Acho curioso que o Governo queira forçar a mobilidade dos funcionários sem apresentar claramente os alegados défices e excessos de pessoal por unidade orgânica.
Esta formulação é vaga e mistificadora porque, que eu saiba, sempre houve a possibilidade dos serviços requisitarem funcionários de outros serviços. Muito menos quando isso acontece em concelhos limítrofes ou bastante próximos. Se não é suficiente, seria interessante perceber em que serviços isso acontece.
Não adianta estar a inventar uma necessidade, teoricamente sempre possível, se não existem casos suficientes que a justifiquem.
Será que se justifica a perda de direitos laborais por uma necessidade residual que possa afectar, assim por alto, menos de1% dos postos na Função Pública.
Pela manha, na M80, Camilo Lourenço já se rebolava de felicidade com o anúncio da medida, com aquela argumentação patusca de, na FP, não se poder despedir ninguém. Mas o essencial está mesmo aqui: a mobilidade geográfica para suprir alegadas carências de putativos serviços não é um fim em si, mas apenas uma forma de certas chefias definirem excessos e empurrarem funcionários desagradáveis (por esta ou aquela razão, por vezes até legítimas) para fora da sua área de acção e, em caso de recusa, avançarem para algo mais do que a mobilidade.
Por isso mesmo, em vez de se criar um alçapão legislativo, depois de tanta conversa em torno do PREMAC, a atitude correcta seria a da apresentação de um diagnóstico concreto dos excessos e das necessidades e das medidas de incentivo à sua resolução. Porque quem diz que um funcionário alegadamente excedente em Almocreves de Baixo corresponde às necessidades de um funcionário alegadamente em falta na Farfalhosa da Ervideira?
Fevereiro 15, 2012 at 11:03 am
para mim o Algarve, fachavor…ou até a Madeira que o alberto joão não me há-de comer (salvo seja) e está lá mais quentinho…;)
Fevereiro 15, 2012 at 11:19 am
A experiência está feita e a lição aprendida pelos gestores
económicosda morte:http://www.mali-ntic.org/index.php?option=com_content&view=article&id=492
Fevereiro 15, 2012 at 11:24 am
Esse Camelo Lourenço é uma besta ultraliberal até a alma vende se necessário.
Fevereiro 15, 2012 at 12:27 pm
É nestes momentos que eu dou graças a Deus por ser sozinha e, portanto, se necessário, fazer a mala e ir …! Os partidos de direita (eu sou de direita) que tanto enchem a boca para falar da família e da vida e etc. e depois fazem tábua rasa de tudo isso. A economia primeiro, depois os zombies, vulgo pessoas.
Fevereiro 15, 2012 at 1:42 pm
#0
Pedir estudos a estes tipos é areia demais para as suas camionetas de formados/estudiosos/governantes de trazer por casa.
Como de costume, a uniaca coisa que sabem é atamancar (e mal) leis ao desbarato, sem as saberem regulamnetar e indiferentes às suas consequências.
#4
Sim, estas medidas, entre outras coisas, podem destruir famílias.
Estão a dar cabo de Portugal e dos valores portugueses a alta velocidade. Tomara que quem se estampe sejam apenas eles. Mas infelizmente, pessoas que agem assim, são as que têm sempre as tais almofadinhas, empurrando os outros à sua frente para o abismo.
Fevereiro 15, 2012 at 1:52 pm
Falou em vontade do trabalhador?
Ó homem, não seja antiquado.
Mobilidade não exige autorização do trabalhador
Fevereiro 15, 2012 at 7:27 pm
isto é para os medicos irem para as terreolas..foi feito a pensar neles…ihihihih
Fevereiro 15, 2012 at 10:55 pm
Mais uma “reforma” feita de “achismos”. Eles acham que há gente a mais em todo o lado (não sabem onde…) e que têm de ser transferidos (também não sabem para onde…) custe o que custar!Nem que os funcionários tenham de trincar a língua! Este processo é igual ao das freguesias (é preciso cortar…porque sim!) sem se saber que o território que estas ocupam! Esta reforma do território devia ser acompanhada pela da justiça (distribuição das comarcas) e pela distribuição dos funcionários. Enfim é fazer tudo à bruta e mal feito!