- Encomendar à entidade mítica “TROIKA”/FMI algo que querem implementar, mas tentando ficar sem o ónus da responsabilidade pelas propostas. Os borges, catrogas, mexias, nogueirasleites e afins protegem-se um pouco em relação a saídas desencabrestadas do passado recente.
- Atiram a culpa para a situação, criada pelo Governo anterior e a necessidade de satisfazer os “credores”. Isto tem uma parte de verdade por cada duas de mentira. É verdade que a situação criada pelos governos de Sócrates foi dramática, mas é mentira que a “troika” queira mais do que o dinheiro de volta com os devidos juros e é mentira que as soluções sejam apenas as apresentadas.
- Já agora, pedem para aparecerem assim umas propostas completamente ridículas, disparatadas e exageradas para iniciar o “debate” de uma forma completamente distorcida . Se possível, usam-se dados desactualizados para condicionar os parâmetros desse mesmo debate, ao definir pontos de partida errados.
- Surgem propostas para suavizar o que a “troika” exigia, como se fosse uma conquista, uma resistência do Governo às “exigências”. No fundo, “recua-se” para as posições desejadas. Os 50.000 eram, afinal, 15.000. Os imensos privilégios dos grupos profissionais (não aplicados a gabinetes ministeriais e cargos de nomeação política) limitam-se a ser as condições laborais específicas a cada função, pois uma coisa é ser médico, outra ser professor, outra ser funcionário das finanças, outra ser polícia.
Tudo isto é básico, rasteiro, transparente, destinado a provocar alarido, alarme e envenenar a discussão. Segue cartilhas antigas de agit-prop, com um ligeiro twist liberal for dummies, em forma de vingança póstuma 👿 .
Já vimos isto, por exemplo, na TSU. Agora, como é de modo mais focado contra os “privilegiados” da sociedade, espera-se mais sucesso. Se possível, apelidam-se de comunistas, esquerdistas, gastadores, quem se opuser. Fala-se num “novo paradigma” quando nem sabem que “paradigma” significa. Quando o decoro é menos que escasso, fala-se em interesse nacional numa perspectiva totalitária, aquela em que alguns sabem e definem o que é alegadamente bom para todos, mesmo contra a sua vontade ou mistificando-os através do processo acima descrito.
Janeiro 9, 2013 at 11:07 am
#0
Volto a concordar TOTALMENTE com a tua análise.
Janeiro 9, 2013 at 11:13 am
Vamos parar para pensar com o coração e com a razão.. vamos primeiro ouvir-nos a nós próprios, depois vamos ouvir também os outros… Sinto que estamos entre as onze e meia e a meia-noite, estarei a sentir mal?…
Janeiro 9, 2013 at 11:15 am
Todos temos Pessoas à nossa volta que ainda dormem, que tal se os acordarmos?…
Janeiro 9, 2013 at 11:19 am
Vamos parar de nos deixarmos inquinar?…
Quando aceitarmos que nos cortem as pernas, a seguir vamos aceitar que nos cortem os braços…
Janeiro 9, 2013 at 11:22 am
Estão todos paralisados?… Nem ao menos me mandam a determinado sitio…
Janeiro 9, 2013 at 11:31 am
Portugal tem sofre de 4 problemas:
1 – Tem uma divida pública monstruosa;
2 – Tem que um PIB em queda acelarada;
3 – Tem que ajustar o PIB aos encargos da divida e aos encargos naturais do país;
4 – São os credores que mandam em Portugal.
Conclusão: Corta-se nos encargos naturais do país.
O que está em causa não é a educação, as forças armadas, os juízes, os médicos, enfim os funcionários públicos; o que está em causa é que o nosso PIB não chega para pagar os compromissos do estado perante terceiros: credores de divida pública e PPP’s.
Como resolver este problema? É simples corta-se em tudo o resto.
Objetivos atingidos:
1 – Estado magro: cortou-se nas gorduras, na carne e no osso pois ficou reduzido aos orgão administrativos e seu pessoal.
2 – A piramide etária portuguesa equilibrou-se, voltando a ser um perfeito triangulo com a base maior que o vértice: os velhos morreram sem assitência, os menos velhos suicidaram-se face a um futuro de miséria e desespero, os poucos jovens afectos aos orgãos administrativos puderam finalmente ter + que 2,1 filhos.
3 – O estado paga finalmente todas as suas dividas: Graças aos processos de execução por não pagamento de impostos e SS, o estado enriquece e revende os bens com lucro suficiente para as pagar.
4 – Portugal nunca mais entrará em situação financeira dificil pois deixou de existir.
Janeiro 9, 2013 at 11:36 am
I beg to differ. Agora, o masterplan é já só este: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/01/a-hipotese-interpretativa-iv-preto-no.html
Janeiro 9, 2013 at 12:12 pm
Aquela sondagenzita da semana passada não foi mesmo nada inocente…
Janeiro 9, 2013 at 12:30 pm
#8
Não há neoliberais inocentes…
Janeiro 9, 2013 at 1:40 pm
Trata-se de puro e duro terrorismo (por enquanto) psicológico de um estado capturado (há muito) por gente doente e que espera (ou sabe?) que tudo se resolve em síndrome de Estocolmo. Quanto aos colegas professores não precisam de exagerar assim porque mais de metade são carneiros, na outra metade, metade são sabujos…
Janeiro 9, 2013 at 1:42 pm
E por que não uma Greve de Zelo por período indeterminado de imediato por parte dos Professores?!… Eu sei, sou ingénuo…
Janeiro 9, 2013 at 2:41 pm
Há medida que sobe o desespero e o desânimo nas hostes governamentais com o falhanço sistemático das suas metas e objectivos – e com o OE pendurado… -, quando a consciência do descalabro iminente se apossa de cada vez mais gente (a começar nas próprias fileiras), as manobras de diversão, de dilação, de intimidação, de condicionamento da população pelo medo e pela incerteza sobem na razão proporcional.
São estas notícias castratofistas encomendadas e plantadas pelos sítios certos nas horas desejadas, são as sondagens que, contra toda a lógica e experiência quotidiana, se mostram favoráveis…
Até conseguiram o “milagre” que uma dessas sondagens (cf. jornal i) desse uma amostra maioritária favorável à introdução de propinas nos ensinos básico e secundário.
Janeiro 9, 2013 at 2:45 pm
Mas como se votou neste governo agora é aguentar até estoirar.
Janeiro 9, 2013 at 2:54 pm
Com tanta agitprop a favor do voto útil, por altura das eleições, vêm agora mostrar surpresa e desagrado?
Onde estão os que apelaram ao voto nestes gajos, uma equipa jovem, honesta, bem nascida, séria, patriota e liberal qb?
Que grande visão histórica e estratégica!
Janeiro 9, 2013 at 3:02 pm
Concordo plenamente com a sua análise. Claro que Portugal deixará de existir. Os Estados Unidos (através do FMI) e a Alemanha querem tornar Portugal num país onde as crianças a partir dos 5 anos trabalham em fábricas (por isso não é preciso escolas), de modo a ajudarem no sustento da família. A família não tem acesso à saúde por isso a mortalidade infantil é elevada (já vamos a caminho). A maior parte da população não tem casa ou as famílias moram em casas sobre lotadas (também já estamos nesse caminho). Enfim o “nosso” governo está a cumprir tudo aquilo que é exigido pelos mercados.
A não ser que nos passemos da cabeça e comecemos a contratar snipers e assim lá se vai a reputação do “melhor povo do mundo”.
Janeiro 9, 2013 at 4:45 pm
É isso mesmo. Em termos gerais, retirando muita da adjectivação, a situação está bem analisada.
O FMI assusta, o debate é lançado, o PS foge, o PCP e o BE protestam e, no final, o Governo aplica apenas uma pequeníssima parte das medidas propostas, dando a imagem que recuou, que ouviu e que decidiu em benefício do bem comum…
Janeiro 9, 2013 at 4:51 pm
#16
Só há um problema, quando se lançam fósforos a arder em latas cheias de gasolina de nada servirá depois dizer que “estavam a brincar para ver no que dava”…
Janeiro 9, 2013 at 4:55 pm
#17
Mas quem colocou a gasolina foi o FMI. E os fósforos foram lançados pelo PS que já disse que não quer entrar no debate. Já o Governo veio pôr água na fervura e acalmar os ânimos…
Janeiro 9, 2013 at 5:11 pm
Nós, os professores, somos privilegiados????
E os políticos o que serão?
Janeiro 9, 2013 at 5:32 pm
#12
Dava tanto jeito haver uma “china” na Europa, afinal quem não gosta de mão de obra barata?
Portugal, Grécia e principalmente a Espanha … sempre são 60 milhões de MO potencialmente barata e aqui na europa.
Janeiro 9, 2013 at 7:18 pm
#0
Concordo com a análise. Terrorismo puro vindo de que Desgoverna.
#18
Só se for “dando a imagem que” acalmou eeses tais ânimos. Mas foi quem encharcou tudo de gasolina. O FMI só fornece o local para a fogueira. O que quer é fogueiras.
Alguém acredita que foi a troika nque não aceitou a tal dod 18 dias de indemnização por ano? que foi a Troika que foi inflexível? Estes garotos bandalhos julgam-se iluminados e que com o pretexto da Troika tudo podem, até desobedecer à cosntituição!