a seu belo prazer e sem concurso, na tal lógica ultra liberal (não assmida) em que os interesses empresariais estão primeiro e o país (ou o que sobrar dele) vem depois?
Noto ainda alguma ânsia em intercalar, à força, alguns recados, completamente descontextualizados da questão em si. Como, por exemplo, quando se refere aos sindicatos, em resposta a uma pergunta sobre currículos e metas.
Junho 8, 2013 at 6:35 pm
Piaget: O novo imbecil colectivo ou A Imbecilização Desde a Infância
Junho 8, 2013 at 6:44 pm
Sobre a luminária Sean Piaget, aqui, pag: 103
http://www.scribd.com/doc/6718255/Olavo-de-Carvalho-O-Jardim-Das-Aflicoes-2-Edicao-Revista
Junho 8, 2013 at 6:55 pm
Jean
Junho 8, 2013 at 7:32 pm
32,
também reparei nisso Rui
ihihhiih
tipo novo rico.
Junho 8, 2013 at 7:39 pm
Nem vou ler.
Gosto logo do título, vindo do “artista” que a profere: “Não à demagogia nas Escolas” LOL! (diz o roto ao nu…)
Junho 8, 2013 at 7:42 pm
Aliás: Contra a demagogia na Escola
(é um herói, sim sennhor! Como por cá já poucos se fiam nas suas conversas, vai apregoar o seu peixe junto dos brasileiros, que não o conhecem.)
Quando sair, arranjará contrato de alguma multinacional para a venda de dicionários na América Latina, como o outro “animal feroz”.
Junho 8, 2013 at 7:54 pm
#33
“… TROMBA de frente…”?!?!
😀 😀
Isso que puseram NC a falar já nem é sequer Portugês do Brasil! É autêntico Brasuquês da “galera” de praia! 😀 😀
Junho 8, 2013 at 7:54 pm
Português
Junho 8, 2013 at 7:56 pm
#36
Escutei com toda a atenção. Vou tentar transcrever fielmente a referência ao autor Jean Piaget, a partir do minuto 07’20”:
Um dos primeiros países onde se dessiminou [o socio-construtivismo] foi lá [em França], graças àquele infeliz do Jean Piaget. O Jean Piaget é um dos cretinos mais sofisticados do Universo. Esse homem tinha uma inteligência superior para tudo, excepto para a realidade. Ele tem tudo ao contrário. Eu na (palavras difíceis de transcrever “Jardim das Aflições???”) escrevi um artigo, vocês leiam e vejam. É uma coisa que… é tão imbecil, é tão tão tão… não é possível um psicólogo falar coisas dessas.”
Certamente o Amigo Malaquias Vesúvio não pretenderá que a atribuição do epíteto “imbecil” passe como como argumento, pelo que solicito, a bem da discussão, que nos faculte o artigo onde Olavo de Carvalho rebate Jean Piaget.
Junho 8, 2013 at 7:56 pm
Ora vejamos:
as medidas do MEC TROMBAM de frente com a qualidade que se deseja à Escola Pública.
(fica legáu, hem?)
Junho 8, 2013 at 8:37 pm
O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras.
e
O Imbecil Coletivo II: A Longa Marcha da Vaca para o Brejo e, Logo Atrás Dela, os Filhos da PUC, as quais Obras Juntas Formam, para Ensinança dos Pequenos e Escarmento dos Grandes
Junho 8, 2013 at 8:37 pm
Junho 8, 2013 at 8:39 pm
http://www.midiasemmascara.org/
Junho 8, 2013 at 8:46 pm
Para além dos múltiplos, klássicos e inefáveis komandantes, nos últimos tempos estivemos perante a queda de 3 valentes cretinos: Keynes, Krugman e agora Piaget.
Já ninguém fala das políticas “estimuladoras” de Keynes, Krugman já se retratou, … segue-se Piaget.
Junho 8, 2013 at 9:04 pm
Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se.
Reconvertia-se
NÃO SEI EM QUE PAÍS vive o dito Gaspar. Talvez um país habitado por gnomos, fadas, ministros alemães e jogadores do Benfica. Ou por sujeitos de fato e gravata que emergem dos carros e mergulham nas garagens e nos gabinetes e daí para os hotéis e condomínios fechados, ou os aviões, e nunca encontram gente. Dessa que paga impostos, taxas e contribuições de solidariedade para ajudar as pessoas que precisam, ou seja, eles mesmos entre outros.
Não me chateia que o Benfica perca jogos, nem por solidariedade com o dito Gaspar, chateia-me que quando vou arrumar o carro venha não o arrumador do costume, um chunga a fazer pela vida, e sim um reformado. Um velhote, uns são mais tesos do que outros, que fica agradecido pelo euro e dá um grande bom-dia em troca. Conviria mandar para cima destes trocos uma taxa de arrumação gratuita, ou colocar os jovens da EMEL, a ganhar à multa, viva o empreendedorismo, a multar os arrumadores reformados. Fica aqui a ideia. E podem acrescentar os porteiros, guardas, choferes, moços de recados e ajudantes com mais de 75 anos. Há muitos. Chateia-me a senhora que amanhece no néon da costuraria, agora chamada de retoucherie por todos os centros comerciais, e que me diz que nunca sabe se vai ter ordenado. Teria idade para estar reformada mas enquanto existirem óculos de ver ao perto, devidamente não comparticipados, ao contrário do pacemaker grátis do homem mais rico de Portugal, que ficou chocado por o sistema nacional de saúde lho oferecer, oh indignação oh abominação, mas não se lembrou de devolver o dinheiro ou doá-lo ao hospital. Conviria verificar se a costureira ganha o salário mínimo, porque o salário mínimo, na opinião do dito Borges, é demasiado. Quem quer bons salários vai fazer consultoria de privatizações e não corte e costura. Empregos de mulheres ociosas. A costura, não a consultoria. Na caixa do supermercado estou sempre a ver caras novas nos mesmos dias da semana, ou seja, ou têm empregados a mais ou têm contratados a menos. É um emprego com grande agilidade e mobilidade, ninguém fica por ali a aquecer o lugar. Será como noutras lojas em que os empregados trabalham seis meses e a seguir são despedidos e vem uma nova leva, fresca e prontinha a ser despedida? Chateia-me o miúdo de 20 anos que guiava o táxi e disse que trabalhava de noite para ver se conseguia continuar a estudar de dia. De noite, era mais perigoso. O que lhe fazia impressão era transportar a malta da idade dele que andava pelo bairro a divertir-se, miúdos e miúdas mais ricos, alguns embriagados, que nem o viam nem viam a idade dele. Se eles soubessem como gostaria de não estar ali, àquela hora, ao volante de um carro de aluguer.
O Gaspar e os que o acompanham, com os seus mestrados de luxo, chamam a isto falta de iniciativa, ser pobre. Não é, é só falta de dinheiro. Nunca ninguém se lembrará de convidar um pobre para falar sobre a pobreza num seminário da universidade. São sempre os ricos, os abastados, os privilegiados, que falam em nome deles. Que escrevem tratados e compêndios em nome deles. Que inventam a solidariedade em nome deles, mas não a solidariedade que o Gaspar nos pede por causa da derrota do Benfica, outra. E ficam agastados quando o pobre não é virtuoso e agradecido e quer gastar dinheiro nas mesmas coisas que um rico, sei lá, um concerto ou uma viagem. Chateia-me a gente de olhos baixos. A gente de olhos mortos, que espera cansada por qualquer coisa que não se vai materializar. A gente que teme pelos pais e pelos filhos, e que vive amedrontada. A gente carimbada como excedentária, parasitária, protozoária A gente pária. Perdulária.
Portugal resolvia-se se tivesse menos cinco milhões de pessoas e se os reformados, funcionários públicos envelhecidos, doentes com doenças exorbitantes, desempregados e outros subsidiados e excluídos, jovens com sonhos de educações superiores, simplesmente desaparecessem morrendo ou emigrassem vivendo. Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se. Reconvertia-se. Sobreviviam os empreendedores, os filósofos do empreendimento, os financiadores e financeiros, os teólogos da austeridade e respetivas famílias, mesmo velhas e excedentárias, as grávidas, os católicos e demais religiosos reprodutivos, os funcionários superiores e os consultores. E seus assessores. E os jogadores do Benfica que comovem o dito Gaspar. Mais meia dúzia de artistas oficiais patrocinados e restauradores da confiança nacional. Com os banqueiros e os grandes industriais e retalhistas. As pequenas e médias empresas não falidas, porque o país está em processo de … reconversão. Ajustamento. Consolidação. Estas coisas da reconversão são como os filmes de Hollywood, acabam sempre bem.
O mesmo não se dirá dos jogos do Benfica.
Clara Ferreira Alves
Junho 8, 2013 at 10:52 pm
#33
António Ferrão,
onde é que foi desencantar essa bosta? Isto por facilidade e para usar um termo demasiadamente usado por aqui. Nuno Crato a falar brasileiro? Um bocadinho mais de honestidade intelectual por favor…
Junho 8, 2013 at 10:57 pm
#46
Obrigado pela atenção. Foi difícil encontrar, mas está aqui uma edição do texto “O Imbecil Colectivo II”. Nela há duas referências a Jean Piaget. O aspecto que me chamou mais a atenção foi a ligeireza das críticas, não tanto a a validade das conclusões. Quando Jean Piaget regista que uma criança passa a considerar um conjunto de bolas mais afastadas como um conjunto maior (no sentido de mais bolas), Olavo de Carvalho ataca impiedosamente para acentuar a não distinção entre quantidades discretas e contínuas. Mas só por má fé se pode negar que esta distinção não tenha sido tratada por Piaget, mesmo que tal não tenha acontecido na obra seleccionada para sustentar a crítica. Se isto é o que Olavo de Carvalho tem para dar como exemplo do que deve ser um raciocínio estruturado (ver vídeo #36), estamos conversados.
Sobre outras incursões deste autor no domínio das ciẽncias, principalmente a sua radical incapacidade para compreender a génese contraditória dos conhecimentos científicos, convido os leitores do Umbigo a retirarem a suas próprias conclusões.
Junho 8, 2013 at 10:58 pm
No Reino Unido ninguém conhece Piaget
Só em Portugal fazia as delícias de um corpo de mandarins universitários sem qualquer sentido crítico e totalmente submetido ao princípio da metafísica da Epistemologia Genética enquanto Santo Graal da Psicologia da Criança.
Agora não sei com é, mas de facto Piaget era uma praga que ocupava uma grande parte dos currícula dos pobres estudantes de Psicologia.
Junho 8, 2013 at 10:58 pm
#51
Aumentei as figuras amarelas do post: está lá a entrevista completa à revista Veja.
Junho 8, 2013 at 11:05 pm
“Nuno Crato – Ele [Jean Piaget] acreditava que o processo de retenção dos conhecimentos se dava por etapas muito bem definidas, divididas segundo as faixas etárias.
Enquanto Nuno Crato não estiver disponível para identificar as tais etapas muito bem definidas pelo precipitado Jean Piaget, estou mais propenso a acreditar que é o próprio Nuno Crato a exercer o seu direito às “interpretações livres” que critica nos outros.”
# 33 e #54
Deixo-lhe aqui as etapas de desenvolvimento inventadas por Piaget e que todos os candidatos a professor em Portugal (e possivelmente no Brasil também, mas não sei) nos anos 80 e 90 eram obrigados (sem aspas), a saber na “ponta da língua”:
– Período Sensório-Motor (do nascimento aos 2 anos);
– Período Intuitivo (dos 4 anos aos 7 anos);
– Estágio operatório-concreto (dos 7 aos 10/11 anos);
– Estágio operatório-concreto (dos 7 aos 10/11 anos).
Junho 8, 2013 at 11:18 pm
#55 (correção)
– Estágio operatório-formal (dos 11 anos em diante).
Junho 8, 2013 at 11:20 pm
#55
Obrigado pela contribuição. Falamos de valores indicativos ou Jean Piaget conferia-lhes validade absoluta e universal, sem direito a excepções de qualquer natureza (“muito bem definidas?”). Repare-se que os médicos também usam currvas padrão de peso e altura nos primeiros anos de vida. Não retiram, porém, conclusões dramáticas de possíveis desvios.
Junho 8, 2013 at 11:26 pm
Na fotografia até parece o D. João V. Só lhe falta o ouro! :p
Junho 8, 2013 at 11:34 pm
#53
No Reino Unido, durante muitos anos, a formulação da análise matemática de Leibniz, mais rigorosa (menos condicionada à física) que a de Newton foi totalmente ignorada:
For English readers who could not easily read Leibniz’s
rather ungainly French, The wait was more than two centuries longer. It came to and end last Spring when Cambridge University Press issued an English edition of the work prepared by Peter Remnant (of the University of British
Columbia) and myself.
Jonathan Bennett
Junho 8, 2013 at 11:47 pm
O sistema inventado por Piaget só é comparável ao de Freud, mas falta-lhe a criatividade alucinada do mestre do Inconsciente e acaba por ser uma especulação sem sentido cheia de conceitos herméticos desligados da interacção social (criticada por Vigotsky)
Ver o interessante livro de Liliane Maury, “Piaget e a Criança” onde é desmontada a herança cultural e a fabricação das experiências de Piaget
Junho 8, 2013 at 11:51 pm
#60
Porque não ler os textos originais do autor?
Junho 8, 2013 at 11:59 pm
Vejo que o Crato já está bem instalado e muito contente consigo! O resto adivinho: jovem e atraente entrevistadora.
Junho 9, 2013 at 12:13 am
#60
Exactamente. Podemos mesmo dizer que, ao contrário do que afirma Piaget, para Vygotsky não é o desenvolvimento que possibilita a aprendizagem; é a aprendizagem que promove o desenvolvimento cognitivo.
Junho 9, 2013 at 6:57 am
Ontem fiquei tão cansada das lidas domésticas que já cá não vim….
Junho 9, 2013 at 11:57 am
Pedagogia Nova e os Equívocos do Ministro Nuno Crato
25 de Janeiro de 2013
(…)
Ler mais:http://petrusmota.wordpress.com/2013/01/25/pedagogia-nova-e-os-equivocos-do-ministro-nuno-crato-2/
Junho 9, 2013 at 12:01 pm
Comentário deixado no blog do Ramiro (não deixo link porque não quero):
Frederico Gastão8 de Junho de 2013 às 23:35
Erros Cratos da entrevista aos brazucas da revista (não)Veja.
“Minha crítica bate de frente com uma linha muito celebrada nas escolas de hoje. É uma corrente que dá ênfase excessiva às atitudes e á formação cívica do aluno e deixa para segundo plano o conhecimento propriamente dito”
Falso. Revela o desconhecimento de quem nunca deu aulas ao básico e secundário. Quando muito atribui-se 5 a 10% às atitudes na classificação. E justifica-se, porque a disciplina aumenta e os sucessivos ministérios não têm feito nada por isso. O Nuno mudou o Estatuto do aluno e deixou praticamente tudo na mesma. A sociedade portuguesa degrada-se e com ela o comportamento dos alunos. O problema não é haver uma corrente nas escolas que desvaloriza o conhecimento. O problema é haver numa sociedade como a nossa uma mentalidade global que desvaloriza o conhecimento e a escola. Mas não são os professores que lidam com os alunos que desvalorizam o conhecimento. Pelo contrário: o maior prazer do professor é ensinar os conteúdos científicos.
“Vejo vários educadores por aí se perdendo numa linguagem hermética, dúbia e demagógica, para falar sobre os seus objetivos difusos para a sala de aula”
Quem? Quando? Conversa vaga e demagógica. Afirmações que não fundamenta.
“Sou um entusiasta do saber científico e desprezá-lo só prejudica o ensino”
E que outro saber é que se ensina nas escolas? Religião, astrologia? Em que escola é que andou este cara?
“Esse grupo de educadores [os pedagogos românticos e construtivistas] admite que o aluno pode ser no máximo incentivado a respeitar a ordem na sala de aula, mas nunca, sob nenhuma hipótese, ele deve ser forçado a fazer isso. Nesse caso, não é preciso muita ciência para saber que o resultado final será muita bagunça e pouca aprendizagem”.
Forçado? Como? Que sugestões tem dado o Nuno para isso? Que mecanismos criou? De que modo é que ele tem reforçado a autoridade dos professores? Para que queremos um ministro que fala dos problemas que há muito estão detetados mas não faz um corno para os resolver?
“Um mestre tem o dever de transmitir aos seus alunos os conteúdos nos quais se graduou. E, sim, precisa de ter objetivos bem claros e definidos sobre o que vai ensinar. É ingênuo achar que o estudante vai descobrir tudo por si mesmo e ao seu ritmo, quando julgar interessante.”
Ele aqui tem razão. Os professores portugueses chegam às aulas, mandam os alunos lerem o manual, dizem-lhes “desenmerdem-se” e leem o jornal. Duuh
“A neurociência descobriu que é possível acelerar, e muito, a aprendizagem de uma criança à base de incentivos permanente. Isso contraria os principais postulados de Piaget.
Piaget foi dos maiores génios que tivemos. É claro que pode ser questionado como todas as teorias científicas. Mas o Nuno fala de neurociências. Mas que autores e e que experiências refere? Como é que essa coisa dos incentivos contraria os postulados do Piaget? Quer ele dizer que uma criança com um QI normal que tiver bastantes incentivos aos sete anos pode compreender claramente as teoria da relatividade de Einstein?
Além disso como é que a teoria construtivista de Piaget pode ser prejudicial ao ensino e à aprendizagem?
“Embora o construtivismo ingénuo pregue que a memorização prejudica a compreensão, os cientistas afirmam o contrário: ela é essencial à aprendizagem”.
Qualquer ser humano sabe que a memorização é necessária à aprendizagem, pois para aprender temos de reter a informação. Mas também sabemos que memorizar sem compreender não é, no domínio das aprendizagens simbólicas mais complexas, uma verdadeira aprendizagem. É isto que o construtivismo defende. Mas a memorização é sempre necessária. Isso é básico. Eu acho é que vocês não perceberam os construtivistas.
De qualquer modo, o que o Nuno discute são questões académicas e não aquilo que se passa realmente na escolas. A preocupação dos professores é ensinar bem a matéria, para que os alunos a compreendam e incentivar os alunos a estudar para assimilarem e consolidarem as matérias.
Responder
Junho 9, 2013 at 12:05 pm
Pérolas pedagógicas por Nuno Crato
(…)
Ler mais:http://theconceptofpurpose.blogspot.pt/2012/07/perolas-pedagogicas-por-nuno-crato.html
Junho 9, 2013 at 12:08 pm
O «anti-eduquês» como ideologia pedagógica
Não é fácil chegar à compreensão do que é o ?eduquês?. Trata-se de uma categoria discursiva atribuída a um antigo ministro da educação, para quem o termo designaria um certo tipo de linguagem esotérica sobre a educação. O termo foi, depois, adquirindo o sentido de discurso educacional de senso comum, de estilo palavroso e vazio, de resto acompanhando o uso idêntico de categorias como o ?politiquês?, ou o ?economês?. Se é isto o ?eduquês?, ele está de facto presente no discurso político e no discurso jornalístico, capazes de discorrerem sobre o ?ensino pré-escolar?, sobre as ?qualificações ao longo da vida?, sobre a ?aquisição de competências para competir? ou sobre a ?formação para a empregabilidade?.
Mais recentemente, no único texto que se dedica a uma interpretação crítica mais sistemática do ?eduquês?, Nuno Crato (em O ?Eduquês? em Discurso Directo, Lisboa, Gradiva, 2006) opõe, ?de um lado?, pessoas e ideias que considera terem um ?papel dominante na política educativa? e, ?do outro lado?, uma ?opinião pública difusa? que intuitivamente sabe que a situação crítica da educação portuguesa se deve, segundo ele, à acção dos ?teóricos da pedagogia dita moderna?. Uma tal tese seria muito estimulante, se fosse confirmada, o que não é o caso.
Ainda que no início do seu texto o autor seja cauteloso e evite generalizações, que aliás lhe retirariam credibilidade, a verdade é que ao longo do livro estes cuidados iniciais vão desaparecendo, do que resulta, com intenção ou sem ela, uma crítica generalizada ao pensamento educacional e à investigação portuguesa. Não que estes não devam ser objecto de crítica, mas não nestes termos. É como se para criticar uma corrente pedagógica, ou sociológica, ou um mau trabalho, se optasse por um ataque às respectivas disciplinas e comunidades.
No entanto, a metodologia adoptada pelo autor não autoriza tais críticas. Desde logo porque é duvidoso que existam apenas os dois ?lados? referidos. Pela minha parte não hesitaria em criticar tanto o ?eduquês? quanto o ?anti-eduquês?, que considero igualmente ideológicos e orientados mais para o convencimento do que para a compreensão crítica e a argumentação.
Em segundo lugar, Nuno Crato procede a um crítica algo insular, centrando-se mais em questões didácticas e de teoria da aprendizagem que, embora relevantes, tendem a desprezar as matérias de pensamento educacional e, especialmente, de políticas de educação. Por último, quase sempre se desprezam as críticas teóricas e empíricas sustentadas, produzidas no âmbito da investigação em educação, que do interior do campo mais cedo, e de forma mais contundente, se abateram sobre aspectos criticados pelo autor (por exemplo o pedagogismo). O problema é que as ciências sociais e humanas não são redutíveis a um ?paradigma?, o que significa que as maiores críticas a uma dada escola ou corrente provêm, quase sempre, do interior da respectiva área de saber. Não há, portanto, ?uma? Pedagogia, e raramente existem apenas dois ?lados? em educação, o que torna difícil a emergência de uma ?ideologia pedagógica dominante? a partir de critérios académicos, ou de académicos com tamanha influência política. A fragmentação do campo e as controvérsias entre escolas são a situação normal, não o inverso. Era, portanto, necessário que fosse analisado o processo através do qual uma dada corrente se tornou politicamente dominante, a acreditar no autor, mas isso é o que ele não faz, até porque tende a naturalizar o sistema educativo e as escolas, despolitizando assim as próprias teorias que critica. Pode, por isso, integrar sob a designação de ?eduquês?, autores, obras e trechos claramente divergentes, não compreendendo as diferenças. Afirma, de resto, por mais do que uma vez, que é ?difícil perceber? certos excertos que, cirurgicamente, seleccionou. É passível que alguns façam mesmo pouco sentido ou que sejam amplamente criticáveis. É porém plausível que o autor não domine sempre o código nem a cultura académica de certas áreas, do que há aliás muitos indícios (por exemplo a autoridade, por definição, não é possível de imposição, mas de consentimento, segundo a conceptualização weberiana). Surpreendente seria que o autor dominasse os conceitos das ciências sociais, não obstante o esforço de interpretação que, é justo reconhecer, revela no seu trabalho. Será, porém, suficiente? A invocação de Antonio Gramsci, então, daria motivos para grandes interrogações.
É bom que se compreenda que o ?anti-eduquês? é, igualmente, uma ideologia pedagógica. As críticas produzidas são igualmente de senso comum, sem argumentação sólida em termos teóricos e empíricos. Reactualizam-se agendas políticas de há muito conhecidas noutros países e esquece-se que o verdadeiro ?eduquês? provém, hoje, da economia e da gestão, universos que tomaram conta do debate educacional e da produção de políticas. A ideologia pedagógica que Nuno Crato legitimamente defende lê-se claramente nas entrelinhas do seu texto e não apenas nas últimas seis páginas que dedica àquilo que ?se deve adoptar em educação?. Talvez um ponto de partida para um novo trabalho seu sobre pedagogia normativa. E depois são os outros que são pedagogos.
http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=156&doc=11546&mid=2
Junho 9, 2013 at 1:41 pm
Sem prejuízo de uma tomada de posição mais fundamentada, dou conhecimento o texto que mandei para a “Veja” sobre a entrevista.
Conta a demagogia de Nuno Crato
Em lugar de explicar porque é que o sistema educativo português conseguiu no espaço de uma geração tão significativos resultados, Nuno Crato vem acusar a educação de “construtivismo ingénuo” (será uma teoria da sua autoria?), opõe as neurociências a Jean Piaget (um pouquinho de estudo seria útil…), diz que o “treino tem que ser exaustivo: tem que se ler muito mesmo sem gostar” (afinal a leitura pode ser uma punição…) e diz que “um mestre tem o dever de transmitir aos seus alunos os conteúdos nos quais se graduou” (esta frase é candidata ao óscar do conservadorismo…). O ministro da Educação de Portugal apresenta-se como um opositor do sistema educativo que as organizações internacionais consideram um caso de sucesso (e de que ele ironicamente é o herdeiro). Não é pois de estranhar que exista uma inusitada unanimidade de discórdia com esta política por parte dos especialistas em Educação em Portugal. Nuno Crato dirige a Educação em Portugal olhando para o retrovisor e todos nós gostaríamos que ele conduzisse a olhar o para-brisas. Mas enfim, a crise há-de passar e este ministro também… É que em Portugal nós acreditamos que “um bem nunca vem só”.
David Rodrigues
Junho 9, 2013 at 2:30 pm
#68
Se um professor não sabe conjugar o verbo ACORDAR, é natural que não goste de ter Nuno Crato como Ministro.
[Em Bom Dia
livresco Says:
Junho 9, 2013 at 11:19 am
#6:
Exemplos?
Ou acordas-te com os pés de fora?]
Junho 9, 2013 at 2:33 pm
#69
“Em lugar de explicar porque é que o sistema educativo português conseguiu no espaço de uma geração tão significativos resultados”
Importa-se de especificar? (Por favor não venha com os últimos resultados do PISA ou semelhantes.)
Junho 9, 2013 at 3:09 pm
O construtivismo piagetiano é um dos pilares das célebres competências, algo que se aprende a caçar gambuzinos que depois produzem as célebres “acomodações”, “conservações” e outras entidades metafísicas.
A psicologia do desenvolvimento tem em Piaget o seu bezerro de ouro, porque todo o sistema assenta em especulações e absurdos que remetem para um todo fechado em si mesmo.
Piaget é um elo perdido da tentativa de encontrar a “cientificidade” de algo que não passa de um monte de conjecturas e peças de lego tomadas como pérolas epistemológicas.
Piaget usa e abusa de conceitos matemáticos, como “rede”, “grupo”, “agrupamento” etc, para envernizar uma especulação mistificadora.
Os adoradores de teorias da mente pegaram nos seus textos e transformaram-nos nas Sagradas Escrituras do desenvolvimento da criança, uma forma de passar gato por lebre.
Este é o filme em que a criança acaba por ser aquilo que a psicologia mede e exibe no mercado das vaidades e das vacuidades pseudo científicas.
Quem tiver paciência para ler criticamente a obra e Piaget, descobrirá facilmente a ignorância, filosófica e não só, do sujeito, que confunde sistematicamente fazer com saber, acção com espaço lógico da razão.
Walon, Chomsky e Vigosty foram apenas alguns dos seus contemporâneos que arrasaram com a sua teoria, mas os bonzos universitários, por alguma razão, preferiram sempre utilizar a papinha piagetiana, ignorando e ocultando as contradições de um verdadeiro embuste que não serve para nada.
Junho 9, 2013 at 3:24 pm
Piaget explicado às criancinhas I
Piaget was a child prodigy himself, curator of molluscs at the Natural History Museum of Neuchâtel in his teens, but, like most of his successors in educational psychology, he had a low opinion of children. He experimented on his own: Laurent, Lucienne and Jacqueline became world-famous projections of their father’s egotism, like Christopher Robin Milne, condemned to lifetime embarrassment by the childhood his father imagined for him, or Robert Pirsig’s Chris, whose diarrhoea became a leitmotif of his father’s best-seller. Piaget’s standard of judgement was the way he claimed to think himself. If children perceived things differently, he classed them as rationally inferior; it was a discovery he claimed first to have made, to his own professed astonishment, in 1920, when he was helping to process the results of early experiments in intelligence-testing. The children’s errors seemed to him to betray thought that was peculiar and structurally different from his own. Yet everyone has listened at times to the wisdom of innocence and heard dazzling ingenuity in the mouths of babes and sucklings. If there were a radical difference between perceptions registered at different moments in our lives, it would be an adult impertinence to rank them on Piaget’s scale. The latest experimental data confirm what is suggested by common sense and parents’ routine observations: our capacity for thinking is innate, including its essential structures and even the universal grammar that underlies language. It is part of the equipment evolution has given us. What we acquire as we grow up are habits refined by experience, imposed by culture and shaped by particular languages.
Junho 9, 2013 at 3:25 pm
Piaget explicado às criancinhas II
Most of what Piaget took to be universal stages of mental development are merely the results of cultural conditioning. It is therefore possible that in societies uninfluenced by the modern west, people will exhibit habits of thought similar to those of our own children. This will happen, if at all, only occasionally and by accident. There is no necessary similarity between the `savage mind’ and that of a modern western child. Nor does either represent a stage of evolution towards the `higher’ thought which the professors of a previous generation tended to attribute to themselves.
Junho 9, 2013 at 3:26 pm
Piaget explicado às criancinhas III
In a scheme borrowed from Piaget early man and modern child are both trapped in `pre-operational thought’ — jargon for less than logic. A suitable example can be discerned among shadows: Children and `primitives’, it has been claimed, have the same notion of shadows. In the words of Leo, a seven-year-old interviewed by Piaget, `The shadow comes out of the person. We have a shadow inside us.’ According to Piaget, children only explain shadows in a way he recognizes as correct from about nine years old, when they grasp for the first time that a shadow is cast by an object interrupting the light. `The explanation of shadows’, he says, `is purely geometrical.’ This is highly unpersuasive. No formal knowledge of geometry is necessary for an understanding of the crude relationship between shadows and light, which is so obvious as to reveal itself to anybody of human intelligence at any age. The child who says, `We have a shadow inside us,’ is either expressing the obvious in a language richer and more elusive than that of geometry, or is seeking an explanation at a deeper level than that of an observation so common as to be hardly worth mentioning. People who sense the similarity or identity of shadow and spirit or `shade’ and `ghost’ are not necessarily incapable of recognizing a shadow as the effect of blocked light. Hamlet was no primitive; if he was arrested mentally, it was not by childishness. Shadows can be many things at once: tricks of light, visible ghosts, hints from heaven, reminders of the insubstantial nature of the glories of our blood and state.
Junho 9, 2013 at 3:26 pm
Assisti a um conferência do Crato (ainda não era ministro), onde, repetidamente, disse, “houveram alunos”,, “haviam professores”, etc. É pena nessa escola de que tem saudades não tenha aprendido as regras da gramática…
Junho 9, 2013 at 3:28 pm
Piaget explicado às criancinhas IV
The danger of relegating `primitive thought’ to the nether rungs of the ladder of educational psychology is shown by remarks of the eminent Canadian anthropologist C.R. Hallpike, who was so impressed by the presumed analogy between children and primitives that he used it as the basis of his own magnum opus, The Foundations of Primitive Thought (1975). A skilful field worker with a muddled mind, he reckoned that children and primitives ought to think alike because both were pre-literate. By any standards, this was a silly assumption for there is no reason to suppose that access to one set of signs rather than another changes the range or structure of people’s thoughts. In any case, Piaget’s own categories kept literate children in the pre-logical phase for years.
Having quoted with approval Piaget’s dictum that a correct understanding of shadows is `purely geometrical’, Hallpike continued, `We cannot therefore expect an understanding of the nature of shadows in cultures whose members have no grasp of the laws of perspective, or even of the geometrical straight line. We find that, instead of being able to explain shadows by an analysis of relations, primitives generally regard shadows as substances or emanations from the person, and have little interest in the shadows cast by objects.’ Only a mind corrupted with arrogance could suppose that such a commonplace observation as perspective was inaccessible to others, although they might not express its laws in the language of Alberti, or bother to imitate it in their art.
A straight line, moreover, is a concept familiar in every known culture: its essence is the difference between straightness and curvature. Euclidean language may not be used to define a `geometrical straight line’, except in cultures influenced by the mathematics of ancient Greece. The nature of the shortest distance between two points is, however, a rudimentary empirical problem, which, in the words of the ancient proverb, `is solved by walking’.
Junho 9, 2013 at 3:31 pm
É isso mesmo, Chico! E de preferência por um jumento bem dotado!
Junho 9, 2013 at 3:37 pm
#15 Estes são os novos nazis! Se podessem eleminavam todos os que não estão nos seus ideais! Hitler foi pouco mais que Judeus, mas estes teriam uma banda muito mais larga. Este eliminariam, velhos, doentes, deficientes e todos os que lhes dissessem não! São uma escumalha que urge eliminar da face da terra! Que tal enviá-los para marte sem bilhete de volta?
Junho 9, 2013 at 3:37 pm
Caro h5n1
Se me permite a interrupção, já leu algum texto de Jean Piaget?
Junho 9, 2013 at 3:51 pm
#80
Muitas das suas obras, uma vez que era de leitura obrigatória no ISPA e assunto central, quando não único, de várias cadeiras, e além disso constituía uma espécie de Sagradas Escrituras, se me entende.
Felizmente que tenho um espírito crítico, e assim como li Marx, Lenine, Cunhal e muitos outros, também li as críticas, para poder ter uma avaliação tão informada e racional quanto possível.
Junho 9, 2013 at 4:04 pm
#70:
O traço fino da ironia…
Junho 9, 2013 at 4:05 pm
#81:
Psicólogo portanto, talvez até meu vizinho.
Junho 9, 2013 at 4:10 pm
Dedicado ao chegahmosaisto:
Do uso da ironia na neurose obsessiva: destrutividade e criação sublimatória
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-13062012-154905/pt-br.php
Junho 9, 2013 at 10:11 pm
Pais – os metaprofessores. Mas legislado. Que bem.