Já arrancaram as tarefas destinadas a preparar o próximo ano lectivo.

Umas são daquelas que pouco mudam (matrículas, organização da papelada dos processos individuais, recomendações para a constituição de turmas), mas outras implicam, actualmente, uma enorme dose de incerteza, apesar (ou por causa) das regulamentações recentemente produzidas. em outros casos por, pura e simplesmente, não se saber o que poderá trazer o avançar do Estio.

  • A principal questão, que se arrisca a ser uma falsa questão pela forma malabarista como MEC a apresentou, será a da opção por tempos lectivos de 45 ou 50 minutos. As escolas andam a fazer cálculos, cruzando essas durações com os horários dos professores e quer-me parecer que permanecerá, em larga maioria, a opção por tempos de 45 e blocos de 90, o que acabará por fazer prolongar uma opção errada, devido ao modo como o MEC armadilhou a prometida autonomia.
  • Qual o destino das aulas de substituição? Ficam? Esquecem-se? è mais outra área da autonomia? Há vergonha em fazê-las implodir? Não há coragem em assumir que foram implementadas de forma errada e que deveria ser reformulada a sua forma de funcionamento ou simplesmente esquecidas?
  • Quais os critérios e as opções das escolas em matérias curriculares como a “Oferta de Escola” ou a “Oferta Complementar”? Não seriam enquadráveis aqui certos projectos que atravessam um período de auto-avaliação e reformulação para o próximo ano lectivo? sempre permitiria que algumas ficções de papel passassem a ter existência concreta…
  • As AEC vão funcionar como? Na base do esquema actual, algo casuístico, com uma gestão muito duvidosa em vários aspectos, dos financeiros aos pedagógicos? Haverá coragem em transformá-las em algo diferente, com recurso aos meios humanos dos agrupamentos, em primeiro lugar, e só depois àqueles contratos manhosos, que se fazem e desfazem a gosto, com autarquias, associações de pais, etc, etc, todas encavalitadas umas nas outras á espera que pingue um pouco mais?