E acho muito bem que muita gente vá porque é obrigada!
Isso de estarem a receber subsídios sociais: rendimentos mínimos e subsídio de desemprego, a ver a Tv cabo, as novelas e o futebol sentados no café ou em casa, em vez de irem para a escola é censurável?
Mania de julgarem tudo pela mesma medida!
Muitas pessoas não terminaram o liceu devido a uma infinidade de limitações na vida e não podemos julgar estes, pela mesma medida que se julga os malandros. É necessário ter cuidado com o que se diz em publico, especialmente com as opiniões generalizadas.
“Nunca trabalhámos para os números, mas cumprimos sempre as metas”. Pois…
“Um milhão e 500 mil portugueses quiseram voltar a estudar”.
A sério? Estudar mêmo? Um 12º ano em 4 meses e meio? Isso não é estudar, é estudar muito! Muito mesmo. Aliás, acho absolutamente desumano exigir às pessoas que façam o 12º ano em 4 meses e meio. Há muitos portugueses e portuguesas que demoraram 3 anos. No mínimo. E, como se fazer o 12º ano em 4 meses e meio (incrível isto: quatro meses e meio) já não fosse uma tarefa hercúlea, ainda temos de levar em consideração que estas pessoas trabalham durante o dia (vá “prontos” algumas estão desempregadas e vão empurradas para manterem o subsídio, mas isso até é positivo, escusam de ficar deprimidas) e estão algo “enferrujadas” pelo tempo que passou desde que saíram da escola. Não me parece bem, tenho de ser sincero, acho que não lhes deviam exigir isso em tão pouco tempo, devia ser um processo bem mais suave e menos exigente. Há que respeitar as pessoas. E há que dar tempo para que todas as competências se manifestem. Quatro meses e meio é muito injusto.
Mas apesar disto devo dizer, em abono das Novas Oportunidades, que seria importante continuar-se este trabalho, esta missão histórica, ou mesmo épica se quiserem, de “qualificação” dos portugueses: creio que está na hora das Novas Oportunidades se estenderem ao ensino superior. Há muita gente, muitos portugueses e portuguesas, que tiveram mesmo de ir trabalhar, para ganhar a vida, e não puderam prosseguir os seus estudos superiores, nomeadamente o mestrado e doutoramento. Esperam agora, ansiosamente, poder regressar à Academia, nas Novas Oportunidades, pois terão certamente muita vontade de certificarem todas as suas competências. É um crime que o não possam fazer. Só espero que não tenham o azar de os/as obrigarem a fazer isso em 4 meses e meio. Com um bocado de sorte, e estudo, chegam a catedráticos/as… em seis meses vá. Sempre lhes dá um bocadinho mais de tempo para organizarem a bibliografia.
Viva as Novas Oportunidades, viva Portugal! Viva Sócrates!
P.S. Este é um comentário que se pretendeu irónico, sem qualquer intenção jocosa ou depreciativa para aqueles portugueses que efectivamente acreditaram que iam aprender alguma coisa e completar os estudos que a vida não permitiu que concluíssem. Esses mereciam mais e melhor. Só que isto não é para melhorar nada, serve apenas para fintar as estatísticas.
Cansada de aturar estes Srs. que passeiam pelo ME Says:
1# “O mesmo se pode dizer da imensa maioria dos professores que só estão no ensino, porque precisam de emprego, ora essa!
Uma frase que, sinceramente …”
Francamente a sua frase é que é bastante infeliz, digo eu enquanto professora, se somos professores queremos é ensinar e não fazer tarefas administrativas… quanto a emprego quem pode já se reformou
e foi substituido por outros que custam 1/3 ao estado de um prof com + de 30 anos de serviço…
As Novas Oportunidades são uma fraude!
Digo-o com toda a propriedade, pois leccionei cursos ligados a esse sistema, ou que funcionavam pelo menos na mesma lógica, como é o caso dos CEF e EFA.
Nessas turmas não se consegue ensinar, de facto nada, uma grande maioria dos alunos não quer aprender nada, apenas quer o certificado sem ter de estudar.
Fui praticamente obrigada a passar pessoas que não sabiam nada, nem escrever uma frase inteira, analfabetos funcionais; caso contrário, seria objecto de um inquérito e os ditos alunos teriam, por cima da minha decisão, outra oportunidade de exame.
Em última análise foi por isso que mudei de escola: por achar todos os dias que estava a pactuar com um ensino de fraude, que nada servia a não ser as estatísticas!
Para um professor que se preze e honre o seu trabalho, é absolutamente frustrante! 😦
Um governo de oportunistas tenta convencer as pessoas que com um certificado na mão terão novas oportunidades.
Continuamos a achar que esta vida se leva com base no esquema, na burla, no engano: eu finjo que estudo e que sei fazer estas coisas que saquei da net ou que pedi ao filho para fazer por mim, que a minha cabeça já não é o que era, tu finges que acreditas e reconheces, validas, certificas as competências que eu é suposto ter. Eles verificam se os objectivos foram cumpridos, elaboram as estatísticas desta coisa toda e anunciam ao país quantos já certificaram e quantos estão na calha para os tempos mais próximos.
No fim, estaremos cada vez mais qualificados e cada vez mais desempregados: esta é a verdadeira avaliação da falta de novas oportunidades num país que desvinculou da realidade e vai vivendo no faz-de-conta…
#2
O que os desempregados precisam é de trabalhar.
Mas quase ninguém o arranja através dos centros de emprego, que se converteram em repartições administrativas para controlar os desempregados.
A escola serve para estudar, aprender, não para passar o tempo enquanto não se arranja outro sítio para estar ou qualquer coisa para fazer.
Aos desempregados de longa duração, e quando os poderes públicos não têm engenho nem vontade de promover o emprego, deve dar-se pão e circo, já os Romanos o sabiam; mas para estes socratinos o circo é na escola e os palhaços devem ser os professores/formadores…
As NO estão a revelar na plenitude os objectivos políticos que presidiram à sua criação e orientação, explicando a sua importância para a estratégia socretina de hegemonização do espaço socio-ideológico e servindo como arma táctica de arremesso em período eleitoral. Senão vejamos.
Primeiro objectivo: mostrar como a prática da certificação permite alcançar o sucesso estatístico almejado por um modelo de educação gerido – em regime empresarial neotaylorista – por “objectivos”. O enorme sucesso alcançado justifica, retrospectiva e circularmente, todo o processo certificador. Com a vantagem adicional de os zecos não passarem aqui de meros “comparsas técnicos”, o papel que, no fundo, lhes é desejado e destinado… (Aqui reencontramos a inspiração do modelo ADD).
Em segundo lugar, as NO proporcionam mais um feudo para a influência ideológica do PSocretino, quer mediante um enorme aparelho administrativo e burocrático – que se justifica a si mesmo pelo sucesso alcançado… -, quer sobre uma enorme massa de desvalidos do sistema e da educação, que crêem encontrar na farsa das NO uma “nova oportunidade” (a performatividade da ideologia tem aqui a sua prova de força).
O terceiro objectivo, dada a proeminência do problema do desemprego e da precarização do trabalho, é fazer com que as NO permitam, através da sua lógica expansionista e massificante, mitigar muita da pressão sobre os centro de emprego lançando-a para cima dos CNO, que se vêem compelidos a cumprir objectivos de certificação a qualquer preço. O Valtinho Lamúrias aparece – o lugar em que foi colocado não engana… – como uma das figuras de charneira desta estratégia, assegurando a articulação entre as áreas envolvidas.
Santa paciência!
20 anos com NO??
Estão a gozar com os de 18 anos que estão no 12º e não abandonaram a Escola aos 12???
Não gozem comigo, nem com os meus filhos.
Se está desempregada e enquanto está desempregada, estou com a Maria Campos mas enquanto durar a situação e tem que fazer prova de que está interessadamente e ativamente à procura de trabalho!
E não têm que lhe dar equivalência a coisíssima nenhuma mas tão só e apenas um certificado em como fequentou por x tempo uma formação de melhoria de competências.
OK??????
dasssssssssssssssssse!!!
( até faz uma pessoa asneirar e ficar burgessona!)
Estão a gozar com os de 20 que estão na UNIV ou com esforço, pq enfim, alguns têm mm que fazer esforços suplemantares- para q são os indicadores de QI e de QE- a acabar o 12º regular?
Isto é alguma coisA???
dassse!!!
Aqui está como pelo raciocínio ingénuo de M. Campos se pode perceber a hipocrisia suprema das NO: fingir que se dota os mais desvalidos com um instrumento de ascensão social, para eles ficarem na mesma – certificar não é transformar e fazer evoluir… -, só que agradecidos ao sistema, que agora lhes pode oferecer mais do mesmo – pauperização dos direitos sociais e de trabalho – sob a máscara cínica de uma “nova oportunidade”.
A hipocrisia eleitoralista e táctica do PSocretino e a má consciência e o preconceito sob a forma de denegação fetichista do BE revelam o joguete em que se transformaram as NO e os seus beneficiários.
A questão da empregabilidade pode colocar-se em todos os sistemas, nomeadamente ao nível das universidades!
E não são desvalidos, mas cidadãos que abandodaram cedo demais a escola.
O PS e o governo deu-lhes esta possibilidade de voltar à escola. A oposição não deu solução, nem tem solução, mas tem o lápis cheio de inveja e despeito!
E dirão que não se aprende nada nas NO! Então que estão a fazer lá os professores? São incompetentes?
Os cursos de adultos realizados há anos também eram uma porcaria?
Santa paciência que temos uma oposição irresponsável e ciumenta!
O Maria Campos não há meio de fazer o trabalho de casa. Continua a achar que ir à escola certificar competências é o mesmo que estudar.
Eles não estudam. Apresentam um trabalho que pode nem ter sido feito por eles, vão a uma espécie de sessões de terapia de grupo e a uma pseudo-avaliação de um júri e no fim recebem um certificado. Next!!!
O PSD mandou retirar o Catroga, despareceu o Carrapatoso e calou-se o Relvas!
Descobriram agora as NO, como meio de ultrapassar os problemas do país e assim discute-se mais uma “pintelhice” do Catroga!
Melhore-se as NO, verifique-se se o que lá se passa ou não está a ter qualidade, e já agora todos os sistemas, desde o pré ao, principalmente, universitário, mestrados incluídos.
Mas o PSD não quer isso pois iria incomodar muita gente ! Atiraram-se aos lado mais fraco como lobos!
As escolas sempre estiveram abertas aos que as abandonaram cedo, para que regressassem e completassem os estudos. Nunca aqui critiquei os sistemas de ensino nocturno que existiam antes desta bandalheira socratina, nomeadamente o recorrente por unidades capitalizáveis.
Claro que esses sistemas tentavam fazer equivaler as aprendizagens essenciais às que se obtinham no ensino regular, daí um grau de exigência que afastava os “corajosos” agora elogiados pelo primeiro-socratino.
O sistema NO não tem nada a ver com isso, trata apenas de certificar a ignorância. O outro não o pode dizer, pois perde votos, mas dizemos nós que somos professores e sabemos a fraude que esta coisa representa.
Este maria campos, nos comentários mais acima, revela o preconceito de certa esquerda para a qual os conhecimentos e o sucesso escolar obtidos com mérito e esforço são de direita, coisa de previlegiados, “copinhos de leite”, filhos da burguesia.
A ignorância aliada à espertice são de esquerda e devem ser reconhecidas com um certificado rápido, nem que seja passado a um domingo.
A fraude é outra, é a oportunidade de emprego
19 de Agosto de 2010
Conta-se no Ionline que existem fraudes nos processos RVCC, ditos de Novas Oportunidades.
A D. Filipa Martins, que escreve na referida publicação descobriu a pólvora:
Quatrocentos euros.
Valor pedido por Paula Duarte, num curto contacto telefónico, por um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem que dará acesso ao 12.o ano. “Mas tudo é negociável”, garante ao jornalista do i – que se identificou como possível comprador – e acrescenta, “no ano passado, pedia 500 euros, mas agora com a crise…”. Paula Duarte, à semelhança de várias dezenas de pessoas, pôs na internet um anúncio de venda de portefólios para as Novas Oportunidades.
Vamos por partes: a pólvora também não foi invenção minha, mas bastava ter lido este texto sobre as fraudes mais comuns nos processos de RVCC, aqui publicado em Julho do ano passado, e já faziam os foguetes.
Há contudo uma pequena novidade, na peça do I: a de que a ANQ teria dado uma orientação no sentido de se ter cuidado nos CNO’s (Centros Novas Oportunidades) com os plágios e afins. Trabalhei durante 3 longos, custosos e penosos anos na nobre missão de certificar analfabetos funcionais (e não só, convenhamos) com o 12º ano de escolaridade, e nunca ouvi falar de tal nota. Claro que em formação todos os membros das equipas pedagógicas aprendem que o copy/past só certifica a competência de seleccionar informação, e nem sempre, mas isso é de senso comum.
O problema não está aí. As fraudes só passam porque as equipas deixam. E as equipas deixam porque têm metas para cumprir, pairando sempre sobre a sua cabeça a ameaça de encerramento do CNO. Estamos a falar de pessoal maioritariamente contratado (agora menos a recibo verde, é certo) ou sem componente lectiva na escola onde está colocado, e do ou cumpres ou ficas desempregado.
“O mesmo se pode dizer da imensa maioria dos professores que só estão no ensino, porque precisam de emprego, ora essa!”
Ora essa: Importa-se de dar exemplos concretos e verificáveis de quem, não podendo viver de rendimentos ou de alguém ou algo que os sustente, trabalhem em qualquer área sem precisarem do emprego ???
Só a falta de senso leva alguém a fazer o elogio do ensino subjacente às Novas Oportunidades.
O 25 de Abril veio homogeneizar o sistema de ensino público português. Aí sim, cometeu-se um primeiro acto criminoso contra a escola pública, que funcionou mal, de modo desastroso, mas vingou até ao presente. E não surgiu um governo de esquerda ou de direita a pôr cobro ao que fora, inicialmente, obra embalada, no preconceito dos partidos de esquerda.
Na altura, de acordo com a ideologia, os pobres tinham o direito de frequentar as mesmas escolas que acolhiam os meninos ricos. E toca a liquidar as boas e grandes Escolas Comerciais, e as Industriais que existiam em todo o país.
Assim, emergiram as Escolas Secundárias (acabou a terminologia liceu) e unificou-se o ensino como se todos os jovens fossem formatados e não existisse a heterogeneidade a vários níveis: o direito a ser respeitado quando se nasce diferente, na capacidade de aprender, nos gostos, escolhas e motivações, considerando já o período de incertezas tão característico da adolescência.
Quantos professores houve a desejarem um “olhar” dos políticos, para a Escola Pública, na época da descolonização? E de que modo se confrontaram os professores portugueses, nos anos 80, com a massificação do ensino? A maioria dos alunos abandonou a escola prematuramente porque não se adaptava ao sistema de ensino unificado. E nem a Escola, ou antes, nem a sociedade se adaptou para os integrar.
Se os políticos receberam dinheiro da EU, para a formação dos jovens (embora já toda a gente tenha esquecido os “feitos” de Torres Couto que actualmente disserta, nas televisões, qual menino isento de culpa no negócio) porque não seguiram o sistema de ensino desses países? Ensino tecnológico e profissional é qualquer coisa diferente de Novas Oportunidades.
Todavia, bem antes dos famigerados “cursos de formação”, introduziram, nos anos 90, o Ensino Recorrente, nas escolas portuguesas, onde todo o candidato, com idade superior a quinze anos, tinha oportunidade de adquirir um certificado, através da conclusão de módulos, caso decorasse (podia fazê-lo em casa, e apresentava-se na escola para realizar a prova) as folhas distribuídas pelo professor, sendo estas recomendadas no programa.
No dual system aprende-se a exercer uma profissão, e quem não consegue ser mecânico, electricista, serralheiro, etc., pode ser talhante, marceneiro, sapateiro, jardineiro…! Mas se for competente e optar por artes gráficas, designer, o portfólio serve-lhe para guardar os planos e os projectos delineados, mas que concretizou, nas aulas práticas.
Para a obtenção do certificado, o indivíduo, ou aprendente, na Europa, tem de conhecer línguas estrangeiras, a fim de comunicar e de colocar em acção as competências adquiridas. E também é necessário aprender a fazer contas, pois na verdade são a alma do negócio que não se desliga, de modo nenhum, da nossa “história de vida”.
Pois… sei de umas tantas pessoas que passam a vida a entrar e a sair de uma certa casinha branca que há para ali ( Estabelecimentos Prisional) e também estiveram num curso de NO… estou mesmo a imaginar ( e não consigo parar de rir) essses srs a escreverem as asuas aptidões e autobiografia ( ah e não me venham com essa coisa dos psicólogos a dizer que vieram de famílias disfuncionais , não , não vale a pena…) explicando como se faz para assaltar uma casa, um carro e tal… ou como é passar a vida nessa tal casa…
Maio 21, 2011 at 9:40 am
“muita gente certifica porque precisa de emprego.”
O mesmo se pode dizer da imensa maioria dos professores que só estão no ensino, porque precisam de emprego, ora essa!
Uma frase que, sinceramente …
Maio 21, 2011 at 9:42 am
E acho muito bem que muita gente vá porque é obrigada!
Isso de estarem a receber subsídios sociais: rendimentos mínimos e subsídio de desemprego, a ver a Tv cabo, as novelas e o futebol sentados no café ou em casa, em vez de irem para a escola é censurável?
Maio 21, 2011 at 10:06 am
Mania de julgarem tudo pela mesma medida!
Muitas pessoas não terminaram o liceu devido a uma infinidade de limitações na vida e não podemos julgar estes, pela mesma medida que se julga os malandros. É necessário ter cuidado com o que se diz em publico, especialmente com as opiniões generalizadas.
Maio 21, 2011 at 11:07 am
“Nunca trabalhámos para os números, mas cumprimos sempre as metas”. Pois…
“Um milhão e 500 mil portugueses quiseram voltar a estudar”.
A sério? Estudar mêmo? Um 12º ano em 4 meses e meio? Isso não é estudar, é estudar muito! Muito mesmo. Aliás, acho absolutamente desumano exigir às pessoas que façam o 12º ano em 4 meses e meio. Há muitos portugueses e portuguesas que demoraram 3 anos. No mínimo. E, como se fazer o 12º ano em 4 meses e meio (incrível isto: quatro meses e meio) já não fosse uma tarefa hercúlea, ainda temos de levar em consideração que estas pessoas trabalham durante o dia (vá “prontos” algumas estão desempregadas e vão empurradas para manterem o subsídio, mas isso até é positivo, escusam de ficar deprimidas) e estão algo “enferrujadas” pelo tempo que passou desde que saíram da escola. Não me parece bem, tenho de ser sincero, acho que não lhes deviam exigir isso em tão pouco tempo, devia ser um processo bem mais suave e menos exigente. Há que respeitar as pessoas. E há que dar tempo para que todas as competências se manifestem. Quatro meses e meio é muito injusto.
Mas apesar disto devo dizer, em abono das Novas Oportunidades, que seria importante continuar-se este trabalho, esta missão histórica, ou mesmo épica se quiserem, de “qualificação” dos portugueses: creio que está na hora das Novas Oportunidades se estenderem ao ensino superior. Há muita gente, muitos portugueses e portuguesas, que tiveram mesmo de ir trabalhar, para ganhar a vida, e não puderam prosseguir os seus estudos superiores, nomeadamente o mestrado e doutoramento. Esperam agora, ansiosamente, poder regressar à Academia, nas Novas Oportunidades, pois terão certamente muita vontade de certificarem todas as suas competências. É um crime que o não possam fazer. Só espero que não tenham o azar de os/as obrigarem a fazer isso em 4 meses e meio. Com um bocado de sorte, e estudo, chegam a catedráticos/as… em seis meses vá. Sempre lhes dá um bocadinho mais de tempo para organizarem a bibliografia.
Viva as Novas Oportunidades, viva Portugal! Viva Sócrates!
P.S. Este é um comentário que se pretendeu irónico, sem qualquer intenção jocosa ou depreciativa para aqueles portugueses que efectivamente acreditaram que iam aprender alguma coisa e completar os estudos que a vida não permitiu que concluíssem. Esses mereciam mais e melhor. Só que isto não é para melhorar nada, serve apenas para fintar as estatísticas.
Maio 21, 2011 at 12:12 pm
1# “O mesmo se pode dizer da imensa maioria dos professores que só estão no ensino, porque precisam de emprego, ora essa!
Uma frase que, sinceramente …”
Francamente a sua frase é que é bastante infeliz, digo eu enquanto professora, se somos professores queremos é ensinar e não fazer tarefas administrativas… quanto a emprego quem pode já se reformou
e foi substituido por outros que custam 1/3 ao estado de um prof com + de 30 anos de serviço…
4# Completamente de acordo.
Maio 21, 2011 at 12:17 pm
As Novas Oportunidades são uma fraude!
Digo-o com toda a propriedade, pois leccionei cursos ligados a esse sistema, ou que funcionavam pelo menos na mesma lógica, como é o caso dos CEF e EFA.
Nessas turmas não se consegue ensinar, de facto nada, uma grande maioria dos alunos não quer aprender nada, apenas quer o certificado sem ter de estudar.
Fui praticamente obrigada a passar pessoas que não sabiam nada, nem escrever uma frase inteira, analfabetos funcionais; caso contrário, seria objecto de um inquérito e os ditos alunos teriam, por cima da minha decisão, outra oportunidade de exame.
Em última análise foi por isso que mudei de escola: por achar todos os dias que estava a pactuar com um ensino de fraude, que nada servia a não ser as estatísticas!
Para um professor que se preze e honre o seu trabalho, é absolutamente frustrante! 😦
Maio 21, 2011 at 12:20 pm
Um governo de oportunistas tenta convencer as pessoas que com um certificado na mão terão novas oportunidades.
Continuamos a achar que esta vida se leva com base no esquema, na burla, no engano: eu finjo que estudo e que sei fazer estas coisas que saquei da net ou que pedi ao filho para fazer por mim, que a minha cabeça já não é o que era, tu finges que acreditas e reconheces, validas, certificas as competências que eu é suposto ter. Eles verificam se os objectivos foram cumpridos, elaboram as estatísticas desta coisa toda e anunciam ao país quantos já certificaram e quantos estão na calha para os tempos mais próximos.
No fim, estaremos cada vez mais qualificados e cada vez mais desempregados: esta é a verdadeira avaliação da falta de novas oportunidades num país que desvinculou da realidade e vai vivendo no faz-de-conta…
Maio 21, 2011 at 12:29 pm
#2
O que os desempregados precisam é de trabalhar.
Mas quase ninguém o arranja através dos centros de emprego, que se converteram em repartições administrativas para controlar os desempregados.
A escola serve para estudar, aprender, não para passar o tempo enquanto não se arranja outro sítio para estar ou qualquer coisa para fazer.
Aos desempregados de longa duração, e quando os poderes públicos não têm engenho nem vontade de promover o emprego, deve dar-se pão e circo, já os Romanos o sabiam; mas para estes socratinos o circo é na escola e os palhaços devem ser os professores/formadores…
Maio 21, 2011 at 12:39 pm
Um diploma de engenheiro para todos os portugueses e ultrapassamos a Alemanha e o Japão!…
Maio 21, 2011 at 1:08 pm
As NO estão a revelar na plenitude os objectivos políticos que presidiram à sua criação e orientação, explicando a sua importância para a estratégia socretina de hegemonização do espaço socio-ideológico e servindo como arma táctica de arremesso em período eleitoral. Senão vejamos.
Primeiro objectivo: mostrar como a prática da certificação permite alcançar o sucesso estatístico almejado por um modelo de educação gerido – em regime empresarial neotaylorista – por “objectivos”. O enorme sucesso alcançado justifica, retrospectiva e circularmente, todo o processo certificador. Com a vantagem adicional de os zecos não passarem aqui de meros “comparsas técnicos”, o papel que, no fundo, lhes é desejado e destinado… (Aqui reencontramos a inspiração do modelo ADD).
Em segundo lugar, as NO proporcionam mais um feudo para a influência ideológica do PSocretino, quer mediante um enorme aparelho administrativo e burocrático – que se justifica a si mesmo pelo sucesso alcançado… -, quer sobre uma enorme massa de desvalidos do sistema e da educação, que crêem encontrar na farsa das NO uma “nova oportunidade” (a performatividade da ideologia tem aqui a sua prova de força).
O terceiro objectivo, dada a proeminência do problema do desemprego e da precarização do trabalho, é fazer com que as NO permitam, através da sua lógica expansionista e massificante, mitigar muita da pressão sobre os centro de emprego lançando-a para cima dos CNO, que se vêem compelidos a cumprir objectivos de certificação a qualquer preço. O Valtinho Lamúrias aparece – o lugar em que foi colocado não engana… – como uma das figuras de charneira desta estratégia, assegurando a articulação entre as áreas envolvidas.
Maio 21, 2011 at 1:53 pm
Estive um ano a trabalhar nas NO. Decidi que seria o último!
Maio 21, 2011 at 3:06 pm
Atacar as NO é uma nania de meninos ricos que estudaram com apoio de explicações.
Nunca até hoje tanta gente que tinha deixado a escola teve a possibilidade de voltar a estudar.
Claro que quem teve percursos de vida facilitada não compreende isso.
Maio 21, 2011 at 3:07 pm
Santa paciência!
20 anos com NO??
Estão a gozar com os de 18 anos que estão no 12º e não abandonaram a Escola aos 12???
Não gozem comigo, nem com os meus filhos.
Se está desempregada e enquanto está desempregada, estou com a Maria Campos mas enquanto durar a situação e tem que fazer prova de que está interessadamente e ativamente à procura de trabalho!
E não têm que lhe dar equivalência a coisíssima nenhuma mas tão só e apenas um certificado em como fequentou por x tempo uma formação de melhoria de competências.
OK??????
dasssssssssssssssssse!!!
( até faz uma pessoa asneirar e ficar burgessona!)
Maio 21, 2011 at 3:08 pm
Estão a gozar com os de 20 que estão na UNIV ou com esforço, pq enfim, alguns têm mm que fazer esforços suplemantares- para q são os indicadores de QI e de QE- a acabar o 12º regular?
Isto é alguma coisA???
dassse!!!
Maio 21, 2011 at 3:14 pm
Um 20 hoje vale tanto como um 13 de 1980….
Maio 21, 2011 at 3:29 pm
#13 , 14 e 15
Ora ai está!
Esquecem que qualquer pessoa com o 4º ano do 1º ciclo e que tenha mais de 23 anos pode candidatar-se há muitos anos e entrar nas universidades?
Informem-se para saberem do que se fala!
Maio 21, 2011 at 3:33 pm
Aqui está como pelo raciocínio ingénuo de M. Campos se pode perceber a hipocrisia suprema das NO: fingir que se dota os mais desvalidos com um instrumento de ascensão social, para eles ficarem na mesma – certificar não é transformar e fazer evoluir… -, só que agradecidos ao sistema, que agora lhes pode oferecer mais do mesmo – pauperização dos direitos sociais e de trabalho – sob a máscara cínica de uma “nova oportunidade”.
A hipocrisia eleitoralista e táctica do PSocretino e a má consciência e o preconceito sob a forma de denegação fetichista do BE revelam o joguete em que se transformaram as NO e os seus beneficiários.
Maio 21, 2011 at 3:33 pm
O programa NO é um ótimo programa que permite recuperar público para a escola!
Claro que num país de invejosos há os que gostariam que os que abandonaram cedo a escola, nunca mais lá voltassem!
Certificar as aprendizagens ao longo da vida,eis outro nobre objetivo!
Os velhos de restelo usam a demagogia para baralhar!
E não me venham dizer que os professores das NO, CEF etc são incompetentes!
Maio 21, 2011 at 3:38 pm
As farpas do Farpas não passam disso.
A questão da empregabilidade pode colocar-se em todos os sistemas, nomeadamente ao nível das universidades!
E não são desvalidos, mas cidadãos que abandodaram cedo demais a escola.
O PS e o governo deu-lhes esta possibilidade de voltar à escola. A oposição não deu solução, nem tem solução, mas tem o lápis cheio de inveja e despeito!
E dirão que não se aprende nada nas NO! Então que estão a fazer lá os professores? São incompetentes?
Os cursos de adultos realizados há anos também eram uma porcaria?
Santa paciência que temos uma oposição irresponsável e ciumenta!
Maio 21, 2011 at 3:38 pm
MUITA GENTE SE ESQUECE DAS PASSAGENS ADMINISTRATIVAS EM TEMPOS IDOS…NÃO QUE EU DEFENDA AS N.O…CHIÇA…
Maio 21, 2011 at 3:39 pm
O Maria Campos não há meio de fazer o trabalho de casa. Continua a achar que ir à escola certificar competências é o mesmo que estudar.
Eles não estudam. Apresentam um trabalho que pode nem ter sido feito por eles, vão a uma espécie de sessões de terapia de grupo e a uma pseudo-avaliação de um júri e no fim recebem um certificado. Next!!!
Maio 21, 2011 at 3:43 pm
Quando os argumentos são falaciosos não há debate, apenas ruído.
Maio 21, 2011 at 3:46 pm
É uma palhaçada!
O PSD mandou retirar o Catroga, despareceu o Carrapatoso e calou-se o Relvas!
Descobriram agora as NO, como meio de ultrapassar os problemas do país e assim discute-se mais uma “pintelhice” do Catroga!
Melhore-se as NO, verifique-se se o que lá se passa ou não está a ter qualidade, e já agora todos os sistemas, desde o pré ao, principalmente, universitário, mestrados incluídos.
Mas o PSD não quer isso pois iria incomodar muita gente ! Atiraram-se aos lado mais fraco como lobos!
Maio 21, 2011 at 3:51 pm
#18, #19
Tanta demagogia!…
As escolas sempre estiveram abertas aos que as abandonaram cedo, para que regressassem e completassem os estudos. Nunca aqui critiquei os sistemas de ensino nocturno que existiam antes desta bandalheira socratina, nomeadamente o recorrente por unidades capitalizáveis.
Claro que esses sistemas tentavam fazer equivaler as aprendizagens essenciais às que se obtinham no ensino regular, daí um grau de exigência que afastava os “corajosos” agora elogiados pelo primeiro-socratino.
O sistema NO não tem nada a ver com isso, trata apenas de certificar a ignorância. O outro não o pode dizer, pois perde votos, mas dizemos nós que somos professores e sabemos a fraude que esta coisa representa.
Maio 21, 2011 at 4:13 pm
Este maria campos, nos comentários mais acima, revela o preconceito de certa esquerda para a qual os conhecimentos e o sucesso escolar obtidos com mérito e esforço são de direita, coisa de previlegiados, “copinhos de leite”, filhos da burguesia.
A ignorância aliada à espertice são de esquerda e devem ser reconhecidas com um certificado rápido, nem que seja passado a um domingo.
Maio 21, 2011 at 5:34 pm
A fraude é outra, é a oportunidade de emprego
19 de Agosto de 2010
Conta-se no Ionline que existem fraudes nos processos RVCC, ditos de Novas Oportunidades.
A D. Filipa Martins, que escreve na referida publicação descobriu a pólvora:
Quatrocentos euros.
Valor pedido por Paula Duarte, num curto contacto telefónico, por um Portefólio Reflexivo de Aprendizagem que dará acesso ao 12.o ano. “Mas tudo é negociável”, garante ao jornalista do i – que se identificou como possível comprador – e acrescenta, “no ano passado, pedia 500 euros, mas agora com a crise…”. Paula Duarte, à semelhança de várias dezenas de pessoas, pôs na internet um anúncio de venda de portefólios para as Novas Oportunidades.
Vamos por partes: a pólvora também não foi invenção minha, mas bastava ter lido este texto sobre as fraudes mais comuns nos processos de RVCC, aqui publicado em Julho do ano passado, e já faziam os foguetes.
Há contudo uma pequena novidade, na peça do I: a de que a ANQ teria dado uma orientação no sentido de se ter cuidado nos CNO’s (Centros Novas Oportunidades) com os plágios e afins. Trabalhei durante 3 longos, custosos e penosos anos na nobre missão de certificar analfabetos funcionais (e não só, convenhamos) com o 12º ano de escolaridade, e nunca ouvi falar de tal nota. Claro que em formação todos os membros das equipas pedagógicas aprendem que o copy/past só certifica a competência de seleccionar informação, e nem sempre, mas isso é de senso comum.
O problema não está aí. As fraudes só passam porque as equipas deixam. E as equipas deixam porque têm metas para cumprir, pairando sempre sobre a sua cabeça a ameaça de encerramento do CNO. Estamos a falar de pessoal maioritariamente contratado (agora menos a recibo verde, é certo) ou sem componente lectiva na escola onde está colocado, e do ou cumpres ou ficas desempregado.
A fraude é essa. O resto, em americano, são amendoins.
http://www.aventar.eu/2010/08/19/a-fraude-e-outra-e-a-oportunidade-de-emprego/
Maio 21, 2011 at 6:31 pm
“O mesmo se pode dizer da imensa maioria dos professores que só estão no ensino, porque precisam de emprego, ora essa!”
Ora essa: Importa-se de dar exemplos concretos e verificáveis de quem, não podendo viver de rendimentos ou de alguém ou algo que os sustente, trabalhem em qualquer área sem precisarem do emprego ???
Maio 21, 2011 at 7:26 pm
#19
Só a falta de senso leva alguém a fazer o elogio do ensino subjacente às Novas Oportunidades.
O 25 de Abril veio homogeneizar o sistema de ensino público português. Aí sim, cometeu-se um primeiro acto criminoso contra a escola pública, que funcionou mal, de modo desastroso, mas vingou até ao presente. E não surgiu um governo de esquerda ou de direita a pôr cobro ao que fora, inicialmente, obra embalada, no preconceito dos partidos de esquerda.
Na altura, de acordo com a ideologia, os pobres tinham o direito de frequentar as mesmas escolas que acolhiam os meninos ricos. E toca a liquidar as boas e grandes Escolas Comerciais, e as Industriais que existiam em todo o país.
Assim, emergiram as Escolas Secundárias (acabou a terminologia liceu) e unificou-se o ensino como se todos os jovens fossem formatados e não existisse a heterogeneidade a vários níveis: o direito a ser respeitado quando se nasce diferente, na capacidade de aprender, nos gostos, escolhas e motivações, considerando já o período de incertezas tão característico da adolescência.
Quantos professores houve a desejarem um “olhar” dos políticos, para a Escola Pública, na época da descolonização? E de que modo se confrontaram os professores portugueses, nos anos 80, com a massificação do ensino? A maioria dos alunos abandonou a escola prematuramente porque não se adaptava ao sistema de ensino unificado. E nem a Escola, ou antes, nem a sociedade se adaptou para os integrar.
Se os políticos receberam dinheiro da EU, para a formação dos jovens (embora já toda a gente tenha esquecido os “feitos” de Torres Couto que actualmente disserta, nas televisões, qual menino isento de culpa no negócio) porque não seguiram o sistema de ensino desses países? Ensino tecnológico e profissional é qualquer coisa diferente de Novas Oportunidades.
Todavia, bem antes dos famigerados “cursos de formação”, introduziram, nos anos 90, o Ensino Recorrente, nas escolas portuguesas, onde todo o candidato, com idade superior a quinze anos, tinha oportunidade de adquirir um certificado, através da conclusão de módulos, caso decorasse (podia fazê-lo em casa, e apresentava-se na escola para realizar a prova) as folhas distribuídas pelo professor, sendo estas recomendadas no programa.
No dual system aprende-se a exercer uma profissão, e quem não consegue ser mecânico, electricista, serralheiro, etc., pode ser talhante, marceneiro, sapateiro, jardineiro…! Mas se for competente e optar por artes gráficas, designer, o portfólio serve-lhe para guardar os planos e os projectos delineados, mas que concretizou, nas aulas práticas.
Para a obtenção do certificado, o indivíduo, ou aprendente, na Europa, tem de conhecer línguas estrangeiras, a fim de comunicar e de colocar em acção as competências adquiridas. E também é necessário aprender a fazer contas, pois na verdade são a alma do negócio que não se desliga, de modo nenhum, da nossa “história de vida”.
Maio 21, 2011 at 8:23 pm
Há aqui quem confunde NO com cursos nocturnos.
As NO certificam competências adquiridas ao longo da vida. É uma ideia boa.
Se os professores que lá trabalham são incompetentes como aqui quase dizem, ora ai está mais um argumento a favor da avaliação.
Maio 21, 2011 at 8:42 pm
M. Campos, como é notório, passa completamente ao lado do sentido da minha argumentação; acho que nem o percebeu.
E como sou fraco a fazer desenhos…
Maio 21, 2011 at 9:33 pm
Pois… sei de umas tantas pessoas que passam a vida a entrar e a sair de uma certa casinha branca que há para ali ( Estabelecimentos Prisional) e também estiveram num curso de NO… estou mesmo a imaginar ( e não consigo parar de rir) essses srs a escreverem as asuas aptidões e autobiografia ( ah e não me venham com essa coisa dos psicólogos a dizer que vieram de famílias disfuncionais , não , não vale a pena…) explicando como se faz para assaltar uma casa, um carro e tal… ou como é passar a vida nessa tal casa…
Maio 21, 2011 at 11:54 pm
«E é verdade… muita gente vai porque é obrigada… muita gente certifica porque precisa de emprego.»
As duas razões juntas explicam o enorme “sucesso” das NO.