Já arrancaram as tarefas destinadas a preparar o próximo ano lectivo.
Umas são daquelas que pouco mudam (matrículas, organização da papelada dos processos individuais, recomendações para a constituição de turmas), mas outras implicam, actualmente, uma enorme dose de incerteza, apesar (ou por causa) das regulamentações recentemente produzidas. em outros casos por, pura e simplesmente, não se saber o que poderá trazer o avançar do Estio.
- A principal questão, que se arrisca a ser uma falsa questão pela forma malabarista como MEC a apresentou, será a da opção por tempos lectivos de 45 ou 50 minutos. As escolas andam a fazer cálculos, cruzando essas durações com os horários dos professores e quer-me parecer que permanecerá, em larga maioria, a opção por tempos de 45 e blocos de 90, o que acabará por fazer prolongar uma opção errada, devido ao modo como o MEC armadilhou a prometida autonomia.
- Qual o destino das aulas de substituição? Ficam? Esquecem-se? è mais outra área da autonomia? Há vergonha em fazê-las implodir? Não há coragem em assumir que foram implementadas de forma errada e que deveria ser reformulada a sua forma de funcionamento ou simplesmente esquecidas?
- Quais os critérios e as opções das escolas em matérias curriculares como a “Oferta de Escola” ou a “Oferta Complementar”? Não seriam enquadráveis aqui certos projectos que atravessam um período de auto-avaliação e reformulação para o próximo ano lectivo? sempre permitiria que algumas ficções de papel passassem a ter existência concreta…
- As AEC vão funcionar como? Na base do esquema actual, algo casuístico, com uma gestão muito duvidosa em vários aspectos, dos financeiros aos pedagógicos? Haverá coragem em transformá-las em algo diferente, com recurso aos meios humanos dos agrupamentos, em primeiro lugar, e só depois àqueles contratos manhosos, que se fazem e desfazem a gosto, com autarquias, associações de pais, etc, etc, todas encavalitadas umas nas outras á espera que pingue um pouco mais?
Junho 28, 2012 at 3:18 pm
Nã… é para ficar tudo em aberto, quanto mais confuso melhor para o ministério que pode mandar as culpas para as escolas…as direcções das escolas também gostam porque podem mandar a responsabilidade para o ministério… ninguém é responsável por nada, ninguém tem culpa.
Junho 28, 2012 at 3:24 pm
Uma questão pertinente é a existência de um grande número de horários zero e a forma diferenciada como será gerida em cada escola este problema.
Sem dúvida que os profs mais antigos farão/tentarão exercer a sua influência em prol dos seus interesses…
Junho 28, 2012 at 3:29 pm
aulas de 90 m na minha escola e ponto……
Junho 28, 2012 at 3:34 pm
Dizem as más línguas que os tempos de 45 minutos têm os dias contados e que a ideia é de, em breve, dar às escolas a hipótese de escolherem entre aulas de 50 minutos e aulas de 3000 segundos 😀
Junho 28, 2012 at 3:36 pm
Alguém explica a diferença, de maneira a que eu consiga perceber? É tão desgastante passar os finais de cada ano lectivo a perceber o que deviaria ser óbvio…
Junho 28, 2012 at 3:46 pm
#5
A diferença ente aulas de 45 e de 50 minutos? Fácil: 1) 50 minutos = menos professores (os directores aqui da minha zona reuniram-se e fizeram as contas e, por exemplo, na minha escola eram cinco professores do quadro que ficavam sem horário); 2) com 50 minutos só podemos colocar 5 tempos num turno.
Junho 28, 2012 at 3:59 pm
Mas com 45 minutos, aumentam os horários para 24 tempos lectivos? Não irá dar ao mesmmo?
Junho 28, 2012 at 4:03 pm
Paulo,
como já aqui escrevi uma das questões mais importantes se estão a colocar aos diretores é o que fazer aos inumeros horários zero que estão a surgir nestas primeiras projeções de horários.tentativas de destribuição do serviço letivo. Na minha escola (básica2, 3) só se ouvem comentários sobre o movimento interno (entre ciclos, entre disciplinas, …) que os professores vão ter que se sujeitar para terem o seu horário completado.
Aliás esta permeabilidade entre ciclos e entre disciplinas que é concedida aos professores (com critérios subjetivos e que servem tudo e todos) é, na minha opinião, a pior consequência que cairá sobre a qualidade do ensino. A massificação de docentes a leccionar uma outra qualquer disciplina, de ciclos ou níveis diferentes do seu, independentemente do grupo de recrutamento, formação ou experiência vai contribuir ainda mais para o empobrecimento da escola pública a que estamos, com este governo, destinados.
Sim, porque se isto está acontecer na minha escola, julgo que é o que vai acontecer por todas as escolas: Professores de educação tecnológica a dar matemática (por terem um curso de engenharia tirado há 30 anos atrás), professores de português a dar história e vice-versa, professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º, e.t.c.
O mais triste é que, enquanto isto vai acontecendo, nos venham vender provas e ingresso para professores contratados (e que tal uma prova de aptidão aos tais professores que mudam de grupo disciplinar apenas pq dá jeito?) como garantia prévia da qualidade dos docentes.
Estão ou não a brincar connosco?
Junho 28, 2012 at 4:09 pm
As AECS vão continuar precisamente nos mesmos moldes.
Já tenho o horários do próximo ano.
Foram feitos nas Câmaras e entregues aos agrupamentos. Agora os nossos horários nas restantes áreas são feitos com base no que a câmara apresentou. É assim e mais nada.
Turmas de 4º ano de escolaridade a terem natação às 9h da manhã uma aula de 45m.
A Piscina não está na escola e sendo que os tempos são de 45 m, a minha questão é esta:
Como pode um professor titular de turma iniciar a sua àrea na sequência dos 45m, se a essa hora estão os alunos a sair da água?
Quando se vestem?
O tempo para fazer o circuito piscina/escola??
Eu tenho um dia que só entro às 9h 45m, têm EF.
É uma vergonha o que se passa na escola publica com estas atividades.
As AECS vieram para ficar e são um negócio para as Câmaras e não para os professores que estas contratam.
Passam por cima de qualquer ordem de caráter pedagógico, com a indiferença de diretores, pais, ou governos. Só os professores que estão no terreno vêem e sentem o problema.
Venham para cá falar nas notas de exames e outros afins!..
Junho 28, 2012 at 4:15 pm
# 8 Muito pertinente a questão final que levanta.
Junho 28, 2012 at 4:17 pm
# 8 João Narciso
Finalmente, aparece alguém a levantar esta questão. A maior parte dos docentes, já deverão estar “a banhos”, e ainda não se deram conta da gravidade da existência dos horários zeros.
Talvez, só quando a Direção da sua escola lhe disser que terá que concorrer é que irá refletir…
Junho 28, 2012 at 4:22 pm
Parece-me que os comentadores serão todos professores… eu não sou, sou só encarregada de educação (a dobrar). É engraçado que a questão das aulas de 90 ou 50 ou 45 minutos só tem sido discutida na perspectiva dos professores e dos seus horários – e que tal a perspectiva do aluno? Será pedagógicamente mais correto ter aulas de 50 m ou blocos de 90? Não terá sido esta perspectiva que o Ministro teve em conta (digo eu com ingenuidade!…)? Eu sempre tive aulas de 50 minutos – até na universidade. Parece-me que os blocos até poderão ser produtivos em algumas disciplinas, mais práticas, no entanto, noutras mais teóricas – como por exemplo Filosofia – são “dose”!!! Em especial se os professores forem, também eles, muito teoricos /expositivos nessas aulas…
Junho 28, 2012 at 4:22 pm
# 8
Peço desulpa pelas gralhas e similares que o texto apresenta.
*distribuição
*inúmeros
Junho 28, 2012 at 4:25 pm
Estou com a Alice: quem é capaz de dar uma resposta conclusiva à pergunta: com aulas de 45 m, um horário de 22 h passa a ser de 24 h?
Outra pergunta: o ponto 3 do artº 8º do Despacho 13-A/2012 significa o quê? Cada professor pode ter no horário da componente lectiva 2 h para apoio?
Quando a esmola é grande, o pobre desconfia…
Junho 28, 2012 at 4:38 pm
Para além do que foi dito pelo colega João Narciso, existem outras situações a ter em conta.
Por exº, no caso concreto do meu grupo disciplinar, 430 – Economia e Contabilidade, devido à existência de uma grande variedade de disciplinas a lecionar pelo grupo, nomeadamente a Economia, Contabilidade, Direito, Gestão, Sociologia , Relações Públicas… etc, e em que cada docente leciona a sua disciplina na área da sua formação, ao concorrer , por via do horário zero, um professor da disciplina de Direito poderá ter que lecionar a disciplina de Contabilidade (o que na situação inversa não seria tão grave…) pois, concorre ao grupo 430 …. e não a uma determinada disciplina.
Junho 28, 2012 at 4:54 pm
Ainda não ouvi ninguém falar do que fazer com os tempos do artigo 79. Parece-me que o 13A esqueceu estes tempos (a não ser para horas de cargos), mas devo ser eu que não estou a ver bem.
Junho 28, 2012 at 5:35 pm
Os últimos 3 pontos por ti referidos vão ainda fazer muita mossa e tinta..cheira-me,,
Junho 28, 2012 at 5:39 pm
Eu sempre tive aulas de 50 minutos..ai sim ui é que em muitas existem 100 120 minutos,,,deve ser privada..e eu defendo 50 minutos ..não sou é masoquista ou sádico..desta forma muita gente vai para o olho da rua..logo..enfim fazendo as coisas como foram feitas era de esperar a permanência dos 45..mesmo nas apresentações feitas aos directores pelas Dre todos os exemplos partiram da base dos 45 e 90..subliminar a intenção,,
Junho 28, 2012 at 5:46 pm
#12
A questão que deve ser colocada não pode ser a pedagógica (se é mais adequado tempos de 45 ou de 50minutos) porque o jogo está viciado!
Junho 28, 2012 at 5:52 pm
#12
Se as medidas fossem pedagógicas a redução de custos não estava em cima da mesa.
Se as medidas fossem pedagógicas as turmas não passavam a ter 30 alunos.
Se as medidas fossem pedagógicas os mega-agrupamentos não se impunham.
Percebe?
ps- 5 min faz uma diferença do ca….. para os alunos!!!!!
Junho 28, 2012 at 6:00 pm
Faço minhas as palavras de Mvaz:
“Nã… é para ficar tudo em aberto, quanto mais confuso melhor para o ministério que pode mandar as culpas para as escolas…as direcções das escolas também gostam porque podem mandar a responsabilidade para o ministério… ninguém é responsável por nada, ninguém tem culpa”.
Autonomia a sério, i.e, com liberdade, acarreta responsabilização, responsabilidade acrescida para os envolvidos.
Autonomia a fingir, i.e, às gotas e ao arbítrio, redunda em desresponsabilização (se toda a gente é responsável, ninguém acaba responsabilizado).
Junho 28, 2012 at 6:02 pm
#12
Se as medidas fossem pedagógicas não existia um claro empobrecimento do currículo com a nova revisão curricular.
Se as medidas fossem pedagógicas , não se voltava ao “controleirismo” exacerbado, onde querem impor exames em todos os anos e a todas as disciplinas.
Junho 28, 2012 at 6:07 pm
Eu gostava de saber o que estão a decidir as escolas, que vão optar pela organização em 45 min, sobre os horários dos docentes. Ou seja, 22 segmentos de 50 min (1100 minutos) vão-se transformar apenas em 24 segmentos de 45 min (1080 minutos)? Ou estão a ser também previstas estratégias para os 20 minutos semanais em falta? E relativamente à oferta complementar no 3.º Ciclo? Que soluções estão a ser adoptadas nas vossas escolas? Formação Cívica? Outras? Podem ajudar-me, por favor?
Junho 28, 2012 at 6:19 pm
#12,
A sua perspectiva está enganada num ponto fundamental: as aulas de 50 minutos existiam ate terem achado que no Secundário 90 fazia mais sentido. Vai daí aplicaram a coisa ao básico, com o argumento (?) de reduzir as interrupções a os intervalos.
Bem… o regresso aos 50 minutos como base das aulas seria um bem, caso o MEC não tivesse baralhado as coisas.
Seja em que perspectiva for.
Porque levou a que se exacerbassem contas de merceeiro com os minutos dos horários dos professores…
Junho 28, 2012 at 6:22 pm
#14,
O horário base dos professores era de 22 tempos de 50 minutos.
Quando passou a 45 minutos cada tempo lectivo, sobravam 110 minutos…e surgiram dois tempos pendurados nos horários.
Agora passa-se a ter os 22 antigos de 50 minutos ou 24 de 45 para completar os 1100 minutos.
Se não querem 24 tempos de 45, optam por aulas de 50 minutos… ah… mas agora já custa encaixar nas matrizes, eu sei.
Junho 28, 2012 at 6:25 pm
#8,
Não acho que essa consequência seja das mais complicadas. Há habilitações de base que definem o que cada um pode leccionar. A minha licenciatura em História é igual (para não dizer outra coisa sobre as dos últimos anos) à de colegas que dão o secundário. A diferença esteve (será?) numa profissionalização que em nada se distingue de uma certa irrelevância.
Se dou HGP ao 5º ou História ao 12º é irrelevante.
Mais complicado são outras coisas que acontecem em nomeações para coordenações e cargos de supervisão, em que pessoas com habilitações pescadas aqui e ali têm o poder de mandar em quem sabe muito mais e tem muito maior formação.
O exemplo maior passa pelo Departamento de Expressões…
Junho 28, 2012 at 6:33 pm
#12
A diferença entre aulas de 45 e 50 é irrelevante do ponto de vista dos alunos mas, pelos vistos, não o é em termos de horários dos professores (não fiz as contas mas sei que aqui na minha zona os directores as fizeram). Não sou exactamente fã de aulas de 90 minutos a não ser em casos de actividades práticas mas é bom não esquecer que já houve aulas de 2×50 minutos, nem sempre com intervalo pelo meio. O problema aqui é que há muito tempo que o ME não se rege por princípio pedagógicos, independentemente do que sai da boca para fora dos ministros e secretários de estado. Andy Hargreaves (Teaching in the knowdlege society: education in the age of insecurity) diz (e nós podemos prová-lo porque sentimos bem no pêlo) “(…) public expenditure, education, and welfare have been the first casualities of the slimmed-down state that knowledge economies have often required. Teachers’ salaries and work conditions have been among the most expensive items at the top of the public-service casuality list” (p. 9).
Junho 28, 2012 at 6:42 pm
#8
só para acrescentar uma coisa ao comentário do Paulo em #26 (cientificamente tenho habilitação para dar aulas do 5º ao 12º mas fui apanhado na contra-curva e fiz estágio no 2º Ciclo): já há muito tempo que uma direcção podia dar turmas com base na habilitação científica e o professor tinha de aceitar desde que fosse para completar horário. Penso que foi há quatro anos que houve uma alteração da situação para aquela que agora está a deixar toda a gente com os cabelos em pé – o que interessa é a habilitação científica. E vou até ser mauzinho porque hoje tive um dia de bosta e avançar com umas razões: mudar de ciclo dá trabalho (nalguns casos é preciso umas actualizaçõezinhas), é preciso refazer coisas que já estavam mecanizadas…
Junho 28, 2012 at 7:05 pm
Tiro-lhes o chapéu! De mansinho, lá vão fazendo!
Em muitas escolas, o que vai aparecer no horário são 24 tempos letivos (e o “24” vai-se instalando e tornando-se um número aceitável…)
DTurma, vai ser contemplada com um tempo no horário, quando antes eram 3, e não chegavam para tudo, em muitos casos.
Não encontro, no despacho deste ano, a informação das 10 ou 11h de componente individual, consoante se tem mais ou menos de 100 alunos.
E vai continuar a haver escolas com cálculos de horário semanal para 37h, como até agora algumas faziam, alegando que era por causa dos “dois tempos do despacho”, horas que entretanto se tornaram letivas? Ou estou a ver mal?
E os sindicatos, cadê? Já estão a banhos?!
Sim, já sei! Os sindicatos têm a força que os professores lhes derem, se quero que a atividade(?) sindical mude, porque é que não me inscrevo num e apresento uma lista com um projeto, providência cautelar, and so on… Não se cansem!
O que eu sei, mesmo, é que nos reduziram o ordenado, congelaram-nos a carreira e submergem-nos em mais trabalho a cada ano que passa.
Junho 28, 2012 at 7:09 pm
#29,
Três tempos só em escolas afortunadas… só me aconteceu uma vez… a regra comum era de dois… agora pode(m) ser um ou dois.
Essa dos 37 tempos era mesmo em casos de parvoíce delirante…
Junho 28, 2012 at 7:18 pm
Paulo, eram dois tempos de DT e um para Formação Cívica. Exprimi-me mal. O que é certo era que em vários grupos disciplinares era uma turma a menos.
Facto-facto-facto é que desde abril? maio? de 2008 tem sido sempre a perder, inexoravelmente, e nos limitamos e deixar acontecer!
Junho 28, 2012 at 7:22 pm
#31,
Pois… mas com a FC em alguns pontos até seriam 4, nesse caso…
Junho 28, 2012 at 7:24 pm
#29
“DTurma, vai ser contemplada” – vírgula intrometida!
Junho 28, 2012 at 7:30 pm
Segundo me foi dito, os Diretores podem juntar os minutos sobrantes dos horários dos professores e aplicarem-nos onde entenderem.
A minha escola decidiu manter os 45/90 minutos. Eu passo a ter 24 tempos de 45 min. e “fico a dever” 20 min. Portanto, os tempos de TOA passam a letivos.
Só não sei o que acontecerá a uma série de estruturas e projectos que se iam aguentando com o recurso a esses tempos.
Junho 28, 2012 at 7:58 pm
#34
Só não sei o que acontecerá a uma série de estruturas e projectos que se iam aguentando com o recurso a esses tempos.
E isso interessa para este governo? Até o queridinho PTE entrou em estado de coma e não há horas para ele (OK, houve para aí uns boatos a dizer que se ia arranjar qualquer coisa mas parece que se terá tratado de um lapso). Vamos lá ver se nos entendemos: para esta gentalha a escola é para as aulas. Ponto! Que se f**a o resto!
Junho 28, 2012 at 8:17 pm
#24
“as aulas de 50 minutos existiam ate terem achado que no Secundário 90 fazia mais sentido”
Nunca ouvi tal argumento, nem sei o que quer dizer “fazer mais sentido”, relativamente ao tempo de aulas. As razões para os 90min já foram aqui expressas (45 nunca ninguém defendeu), e embora nunca tivessem sido explicitados prenderam-se com o facto de assim ser possível mais um tempo no horário e portanto mais disciplinas, numa altura que elas cresciam como cogumelos. Razões? Clientelismo, lobbysmo ou qualquer outra coisa parecida. Repito que os tempos de 90 min foram considerados como um martírio para os professores das aulas teóricas e insuficientes para as aulas práticas ou experimentais (que eram anteriormente de 110 min, uma vez que não previam intervalo).
Para os alunos, atendendo aos seus “interesses” os 45 min é capaz de ser o melhor: muitas aulas serão do tipo “vai ser tão bom…não foi?” (5 min de toterância,10 para eles se calarem, 5 para a chamada, 5 para o sumário, 5 para arrumar e o resto para a “motivação”…).
Junho 28, 2012 at 8:33 pm
#36,
Está desculpada a falta de atenção ao que se passou.
Muita gente esteve distraída em muitos momentos.
http://educar.no.sapo.pt/abc1.htm
Junho 28, 2012 at 8:34 pm
Quantos às substituições, tenho a ideia que não faltarão professores com insuficiência de tempos lectivos ou mesmo “horário-zero”.
Diferença entre aulas de 45/90 e de 50 minutos?
Exemplo:
5.º ano – 1350 minutos.(sem Religião), quivalente a 27 tempos de 50 ou a 30 de 45.
Relação turma/professor:
27 tempos de 50: 27:22 = 1.23
30 tempos de 45: 30:24 = 1.25
É pouca a diferença, mas nalguns grupos disciplinares faz diferença.
Junho 28, 2012 at 10:11 pm
Não percebo como se pode optar pelos 45/90. E o acerto dos horários dos docentes entre 1000 e 1100 minutos em Matemática e LP do 3. Ciclo com 5 tempos cada? 4turmas são 20 tempos, 900 minutos. 5 são 25 tempos, 1125 minutos. Dão-se 4turmas + DTs? Não vêem que o Despacho Normativo esta feito para 50 minutos?
Junho 28, 2012 at 10:18 pm
#26, 28
Não quero fulanizar esta coisa da permeabelidade entre ciclos, entre disciplinas e entre grupos disciplinares. Certamente que há porfessores que seriam igualmente competentes fazendo muita coisa diversa. O ponto não é esse e vai muito para além desses casos pessoais. Em primeiro lugar há uma lógica para existirem grupos de recrutamento e com esta permeabildade isso parece não ter importância nenhuma. Se o que me dizem faz sentido então em coerência também têm de defender a substituição dos grupos de recrutamento por um outro método qualquer que possibilite que se possa dar aulas a todas as disciplinas que a formação base o permita. Em segundo lugar convém perceber que os critérios para definir se um professor pode dar uma ou outra disciplina são critérios completamente subjetivos (basta uma declaração de idonidade do diretor) e nada nos garante que a tal formação base seja suficiente para garantir uma preparação científica miníma quanto mais adequada. Em terceiro lugar estamos a falr, na grande maioria dos casos, em professores que têm formações longe do ensino (engenharia, economia e coisas assim) e que noutros tempos conseguiram fazer uma profissionalização em serviço que os associou bem ou mal a um grupo de recrutamento. O que acontece agora é que por não terem uma formação específica podem dar tudo ou qualquer coisa apenas pelo facto de terem uma engenharia que além de umas disciplinas de matemática, tem umas de fisica, quimica, biologia e mais que fosse preciso, Em último lugar é muito estranho que se ache natural que um professor que desde sempre esteve a dar um conjunto de disciplinas do seu grupo de recrutamento, agora, de um momento para outro, e por motivos nada pedagógicos possa dar disciplinas que pouco têm a ver com ele e com a formação que foi adquirindo ao longo dos anos e, ao mesmo tempo, se exija provas de ingresso a licenciados que se formam e preparam especificamente para lecionar determinadas disciplinas.
Mas tudo bem, se acham que isto é muito bom para o sistema, bola p’ra frente… Aliás até sugiro que se faça uma licenciatura que permita dar aulas a todas as disciplinas!
Junho 28, 2012 at 10:20 pm
#39
E os 45 minutos de EMRC? Como é que se dividem os 270 de Ciências Físicas e Naturais por 50? A maralha do MEC anda à deriva e a mão direita não sabe por onde andou a esquerda. É um monstro bicéfalo numa loja de porcelana.
Junho 28, 2012 at 10:30 pm
#40
Aliás até sugiro que se faça uma licenciatura que permita dar aulas a todas as disciplinas!
Estamos quase. Estamos quase. E agora vamos por partes: o que eu chamei à atenção é que esta hipótese que está a deixar toda a gente em transe já existia antes – na minha escola há anos que há gente do 2º ciclo a dar aulas a turmas do 3º e também já tivemos o contrário. Se é bom para todos os grupos? Bem, não sei, mas alguém deu habilitações científicas aos professores. Fulanizando: na minha escola, no meu grupo, há professores com habilitação científica para 2º, 3º e secundário e outros (os que fizeram a licenciatura com o estágio integrado) com habilitação só para o 2º ciclo.
Junho 28, 2012 at 10:36 pm
#40
Quanto aos grupos de recrutamento, o (des)governo justifica-o de uma forma simples (à boa maneira do economês, bem mais perigoso do que o eduquês): Gestão de Recursos (aliás acho que já ouvi alguém chamar isto a estas trocas).
Junho 28, 2012 at 11:03 pm
Na minha está tudo no segredo dos deuses .Eu gostava muito de saber o que vai acontecer…..mas nada !!!
Junho 28, 2012 at 11:40 pm
#40
O único critério só pode ser a competência (aqui este conceito faz todo o sentido). E essa competência só pode ser avaliada na acção. Não pelos diplomas. Afinal o que é que defende? Bom é como era dantes?
Junho 28, 2012 at 11:43 pm
#37
Não percebi. Eu pedi desculpa?
Junho 28, 2012 at 11:52 pm
Afinal qual é a duração da Oferta Complementar no 5.º e no 6.º ano? Quem me sabe explicar?
Junho 28, 2012 at 11:55 pm
Alguém aí em cima falou da componente de trabalho individual. Parece que ninguém liga a esta coisa de somenos importância, de ter 10 ou 11 horitas para tratar dumas coisas da escola.
Eu acho que ficou mesmo esquecida. E será uma bomba. Daquelas!
Junho 28, 2012 at 11:56 pm
#45
O que defendo é que os critérios, para reconhecer que um professor tem habilitações adequadas a leccionar uma disciplina de outro gruppo de recrutamento, sejam transparentes e iguais em todo o lado. Depois que essas alterações de grupo de recrutamento e façam por iniciativa do próprio professor em sede de concurso.
Junho 28, 2012 at 11:56 pm
*se
Junho 29, 2012 at 12:08 am
#49
As habilitações académicas são fundamentais. Mas hoje em dia, e desde há muito, que nenhuma empresa admite um colaborador com base no diploma ou na nota de curso. Só o Estado (a que isto chegou) é que fazia (e ainda faz?) isso. Qualquer chafarica que pretenda recrutar uma recepcionista, por exemplo, além de um diploma académico não o faz sem o resultado de um exame psicotécnico feito por uma empresa especializada e sem os responsáveis fazerem uma entrevista aos pretendentes ao lugar..
Junho 29, 2012 at 12:08 am
Pois . Só estou no 2.º ciclo, porque quando resolvi fazer a universidade aberta ( as mesmas disciplinas para todos os ciclos) estava a dar aulas ao 2.º ciclo. A minha hab .científica dava para todos os ciclos.Agora não me peçam para ir dai Inglês ao sec ,porque já pouco mais sei que o nível elementar. Não me importava nada de fazer formação nesta área ,mas que esta fosse paga por alguém que não eu.
Junho 29, 2012 at 12:08 am
#46,
Não, eu antecipei-me.
😉
Junho 29, 2012 at 12:18 am
#51
É capaz de ter razão. Se há uma prova de ingresso para licenciados em cursos de ensino que querem candidatar-se a serem professores mais sentido faria sujeitar os professores que pretendam mudar de grupo de recrutamento.
Junho 29, 2012 at 12:22 am
#53
E acertou?
Junho 29, 2012 at 12:23 am
#54
Há? Ou vai haver? São coisa diferentes. E ainda não sabemos os contornos…
Junho 29, 2012 at 2:15 am
“Já arrancaram as tarefas destinadas a preparar o próximo ano lectivo.”
Na minha escola estão a decorrer as matrículas do ensino regular. Para já é só (além da decisão do Pedagógico de manter tempos de 45 minutos, preferencialmente colados em blocos de 90).
A opção por tempos de 45 minutos, no nosso caso, parece ter sido meramente política. Consta (carece de confirmação) que vão marcar 24 tempos lectivos (em vez dos actuais 22) para aumentar o número de horários zero, já previsivelmente elevados se se confirmar o fecho do CNO. A política do quanto pior, melhor.
“Qual o destino das aulas de substituição?”
Na minha escola nunca existiram. Em teoria estávamos a aplicar o que o novo Despacho prevê: 1.ª prioridade para as trocas de aula, no Conselho de Turma; 2.ª prioridade, a troca por outro professor que leccione a mesma disciplina; 3.ª prioridade a substituição por um professor da bolsa de substitutos (bolsa que nunca existiu porque a direcção alega que não há horas da componente de estabelecimento para isso). Praticamos uma 4.ª prioridade, a reposição da aula em horário a combinar entre o professor faltoso e a turma.
Junho 29, 2012 at 3:03 am
#14
“com aulas de 45 m, um horário de 22 h passa a ser de 24 h?”
É a interpretação que a minha escola (entenda-se direcção e CP) faz. Não me parece correcta (22 tempos lectivos de 50 minutos ou 22 tempos lectivos de 45 minutos mais dois tempos supervenientes).
“Cada professor pode ter no horário da componente lectiva 2 h para apoio?”
Pode, mas só se não houver mais componente lectiva (nas disciplinas para as quais tem habilitações) para distribuir.
#20
“ps- 5 min faz uma diferença do ca….. para os alunos!!!!!”
A discussão é entre 50 minutos ou 90 minutos (porque os tempos de 45 minutos raramente aparecem isolados e nunca têm intervalo entre eles).
#38
As contas não são assim tão simples. Os tempos de 45 minutos (com 24 tempos lectivos) roubam alguns horários (a nível nacional) poucos, é certo, mas roubam.
Vou-te dar dois exemplos com a minha disciplina (mas o mesmo se passa com muitas outras): escola só com Básico (3.º Ciclo) – FQ tem 3 tempos semanais no horário dos miúdos, 4 tempos (devido ao desdobramento) no horário dos professores. Com 24 tempos lectivos (45 min) cada professor tem 6 turmas e com 22 tempos lectivos (50 min) cada professor tem 5 turmas, neste caso sobra uma turma para outro horário (4 tempos);
Escola com Básico e Secundário – FQ tem 7 tempos no Secundário, no horário dos alunos, 10 tempos no horário do professor. Com 24 tempos lectivos (45 min) cada professor tem 2 turmas de Secundário e uma de Básico) e com 22 tempos (de 50 min) tem apenas duas turmas de Secundário sobrando 4 tempos para outro horário.
#41
“Como é que se dividem os 270 de Ciências Físicas e Naturais por 50?”
Na opção por tempos lectivos de 50 minutos as Ciências Físicas e Naturais passam a ter 300 minutos semanais.
#47
“Afinal qual é a duração da Oferta Complementar no 5.º e no 6.º ano? Quem me sabe explicar?”
É a que sobrar da diferença entre 1350 (tempo máximo a cumprir) e a soma dos tempos das áreas disciplinares, arredondada por defeito para 45 ou 50 minutos, conforme a duração do tempo lectivo estabelecida pela escola.
#48
“Alguém aí em cima falou da componente de trabalho individual. Parece que ninguém liga a esta coisa de somenos importância, de ter 10 ou 11 horitas para tratar dumas coisas da escola.
Eu acho que ficou mesmo esquecida. E será uma bomba. Daquelas!”
Está (subentendida) no Despacho, depende de cada escola. Os tempos de trabalho na escola são os lectivos (22 ou 24?) mais, no máximo 3. Os outros são para trabalho individual.
Junho 29, 2012 at 11:23 am
João Narciso adapte-se ao mundo, pois dá a entender pelo que escreve que se considera inabilitado para lecionar em mais do que um ciclo.
Onde “estudou” tinham os cursos organizados em turmas onde ministravam conteúdos diferentes?
Pelos receios que apresenta frequentou o nível mais elementar….
Frequentou uma universidade?
Se sim, não percebeu que um curso superior fornece ferramentas que permitem flexibilidade e capacidade de adaptação a novas situações.
Entendo a sua preocupação, pois um individuo que reconhece a sua falta de adaptabilidade, no mundo empresarial encontraria as portas fechadas.
Junho 29, 2012 at 1:41 pm
O Sr João Narciso tem de ter cuidado com os professores que fizerem uma licenciatura nos próximos anos, pois qualquer dia o Sr João Narciso fica incluído nos que fizeram uma licenciatura há 15, 20 ou 30 anos (o tempo corre depressa…) e os mais novos vão invocar esse argumento para demonstrarem a sua incapacidade de se actualizar e de se adaptar a novas situações,tal como agora o senhor se refere aos “velhos”.
Provavelmente o sr João Narciso terá de fazer um exame que valide a sua competência como professor e assim ter o direito de ensinar com dignidade na escola pública.
Junho 29, 2012 at 3:33 pm
O João Narciso quer dizer que na sua escola há professores de Ciências (licenciados em Biologia ou Geologia) a ensinar Matemática ao 3º ciclo? Nunca vi uma coisa dessas! Veja lá se isso é mesmo verdade ou se está a confundir as habilitações científicas dos colegas. É que eu já vi professores do quadro do 2º ciclo a leccionarem 3º ciclo,mas não era assim. Eram licenciados em engenharia ou economia a leccionarem Matemática 3º ciclo e e licenciados em biologia ou geologia do quadro do 2º ciclo e leccionarem ciências do 3º ciclo. Isto é completamente diferente do que é dado a entender no seu comentário. Verifique por favor o que escreveu, porque pode-se depreender que na sua escola todos os professores leccionam todas as disciplinas, o que seria estranho e poria em causa a actuação da direcção da sua escola.
Ou será que o João Narciso quer simplesmente combater os seus colegas mais velhos, os tais que se formaram há 30 anos, porque acha que eles devem ir para o lixo? Que não sabem leccionar 3º ciclo? Tome cuidado, que qualquer dia também é velho …
Junho 29, 2012 at 3:43 pm
Deverei concluir pelos seus comentários que o João Narciso não está preparado para leccionar novos programas se por acaso eles mudarem dentro de alguns anos? É que pela maneira como comenta, parece-me que considera que após uma licenciatura se fica encerrado em conhecimentos que não evoluem e que não se obtiveram ferramentas que nos permitam adaptar a novas situações…Talvez seja boa ideia começar a fazer outra licenciatura para se manter capaz e reciclado.
Junho 29, 2012 at 5:57 pm
Enfarte do miocárdio.
Numa esplanada de praia da Costa de Caparica o João Narciso comtempla o mar e as brincadeiras agitadas das crianças.
De repente, mergulha num sentimento profundo, a saudade. Esta em parcos minutos transforma-se em agitação e sem saber como sente uma dor profunda e grita Ai! Ai!
Numa das mesas da esplanada, por sorte, encontram-se três individuos que apressadamente se dirigem ao João Narciso.
– Somos médicos, vamos ajudar, está a fazer um enfarte.
– Calma! qual é a vossa especialidade?
– Eu sou ortopedista, o meu colega Miguel é cardiologista e o Pedro é psiquiatra.
O João Narciso dirige o olhar para o Miguel e atribui-lhe aproximadamente uns 50 anos de idade e questiona-o:
– Tem muitas situações identicas a esta?
O cardiologista estranhou, mas simpaticamente afirmou:
– Não, só trabalho no meu consultório, urgências é com o INEM e com o hospital.
Desesperado o Narciso grita:
– Vou morrer! Vou morrer! este “gajo” não faz um exame à 30 anos.
Os médicos entreolharam-se, afastaram-se e o Pedro afirmou:
– O problema não é físico…
E assim feneceu o viçoso narciso na praia da Caparica.
Junho 29, 2012 at 10:54 pm
# 59, 60, 61, 62, 63
Meu(s) caro(s), se quiser entabular algum tipo de discussão comigo faça o favor de trazer argumentos e/ou discutir os que aponto em #40, por exemplo. Deixe-se de comentários parvos que não me conhece de lado nenhum.
Junho 29, 2012 at 11:03 pm
#61
Onde é que dei a entender que “há professores de Ciências (licenciados em Biologia ou Geologia) a ensinar Matemática ao 3º ciclo” na minha escola (por acaso julgo que não há… apesar de já ter havido (mas não sei em que condições)).
Quanto ao resto não confunda o sentido das coisas e entenda o que quero dizer. Não me vou repetir por isso releia #40.
Junho 30, 2012 at 12:43 am
Sr João Narciso recordo-o que escreveu o seguinte:
“Sim, porque se isto está acontecer na minha escola, julgo que é o que vai acontecer por todas as escolas: Professores de educação tecnológica a dar matemática (por terem um curso de engenharia tirado há 30 anos atrás), professores de português a dar história e vice-versa, professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º, e.t.c.
Junho 30, 2012 at 12:47 am
O João Narciso escreveu em #8 :
Sim, porque se isto está acontecer na minha escola, julgo que é o que vai acontecer por todas as escolas: Professores de educação tecnológica a dar matemática (por terem um curso de engenharia tirado há 30 anos atrás), professores de português a dar história e vice-versa, professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º, e.t.c.
não foi isto que escreveu?
Junho 30, 2012 at 12:50 am
Não percebo como é que estão vivos estes geadas aparecidos profes – nem respiram.
Nem se dão ao ritmo! Um gajo tenta ler e aquilo não está lá! Sacraste!!
Junho 30, 2012 at 1:02 am
O jovem João Narciso já nem se lembra do que escreveu? tss tss tss….cuidado com isso, pode acabar por não perceber o sentido das coisas que escreve!!!
Junho 30, 2012 at 1:05 am
#68 Fafe
A quem se refere? 🙂
Junho 30, 2012 at 1:13 am
Aos idiotas, soa-me evidente.
Desenho: percebe-se – mas está errado.
Junho 30, 2012 at 1:19 am
ehehehehe
Junho 30, 2012 at 1:43 am
O sentido das coisas é óbvio: eu quero que o lugar seja meu e de mais ninguém.Quero que os outros saiam porque eu sou o bom.Detesto todos os que lá entraram antes de mim,porque são ignorantes e vão condenar o ensino e ainda por cima ganham o dobro.E trabalham metade.Eu sei tudo. Eu sou bom. Ponto final. E não admito réplica.Ponto.
Junho 30, 2012 at 9:45 am
#66, 67
Não tenho muito jeito em explicar por desenhos, por isso veja se entende (nem que seja os tempos verbais!) por que tenho mais do que fazer:
A Maria pergunta em #61:
“O João Narciso quer dizer que na sua escola há professores de Ciências (licenciados em Biologia ou Geologia) a ensinar Matemática ao 3º ciclo? ”
e a minha resposta em #65 foi:
“Onde é que dei a entender que “há professores de Ciências (licenciados em Biologia ou Geologia) a ensinar Matemática ao 3º ciclo” na minha escola (por acaso julgo que não há… apesar de já ter havido (mas não sei em que condições))?”
Diz a Maria e a Joana em #66 e #67 que eu escrevi o seguinte em #8:
“Sim. porque se isto está acontecer [a tal permeabilidade] na minha escola, julgo que é o que vai acontecer por todas as escolas: Professores de educação tecnológica a dar matemática (por terem um curso de engenharia tirado há 30 anos atrás), professores de português a dar história e vice-versa, professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º, e.t.c.”
Muito bem, qual foi a parte que não percebeu?
1. Continua a achar que eu disse que havia alguém na minha escola de ciências do 2º ciclo a dar matemática do 3º ciclo?
2. O que entende por “é o que vai acontecer em todos as escolas:”?
3. Disse e repito: que eu saiba não há na minha escola professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º. Por acaso sei que já houve essa situação (de um prof de biologia do 2º ciclo a dar matemátoca do 3º ciclo). E mais, há actualmente professores do 2º cicclo do grupo matemática/ciências a dar matemática do 3º ciclo.
4. O que escrevi em #8 é que com a permeabilidade de que toda a gente anda a falar às escondidas na minha escola (e que acredito que seja genetraliado pelas outras) é que iremos assistir a uma massificação de profs a dar disciplinas fora do seu grupo de recrutamento e teremos Professores de educação tecnológica a dar matemática (por terem um curso de engenharia tirado há 30 anos atrás), professores de português a dar história e vice-versa, professores de ciências do 2º ciclo a dar Matemática no 3º, e.t.c.”
5. Por favor deixem de discutir a minha pessoa, que pouco importa,e voltem-se para os argumentos.
Junho 30, 2012 at 10:13 am
#74
Bom, o ponto 4 mostra algum desconhecimento da situação. Há efectivamente professores de História a dar Português, são os professores do grupo 200 a quem o Ministério da Educação deu habilitação profissional para darem Português ao 2º Ciclo (alguns destes professores até fizeram estágio na Universidade Aberta com as mesmas disciplinas dos professores de História do 3º Ciclo e de Português também do 3º Ciclo). Não é de agora, não é invenção do Crato – já dou aulas há quase 30 anos e sempre me lembro disto. Não conheço ninguém de Português (estou a falar dos grupos 210, 220 ou 300) a dar HGP ou História. E há também pessoas do grupo 200, licenciados em História (não na vertente de ensino da História) a dar História ao 3º Ciclo. Já soube de casos, esporádicos de pessoas do grupo 200 a quem foram atribuídas turmas de Português do 3º Ciclo mas isso nunca foi legal (havia uns livrinhos com as habilitações para a docência mas não consegui encontrar nenhum).
Há, efectivamente, professores de Ciências (grupo 230 – Matemática e Ciências), licenciados em Matemática, logo com habilitação científica, a dar Matemática no 3º Ciclo (mais uma vez a situação não é nova). Não me lembro de ter lido que agora era tudo ao molho e muita fé em Deus, apesar da cena da idoneidade que poderá gerar confusão.
Quanto aos grupos de recrutamento, pelo andar da carruagem, só não terão acabado ainda porque o Crato não terá conseguido arranjar uma forma de recrutar o pessoal e o organizar.
Junho 30, 2012 at 12:13 pm
Provavelmente um dos aspectos que está em causa é a própria definição de grupos de recrutamento,o que eventualmente poderá condicionar a gestão de recursos. Por que razão um professor licenciado em “românicas” que por acaso se profissionalizou no 2º ciclo não poderia leccionar 3º ciclo ou secundário? e o mesmo se passa com um engenheiro (para usar um exemplo dado em #8) que tenha vindo a leccionar EVT ou ET – qual é o problema de ele vir a leccionar Matemática no 3º ciclo? Creio que ninguém pretende colocar um professor de Português a leccionar Educação Física ou Matemática, a não ser que essa pessoa tenha duas ou três licenciaturas.
Devemos ser claros nas nossas críticas e não atirarmos coisas para o ar, assim mais ou menos cinzentas e nebulosas, que só lança a confusão.
Junho 30, 2012 at 2:01 pm
Na minha escola até se fala às claras !