… até porque em grande parte é subsidiada. Alertado pelo Arlindovsky fui espreitar:
Espanha fecha espaço aéreo e lança o caos nos aeroportos
Os voos com chegada e partida dos aeroportos de Lisboa e Porto estão hoje, sexta-feira, a sofrer atrasos devido ao encerramento do espaço aéreo em Espanha. O facto deveu-se à apresentação massiva de baixas médicas por parte dos controladores aéreos espanhóis.
É que quando eu aqui sugeri uma coisa semelhante, apareceu logo a guarda pretoriana da contestação formalista e conservadora, feita de acordo com a cartilha de mil oitocentos e destroca o passo.
Cá semos muito responsáveis. Como dizia o Marcelo Rebelo de Sousa, uma das sortes de Portugal é ter a CGTP e o PCP a formatar contestação da forma mais previsível possível. Ora como os governos e os partidos do centrão estão cheios de ex-sindicalistas e ex-PC ou parecido, é como estar a jogar com as brancas e as pretas ao mesmo tempo.
Dezembro 3, 2010 at 9:36 pm
E a bixona sapatera axa una surpresa. Que graça…
Dezembro 3, 2010 at 9:43 pm
“Nos sentimos maltratados por la empresa, por el ministerio y dolidos al haber sido presentados ante la sociedad como algo que no somos. Los controladores somos profesionales bien cualificados, como otros muchos, y a día de hoy seguimos teniendo un salario más elevado que la media nacional pero peor que el de otros controladores europeos y eso que trabajamos mucho más que ellos”
Pois…também nós, os profs.
Dezembro 3, 2010 at 9:45 pm
#1 Hablas español? Aprendiste con el falso ingeniero? No?
Dezembro 3, 2010 at 9:47 pm
Os espanhóis têm os c***nes no sítio, OSTIA!!!
Dezembro 3, 2010 at 9:51 pm
É por isso que na Manifestação Anti-Guerra do dia 20 de Novembro, a CGTP se comportou como comportou, também no controle e a insinuar que o desfile e a Avenida era sua, isto apesar de a polícia estar informada sobre todos que iam participar. Uma tristeza!
http://umaaventurasinistra.blogspot.com/2010/11/raquel-freire-23-de-novembro-antena-1.html
Dezembro 3, 2010 at 9:52 pm
digo,” eram seus”
Dezembro 3, 2010 at 9:53 pm
Foi por acahar q isto é possível que eu não fiz a última greve !
Dezembro 3, 2010 at 9:53 pm
*achar
Dezembro 3, 2010 at 9:55 pm
Isto é que é de homem, viril, diria a nossa saudosa amiga Serena…
🙂
Dezembro 3, 2010 at 9:58 pm
Acabo de ler no El País que o Sapateiro vai mandar a tropa tomar de assalto as torres de controlo.
Também é de homem…
🙂
Podia contratar antes os amigos da ILGA España.
😆
Dezembro 3, 2010 at 10:03 pm
http://umaaventurasinistra.blogspot.com/2010/12/e-dendro-de-cada-um-que-comeca.html
Dezembro 3, 2010 at 10:05 pm
Nem mais se caísse um avião que se fod…
Dezembro 3, 2010 at 10:07 pm
Começam com essas palermices e vem aí o lobby gay espanhol que nem a padeira de Aljubarrota vos salva…
Dezembro 3, 2010 at 10:08 pm
Antes gay e espanhol que macho e português…
Dezembro 3, 2010 at 10:15 pm
Devíamos e podíamos meter uma semana a um mês de baixa por razões do foro psicológico. É que, sinceramente, andamos todos a ficar um pouco maluquinhos
Dezembro 3, 2010 at 10:22 pm
Lol…Lol…..
Este post dava pano para mangas.
Dezembro 3, 2010 at 10:22 pm
#10
E ao que parece mandou também reduzir o espaço dedicado aos telegramas.
Dezembro 3, 2010 at 10:25 pm
#15,
Eu cá bastava-me um dia por semana e por grupo disciplinar…
Dezembro 3, 2010 at 10:26 pm
pois…
vão ser substituídos por controladores militares
Dezembro 3, 2010 at 10:27 pm
esta é mais forte
“O arquivo dos documentos diplomáticos secretos que o site WikiLeaks tem estado a divulgar está distribuído por milhares de pessoas e as partes principais serão “reveladas automaticamente” se algo acontecer ao fundador, avisou o próprio Julian Assange.”
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=18&id_news=482159&page=0
Dezembro 3, 2010 at 10:28 pm
Caneta, enviada especial do Umbigo, em directo d’ el hotel Auditórium informa de que una veintena de policías y guardias civiles ha entrado en la sala Príncipe Felipe donde se encuentran reunidos los controladores aéreos. No sabemos aún con qué motivo han entrado en la sala.
Dezembro 3, 2010 at 10:29 pm
E a ORDEM dos médicos, o que diria deste amontoado de atestados médicos caso seguíssemos esta “forma de luta?”?
Onde é que vocês arranjam tanto atestado médico?
Chegam ao Centro de saúde e dizem: “Quer ter a gentileza de me passar um atestado médico porque estou em luta?”
Dezembro 3, 2010 at 10:30 pm
La militarización está totalmente activada. Defensa controla el espacio aéreo. La mayoría de los controladores siguen sin trabajar en sus turnos. En horas pueden ser acusados de sedición (10 años de prisión)
Canetita desde l’hotel Auditórium
Dezembro 3, 2010 at 10:31 pm
acredito nisto
“a história vencerá e o mundo será elevado a um nível melhor.
Sobreviveremos? Depende de vós”
Julian Assange
Dezembro 3, 2010 at 10:31 pm
#19:
Esquece – os militares não tem controladores suficientes…
Cá a luta é a m€rd@ que se vê:
Com o Mário Nogueira a ir na conversa de uma ex-sindicalista da Fenprof – a Isabel Alçada…
É ver o ME pejados de exes – qualquer coisa…
Então ex-comunistas e ex-sindicalistas causam-me arrepios na coluna vertebral…
Dezembro 3, 2010 at 10:32 pm
Entretanto, a luta por aqui segue quando?
Dezembro 3, 2010 at 10:32 pm
#18,
E isso dava o quê, mais precisamente?
Para além do mais, a minha médica de família só me passa atestado quando estou doente.
Dezembro 3, 2010 at 10:33 pm
Quando se tem t0m@tes é assim…:
“(…) La USCA “intenta” que vuelva la normalidad y que “reine la cordura”
El secretario de comunicación de la Unión Sindical de Controladores Aéreos (USCA), César Cabo, ha asegurado que el sindicato está “intentando que vuelva la normalidad a los aeropuertos y que reine la cordura”.
A través de su perfil en Facebook, Cabo ha hecho un llamamiento a sus compañeros “para que la tensión se tranquilice” y justificó el abandono de los puestos de trabajo por parte de los controladores aéreos a causa de que “el Gobierno ha vuelto a sacar un decretazo”.
Al respecto, el portavoz de USCA apuntó que en este hecho “muchos controladores han visto una nueva agresión y otra discriminación laboral” con la aprobación por el Consejo de Ministros del Real Decreto para la modernización y liberalización de la gestión de los 47 aeropuertos que integran la red de AENA.
Por último, Cabo lamentó “sinceramente todos los problemas ocasionados” y afirmó que “espera que se solucione el caos a la mayor brevedad”. Sobre las 18.30 horas de este viernes, el abandono masivo de los controladores de sus puestos de trabajo ha provocado el cierre del espacio aéreo español. (…)”
http://www.lavanguardia.es/economia/noticias/20101203/54080437822/empiezan-a-operar-algunos-vuelos-en-el-prat.html
Dezembro 3, 2010 at 10:34 pm
Ó Fernanda és mesmo uma fascista sem imaginação!
Se não for assim seja assado, mas que se fuja, por uma vez, ao controlo das regras do partido, não é?
Dezembro 3, 2010 at 10:34 pm
PROPOSTA IR TRABALHAR MESMO COM DOENÇA INFECTO CONTAGIOSA..TIPO SARAMPO,PAPEIRA OU MESMO PIOLHOS….faltar só por morte..e mesmo assim…
Dezembro 3, 2010 at 10:36 pm
#27,
Para nada.
Claro que para nada.
Porque teríamos um batalhão fernandino a pedir o papel selado.
Agora em termos mais gerias, para evitar as vitimizações:
A sério, não tenho mesmo pachorra.
Eu tento, quase que em forma de penitência, entender porque as pessoas hão-de assim ficar petrificadas em suas cómodas convicções instaladas algures na formação ideológica inquestionável das cartilhas “istas” de outrora.
Mas se me chateavam já na Secundária, o que dizer quando sou adulto há alguns meses.
Dezembro 3, 2010 at 10:36 pm
#27:
Dá o que deu em #25….
Na cantiga de embalar da ex-camarada do Partido…
#22:
Na boa…entro de urgência no Hospital – não posso?
Dezembro 3, 2010 at 10:37 pm
Fernanda estás a esquecer que os pilotos no tempo do Guterres fizeram greve e foram requisitados civilmente..segui-se uma chuva de atestados médicos…houve indignação mas foi impossível provar algo…foi cerca de uma semana…
No amor como na guerra vale tudo..até levar piolhos para a escola….
Dezembro 3, 2010 at 10:37 pm
Fernanda Fernanda vocês mais as directrizes do Partido…
Dezembro 3, 2010 at 10:38 pm
Não posso deixar de sorrir quando oiço estas formas de luta. Sempre a mandar a responsabilidade para cima de ombros alheios.
É tão mais fácil, não é?
Ah, por isso não fiz greve! (se tivesse entregue atestado médico, teria aderido!)
Depois, em termos históricos, o que aqui se diz sobre o PREC, sobre o Maio de 68!!!!!!
Quer parecer-me que não bate a bota com a perdigota.
Aqui dél Rei que momentos tão terríveis!!!!!!
E depois, vêm com estes lirismos de trazer por casa.
Ora Bolas!
Dezembro 3, 2010 at 10:38 pm
#27,
Agora mais a sério… precisa de uma médica para preencher um 102?
E um tabelião?
E um escrivão da puridade?
E é preciso ser com 35 linhas ou já podem ser as folhas novas?
Nossassenhora, tirai-me deste filme onde me meti, que eu já preciso de um colete de forças…
Irra, se fosse o Feijó a dizer isto, só faltaria beijar-lhe os pés e incensá-lo porque era a “juventude inquieta”.
A sério, agora ia por aqui abaixo, que nem um TGV dos verdadeiros…
Dezembro 3, 2010 at 10:38 pm
“Defensa exige la comparecencia inmediata de los controladores aéreos a sus puestos de trabajo.”
Dezembro 3, 2010 at 10:39 pm
#35,
Vá-se catar mais a boca dos “lirismos”. Mas cate-se com a esquerda, claro, que vale mais do que as nossas todas juntas.
Irra que me vou…
Dezembro 3, 2010 at 10:40 pm
Fernanda cá o Partido Comunista não deixava – não é verdade?
Gobierno da ultimátum a controladores antes de militarizar el control aéreo
(AEROPUERTOS) ECONOMIA,SECTORES-EMPRESAS,MOTOR | > AREA: Economia, negocios y finanzas
03-12-2010 / 21:50 h
Madrid, 3 dic (EFE).- El Gobierno ha dado a los controladores aéreos un ultimátum antes de militarizar, a partir de las 21.30 horas de hoy, el control aéreo español porque afirma que no va permitir este chantaje, según palabras del ministro de Fomento, José Blanco, en una breve intervención pública.
Los controladores aéreos han logrado esta tarde cerrar el espacio aéreo español, salvo el de Andalucía, en el inicio del Puente de la Inmaculada, al abandonar masivamente sus puestos de trabajo, a lo que José Blanco ha respondido con el ultimátum. (…)
http://www.abc.es/agencias/noticia.asp?noticia=614316
Dezembro 3, 2010 at 10:41 pm
22 – uma caganeira oportuna é sempre fácil de se arranjar
Dezembro 3, 2010 at 10:41 pm
E que tal esta forma de luta..?
Dezembro 3, 2010 at 10:42 pm
40
Recomendo sementes de mamão.
Dezembro 3, 2010 at 10:42 pm
Fernanda a Esquerda em Portugal NÃO VALE NADA!
Dezembro 3, 2010 at 10:43 pm
#33,
Ó Buli, mas a Fernanda lá concebe uma coisa que fuja da matriz?
Eu agora apetecia-me ser mesmo, mas mesmo, pouco regular numa observação, mas vou ali fazer outra coisa qualquer, que me estão a dar os calores…
Deve ser da pdi.
Dezembro 3, 2010 at 10:43 pm
Isto sim era mais tipo PCP..
Dezembro 3, 2010 at 10:45 pm
Fernanda desculpa mas aqui vai:
Vocês para darem uma boa queca até ao Partido Comunista tem de pedir autorização….
Assinado:
Livresco O Comuna
Dezembro 3, 2010 at 10:46 pm
Os ossos não é? Com este frio..Felizmente outras partes do nosso corpo são mais flexíveis e vão resistindo melhor à idade..
Dezembro 3, 2010 at 10:46 pm
Prefiro que se assuma, claramente, a desobediência civil.
Os subterfúgios não me agradam. E nunca pus, nem porei, um falso atestado médico.
Não se trata de legalismos. Trata-se de manter o valor da palavra.
Que nos ausentemos dos postos de trabalho, assumindo as consequências, muito bem. Dizer que não vamos porque estamos doentes quando não estamos, muito mal.
Dezembro 3, 2010 at 10:47 pm
Además de policías y guardias civiles, al Hotel Auditórium han llegado miembros de la Agencia Española de la Seguridad Aérea, dependiente de AENA. Una veintena de clientes afectados por las cancelaciones y hospedados en el hotel han increpado a los controladores
Dezembro 3, 2010 at 10:48 pm
Fernanda o José Sócrates brinca com o Partido Comunista e com o BE porque sabe que os tem na mão:
É só ofertar um lugar a este e aquele na manjedoura…
Dezembro 3, 2010 at 10:49 pm
…ó Fernanda…tb recebes subsídio?
Dezembro 3, 2010 at 10:50 pm
A questão é esta: ou há uma forma de luta conjunta e então isto seria possível ou então estaremos, neste caso concreto, a empurrar para cima de outra classe profissional as dores da nossa luta.
E agora uma questão prévia: dou a minha honesta opinião, posso até fazer juízos de valor- lirismos, ingenuidades, ignorância, má-fé….
Mas não chamo fascista ou recorro a argumentos ai e tal, partidários.
Estou a tentar ver a situação na prática e no contexto. É a minha questão, é a minha opinião.
Esta de meter atestados médicos é uma pérola!
Dezembro 3, 2010 at 10:51 pm
#48:
Foi com essa conversa de Santa Cristã que os judeus foram incinerados…
Francamente querida dos fracos não reza a História…
Quanto à moralidade bacoca não estou nem aí…
Dezembro 3, 2010 at 10:51 pm
#48,
De acordo.
Mas há quem goste de pagar com o corpinho dos outros, desculpem o popularismo da expressão.
Dezembro 3, 2010 at 10:52 pm
Quantas vezes vou trabalhar com uma valente depressão, por causa desta ou daquela turma, deste ou daquele problema que ninguém quer saber. Motivos e justas justificações não nos faltam. Somos uma cambada de… cobardes.
Dezembro 3, 2010 at 10:53 pm
#52:
Pronto leva a bicicleta – vai lá consultar a cartilha…
Dezembro 3, 2010 at 10:54 pm
#55:
Exactamente…
Dezembro 3, 2010 at 10:54 pm
MUITO MAL TIRAREM ÁS PESSOAS 5 OU 10 POR CENTO DO ORDENADO? HUMILHAREM AS PESSOAS ? CAGAREM PARA AS PESSOAS..? LAMENTO MAS JÁ TIVE PRURIDOS…E SE ASSIM FOSSE MUITO DO QUE TEM HOJE NÃO O SERIA…OS FINS ÁS VEZES JUSTIFICAM OS MEIOS..AINDA MAIS QUANDO SE LUTA CONTRA CRÁPULAS, QUE NÃO HESITARIAM EM MATAR O SEU FILHO À FOME SE ISSO TROUXESSE BENEFÍCIOS AO SEU PARTIDO…FUI…
POEMA: “No Caminho, com Maiakóvski”, Eduardo Alves da Costa
Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de me quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas manhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita – MENTIRA!
Dezembro 3, 2010 at 10:54 pm
#48,
Falei no 102º.
Mas e se falasse em atestado?
Uma coisa eu sei… há quem nem com 102º ou atestado faça qualquer diferença na vida das escolas, porque lá não está há anos.
Dezembro 3, 2010 at 10:57 pm
A bem não conseguimos mudar nada, NADA! Então terá que ir a mal, seja por que meios forem. Eu estou disposto a isso.
Dezembro 3, 2010 at 10:58 pm
Olha Fernanda queres saber o que é ter t0m@tes e não andar a assinar memor@ndos de m€rd@?:
los 2.237 artículos informativos »
http://news.google.es/news/story?pz=1&cf=all&ned=es&ncl=d-ltcILeOQgBTdMU6G_74YbRBAuxM&topic=h
Dezembro 3, 2010 at 10:59 pm
#53,
Moralidade bacoca?
Dos fracos não reza a história?
Francamente, livresco!
Qual a moralidade de meteres atestados médicos para uma luta?
Fraco és tu se segues essa via!
Mais uma vez repito: usarem argumentos partidários de ligação a este ou aquele partido não cola. Não tenho de vos dar satisfações a esse respeito.
Mas tenho uma opinião sobre este assunto e exprimo-a enquanto puder.
Dezembro 3, 2010 at 10:59 pm
Fernanda escreve:
A assinatura dos memorandos foi uma traição à justa luta dos professores!
Dezembro 3, 2010 at 11:00 pm
Esta de falar em atestado é para distrair do essencial .
Quem falou em atestado foi quem contestou a forma de luta fora dos mandamentos da santa CGTP .
Conheço esses argumetos desde os anos 70 .
Ena que estou Kota mêmo ! 🙂
Dezembro 3, 2010 at 11:01 pm
O mal é que estamos rodeados por pessoas sem coragem, acríticos e acostumados a apanharem no lombo. Não são capazes de saírem da linha mesmo quando assim tem de ser. Porca miséria.
Dezembro 3, 2010 at 11:01 pm
#62:
Não posso ficar doente?
Não me posso sentir doente?
Era o que me faltava…
Dezembro 3, 2010 at 11:03 pm
#62:
Ser fraco e cobarde é assinar memorandos de m€rd@ por um prato de lentilhas…
Dezembro 3, 2010 at 11:05 pm
Doente já eu ando desde há cinco anos. Tenho resistido estoicamente mas já começo a ficar farto. Este ano, então, tem sido duro. Sinto que estou a atingir o limite da paciência.
Dezembro 3, 2010 at 11:05 pm
Por aqui há poucos médicos, profissão vulgar em Espanha.
Dezembro 3, 2010 at 11:07 pm
Paulo,
É o colega que fala em vias jurídicas para a luta?
Se isto não é aproveitar o sistema, o que será?
A propósito, quando fôr preciso mais uma contribuição, conte comigo.
Se é para ir na onda do livresco e desatar para aí aos tiros, count me out.
Houve uma altura em que esteve para acontecer isso na WC.
Lembram-se das brigadas 25 de Abril?
Livresco, está nessa?
Ou manda os outros para a frente e vaio sentar-se no sofá a ver o relato pelos OCS?
Dezembro 3, 2010 at 11:07 pm
Mas existe algum professor, neste nosso Portugal(zinho), que não esteja à beira de uma depressão?
Dezembro 3, 2010 at 11:10 pm
Eu por acaso conheço uma luta dos professores que dizem que começou assim, entre os próprios, sem seguir a cartilha do sindicato ou outra qualquer.
Foi a recusa da entrega dos OIs.
Numas escolas fez-se massivamente, noutras assim-assim, noutras ainda nem se deu por nada.
Também houve os que entregaram e depois desentregaram, assim como houve valentes que assinaram solenemente moções a protestar disto e daquilo e no dia seguinte, no recato da secretaria, lá meteram o papelinho.
Dezembro 3, 2010 at 11:11 pm
Livresco,
Claro que pode estar doente e sentir-se doente.
Aliás, quase que me atreveria a dizer que está neste momento bastante deprimido@ e cansad@. Mas não sou médica.
Já marcou consulta no CS?
Tome umas vitaminas C. Sei lá, fazem bem.
Dezembro 3, 2010 at 11:12 pm
#72,
Mas aconteceu.
Foi esvaziada.
É vê-los agora em busca…
É deprimente.
Até porque têm rosto, mas a vergonha não cola lá.
Dezembro 3, 2010 at 11:13 pm
Agora vou ouvir o que dizem sobre o acidente em Camarate.
Já volto.
É só um bocadinho.
Vão escrevendo que depois leio.
Até já!
Dezembro 3, 2010 at 11:14 pm
FERNANDA POSSO ESTAR ENGANADO MAS MAIS DIA MENOS DIA AS BRIGADAS VÃO PARECER PEANUTS…
QUANDO ESTIVERMOS PERANTE FACTOS CONSUMADOS ENTÃO SE VERÁ QUEM TEM MESMO CAPACIDADE DE REACÇÃO…
Dezembro 3, 2010 at 11:14 pm
Vejam o Siócrtês hoje na cimeira ibero -americana 🙂
Dezembro 3, 2010 at 11:16 pm
#70,
Eu já não falo em nada sobre nada.
O 6º ano deste blogue só vai existir porque eu decidi que, a partir de dia 1, a desvinculação paradigmática é para levar a sério.
O pedido do terceiro parecer ao doutor Garcia pereira pode considerar-se a minha última contribuição activa para o “colectivo”.
Agora passei – regressei – a ser passivo-agressivo.
E quem não gostar, pode ir sempre aos blogues formalistas e alinhadinhos, com teorizações muito giras e anti-neo-liberais e tal.
Eu cá para o peditório nem dou, nem recebo.
Fartei.
Eu cá até gosto mesmo é de História…
Dezembro 3, 2010 at 11:17 pm
#74,
Foi esvaziada??????
Ó Paulo, então?
Outra vez a sacudirmos a água do capote?
Outra vez a aligeirarmos as nossas atitudes enquanto classe profissional?
Faz-me lembrar as cenas dos putos “Ò professora, aqueles meninos é que me obrigaram!!!!”
Quanto ao 102 é outra pérola.
Mas agora vou mesmo ouvir o Expresso da Meia Noite.
Ai Jazuz!!!!|!!!!
Dezembro 3, 2010 at 11:17 pm
Também tenho outros gostos, mas não se podem dizer. Fica mal. São pouco modernaços.
Falo em banda desenhada, claro.
Dezembro 3, 2010 at 11:17 pm
#22; #27 – Fernanda 1
Nunca ouviu falar da caganeira oportuna?
Será que a sua médica, para verificar se está doente, a acompanha à casa de banho e só lhe passa o atestado se quando lhe limpar o rabiosque confirmar que é mesmo mole?
Vá-se catar!
PS de serviço!
Dezembro 3, 2010 at 11:20 pm
#79,
Olhe, o que eu nunca a vi foi escrever uma merdinh@ que fosse de seu mesmo, sem ser chatear o próximo, sendo que próximos bem mais calmos do que eu como o Maurício, já enjoaram.
Já reparou que eu estou mesmo a evitar dizer-lhe que de tanto falar em pérolas me faz lembrar o resto do ditado…
A porta está aberta, mas o porteiro não tem de lhe dar mais do que estas últimas boas-noites.
Pois, o sexto ano aqui do estabelecimento não vai ser nada fofinho…
Dezembro 3, 2010 at 11:20 pm
#55,
“Somos” é muita gente.
Põe lá isso na 1ª pessoa do singular!
Dezembro 3, 2010 at 11:21 pm
Agora um pouco mais a sério, extrapolar desta luta dos controladores para a dos professores parece-me um perfeito disparate.
Há dias também houve por aqui uns comentários invejosos, quando se falou dos maquinistas da CP e do seu famoso fundo de greve. Pensa-se logo que é porreiro fazer greve e pagarem-nos o dia, mas já não lhes passa pela cabeça que para isso é preciso descontar todos os meses qualquer coisinha.
Ora acontece que há coisas que não se podem comparar. Os controladores aéreos, devido à especificidade do seu trabalho, podem alegar em qualquer altura não estar em condições físicas ou psicológicas para trabalhar e são imediatamente dispensados. Pode simplesmente ter bebido um copito a mais. Se não está em condições não trabalha e não é penalizado por isso. Estes procedimentos não são privilégios, antes decorrem da aplicação das rigorosas regras de segurança do tráfego aéreo.
Querer extrapolar isto para os professores é perfeitamente inviável e desajustado.
Dezembro 3, 2010 at 11:23 pm
#84,
Mas quem está a extrapolar o quê?
Mal de nós se alguém extrapola.
Só pode extrapolar quem decreta greves contra “uma certa e determinada burguesia”.
E depois os Gato Fedorento é que são cómicos?
E então o tempo de antena de hoje da UGT? O Proença a sentir-se um herói grevista, depois de apelar à aprovação do OE?
Mas esta gente não trabalha a sério há quanto tempo???
Dezembro 3, 2010 at 11:24 pm
O problema é que há-os que nunca trabalharam mesmo.
Dezembro 3, 2010 at 11:25 pm
#84
Qual seria o problema de faltarmos ao abrigo do artigo 102 º ?
Porque acha que é inviável ?
Dezembro 3, 2010 at 11:26 pm
Em frente pela nação com as calças na mão.
Dezembro 3, 2010 at 11:26 pm
#55,
Não somos “cobardes”… antes fossemos. Porque muitas vezes os cobardes são apenas gente fraca que assume as suas fraquezas.
O que “somos”, pelo menos alguns é uns corajosos da treta, que exibem a coragem no meio das massas, uma ou duas vezes por ano.
No resto do tempo, contemporizam com tudo, “ganham posições” e encobrem-se no “legalismo” quando se sugere alguma coisa, mas já são contra o “legalismo” quando este é invocado em outras situações.
Se o TC deixar passar a óbvia inconstitucionalidade do corte salarial, o que fará o contingente fernandino a seguir?
Outra greve geral nos centros comerciais?
Dezembro 3, 2010 at 11:26 pm
No fundo…já sabemos que estamos mortos..como disse o outro I see dead people..devia referir-se a nós..Boa noite.. fui mesmo..
Dezembro 3, 2010 at 11:27 pm
Com sementes de mamão ninguém escoa tanta contestação.
Dezembro 3, 2010 at 11:29 pm
“Os controladores aéreos, devido à especificidade do seu trabalho, podem alegar em qualquer altura não estar em condições físicas ou psicológicas para trabalhar e são imediatamente dispensados.”
Se eu chagar à escola, bater nuns putos, mandar uns colegas para um sitio feio(aqueles colegas maravilhosos que todos temos), não posso alegar não estar em condições para psicológicas para trabalhar?
Dezembro 3, 2010 at 11:30 pm
Estes têm-nos no sítio, não na verborreia.
Dezembro 3, 2010 at 11:31 pm
Quanto ao resto, eu tento perceber uma certa “coligação” de convicções e oportunismos que aqui se formou…
Convicções do Paulo Guinote e outros “lutadores” que no fundo o que estão a defender é uma forma mais ou menos soft de desobediência civil. Com esses eu alinharia se visse que na nossa classe mais do que um número residual aceitaria entrar numa coisa dessas.
Mas também há os oportunistas que por nada deste mundo querem perder um dia de salário. Para eles a “luta” é para lixar o patrão mas sem saírem eles próprios beliscados. No fundo são os mesmos que antigamente metiam o artigo 4º porque ainda não meti nenhum este mês, ou que arranjavam um atestado para ir de férias em tempo de aulas. Os fura-greves que se apresentam ao serviço e depois mandam os miúdos para casa porque não lhes apetece trabalhar também pertencem a este grupo.
Dezembro 3, 2010 at 11:34 pm
#92
Penso que nem o ECD, nem a LBSE, nem mesmo o regulamento interno prevêem essa situação…
Dezembro 3, 2010 at 11:36 pm
#75 – Fernanda já voltas? Então toma lá:
Sábado, 12 de Abril de 2008
O negócio da venda dos professores
A degenerescência das organizações sindicais politicamente controladas não fazia prever outra coisa relativamente ao conflito professores-governo. A pressa do negócio, firmado ontem, 11-4-2008, entre o Governo e os sindicatos de professores, denota que o adversário dos sindicatos parece ser muito mais o basismo dos protestos e a ameaça de criação de sindicatos independentes do PC e PS do que a política humilhante do Governo sobre a classe. Percebia-se que, com mais cedência ou menos cedência, o negócio fazia-se.Fez-se.
Em troca de um qualquer acordo de avaliação, salva-se a face do primeiro-ministro – a ministra Maria de Lurdes Rodrigues e o falcão secretário de Estado Valter Lemos já estão irremediavelmente perdidos – e do Partido Socialista de matriz socratina, que vão cantar vitória e continuar a impor ao País a perseguição de classes a que chamam “reformas”. Como se a avaliação fosse sequer a causa principal dos últimos protestos e, por isso, se devesse aceitar um compromisso que reduz a importância das demais queixas… Até porque, como é sabido de todos, nenhum professor queria, ou quer, evitar uma avaliação até porque é avaliado todos os dias: não queriam era o absurdo de uma avaliação-que-não-avalia o que deve, nem como deve.
Desbaratado no negócio entre os sindicatos e o Governo, fica o prestígio dos professores- além do capital da mobilização (100 mil professores numa manifestação, além dos demais protestos distritais e locais). Porque quem viu a Marcha da Indignação de 8-3-2008 percebeu que a avaliação absurda era apenas o pingo que transbordou o copo do sentimento de degradação da função de professor e da pré-falência do ensino público sob administração utópica. De fora do negócio do saldo dos professores em troca de um acordo, que pseudo-prestigia
sindicatos e Governo, um negócio que, na verdade, envergonha a razão funda dos professores fica, como disse e justifiquei aqui em 9-3-2008, o “delírio didáctico, a desordem pedagógica, o absurdo burocratizante e o abuso laboral do Ministério da Educação”. A razão e a dimensão da indignação dos professores merecia outro respeito sindical/partidário.
Dezembro 3, 2010 at 11:37 pm
a ler
De acordo com o ponto 1, do artigo 67.º, do Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de Março (Regime de férias, faltas e licenças dos funcionários e agentes da Administração Pública)
«O funcionário ou agente que pretenda faltar ao abrigo do disposto no artigo anterior deve
participar essa intenção ao superior hierárquico competente, por escrito, na véspera, ou, se não for possível, no próprio dia, oralmente, podendo este recusar, fundamentadamente, a autorização, atento o
interesse do serviço.».
Dezembro 3, 2010 at 11:37 pm
#87
Podem não lhe autorizar que falte. Podem-lhe injustificar a falta. Podem-lhe exigir os planos de aula. Podem fazer muita coisa para chatear. Eles agora já sabem que o esparguete, um por um, quebra-se com facilidade.
Dezembro 3, 2010 at 11:39 pm
# 95
E desde quando loucura tem que estar prevista na lei?
Se eu tiver um comportamento desadequado no desempenho da minha profissão, não posso alegar não estar em condições de a exercer?
Claro que, insisto, a caganeira oportuna dá muito menos trabalho!
Dezembro 3, 2010 at 11:40 pm
#75 – Fernanda já voltas? Então toma lá – Parte II:
Sábado, 19 de Abril de 2008
O Memorando e a Moção dos sindicatos de professores
Amanhã é outro dia: tempo de combate e esperança. Tempo moral. Um comentário sobre a consulta aos professores relativamente ao acordo entre os sindicatos de professores e o Governo de 11-4-2008. Mais tarde, farei aqui uma análise e síntese do contexto político do acordo. O acordo entre sindicatos de professores e Governo de 11-4-2008 – “Memorando de Entendimento entre a Plataforma Sindical de Professores e o Ministério da Educação” (não-datado) – envolveu ainda, em anexo, uma Declaração da Plataforma Sindical e uma Declaração da Ministra da Educação que têm o objectivo de limpar a face de cada um, tentando cada um demonstrar que não cedeu e que ganhou. Como tenho repetido, os 100 mil professores não participaram na manifestação por causa do aburdo do método e da substância da avaliação dos docentes, mas por causa da regressão do ensino, no meio do delírio pedagógico e didáctico do Ministério da Educação, e da degradação da função do professor. Ora, o acordo não resolve, nem estabelece um método para resolver, as queixas maiores e, portanto, despreza-as, reduzindo o capital de descontentamento à fatídica avaliação. Mais ainda, o Memorando de Entendimento contém, no seu ponto 9, um saco-de-trinta-dinheiros de um novo escalão remuneratório no topo da carreira, o que não vi ninguém na Marcha pedir e envergonha o sentido missionário da indignação. A reivindicação de mais dinheiro acaba por ser sempre a prova-do-algodão das lutas dos sindicatos politicamente alinhados. Mesmo quando a questão não é dinheiro – e na luta dos professores não é! -, a tentação do capital (o vil metal) bate mais forte, principalmente nos sindicatos comunistas. Enlameia-se a indignação funda dos professores quando na luta os sindicatos misturam o dinheiro – qualquer que seja o eufemismo usado para o designar (carreiras, escalões e outros palavras do jargão esotérico) – e o quadro (que não o da aula). Por isso, considerei que o acordo significa a venda dos professores ao Governo pelos sindicatos politicamente controlados pelo PC e PS. Os 100 mil professores que se manifestaram não são todos comunistas: na manifestação existiria uma representação mais ou menor proporcional da preferência partidária dos eleitores, corrigida, admita-se, pela não participação de professores que tenham considerado que participar na manifestação constituiria uma forma de ataque ao Governo que apoiam politicamente. Foi com desconforto que os professores assistiram no Terreiro do Paço em 8 de Março de 2008, no final da Marcha, o discurso de… Manuel Carvalho da Silva, que pareceu uma tentativa de instrumentalizar professores para objectivos que a larga maioria não partilhava; enquanto não foi consentida a intervenção de nenhum líder independente de uma luta que começou inorgânica até ser montada pelos sindicatos. A motivação dos sindicatos politicamente controlados parece ter sido conseguir um acordo a qualquer preço, adoçado pela oferta do bombom amargo do novo escalão, para partir os dentes ao sindicalismo independente que se divisava, mantendo a função de intermediário exclusivo da classe e… do Governo. Como temiam os sindicatos políticos, que, numa admissão da sua perda de representatividade, afirmaram ir proceder a uma espécie de ratificação do acordo celebrado pelas cúpulas em plenários nas escolas, a primeira reacção pública dos professores ao acordo foi negativa, conforme se pôde ver pelos blogues, caixas de comentários e fórum livres do controlo, directo e indirecto, governamental dos media. Avisado por uma leitora, li a revelação do prof. Mário Lopes no blog Movimento Cívico em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência de que na prometida consulta aos professores após acordo com o Ministério as cúpulas sindicais, numa evidência de deslealdade política, não terem submetido o texto do próprio Memorando de Entendimento aos professores nos plenários – organizados e preparados pelos sindicatos -, mas uma Moção em que o acordo é referido de passagem. Fui confirmar e verifiquei que é verdade a tese do “Gato por lebre”. O que foi dado a votar aos professores, nas escolas onde os sindicatos organizaram reuniões, foi uma moção reivindicativa face ao Governo, cujos resultados (até 17/04/2008, com 766 escolas: 669 – 87,3% – aprovaram a moção; e 97 – 12,7% rejeitaram a moção) são, paradoxalmente, usados para demonstrar adesão ao acordo dos sindicatos com o Ministério!…
A luta dos professores foi instrumentalizada pelos sindicatos controlados para propósitos políticos que desonram as suas justas razões.
Dezembro 3, 2010 at 11:40 pm
#98 O esparguete só quebra se a caganeira for da verdaeira e da bem forte!
Dezembro 3, 2010 at 11:41 pm
101 -correcção : verdadeira
Dezembro 3, 2010 at 11:44 pm
Ó Fernanda espero que não regurgites o copo de leitinho com os comentários #96 e #100…
Dezembro 3, 2010 at 11:47 pm
Fernanda ser fraco e cobarde é assinar memorandos de m€rd@ por um prato de lentilhas…
Adeus…
Dezembro 3, 2010 at 11:55 pm
#99 e #101
Escrever essas coisas num blogue, sob anonimato, é fácil.
Segunda-feira experimente convencer o director/a da sua escola dessas suas teses.
Divulgue-as na sala de professores, e veja quantos colegas consegue, na hora da verdade, arrebanhar para a luta que propõe…
Dezembro 4, 2010 at 12:06 am
A greve deu resultadão. Ainda mais que os acordos. Mas não digo em quê.
Dezembro 4, 2010 at 12:08 am
#105 António
Lamentavelmente “o povo é sereno”
Não pretendo convencer ninguém da tese da caganeira ou de se fazer maluco!
Se falei na caganeira oportuna (doença difícil de verificar), foi porque veio para aqui um@ tal de Fernanda1, fazer de santinh@ e dizer que é muitooooooooo difícil arranjar um atestado!
Quanto à sua teoria de incapacidade para a execução de funções dos controladores aéreos, só quis mostrar que também se pode aplicar a nós!
Dezembro 4, 2010 at 12:11 am
Coitada da Fernanda…
Ela é apenas uma crente.
Ser-se praticante de uma religião não retira direitos às pessoas. Ela frequenta a igreja do PCP. Que têm vocês a ver com isso?
O que vocês são é uns ateus!!!
Dezembro 4, 2010 at 12:15 am
#107
Tem razão, o povo é sereno.
Dizem agora que os sindicatos gostam de seguir a cartilha das “lutas”. Mas eu lembro-me bem que depois de os sindicatos terem apoiado o movimento de recusa de entrega dos OIs quando ele se iniciou em algumas escolas, uma imensa quantidade de colegas começou a exigir dos sindicatos garantias concretas de que não seriam prejudicados se os não entregassem.
As pessoas querem lutas, mas não querem incómodos e muito menos correr riscos. Quando o quadro geral é este, de que adianta compararmo-nos com outros que individual e colectivamente assumem posturas tão diferentes das nossas?
Dezembro 4, 2010 at 12:16 am
£108 Luís Ferreira
Tem razão!É o maldito do livro “Caim” que ando a ler que me coloca contra pessoas de tanta fé e crendice!
Dezembro 4, 2010 at 12:18 am
#107
Eu lembro-me de delegados sindicais dizerem que que quem tinha condições para concorrer a titular era obrigado a fazê-lo. Mas deviam ser ovelhas tresmalhadas.
Dezembro 4, 2010 at 12:19 am
Vê a RTP2—
Dezembro 4, 2010 at 12:22 am
#109 António
Eu acho que as pessoas não querem lutas, querem é quem lutem por elas! Assim tratam da vidinha, sem incómodos, como refere, e de preferência sem perder dinheirinho ao fim do mês!
Somos uns tristes! Merecemos o que temos e começo a achar que ainda devia ser pior!
Dezembro 4, 2010 at 12:22 am
Penso que quando MN se avistou com os bispos tinha em intenção uma coisa assim.
Dezembro 4, 2010 at 12:23 am
Agora temos meios para fechar o nosso espaço naval (submarinos). A propósito porque é que um indivíduo com fome que não progride há oito anos na ânsia de pescar uns robalos e sargos à cana para alimentar a família tem de ir antecipadamente ao multibanco comprar uma licença de pesca desportiva?
Dezembro 4, 2010 at 12:23 am
assim tipo monges
Dezembro 4, 2010 at 12:26 am
115
É porque quem está na margem é marginal?
Dezembro 4, 2010 at 12:27 am
A Fernanda deve estar a ver os camaradas aos tiros na RTP2…aos manifestantes…
Dezembro 4, 2010 at 12:27 am
#111
Eu do que me lembro é de que quando saiu o concurso para titulares já tinha saído também a legislação sobre excedentários na função pública. E os colegas o que perguntavam aos sindicatos é se não seriam os primeiros a ir embora caso não concorressem a titulares . E o que se lhes respondia é que, obviamente, os sindicatos não podiam garantir nada a ninguém.
Por acaso conheço sindicalistas que estavam em condições de concorrer a titulares e não concorreram. Mas fizeram-no por convicção e por sua conta e risco. Se corresse mal, não iriam deitar as culpas para o sindicato.
Dezembro 4, 2010 at 12:28 am
#113
Completamente de acordo…
Dezembro 4, 2010 at 12:31 am
Ó livresco, pá, também não percebo para que é essa embirração toda com a Fernanda.
Expôs as suas ideias, argumentou e acabou por colocar a discussão numa perspectiva que me parece interessante e esclarecedora…
Dezembro 4, 2010 at 12:31 am
Ahn? Não era preciso ser sindicalista nem sindicalizado para perceber que não era assim. Como se veio a verificar depois. Então eram apenas incompetentes?
Dezembro 4, 2010 at 12:37 am
#121:
Um abraço António…
Eu faço as pazes com ela…
Qualquer dia fecho a loja e desapareço na penumbra…
Dezembro 4, 2010 at 12:39 am
#122
À posteriori somos todos clarividentes.
Importante é perceber que naquela altura estava ainda o socratinismo com a força toda e ninguém imaginava como iria explodir a revolta dos professores um ano depois.
Outra coisa que interessa entender é que mesmo que isso tivesse sido assumido como uma luta sindical – e não foi, a meu ver correctamente – nunca se conseguiria mais do que um número residual de não-opositores ao concurso. O que não afectava o processo, até simplificava as coisas, pois o número global de vagas de titulares era muito inferior ao de potenciais candidatos.
Dezembro 4, 2010 at 12:41 am
“Agarrem-me se não vou-me a ele!”, tal é a tão garbosa quanto frequente expressão da vontade e do ânimo para a luta da classe docente nos tempos que correm.
Sem verdadeira vontade e força para lutar, discutir formas de luta – sejam elas mais ou menos formais – constitui uma pura perda de tempo ou, quando muito, um exercício de requentado humor.
Talvez quando o bolso sentir mais algum aperto ou o clima na escola implodir, se registe algum abalo nas hostes…
Dezembro 4, 2010 at 12:43 am
Quando se avisa com muita antecedência … são teorias da conspiração.
Quando se avisa com menos antecedência … não há provas nem estudos à maneira que provem.
Depois da asneira feita … era impossível saber.
Em Portugal somos mestres na desresponsabilização.
Dezembro 4, 2010 at 12:45 am
Aposto que vão ficar outra vez muito espantados quando perceberem que isso não acontecerá.
Dezembro 4, 2010 at 12:52 am
Se com cento e tal mil na rua, com o descontentamento e a indignação ao rubro, havia ainda assim tanta gente a vacilar, a capitular, a meter o rabo-entre-as-pernas e a ir à sua vidinha – imagine-se, agora, neste torpor de paz podre como estão as coisas…
Dezembro 4, 2010 at 1:04 am
Um pedido ao autor do blog:
Acabei de escrever um comentário sobre o seu comentário #82.
O que acontece é que não “entrou”.
Quando tiver tempo, poderá desbloqueá-lo?
(poderá ter sido erro meu, pois fiquei um pouco nervosa. será que o enviei? poderei tentar enviar outro, mas vai custar….)
Obrigada.
Dezembro 4, 2010 at 1:23 am
Um 2º pedido ao autor do blog:
Acabei de reescrever outro comentário que, tal como o 1º, também não apareceu.
Será do WordPress? Será novo erro meu?
Pode esclarecer-me o que se passa?
Querem ver que tenho de escrever o 3º texto?
Dezembro 4, 2010 at 1:23 am
Nem vi este post.
Eu concordo com essa de um dia por semana por grupo disciplinar.
É avançar sem medos que quem manda é o povo.
Dezembro 4, 2010 at 1:31 am
Boa noite
Dezembro 4, 2010 at 1:32 am
Ai, Paulo, Paulo!
Está a censurar os meus comentários?
É que já escrevi 4.
Não me vai dizer que tenho de escrever um 5º?
Dezembro 4, 2010 at 1:34 am
Basicamente, o que escrevi resume-se a isto: fiquei triste.
Dezembro 4, 2010 at 1:35 am
após anos de convívio, participação e interacção
Dezembro 4, 2010 at 1:35 am
neste blog, chegou-se a um limite
Dezembro 4, 2010 at 1:37 am
– para si, a expressão “pérola” ´causou a acusação de escrever
Dezembro 4, 2010 at 1:38 am
Até amanhã malta…
Durmam bem…
Dezembro 4, 2010 at 1:39 am
de eu só escrever sujeita a cartilhas, de nada sair da minha própria cabeça
Dezembro 4, 2010 at 1:40 am
, o que lhe vem causando enjoo.
Dezembro 4, 2010 at 1:40 am
O seu limite são as “pérolas”.
Dezembro 4, 2010 at 1:42 am
Após anos de participação, convívio e interacção no seu blog – o blog de Educação mais lido,
Dezembro 4, 2010 at 1:42 am
confesso que o que escreveu me deixou triste.
Dezembro 4, 2010 at 1:44 am
Fernanda 1, chegou a hora do cházinho e caminha. As suas interações afastam as pessoas em vez de as aproximarem. Pense nisso.
Dezembro 4, 2010 at 1:44 am
Falta de fair-play?
Dezembro 4, 2010 at 1:54 am
Nada disso, Olinda.
A Olinda corta relações e afasta-se porque não ousa. Porque não consegue argumentar. Amua, afasta-se, procura a protecção do grupo. Os meus comentários deram origem a várias reações.Não tenho grupos.
Não preciso.
Assumo. Mesmo se caem todos em cima.
E não costumo acabar uma para mim boa conversa com conselhos de tomar chá ou mandar ou outros para a cama quando não me agrada o que me respondem.
Só faltam agora os e-mails e os SMS……..
Dezembro 4, 2010 at 1:56 am
Escrevi 4 ou 5 comentários.
Não passaram.
Nem eram grandes.
Por isso fui despejando às pinguinhas…..
Sorry!
Dezembro 4, 2010 at 2:00 am
Simplesmente lamentável a forma como alguns crápulas aqui atacaram a dignidade de uma mulher…apenas por parecer estar em minoria!
E Paulo…como foi possível esse comportamento tão mesquinho!?
Dezembro 4, 2010 at 2:07 am
As porcarias que alguns aqui deixaram deviam envergonhá-los não já enquanto professores, mas como supostos cidadãos.
Dezembro 4, 2010 at 2:10 am
Deu para ver que não passam de seres mal intencionados, arrogantes e, sobretudo,estúpidos.
Cambada de garotos.
Dezembro 4, 2010 at 2:11 am
Parece-me um tanto ou quanto depressiva ou então “maluquinha”. Se calhar vai mesmo ter de meter o seu atestado. E durma com os anjinhos.
Dezembro 4, 2010 at 2:36 am
#151,
Henrique,
Atente bem no que escreveu aí por cima.
Vamos lá a ver, devagarinho, calmamente…..
1-“É que, sinceramente, andamos todos a ficar um pouco maluquinhos”
XXXXXX
2- “Quantas vezes vou trabalhar com uma valente depressão, por causa desta ou daquela turma, deste ou daquele problema que ninguém quer saber.”
XXXXXXX
3- “Mas existe algum professor, neste nosso Portugal(zinho), que não esteja à beira de uma depressão”
XXXXXXX
4- “Doente já eu ando desde há cinco anos.”
XXXXXXX
5- “Sinto que estou a atingir o limite da paciência.”
XXXXXXX
Adeus tristeza! Já passou!
Ó Henrique,
Mas afinal quem é que anda deprimido?
Lamento que esteja doente há 5 anos. Isso é muito tempo e deixa sequelas.
Tem topda a minha solidariedade.
Mas isso não quer dizer que os outros tenham de estar também malucos e deprimidos, certo?
Certo!
Dezembro 4, 2010 at 2:40 am
Tenho tido, Henrique, conhecimento de bastantes casos como o seu.
Nos serviços administrativos costumam dar uma ajuda sobre o que fazer para pedir uma junta médica.
No seu caso, ficar em casa, parece-me o indicado. Está a prejudicar-se a si e aos seus alunos. Eles não têm culpa.
As melhoras.
Dezembro 4, 2010 at 2:56 am
Esta rapaziada que se assemelha muito a frangos de aviário, revolucionários de pantufas (vide livresco que anda há 5 anos a “avisar” os socialistas que é muito mau e sabe imensos segredos de todos eles, e o Sócrates cada vez é mais 1º ministro), que se está a especializar a atacar os poucos que vão tendo decência na cara (refiro-me ao PCP e até ver ao BE) são os tais professores que ensinam os nossos filhos na escola?
Acham mesmo que estão na profissão certa ou vieram cá parar com o vento?
Vocês não têm vergonha de não serem capazes de responder com um único argumento válido, em vez de provocações, à Fernanda1? Ou será que ela vos parte a espinha, por ser uma das pessoas lúcidas e inteligentes que por aqui passam (e vocês deviam agradecer)?
Reparem no comentário 5: Tu estiveste em Lisboa? Ou ficaste, como estes barões, com os pés enfiados nas pantufas, a dirigir a revolução com um balde de pipocas no colo? Claro que não puseste lá os pés. Se lá tivesses estado não dirias falsidades como esta da CGTP ter impedido seja lá o que for. O que tu tens é uma dose de inconsciência muito grande sobre o perigo grave para a integridade das pessoas (crianças, muitas) que um descuido poderia ter ali causado. Fazes alguma ideia sobre o que estava lá a fazer aquele aparato policial? Viste as provocações que eles dirigiram a muitas pessoas, à espera de reacções para “justificarem” a violência sobre os manifestantes?
Também devias agradecer a existência da CGTP em vez de repetires o que ouves às Sandras Felgueiras.
Dezembro 4, 2010 at 4:13 am
Fernanda 1,
Simpatizo contigo, desde que aqui comecei a vir (início de 2007). 😉
Dezembro 4, 2010 at 10:37 am
Esta dos atestados e dos 102º para camuflar a luta também não aceito. É uma atitude mentirosa e cobarde, uma habilidade manhosa.
Dezembro 4, 2010 at 10:38 am
Pergunta se fosse a caminho de um forno para seres exterminada ias em moralidades ou tentavas tudo para te safares?
Dezembro 4, 2010 at 10:45 am
São situações incomparáveis. Para salvar a própria vida, somos capazes de qualquer coisa. Vê o último “SAW”.
Dezembro 4, 2010 at 10:51 am
Tiro para canto
Dezembro 4, 2010 at 11:04 am
volto a lembrar que
de acordo com o ponto 1, do artigo 67.º, do Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de Março (Regime de férias, faltas e licenças dos funcionários e agentes da Administração Pública)
«O funcionário ou agente que pretenda faltar ao abrigo do disposto no artigo 102.º deve
participar essa intenção ao superior hierárquico competente, por escrito, na véspera, ou, se não for possível, no próprio dia, oralmente, podendo este recusar, fundamentadamente, a autorização, atento o interesse do serviço.»
Dezembro 4, 2010 at 11:11 am
Não conheço pessoalmente a Fernanda 1. Gosto da forma como ela é sarcástica, critica e lúcida, gosto das pessoas que brincam e que vêem as situações por vários prismas. O Umbigo tem, entre outras coisas, o facto de ser um espaço de liberdade. Aqui, muitos de nós, cansados do totalitarismo do ME expõem as suas ideias. É lamentável que, com o calor da discussão, se passe à ofensa gratuita que não serve para o debate de ideias, até porque, caros colegas, o alvo a atingir não são os professores, são aqueles que transformaram a nossa profissão num labirinto legislativo e no engodo educacional.
Dezembro 4, 2010 at 11:19 am
Faço minhas as palavras da Caneta em #161.
Dezembro 4, 2010 at 11:20 am
Dezembro 4, 2010 at 11:21 am
#163 deveria ser este
Dezembro 4, 2010 at 11:37 am
El sindicato “ruega” a sus afiliados que vuelvan al trabajo cuanto antes
http://www.elpais.com/articulo/economia/controladores/mantienen/desafio/elpepueco/20101204elpepueco_2/Tes
Dezembro 4, 2010 at 11:43 am
Esta não tinha mínima a hipótese de ser negada..ingerir uma embalagem de agarlax…se 50 mil o fizessem pelo menos uma semana dava para faltar…
Dezembro 4, 2010 at 11:43 am
A pão e água. Irlandeses protestam contra novas medidas
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Contra a sangria imparável do povo trabalhador, os sindicatos irlandeses convocaram um protesto que teve uma adesão massiva. Mais de 150 mil pessoas, segundo os organizadores, desfilaram no sábado, 28, na capital do país.
Poucos dias após a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da apresentação de mais um intolerável pacote de medidas de austeridade, o terceiro desde o rebentamento da crise em 2008, o povo irlandês saiu à rua para realizar uma das maiores acções de protesto dos últimos anos.
Os motivos são conhecidos. À generalidade da população já duramente sacrificada, o governo quer impor nos próximos quatros anos um severo programa que prevê arrecadar 15 mil milhões de euros. Destes, 10 mil milhões resultam em cortes cegos nas despesas, no essencial sociais, e os restantes cinco mil milhões de aumentos de impostos.
Assim, com a agravante de 40 por cento deste plano draconiano, ou seja seis mil milhões de euros, terem de ser realizados no decorrer do próximo ano, Dublin anunciou, dia 24, que pretende reduzir as prestações familiares e pensões em dez por cento e aumentar a idade da reforma para os 68 anos. Em paralelo, 24 750 empregos públicos serão extintos, regressando o efectivo do Estado aos níveis de 2005.
As despesas de educação e de saúde e os apoios à agricultura sofrerão um corte de três mil milhões de euros. Por último, mas não menos escandalosa, é a redução do salário mínimo nacional, cujo valor horário deverá passar de 8,65 para 7,65 euros.
Menos salários e mais impostos
Do lado das receitas suplementares, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA) irá aumentar para 23 por cento, o que se traduz numa cobrança adicional de 620 milhões de euros. Soma-se um novo imposto sobre a água, e um aumento geral das propinas escolares.
Em contrapartida, o governo do conservador Brian Cowen não quer tocar no imposto sobre os lucros das empresas que é mantido, na proposta orçamental, nos módicos 12,5 por cento, uma das mais baixas taxas fiscais da União Europeia, onde este imposto representa em média 24,7 por cento.
Dado que tanto a Alemanha como Paris vinham pressionando para que esta taxa fosse aumentada, o governo irlandês apressou-se a indicar que se trata de «uma pedra angular da nossa política económica voltada para a livre empresa». Na verdade, mostrando quem manda realmente no país, algumas multinacionais avisaram nas últimas semanas que qualquer agravamento da tributação dos seus lucros poderia significar a deslocalização das respectivas unidades.
O espectro da falência
Dublin sonha em reduzir o défice público para os três por cento em 2014. (Recorde-se que este ano o buraco nas contas do Estado representa 32 por cento do PIB, valor obtido depois da contabilização dos cerca de 50 mil milhões, um terço do produto, injectados no sistema bancário falido). Mas para isso, a economia teria de crescer 2,75 por cento já no próximo ano.
Ora, depois do colapso da economia em 2009 (-7%) e de um cenário pouco animador para este ano (14% de desempregados), é improvável que as tradicionais soluções para salvar os lucros do capital possam conduzir a uma recuperação da economia.
Tanto mais que todo o esforço orçamental parece ser ínfimo quando comparado com os montantes já despejados na banca e que terão de continuar para evitar a falência. À «nacionalização» dos prejuízos do Anglo Irish Bank logo em 2009, seguiu-se a intervenção estatal no Allied Irish Banks, que revelou, na semana passada, ter registado uma quebra nos depósitos de 13 mil milhões de euros, a que se soma uma queda em bolsa de 70 por cento desde o início do ano.
A falência ameaça igualmente o Bank of Ireland, devendo passar muito em breve para a esfera pública, uma vez que já perdeu 90 por cento do seu valor em bolsa desde o início da crise.
Face ao descalabro da banca e prevendo os inevitáveis efeitos recessivos das drásticas medidas de austeridade, que já estão a reduzir à indigência muitos milhares de irlandeses, o anúncio da «ajuda» do FMI e da UE no montante de 85 mil milhões de euros (35 milhões dos quais se destinam à banca), não contribuíram em nada para acalmar os credores. Na mesma semana, estes elevaram a taxa de juro de novos empréstimos para nove por cento.
A era do capitalismo está a chegar ao fim, e ante o povo irlandês coloca-se a tarefa cada vez mais urgente de o suprimir, sob pena de desaparecer do mapa. Como gritaram os manifestantes, no sábado, «os cortes orçamentais salvam a banca, não a Irlanda».
Dezembro 4, 2010 at 4:18 pm
Esta coisa balimunda….nossa senhora!
Que nulidade intelectual!!!!!!!!!!!
Dezembro 4, 2010 at 5:16 pm
sindicalistas da fenprof: meteis nojo com as vossas tácticas sujas de tentativa de controlo dos professores. Fizesteis um lindo serviço ao socras, com os apelos às formas de luta “únicas e leais!”, com as assinaturas de acordos, com as orientações para os professores concorrerem a titulares (tenho n exemplos de colegas que poderão testemunhar que foi essa a orientação que receberam de sindicalistas afectos à fenprof; escusam de tentar agora atirar areia e fazer dos outros parvos) e é isso que irá ficar para a historia, quando daqui a alguns anos se fizer a história do que se passou. As vossas tentativas repetidas para apresentar a vossa versão oficial do papel dos movimentos independentes na luta dos professores, é nojenta e patética.
Estais completamente desacreditados junto dos professores que todos os dias trabalham nas escolas.
Dezembro 4, 2010 at 5:22 pm
Quando aqui se referem exemplos de lutas de outros grupos profissionais, inesperadas, eficazes, e à revelia dos sindicatos, noutros paíse europeus (controladores aéreos em Espanha, médicos anestesistas e trabalhadores dos transportes, em França, etc) são os sindicalistas portuguese os primeiros a vir dizer que assim não vale, assim não pode ser… que não são formas de luta legais, e que não dão resultado.
O pm e os ministros não têm de se preocupar. Há quem faça o trabalho de desmobilização…
Dezembro 4, 2010 at 11:31 pm
“#48,
Falei no 102º.
Mas e se falasse em atestado?
Uma coisa eu sei… há quem nem com 102º ou atestado faça qualquer diferença na vida das escolas, porque lá não está há anos.”
Paulo: Bem sei que falou no 102 e, portanto, o meu comentário não visava essa questão. Ma houve quem falasse nos atestados. E, por isso, é que defendi uma forma assumida de desobediência civil, como, no limite, seria a utilização concertada dos 102.
Se o Paulo também falasse nos atestados, do meu ponto de vista, fazia toda a diferença. Porque, francamente, não percebo o argumento que é dado. Do facto de os outros fazerem asneira, segue-se que eu também deva fazer a mesmíssima asneira que critico?
Aproveito também para dizer que não percebo a agressividade para com a Fernanda 1, que não conheço a não ser daqui.
Sempre aqui se defendeu a liberdade de expressarmos ideias sem censura. O contributo da Fernanda, aliás com prosa frontal, não merece o mesmo tratamento?