Há a crise, o défice, a ameaça da ajuda externa e tudo isso. Há as poupanças a fazer, os cortes destinados a eliminar adiposidades nos gastos. Tudo bem.
Mas também há que estabelecer prioridades, escolher o que merece algum respeito e aquilo que se destina a tratar a pontapé.
A função de professor classificador entrou neste último território: é para tratar a pontapé. Sinais mais evidentes:
- Eliminação da remuneração pela classificação dos exames.
- Obrigatoriedade de formação em muitos casos a enormes distâncias do domicílio e do próprio local de trabalho, durante o próprio fim de semana.
- Redução das ajudas de custo em 20% para as deslocações, num contexto de aumento generalizado dos combustíveis.
- Um acordo de formação plurianual sem quaisquer direitos ou contrapartidas para os classificadores.
Isto não é forma de tratar as pessoas e profissionais a quem é entregue uma função muito importante para a vida académica dos alunos, assim como para a própria análise do desempenho do ssitema educativo.
Sendo, para mais, um acordo plurianual, não se percebe como se quer amarrar um conjunto enorme de docentes a uma função, como se de um corpo especial se tratasse, apresentando-lhes apenas deveres
Para além disso, o prazo final do vínculo é o ano de 2013/14, ou seja, teoricamente depois do período actual de colocações, o que significa que – reforço o teoricamente, cá por coisas – os docentes até poderão nesse último ano estar em escolas e agrupamentos completamente diversos dos actuais. Pode parecer pouco relevante, mas não é bem assim.
Se o documento proposto é um acordo – o que tem subjacente que as pessoas estejam de acordo – eu cá acordaria do pasmo e não acordaria. E, caso fosse sindicalizado, pediria apoio para elaborar uma proposta de novo acordo. Não sendo, faria eu próprio a contra-proposta.
Ou é um acordo, ou…
Março 17, 2011 at 7:00 pm
“Exames no ensino secundário: é o desrespeito total pelos professores!
FENPROF EXIGE ESCLARECIMENTOS URGENTES DO M.E.!
O GAVE/M.E. seleccionou os professores e, apenas esta semana, informou os seleccionados de que sexta e sábado teriam de frequentar acções de formação, em muitos casos, a centenas de quilómetros de suas casas.
Hoje mesmo enviou a esses professores, por mail, um texto de “Acordo” para, amanhã, no início das acções que se prevê para as 9 horas, seja assinado pelos professores na qualidade de segundo outorgante! Um acordo que, assinale-se, obriga os professores a integrarem uma bolsa de classificadores de exames durante 4 anos (até 2013/2014, como refere a cláusula 1).
Quando esta situação de total abuso começou a ser conhecida, a FENPROF, imediatamente, exigiu esclarecimentos à Ministra da Educação que, contudo, até este momento, se escudou no silêncio.
São muitas as dúvidas que se colocam:
•Por que motivo não se propõe que os professores frequentem acções de formação no seu distrito ou região? Há professores de Castelo Branco a deslocarem-se para Leiria, de Tavira para Lisboa e de Beja a Faro, entre outras deslocações. Qual a explicação para isto? É necessário que se esclareça!
•Pode o ME interferir na vida das pessoas, obrigando-os a deslocarem-se para fora da área da sua residência durante dois dias (por vezes três, quando as deslocações são de centenas de quilómetros), com a agravante de as informarem com menos de uma semana de antecedência? Como fazem os que têm pessoas de si dependentes, filhos ou outros, estando aqui incluídos um sábado e uma noite?
•O despacho interno do ME refere dias de compensação, nomeadamente em relação aos das acções de formação. Poderá o sábado ser compensado dessa forma? É claro que não! Terá de ser pago como serviço extraordinário prestado em dia de descanso complementar, tal como a lei estabelece.
•Poderá o ME impor a assinatura de um acordo por 4 anos? Claro que não, como não pode impor a assinatura de qualquer acordo. Um acordo é sempre um entendimento entre duas partes, o que significa que os professores também deverão poder apresentar as suas propostas. Mas o ME pretende que os professores se limitem a assinar o seu acordo!
•A cláusula nona prevê o pagamento de ajudas de custo. Será que estas cobrem todas as despesas de deslocação alimentação e estadia? Irá o ME fornecer viatura e motorista para deslocar os docentes em causa ou, pelo contrário, terão os professores de usar viatura própria, caso não exista transporte público em horário adequado?
A FENPROF tem os seus advogados a trabalhar nesta matéria e, ainda, durante o dia de hoje, procurará dar alguns esclarecimentos aos professores através do seu site e divulgará eventuais respostas do ME se, entretanto, forem recebidas.
É inadmissível este desrespeito pelos professores, visível sobretudo na forma como, em cima da hora, são informados. A FENPROF apela a que, em caso de dúvida, os professores não assinem o “acordo” sem uma opinião jurídica abalizada e alguns esclarecimentos. Por exemplo, assinando, para 4 anos, esses professores ficam ou não condicionados na sua mobilidade interna, isto é, serão impedidos de mudar de escola por destacamento ou concurso durante esse período?
A última pergunta é, obviamente, a seguinte: por que foi montado este processo de forma tão desorganizada? Quanto custa esta formação? Onde foi o ME encontrar dinheiro para promover estas acções de formação, da forma como está a fazê-lo, deslocando pessoas centenas de quilómetros? Estarão os professores a ser usados para que se obtenham verbas do POPH ou de qualquer outra fonte de fundos comunitários?
Por que razão o ME não organizou esta formação sem obrigar os docentes a tão grandes deslocações? É a pergunta que se coloca num momento em que os professores têm estado impedidos de aceder a formação contínua exactamente por, dizem do ME, falta de verba para a mesma.
É importante que tudo seja devidamente esclarecido, pois em tempo de crise e em que a ministra Isabel Alçada tanto refere a perda de 43 milhões de euros, por terem sido revogadas as alterações curriculares que pretendia impor, não é aceitável que haja despesismo deste (ou de outro) tipo.
Secretariado Nacional (17/3/2011)”
Março 17, 2011 at 7:04 pm
O GAVE é um dos expoentes da total ignnomínia que reina no ME.
Março 17, 2011 at 7:05 pm
#2
Concordo a 800%!
Março 17, 2011 at 7:10 pm
O que importa é lançar uma campanha de resistência, de desobediência civil.
BASTA!
Março 17, 2011 at 7:16 pm
A FENPROF tem os seus advogados a trabalhar nesta matéria e, ainda, durante o dia de hoje, procurará dar alguns esclarecimentos aos professores através do seu site e divulgará eventuais respostas do ME se, entretanto, forem recebidas.
Eventuais?
Março 17, 2011 at 7:17 pm
#1,
Porque não aproveitaram no sábado?
Ficaram lá dentro tanto tempo?
Discutiram o quê?
Os hits dos anos 80?
Março 17, 2011 at 7:19 pm
#1:
EVENTUAIS!?
Março 17, 2011 at 7:19 pm
Paulo, os professores já têm um contrato com o ministério… Se o que querem fazer estivesse de acordo com esse contrato, não seria preciso assinar outro. Não me parece (quem sou eu…) que a recusa de assinar este contrato possa ter quaisquer implicações legais – embora, obviamente, possa ter outras consequências num sistema que, como o nosso, se tornou já fascista…
Março 17, 2011 at 7:19 pm
#1:
EVENTUAIS!!!!!!!!?????
Só falta nos c*garem em cima!
Março 17, 2011 at 7:20 pm
8:
É não assinar e acabou!
Março 17, 2011 at 7:24 pm
Espero que ninguém assine nada.
Espero que não sejamos traídos outra vez!
Desobediência de todos os Classificadores!
Março 17, 2011 at 7:26 pm
Educação
Corrigir exames deixa de ser pago
Professores ficam ainda obrigados a suportar custos das deslocações para levantar as provas. “É trabalho escravo”, afirma Mário Nogueira.
* 05 Dezembro 2010
* Nº de votos (4)
* Comentários (13)
Por:Bernardo Esteves
O Ministério da Educação (ME) decidiu retirar já neste ano lectivo o suplemento de cinco euros por cada prova que atribuía aos professores para correcção dos exames nacionais do ensino secundário.
O Governo alarga assim ao secundário uma política já em prática no ensino básico, no qual a classificação de exames já não era remunerada. A medida permitirá uma poupança de cerca de 1,8 milhões de euros anuais. O despacho, publicado sexta-feira em Diário da República, determina ainda que sejam os professores a deslocar-se, a expensas próprias, às sedes de agrupamentos de exames para levantar as provas.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, incentiva os docentes a recorrer aos tribunais, garantindo o apoio dos sindicatos. “É trabalho escravo. Os professores têm de exigir, recorrendo ao apoio do seu sindicato, que sejam pagos o serviço extraordinário e as deslocações, que podem exceder uma centena de quilómetros”, afirmou ao CM o responsável, lembrando que, no caso do ensino básico e das provas de aferição, “ainda correm processos em tribunais de professores que apresentaram queixa”.
O despacho estipula que o classificador fique “dispensado das tarefas não-lectivas durante o período em que decorre a classificação”. Mário Nogueira considera muito pouco. “Cada exame demora 40 a 60 minutos a corrigir. Os classificadores chegam a trabalhar 20 horas a mais por semana e a redução proposta é apenas 20 por cento do tempo gasto”. Um docente com funções lectivas pode corrigir um máximo de 25 provas, enquanto os restantes podem corrigir 60 exames.
Cabe aos directores “propor” ao Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) quem são os professores classificadores, com base em critérios de experiência. Os professores seleccionados integram “uma bolsa de classificadores” que estabelecerá com o GAVE “um acordo de colaboração” de quatro anos. São obrigados a fazer formação todos os anos e são avaliados, também anualmente, após entrega de um relatório crítico.
TUTELA FALA EM “ESPECIALIZAÇÃO AINDA MAIOR”
O CM perguntou ao Ministério da Educação se estas medidas se inserem na política de austeridade. A tutela não respondeu à pergunta, afirmando que “esta abordagem visa uma especialização ainda maior dos professores classificadores” e que a “formação” permitirá aos professores melhorarem “as suas aptidões”.
O Ministério da Educação defendeu ainda que “os classificadores têm, durante o período de classificação, dispensa da componente não-lectiva compatível com o tempo necessário para a tarefa”.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/corrigir-exames-deixa-de-ser-pago220450987
Março 17, 2011 at 7:27 pm
Já disse:
Paulo desculpa!
Só falta nos c*garem em cima!
Março 17, 2011 at 7:28 pm
Fui…
Já me falta paciência para aturar colegas que só dar o cu…
Março 17, 2011 at 7:29 pm
é já o que só “falta”!
Março 17, 2011 at 7:29 pm
Fui…
Março 17, 2011 at 7:29 pm
Tratados a pontapé, mesmo!!!!
Um contrato pressupõe o acordo de ambas as partes…somos obrigados a assinar um documento que nos implica directamente e com o qual não concordamos??? Isto é TIRANIA PURA!!!
É urgente ver a legalidade de tudo isto e PROTESTAR!!!!!
Março 17, 2011 at 7:31 pm
#17,
Isto é um “acordo”.
Sabemos o que isso significa para o pessoal deste Governo: forma de engabelar o outro acordante.
Março 17, 2011 at 7:33 pm
Educação:
Sindicato critica ministério por obrigar professores do Algarve a terem formação fora do Algarve
O Sindicato dos Professores da Zona Sul criticou hoje o Ministério da Educação por obrigar os docentes do Algarve selecionados para classificadores das provas de exame a deslocarem-se a Beja, Évora, Setúbal ou Lisboa para terem formação.
“Os professores do ensino secundário que o Ministério da Educação ‘seleccionou’ como classificadores de provas de exame vão ser obrigados a percorrerem centenas de quilómetros para frequentarem ações de formação sobre esta tarefa para que foram ‘seleccionados'”, denunciou o sindicato num comunicado.
A estrutura sindical da Federação Nacional de Professores (FENPROF) não compreende como, “apesar de, em Faro, haver uma Direção Regional de Educação que deveria ter organizado tais ações no distrito, os docentes tenham de se deslocar, pelo menos, a Beja, Setúbal ou Lisboa para, numa sexta feira e num sábado, frequentarem tais ações”.
O Sindicato, que já pediu esclarecimentos sobre esta questão à Direção Regional de Educação do Algarve, considera que a situação é “absurda” e quer saber quem vai suportar as despesas com alojamento, deslocações, refeições e o trabalho em dia complementar, por a formação se realizar num sábado.
“O Sindicato dos Professores da Zona Sul/Faro denuncia esta falta de organização do Ministério da Educação, bem como os elevados custos deste tipo de estratégia de formação, numa época em que, quase diariamente, são anunciados cortes que afetam a vida dos professores e das escolas”, refere a estrutura sindical num comunicado.
O texto considera ainda que, se a formação fosse no Algarve, não haveria necessidade de cobrir este tipo de despesas e a ministra da Educação, Isabel Alçada, não perguntava “onde poderá poupar os 43 milhões de euros que o chumbo das alterações curriculares lhe custarão”.
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=114072
Março 17, 2011 at 7:34 pm
Campanha de desobediência!
Não há Acordo!
Acabou-se a história.
Março 17, 2011 at 7:39 pm
Dizem as gentes experientes cá da praça “onde está um socialista está um vigarista”.
Março 17, 2011 at 7:41 pm
Eu digo: Essa gente que nos desgoverna não tem vergonha na cara. O que estão a fazer comtodos nós é um roubo. Tenham vergonha.
Março 17, 2011 at 7:42 pm
Isto não é normal.
E desculpem-me o desabafo, mas a culpa de tudo o que nos está a acontecer é nossa.
Eu sou professora e o que tenho constatado na minha escola tem-me deixado sem palavras, tenho assistido a coisas que nunca imaginei. E desculpem-me o desabafo, mas a culpa de tudo o que nos está a acontecer é nossa. E vou dar vários exemplos: avaliação – o país está falido como todos nós sabemos, e os professores na minha escola (80%) pediram aulas assistidas, porque todos querem ter muito bom para progredirem mais depressa, mas progredir como? Depois andam todos a fazer a vida negra uns aos outros, está uma tensão insuportável. Correctores de exames – eu fico pasmada porque existem docentes zangados porque não foram mandados para formação e queriam ir, acham isto normal? Eu acho de doidos.
O que os professores correctores deviam recusar tudo isto.
Março 17, 2011 at 7:44 pm
E os professores que dão aulas nos cursos profissionais? Faltam na sexta-feira, tabalham de borla no sábado e na segunda vão repor as aulas em falta? São pagas horas extraordinárias pelo trabalho de sábado e pela reposição das aulas nos cursos profissionais?
Março 17, 2011 at 7:45 pm
À minha volta a aceitação está a ser pacífica. Os colegas de grupo vão dando as aulas dos formandos classificadores de provas, sem reclamar o pagamento das horas extraordinárias. Todos os envolvidos têm sobrecarga de serviço mas tudo continua no melhor dos mundos.
Ainda não percebi porque me sinto tão revoltada. Como diz a outra devo ser mesmo parva, não sou formanda nem tão pouco classificadora.
Março 17, 2011 at 7:45 pm
A outra, a ex dreniana, não dizia que os professores são como esparguete????
Março 17, 2011 at 7:47 pm
Viva o kadafi português!!! Viva a gente esparguete!!!!!
Março 17, 2011 at 7:50 pm
1º – As ajudas de custo não pagam as despesas reais que vamos ter de fazer!
2º – Se tenho de usar carro próprio, necessito do dinheiro antes para colocar gasolina. Com o corte de ordenado não tenho disponibilidade financeira para adiantar verbas para formação.
Março 17, 2011 at 7:50 pm
Podemos ter insuficiente na formação. Acaba-se a palhaçada porque não prestamos para corrigir exames. O que será necessário para se conseguir insuficiente?
Março 17, 2011 at 7:53 pm
Não fosse o problema do esparguete, a solução estaria na desobediência colectiva.
Março 17, 2011 at 7:59 pm
AOS PROFESSORES CLASSIFICADORES DE EXAMES DO ENSINO SECUNDÁRIO
Os professores seleccionados para a formação de classificadores estão a ser confrontados com a necessidade de assinarem um acordo que o GAVE, unilateralmente, redigiu.
A FENPROF considera que poderá ser celebrado um acordo, mas com algumas alterações a propor pelo designado segundo outorgante que, no texto que lhe é apresentado, não pôde introduzir.
Assim, no momento em que o formador lhe apresentar o texto do acordo, o professor deverá escrever “tomei conhecimento” e assinar não parte outorgante, mas apenas como parte que conheceu o texto original.
De seguida, deverá apresentar as propostas de alteração que a FENPROF apresenta em documento anexo
Click to access Propostas_alteracao_ao_acordo.pdf
e salvaguardam os professores de eventuais problemas no futuro.
Deverá, depois, aguardar uma resposta do GAVE às suas propostas. Caso seja pressionado a assinar o texto inicial, o professor não o deverá fazer sem primeiro se dirigir ao seu Sindicato.
Pelo facto de não assinar o acordo proposto pelo GAVE o professor não fica impedido de frequentar as acções para que foi convocado nem perderá o direito aos abonos e ajudas de custo a que têm direito.
No caso de ser impedido de frequentar a acção de formação por não assinar, de imediato, o acordo apresentado pelo GAVE, deverá exigir que essa determinação lhe seja transmitida por escrito mantendo-se no local até que tal suceda.
O Secretariado Nacional
Março 17, 2011 at 8:21 pm
O pessoal docente que desempenha funções de educação ou de ensino, com carácter permanente, sequencial e sistemático, constitui, nos termos da lei geral, um CORPO ESPECIAL da Administração Pública dotado de uma carreira própria (ECD)
Março 17, 2011 at 8:22 pm
Os inquilinos do ME devem encher-se de rir com estes professores, nomeadamente com os do ensino secundário. Se um dia destes alguém lhes disser que têm de usar uma ALBARDA, aposto que uma esmagadora maioria irá usar. E a maior parte deles ainda perguntará se não têm direito a uma “cabeçada” com rédea curta.
Março 17, 2011 at 8:26 pm
#32,
Mas dentro dele há um corpo especial de “classificadores”?
Março 17, 2011 at 8:28 pm
Esta questão até me causa urticária! Acho absolutamente inacreditável o que se está a passar, mas mais inacreditável ainda é a reacção das pessoas: tudo protesta, tudo se indigna, contudo ninguém age em conformidade com aquilo que diz que pensa. Cheios de receios, «Ah, e se…», «Ah, e depois eles fazem e acontecem.», «Eles têm a faca e o queijo na mão.», «Depois prejudicam-nos na avaliação.», etc. etc. Se têm medo, comprem um cão! Tratam-nos como vermes porque nós o permitimos; mais, agimos como tal, não temos espinha, e, como diz um familiar meu, já ninguém nos respeita porque aos fracos e cobardes ninguém tem respeito. Há-de chegar o dia em que faremos de capachos à entrada das escolas, literalmente!
Março 17, 2011 at 8:30 pm
ENVERGONHEM-SE,senhores professores!
Espelhem-se na geração à rasca, e nos camionistas…
Para que vos serve tanto saber, que não são capazes de se organizar de modo a pôr termo a tanta escravatura?
Março 17, 2011 at 8:31 pm
Tomadas de posição agora? A formação começa amanhã e o decreto saiu, acho, em Janeiro e como disse alguém para trás, os professores querem mesmo a formação. É para o currículo!!
Março 17, 2011 at 9:01 pm
Eu só consigo pensar eM deixar esta profissão.
Não me identifico com a carneirada geral desta classe!
MURRO NA MESA JÁ!
Março 17, 2011 at 9:09 pm
Alguém ainda dá aulas??
Março 17, 2011 at 9:12 pm
#11 e #20
Não é correcto falar-se de desobediência, não é uma ordem. Se fosse uma ordem não era preciso acordo. Trata-se de uma proposta de acordo, quem quer assina e fica vinculado às cláusulas do dito, quem não quer não assina.
#29
“O que será necessário para se conseguir insuficiente?”
Talvez a falta de assiduidade seja suficiente para garantir o insuficiente, não?
😉
Março 17, 2011 at 9:22 pm
RECUSEM-SE A ASSINAR O ACORDO, PORRA!
Digo desta forma, que não é o meu registo blogosférico habitual, para tornar mais clara a mensagem.
Os direitos e deveres profissionais são os que estão no ECD e ninguém pode ser obrigado a abdicar dos seus direitos. Se querem mais de alguns de nós, proponham, ofereçam contrapartidas, negoceiem.
Espero que ninguém assine este texto vergonhoso, mas se alguém o fizer, que não venha depois dizer que a culpa é dos sindicatos ou da falta de informação.
Março 17, 2011 at 9:24 pm
É já amanhã…mas não consigo assinar “aquilo”! Basta!
Março 17, 2011 at 9:25 pm
Claro que a falta de assiduidade generalizada a uma porcaria destas seria remédio santo para acabar com as veleidades do GAVE/ME.
Se chegassem a Junho apenas com um número residual de classificadores de papel passado, teriam de recorrer novamente aos que sempre asseguraram o serviço, a tempo e horas e com uma qualidade que nem sempre se encontra do lado dos fazedores das provas. Anónimos e bem pagos.
Março 17, 2011 at 9:44 pm
Concordo, muito, com o #8 lá atrás… anda-me a fazer tanta comichão esta exigência de pseudo-acordo… para quê? afinal não é função do professor, como diz o artigo 35º do ECD, por isso até justificando o não pagamento?… ou não será bem assim? de outro modo, como se compreende que imponham este contrato, por quatro anos…
Será que este ano ainda é para ser “meigo”, para arrecadar peixe na rede, e depois, nos outros anos, contrato assinado, vão fazer o que bem entendem??? é que, lendo o contrato, perdão, acordo, só se lê sobre o segundo outorgante, do 1º nada…
Quem me conhece sabe que não sou nada de teorias de conspiração, mas isto cheira tanto a esturricado…
Março 17, 2011 at 9:47 pm
#8,
Eu assino uma treta de acordo quando vou classificar provas de aferição (nunca foram pagas), mas a “formação” já quase não existe e é feita a 10 minutos da minha escola.
Antes, quando era creditada, tinha um contrato muito giro ao qual eu cheguei a fazer alguns comentários e uma maldade.
O que me parece é que este “acordo” é uma espécie de nomeação plurianual.
Março 17, 2011 at 10:04 pm
Falta pouco para imporem a obrigatoriedade de lamber o botão de rosa de os Directores regionais e da ministra…
O limite extremo da sensatez é o que o público baptiza de loucura
Cocteau, Jean
Março 17, 2011 at 10:16 pm
Já pensaram nisto?
“Artigo 6.º
Bolsa de professores classificadores
2 — Compete ao GAVE gerir a bolsa de professores classificadores, pautando a sua actuação pelo princípio da racionalidade da gestão dos recursos em função das necessidades do sistema, nomeadamente a nível territorial.” (do despacho 18060)
Questão a) Significa isto que o professor classificador poderá ter de se deslocar, em serviço de exames, para qualquer ponto do País?
Questão b) Em caso negativo, haverá uma distância limite a percorrer? Ou o professor ficará adstrito a uma dada área geográfica próxima da escola onde está colocado?
E o desrespeito de convocarem as pessoas por mail??! E onde diz que somos obrigados a ler mails e a responder a essas convocatórias?
E se não formos à formação? Marcam-nos falta???! Não recebemos o subsídio de alimentação desse dia?
“Eu cá”, o meu mail está avariado, He! He!
Março 17, 2011 at 10:29 pm
para sacana, sacana e meio, ir à secretaria e pedir antecipadamente ajudas de custo alegando que não se tem dinheiro para as deslocações….
perdem-se belas oportunidades de protesto
não fazer oposição abertamente, fazer o corpo morto, mas sempre com toda a disponibilidade e entusiasmo… para fazer nada
Março 17, 2011 at 10:40 pm
# 47 – bem visto. É a isso tudo que me refiro… isto de “acorrentar” por quatros anos traz água no bico…
Março 17, 2011 at 10:44 pm
# 38 Paula
Em resposta a comentário seu que me foi dirigido num post mais abaixo, deixei-lhe a seguinte escrito o seguinte:
Certamente que fruto de precipitação leu mas não digeriu o que leu no meu comentário. Unicamente resumi o que me foi transmitido, até tive o cuidado de referir que se tratou de uma primeira abordagem e no final escrevi “por enquanto”.
Não tenha pena de mim que ninguém abusa sem que eu conscientemente deixe. Em momento nenhum afirmei qual a minha posição nem como irei proceder. Não o fiz propositadamente porque estou mais do que habituada a tomar posições de acordo com a minha consciência e assumir as suas consequências. Estou habituada a lutas minhas e não preciso de andar à molhada para avançar para tomadas de posição mais ou menos polémicas. Poderá certamente ensinar-me muita coisa mas nunca me ensinará o que é verticalidade ou coragem.
Faço questão que o leia e já agora, verificando que a sua “fervura” se mantém, foi das felizes seleccionadas?
Março 17, 2011 at 10:47 pm
#45
Também me parece que isto é apenas uma questão de semântica! Chamam-lhe “acordo” mas é uma “nomeação” e não temos por onde escapar…
Março 17, 2011 at 10:56 pm
Não assinem o acordo!!!! Mas, alguém acredita que a maioria não irá assinar? Não é verdade que 40% dos profs pediram aulas assistidas? E quantos estão a fazer pós-graduações, mestrados e doutoramentos, pagos do seu bolso,à 6ª e ao sábado?
Não fui avaliada e não frequento acções de formação por muito “lights” que sejam. Logo que recebi o mail, a 10 de março,contrapus que a minha não avaliação me deveria eximir de integrar a Bolsa. Ao meu mail não responderam, mas, telefonicamente, explicaram-me que a ADD não era critério de selecção. O facto de me reformar em 2013 (não posso antes, mesmo com penalização, por imperativos legais), também não é aceite como argumento! Há dias, na sala de trabalho dos profs da minha escola, demonstrei alto e bom som a minha revolta.Só uma colega falou, apoiando a formação; os restantes, ficaram calados.
Ainda não decidi como vou actuar!!!
Março 17, 2011 at 11:05 pm
O GAVE não estava para ser extinto?
Março 18, 2011 at 1:07 am
Fui convocado para integrar a tal lista de classificadores. N vou assinar.
#53
Foi integrado na DGIDC, perdeu autonomia, mas continua. É como as escolas agrupadas…
Março 19, 2011 at 1:01 pm
Acordo do meu sono profundo e entro no surreal…
Já deve ser do vosso conhecimento o último grito da tecnoestrutura ministerial e dos seus comensais: a não retribuição pecuniária pela correcção de exames nacionais do ensino secundário. Surge-me uma questão: como manter um sistema credível de avaliação externa dos nossos alunos sem que os proletários se sintam minimamente motivados? A resposta está escancarada na fresquíssima “informação conjunta GAVE – JNE nº1/2011, de 10 de Março”, com o alto patrocínio do Ministério da Educação, onde é feito um apelo, transvestido de uma semântica amoral, a todos os “senhores Directores” no sentido “de sensibilizarem os professores seleccionados para o envolvimento quer na formação quer na execução da classificação”. Ora, isto faz-me recordar a teoria das Relações Humanas (RH), perita na despolitização das relações humanas e embuída de uma suposta neutralidade hierárquica, a que o povo lhe colou a sua, mas sempre actual, máxima: “com papas de bolos se enganam os tolos”. Vejamos. Considerando, de uma forma quase religiosa, que a “execução da classificação” se reveste de uma complexidade técnica e, por essa razão, requere “grande dedicação” (apelo descarado ao missionarismo) e muito treino, os nossos (des)governantes optam por uma estratégia graxista, sedutora, doce: “… constitui um valor de promoção do prestígio social da classe docente”. Como soa isto a postiço… Mas há alguém que se deixe seduzir por esta falsidade? Executar as decisões de outrem é prestigiante? Há algum professor que fique satisfeito com a sua valorização apenas em termos executórios, como se de um proletário se tratasse? A “boa nova” para reuniur as tropas, outros dirão carneiros, pelos vistos, aparentemente, dá os primeiros passos. Não me deixo seduzir por estas palavras doces, prefiro as palavras nuas, tal como vieram ao mundo. Que saudades da MLR, pois ela dizia aquilo que pensava, pese embora nos tenha taylorizado a todos. Quando não há pão, passa a reinar o coração: ressemantizam-se os discursos, não perdendo nunca de vista a superior necessidade de cumprir aquilo que os outros decidem. Decidamos então não cumprir o que os outros decidem, deixemos as vestes de missionário e lutemos por um sistema descentralizado e verdadeiramente autónomo, onde os actores de uma comunidade decidem o que realmente importa…