Surgem hoje no DN as seguintes declarações de Alexandre Ventura, o SE que antes de o ser já morava na 5 de Outubro enquanto presidente do CCAP:
Ao final do dia, depois de uma longa ronda negocial, o secretário de Estado adjunto da Educação foi inequívoco. “Os docentes com ‘excelente’ e ‘muito bom’ têm garantida a sua progressão. Mas haverá quotas, um dispositivo de diferenciação do mérito”, disse Alexandre Ventura, em conferência de imprensa, quando questionado sobre a progressão dos professores. Apesar de tudo estar ainda em cima da mesa, o governante deu a entender que o Governo será firme nesta posição.
O Governo e o ME podem até achar que com uma mudança de estilo e cortes de cabelo apresentáveis será possível convencer a opinião pública que os profes são os maus da história.
Mas a realidade supera as ficções encenadas por spin-doctors falhos de novas ideias e será fácil demonstrar que – levadas à prática como estão – as propostas do ME para a carreira docente são ainda mais gravosas para a progressão do que o ECD em processo de revisão.
Já sei que Alexandre Ventura detesta o ruído introduzido pelos blogues na pasmaceira dos gabinetes mas, isso posso garantir, será demonstrado por meios claros e não demagógicos que aquilo que ele está a tentar fazer passar é algo extremamente gravoso para os docentes, em especial aqueles que no início de carreira terão de superar três afunilamentos na carreira, ditados por critérios administrativos (as vagas serão abertas por determinação do Min. Finanças e não pelo mérito dos profissionais).
Essa demonstração deve ser feita por sindicatos, bloggers e outros analistas com rigor, ponderação e coerência, não reagindo de forma epidérmica ou de acordo com agendas de facção.
A esse respeito é importante ler este longo post no Topo da Carreira e é decisivo que todos os educadores e professores se informem com rigor das coisas e não apenas por ouvir falar ou ler de raspão no jornal que está em cima do balcão do café.
Poderão acabar com os titulares – algo que festejarei, apesar de tudo – mas se isso for feito à custa de múltiplos estrangulamentos na carreira, qualquer acordo que o ME espere não terá o acordo da generalidade dos docentes, já que a atitude de expectativa semi-benevolente que quase todos aceitámos ter está perto de se esgotar.
Não porque os prazos sejam curtos ou as negociações demoradas, mas apenas porque não se vê que a boa-vontade demonstrada deste lado esteja a ter qualquer contrapartida substantiva do outro lado.
Se em relação a Isabel Alçada a minha expectativa partilhou a de muitos que acreditaram que ela não foi para a 5 de Outubro para se chamuscar ou queimar por completo, já quanto a Alexandre Ventura – pela forma como colaborou de forma activa e diligente com a anterior equipa do ME – as minhas esperanças sempre foram muito escassas. Pode passar melhor na televisão do que a dupla de marretas que o antecedeu, mas isso também o primeiro passa e não é por isso que acreditamos no que ele diz.
Dezembro 6, 2009 at 12:39 pm
Mudaram as moscas e a bosta é um pouco mais rala.
Dezembro 6, 2009 at 12:40 pm
depois não se diga que no Umbigo não há firmeza e posicionamento…
está muito bem traçada a fronteira entre o negociável e o inalienável!
Dezembro 6, 2009 at 12:40 pm
perdão: “firmeza de posicionamento”
Dezembro 6, 2009 at 12:41 pm
Por que não caiem mais Cessnas em Camarate?
Dezembro 6, 2009 at 12:41 pm
#4
Porque ninguém tem mais tomates para abatê-los!
Dezembro 6, 2009 at 12:46 pm
Há um novo funcionário subalterno, obscuro, diligente e acrítico nas caves Ministério das Finanças; de sua graça, Alexandre Ventura.
Take care…
Dezembro 6, 2009 at 12:47 pm
Este é o resultado do presente envenenado do PSD. Neste momento tenho a certeza que se o PSD tivesse votado ao lado da oposição este douto da papelada e borucracia não andava aqui a fazer de conta que está a negociar com os sindicatos!
Dezembro 6, 2009 at 12:50 pm
#6
Alexandre Ventura o tanas! Alexandre Silva
Dezembro 6, 2009 at 12:53 pm
Conheço as entranhas deste governo e sempre o disse:
Não estamos a lidar com gente honesta, antes pelo contrário, para o José Sócrates os professores são uma classe a abater – literalmente…
Não! Não aceito ser roubado, humilhado e pisado!
O Estado está a saque:
06 Dezembro 2009 – 00h30
Agricultura
Contratados 92 seguranças
Estado vai gastar de 3,5 milhões de euros com empresas privadas quando tem 900 funcionários na mobilidade.
Saiba mais na edição em papel do jornal ‘Correio da Manhã
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=63A0CCA4-8FD1-43CB-A900-F5EDBA002623&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181
Dezembro 6, 2009 at 12:54 pm
começo a ficar deprimida…
Afinal, a única boa notícia foi o fim da divisão da carreira… Coisa que nem é o mais importante, excepto para desinchar os peitos de alguns adesivos que gostavam muito da titularidade…
Mas as quotas… essas sim, eram o cerne da questão… A nossa luta ainda será longa… Pressinto.
Dezembro 6, 2009 at 1:01 pm
Este Partido Socialista representa um ultraje à Democracia bem representado por esta entrevista ignóbil e vergonhosa deste peão e marioneta chamado Francisco Assis, fascista? claro que sim…vá chamar infantil à sua mãe:
Entrevista: Francisco Assis
A oposição ainda está numa fase infantil nesta legislatura
(…)
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1440155
Dezembro 6, 2009 at 1:01 pm
além de dar aulas temos de tratar destes ladrões… que chatice
Dezembro 6, 2009 at 1:21 pm
– Inaceitável!
E custa-me a crer que Isabel Alçada pense e queira ir por esse caminho.
Por isso ESPERO QUE O PSD se pronuncie RAPIDAMENTE sobre esta matéria.
– Porque se o objectivo foi pretender ser o “JUÍZ” do processo negocial, É BOM QUE INDIQUE RÁPIDA E CLARAMENTE QUAIS OS CAMINHOS QUE PODEM SER SEGUIDOS… E QUAIS OS PROIBIDOS!
Ou será que já temos efectivamente um “toma-lá-dá-cá-rosa-alaranjado” combinado por debaixo da mesa…?????
Que o PS não entenda a importância dos “votozinhos” dos professores, o problema é deles.
Mas que o PSD não compreenda…
… É UMA MUITA ESTUPIDEZ JUNTA NUMA MESMA ASSEMBLÉIA!
E contra a estupidez, os PROFESSORES sabem muito bem o que fazer…
…
…
…
Dezembro 6, 2009 at 1:24 pm
assembleia…
Dezembro 6, 2009 at 1:25 pm
Pois… não percebo porque alimentaram falsas esperanças… em relação ao Ventura (grande estilo… deixem estar que o homem gosta…)
Mais do mesmo… por acaso até pior em vez de um estrangulamento para a segunda metade, levam não 1, 2 mas sim 3 marca passos a começar logo no início para se irem habituando… ah o pinóquio é uma pessoa feliz… vá lá inventem mais umas para lixarem os profs… felicidade…. felicidade…
Dezembro 6, 2009 at 1:29 pm
O estado de graça já foi. Apesar de continuar satisfeita com o fim da divisão da carreira docente e a morte do actual modelo de avaliação, anunciadas pela nova equipa do Ministério da Educação (ME), a Federação Nacional de Professores – Fenprof já começou a preparar o terreno para voltar às acções de protesto: ontem, adiantou que vai começar a realizar plenários nas escolas e agendou para Janeiro uma “iniciativa nacional”, envolvendo todos os docentes.
Dezembro 6, 2009 at 1:32 pm
O PSD fez um “belo trabalhinho” na Assembleia!
Dezembro 6, 2009 at 1:39 pm
Ingénuos..Mas achavam que de repente um lobo se pode transformar em cordeiro?…Não é claro; o que aconteceu é que que o lobo vestiu-se de hiena…e deve estar a rir-se de nós à brava…
Dezembro 6, 2009 at 1:42 pm
Logo é melhor…
Dezembro 6, 2009 at 1:44 pm
Porque o nosso mundo mais cedo ou mais tarde vai ser mais ou menos este…Vou ao almoço..Inté..
Dezembro 6, 2009 at 1:46 pm
Ámen…
Dezembro 6, 2009 at 1:57 pm
[…] mesma forma, parece-me que ficam também respondidas as questões levantadas pela Mariazeca e pelo P. Guinote, em dois posts que se referem ao processo de negociação em […]
Dezembro 6, 2009 at 2:09 pm
Ainda bem: já começámos a rasgar as vestes.
Tal como há quatro anos, aquando da discussão e aprovação do ECD, voltámos a ser ingénuos.
É evidente, como o PG aqui escreveu, que era necessário dar tempo à nova equipa ministerial para que esta pudesse arrumar a casa e apresentar as suas propostas, mas eu nunca acreditei que nada de bom pudesse advir daí, visto que a ideia é só uma: poupar dinheiro à custa dos profs.
O resto é conversa. Espero mais comentários caricaturais da Reb ao rasgar das vestes, até porque alguns já o começaram a fazer.
Boa sorte!
Dezembro 6, 2009 at 2:18 pm
O que meia dúzia de professores não fazem por uma classe que, cada vez mais, não merece o respeito dos seus pares.
É com alguma tristeza que afirmo isto, mas é a pura das verdades: “Há professores que, após cinco anos de tanto confronto, continuam a gostar de levar na pinha”.
Dezembro 6, 2009 at 2:28 pm
Quem aceita estar num governo presidido por um crápula (= indivíduo sem escrúpulos), que assinou projectos que não desenhou, que tirou um diploma por fax a um domingo, que está envolvido até acima do cabelo no Freeport e na Face Oculta, sem falar na Cova da Beira, merece a minha total desconsideração.
Quem, depois de tudo o que se sabe, continua a sentar-se à mesa do governo com tamanha criatura, ou não tem dignidade nenhuma ou só se preocupa com a gamela…
Quanto à questão da progressão, sabendo-se que não há dinheiro para todos chegarem ao 10.º escalão, não faltam mecanismos de mérito para permitir que só alguns cheguem lá cima, mas mecanismos de verdadeiro mérito.
Mas é preciso que a mesma contenção financeira se aplique a todos por igual e não só aos professorzecos…
Dezembro 6, 2009 at 2:29 pm
Creio que já toda a gente percebeu que, na óptica do governo, o acesso ao topo da carreira só vai ser para alguns.
O PS só ainda não descobriu o ovo de Colombo da educação: convencer professores e opinião pública que não há outro caminho. Mas que vai tentar descobrir o ovo, ai lá isso vai. Aliás, já se vêm mudanças nalguns bloggers. Porque será?
Dezembro 6, 2009 at 2:39 pm
#26. Lobo vê lá se a ovelha não te come por trás…está descansado que a palhaçada acaba quando o Joselito for para a cadeia. PIM
Dezembro 6, 2009 at 2:40 pm
#26. Não aprendes pois não…bem podes mudar de nick.
Dezembro 6, 2009 at 2:48 pm
Olha Lobo lê:
domingo, 6 de Dezembro de 2009
O Estado promíscuo de face oculta .
(…) Entretanto alguém (do gabinete do próprio primeiro-ministro?) informou o CM em 5-12-2009, que «Sócrates tem o mesmo número de telemóvel desde 2007, altura em foi forçado a substituir o telefone que perdeu». Esta informação não desmente, nem confirma, que as alegadas conversas com o Dr. Armando Vara tenham passado a ser realizadas por outro número e aparelho. Creio que nos próximos dias, outras explicações oficiosas serão apresentadas para combater mais este escândalo.
Todavia, em análise abstracta, se existirem, com quem quer que seja que os tenha produzido nesse processo, dois discursos opostos – um aberto no telemóvel de contacto habitual anterior de completa inocência, e outro na mesma altura, com um sentido contraditório, onde os factos são assumidos e, eventualmente, até se goza com a encenação realizada nos aparelhos e números anteriores -, nesse caso, a confissão do embuste tem de ter consequência legal e política.
A situação do Estado complica-se porque a dúvida instalou-se sobre a cúpula do Estado. Porém, em vez de clarificar imediatamente os factos e, com transparência, informar a população sobre a conduta do Estado, mantém-se propositadamente o jogo semi-opaco de sombras chinesas.
Nessa sombra, movem-se agentes e mandantes. É das sombras mais negras da corrupção de Estado que proveio a desinformação de sexta-feira, 4-12-2009: as falsas escutas. Alguém colocou (no Scribd?) duas páginas com alegados «extractos de transcrições» de escutas entre Armando Vara e José Sócrates, indicadas como referentes a 30 de Junho, 19 de Agosto e 4 de Setembo de 2009. Pareceu-me, logo nessa manhã, conversa para boi dormir, como dizem os nossos irmãos brasileiros. Não tive tempo de postar, mas postar nem devia, pois o efeito pretendido era a diversão da notícia do dia: a alegada troca de telemóvel do primeiro-ministro a partir de 25 de Junho. Exactamente no mesmo dia em que se fazia a acusação de «política de buraco de fechadura». Agora, que se esfumou o efeito – e semi-tapou mais uma notícia (pois quem controla os media, dispõe do carpet bombing que soterra os escândalos, cuja difusão bloqueia, debaixo do pó das diversões) – é altura de dissecar o caso.
Trata-se de um trabalho profissional: tem objectivos certos, usa meios adequados e processos consistentes e difunde uma mensagem precisa.
Quais são os objectivos:
1. Enterrar o escândalo do dia no semanário Sol.
2. Soltar uma primeira versão das escutas para poder alegar que alquer que venha não interessa (muito menos poder ser comentada…) por ser provavelmente falsa: escutas há muitas, isso é tudo falso, etc.
3. Atacar os magistrados de Aveiro, o procurador coordenador do DIAP, Dr. João Marques Vidal e o juiz de instrução, Dr. António da Costa Gomes.
4. Preparar a opinião pública para o eventual vernáculo (o que se publicou do processo Casa Pia, dispensaria a confirmação que já veio em certos media) do primeiro-ministro, evitando o efeito da linguagem do presidente Nixon nas gravações das conversas no seu gabinete.
5. Evitar um processo colocado pelo Presidente da República e a líder da oposição Dra. Ferreira Leite que são atacados com suavidade (Ferreira Leite ainda apanha, mas percebe-se que a classificação ainda é branda para o estilo conhecido) – os insultos escabrosos são aplicados apenas José Manuel Fernandes e a Manuela Moura Guedes. Já Marinho Pinto é tratado com toda a lisura e até pelo cargo (só faltou dizer o «senhor Dr. Marinho e Pinto»…).
6. Atirar a responsabilidade do negócio TVI para os espanhóis da Prisa, que aliás, nem estavam bem com Zapatero e alegar inocência absoluta do PM nesse negócio.
Qual foi o meio? A colocação anónima das alegadas transcrições na internet (Scribd? ou outro dos muitos meios de colocação anónima de informação na net) com alguma faúlha de referência em caixas de comentários, que passa para mails, daí para os blogues e… num dia todo o País conhece. Nesse sentido, foi imprudente porque prova a eficácia do meio e do processo para os adversários.
Qual foi o processo? A elaboração de um texto verossímil q.b., com timbre falso, que dure umas horas, de preferência aguente a manhã de sexta-feira, e possa ser desvalorizado depois como tosco. Quem o fez, podia ter posto as habituais interjeições, gaguejos, repetições, semeado a palavra «imperceptível», mas optou por fazer uma peça de teatro com a substância certa (alvos determinados e mensagem) e a forma deliberadamente errada. Quem o fez, fê-lo, porém, mau demais, traindo-se no seu profissionalismo.
E qual é a mensagem? Distinguem-se dois conteúdos:
1. O palavreado escabroso, o calão mais sórdido, o desprezo mais inumano, é normal, aceitável e legítimo, para se referir aos adversários políticos. Com a chuva de comentadores a dizer que isso é virtuoso e saudável, porque é um sinal de franqueza e de autenticidade, fica o País preparado para aceitar, e desculpar, o nível mais baixo possível de linguagem quando as escutas reais forem finalmente publicadas – como foram as Watergates tapes, apesar da pressão do presidente Nixon para impedir a sua divulgação, com os seus agentes no aparelho judiciário.
2. O primeiro-ministro nada tem a ver com a compra da TVI, não manda, não sabe de nada e somente ouviu rumores, informações vagas e intenções precárias da empresa.
É o País que temos, num tempo sujo que nos calhou em sorte mudar. Um país onde centros de inteligência promovem informação, contra-informação e desinformação, com fins privados, contrários ao interesse do Estado e à margem de qualquer lei ou supervisão. E um Estado que sofremos. Um Estado promíscuo de face oculta.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2009/12/o-estado-promiscuo-de-face-oculta.html
Dezembro 6, 2009 at 3:02 pm
Os professores que acreditaram no PSD estiveram sempre distraídos. A política não é da Isabel Alçada é do PS e do PSD. Eu avisei inclusive num blogue “do portugal profundo”, que foi muito activo na campanha e depois calou-se no que toca aos professores, avisei que não acreditassem nas promessas da Ferreira Leite, fui ofendido e o meu comentário apagado. Se não me tocasse pela porta diria ” é bem feito!”
Dezembro 6, 2009 at 3:06 pm
PAULO:
Obrigadinho pela ATENÇÃO crítica que manifestas
Dezembro 6, 2009 at 3:15 pm
É importante que os sindicatos ouçam os professores e que não aceitem esta proposta: é indigna, pouco séria, escandalosa.
Dezembro 6, 2009 at 3:32 pm
Para mim isto vai-se arrastar até ao fim do 2º período…aposto o que quiserem..já que disse que talvez fosse até ao fim do ano lectivo….rectifico…o facto de o governo ser minoritário e do Cavaco ter eleições em 2011 faz com que essa hipótese não seja verosímil…Ok aceito isso..todavia até à Páscoa não acredito que saia algo das ditas negociações…Vão ver…os tais 30 dias vão-se multiplicar por 4…
Dezembro 6, 2009 at 3:33 pm
digo: já aqui disse que…
Dezembro 6, 2009 at 3:33 pm
Vou ver alguns testes-poucos- e descansar..Inté…e sejam ingénuos até estarem no forno…outros o foram…6 milhões…
Dezembro 6, 2009 at 3:35 pm
A proposta do ME está altamente armadilhada e é uma pescada de rabo na boca, mas escondida. Se não vejamos:
Não há titulares, qualquer um pode ser coordenador do Departamento, desde que o Director assim o entenda…
Isso significa que poderão estar no CP, logo podem pertencer à equipa de avaliação. Mas por outro lado, diz a proposta que o avaliador nunca poderá estar num escalão inferior ao avaliado. A equipa de avaliação é constituída por 4 elementos (tendo que estar todos os grupos e graus de ensino representados) + o director (o que é isto, se não a CCAD actual?).
O relatório de auto-avaliação deverá ter em anexo os documentos comprovativos (Porta -folhas???).
Avaliação de 2 em 2 anos (igual)
2 aulas assistidas/ano para quem quiser ter MB e Exc. (simplex).
Logo, é fácil concluir, fica tudo como está.
Se não estivermos atentos os sindicatos vão fazer outra burrice!
Dezembro 6, 2009 at 3:38 pm
#27, 28 e 29
Ó Livresco, e que tal umas explicações de Língua Portuguesa? Assim talvez aprendesses a interpretar textos, vendo neles o que lá está escrito. Irra, é cada bronco!
Dezembro 6, 2009 at 3:39 pm
Os sindicatos -como muitos outros-vão vender-ser por pratos de lentilhas..resta saber a qualidade…É próprio do ser humano…quem dá mais…? E os que não querem são afastados…fui…
Dezembro 6, 2009 at 3:39 pm
Bom texto. Totalmente de acordo.
Dezembro 6, 2009 at 3:49 pm
O extraordinário disto tudo foi a habilidade com que a agora-dupla Socas/Alçada conseguiram convencer-nos que estavam a ceder às nossas reivindicações para, uma semana depois, apresentarem um novo esboço de estatuto-avaliação que é EXACTAMENTE IGUAL ao anterior. Com a agravante de impedir a progressão não só aos não-titulares ( como dantes) mas sim a TODOS a partir do 3º escalão.
Se não têm dinheiro para nos pagar, DIGAM-NOS ISSO MESMO!
Mas não nos aldrabem mais.
Isto é maquiavélico!!
Dezembro 6, 2009 at 3:52 pm
Sendo as razões dos “bloqueios” à progressão única e exclusivamente economicistas, tratem-nos a todos por igual!!
Não venham com o argumento do mérito.
Se 4 tiverem MBom na palhaçada da avaliação e as quotas forem 3, o que acontece ao 4º-cheio-de- mérito??
Brincamos??
Dezembro 6, 2009 at 3:53 pm
Eu acho que nós devíamos desmontar tudo isto partindo do conhecimento real que temos.
Na verdade, alguém sabe diferenciar um professor Bom de um M. Bom???
Dezembro 6, 2009 at 3:54 pm
Bulimunda, isso de “os sindicatos” é muito vago…
Se o anterior ME afrontou igualmente todos eles, permitindo uma coisa inédita que foi a formação da plataforma sindical, cheira-me que estes vão voltar à estratégia clássica do “dividir para reinar”.
A FENPROF já disse claramente que esta carreira dos 3 funis e das quotas correspondentes não assina. E quer ouvir o que pensam os professores.
Resta agora estarmos atentos ao que dizem os outros sindicatos e federações. É que andam para aí alguns com muitos sorrisinhos e outros muito caladinhos…
Dezembro 6, 2009 at 3:54 pm
#40,
É isso mesmo!
Dezembro 6, 2009 at 3:56 pm
Reb, queres um socratino a falar verdade?
Isso deve ser tão difícil como inventar a roda quadrada ou o camelo passar pelo buraco da agulha!
Dezembro 6, 2009 at 4:01 pm
Acabei de ver os testes. Uauuu…………
Falta só 1 coisinha.
Hoje comprei alguns DVDs em saldo.
Vou ver 1 filmito, que os outros são para a escola…..
“Nunca é tarde demais”, com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Já vi 1 ou 2 vezes. Vou ver a 3ª!!!!
Para descansar a cabeça.
Dezembro 6, 2009 at 4:05 pm
Concordo inteiramente que é preciso desmontar todas estas teorias fascizantes da avaliação.
A propósito do professor/a dito excelente:
Qual de nós é que não se cruzou com um daqueles colegas que se acham excelentes, e que faz questão que todos o achem como tal?
E que para demonstrar a sua excelência, monopoliza o uso de recursos escassos/limitados da escola, inventa actividades para as suas aulas e as aulas dos outros, obrigando-nos, por exemplo, a deixarmos de dar as nossas aulas para levarmos os alunos à actividade do colega “muita bom”…
É preciso que se diga que a “excelência” da alguns muitas vezes não passa de “show-off” e “public-relations”: dar nas vistas qb e cultivar os relacionamentos certos dentro da comunidade escolar.
Dezembro 6, 2009 at 4:07 pm
#42
“Eu acho que nós devíamos desmontar tudo isto partindo do conhecimento real que temos”.
A melhor maneira de desmontar é deixar de embarcar na discussão do mérito e da avaliação e denunciar aquilo de que realmente se trata. Fazer os assalariados da FP pagar pela incompetência e desmandos de quem governa (política e economicamente).
Dezembro 6, 2009 at 4:12 pm
#48:
A política socratina foi isto desde o primeiro dia:
Reduzir despesas públicas com salários e progressões para sobrar mais fundo de maneio para Otas e TGVs, além das negociatas do costume com as obras públicas e particulares, como as novas auto-estradas, o magalhões ou as urbanizações em áreas protegidas.
O que lamento é que tenham sido tão poucos a percebê-lo desde o início…
Dezembro 6, 2009 at 4:14 pm
#47, julgo mesmo que a riqueza de uma escola vem tb de os alunos terem um leque de professores variado. Há muitos estilos. Há muitos métodos. Há várias personalidades.
E os alunos aprendem com todos ( se exceptuarmos os “baldas” que felizmente são poucos).
Desde que um professor domine a matéria que ensina e seja empático, no sentido de compreender onde estão as dificuldades dos alunos, é um bom professor!!
Se tiver um dossier ( portfolio) muito bem organizado passa a ser um M.Bom professor??
Porquê??
Se trabalhar na plataforma moodle é melhor que o colegas do lado que não a usa?
Porquê?
E qdo os alunos estiverem fartos de pwerpoints e moodles ( como começa a acontecer) e gostarem de escrever com giz??
onde fica o tal salto qualitativo do Bom para o M.Bom??
O povo diz que o “óptimo é inimigo de Bom.”
A sofisticação não é sinónimo de qualidade.
O cerne da nossa profissão está na interacção do professor com os seus alunos enqto lhes transmite conhecimentos. Se “chega a eles” é um Bom professor ou um Muito Bom professor, o que é exactamente a mesma coisa!
Dezembro 6, 2009 at 4:22 pm
Alguém assistiu ao programa da SIC Notícias – “Plano Inclinado” do Mário Crespo, ontem às 22.00h?
Aprendi que afinal, os docentes do ens. superior são avaliados apenas pelos trabalhos que publicam. Quanto às aulas que dão, não interessam para nada! Isto foi dito por um tal de “Duque”, que eu não sei quem é! ( Perdõem a minha ignorância, mas já deixei a Fac. há mais de 30 anos e não a fiz em Lisboa!)
A mesma ideia foi sublinhada pela DRA Bonifácio, que tb. admitiu que nunca quereria ser prof. do básico ou sec. pois não ” sabe ensinar”! Mais ou menos isto!
Dezembro 6, 2009 at 4:29 pm
hope, disseram-se outras coisas interessantes nesse plano inclinado. Por exemplo: se a carreira do superior é hierarquizada e se só se progride quando há vaga, porque razão deve ser diferente no básico e secundário ?…
Eu desconfio e já desconfio há muito que não há termos possiveis que possam servir a um acordo… quando num dos lados se defende a carreira horizontal sem constrangimentos à progressão, que raio de acordo poderá existir ?
Dezembro 6, 2009 at 4:34 pm
#50:
Concordo inteiramente e acrescento: é empobrecedor para os nossos alunos queremos definir um perfil ideal de professor, partindo do princípio de que se o professor não corresponder àquele modelo está justificado que os alunos não aprendam.
A escola deve servir para os alunos terem professores e colegas diferentes uns dos outros e aprenderem a trabalhar e respeitar todos eles, aceitando as diferenças.
Pois é isso a vida em sociedade!
Dezembro 6, 2009 at 4:42 pm
Creio que é claro, para todos nós, que a avaliação, da forma como se pretende implementar, tem apenas propósitos economicistas.
Tenho para mim que a grande maioria dos professores portugueses exerce a sua função de forma séria e competente, sustentando, com o seu profissionalismo, um edifício estruturado de forma deficiente. Como alguém já aqui disse, “Desde que um professor domine a matéria que ensina e seja empático, no sentido de compreender onde estão as dificuldades dos alunos, é um bom professor!!”
Mas, dirão, os professores são todos competentes?
Claro que não, todos sabemos – os que estão no terreno sabem – que há uma minoria (felizmente que é uma minoria!) que encara as coisas de ânimo leve, mas quase sempre atenta à onda vigente. E é precisamente para detectar esta franja minoritária que a avaliação deve servir. Ou seja, deve-se avaliar para melhorar o sistema, não para reduzir os seus encargos.
Quando a avaliação tiver estes objectivos, eu serei o primeiro a aplaudi-la!
Dezembro 6, 2009 at 4:43 pm
#51 e #52:
Por acaso também assisti e reparei na incongruência: quando se falou em avaliação da prática pedagógica, tanto a Bonifácio como o Duque aludiram ao professor universitário que não precisa de saber ensinar. Nisso consideram-se diferentes (para melhor!) em relação aos colegas do básico e secundário.
Já na questão da progressão na carreira, aí querem a igualdade: os outros devem ter restrições à progressão porque nós também as temos! Mais não é do que a invejazinha à portuguesa a funcionar…
Dezembro 6, 2009 at 5:15 pm
#54:”tem apenas propósitos economicistas”
Claro que tem. O facto do dinheiro ser finito é uma desgraça e uma injustiça que temos sempre dificuldade em aceitar.
Dezembro 6, 2009 at 5:18 pm
#56,
Eu acho que há gente a quem isso é mais difícil de aceitar do que aos professores.
Dezembro 6, 2009 at 5:20 pm
# 56
Claro que o dinheiro é finito, é uma questão de o gerir BEM e orientar adequadamente.
Queres um exemplo?
8 mil milhões para o ME.
20 e tal mil milhões para representação do Estado.
Estás de acordo?
Já agora: para quantos orçamentos do ME dá o que se pretende gastar no novo aeroporto? E na 3.ª travessia do Tejo?
Dezembro 6, 2009 at 5:26 pm
os gajos estão a roubar os professores e se não houver reacção vão continuar…vem nos livros!
Dezembro 6, 2009 at 5:32 pm
Eu só gostava de saber o que pensa a Isabel do pseudónimo sobre tudo isto, pois parece-me que a máquina «spin» continua com os mesmos princípios: mandam o SE falar, para não queimar a nova ME.
Ela concorda com tudo isto, ou é um mero joguete nas mãos do fuminhos?
Dezembro 6, 2009 at 5:37 pm
Como é que eram os números que foram apontados há uns dias atrás?
20 milhões para as progressões dos professores e qualquer coisa como 2000 milhões para o buraco do BPN, não é?
Os dinheiros são finitos… nas também há buracos que pelos vistos não têm fundo!
Dezembro 6, 2009 at 5:38 pm
Por que é que só caiem os aviões errados?
Dezembro 6, 2009 at 5:40 pm
#60:
Deve aparecer quando chegar a altura de distribuir os rebuçados aos professorzecos.
Fica imenso bem a uma tiaaa…
Dezembro 6, 2009 at 5:40 pm
Se o dinheiro não chega não gastem tanto em p**** e vinho verde. Se deixarem de roubar à descarada, promover os amigos e sos seus negócios,triplicar os seus ordenados e avenças e criar sacos azuis e contas em offshore…o dinheiro aparece para pagar a quem trabalha mais num ano que estes politiquelhos em dez.
Dezembro 6, 2009 at 5:43 pm
Claro!
“Têm de ter pq. nós tb. temos!”
Sempre pensei que profs do superior teriam melhores argumentos!
Progressão… convivo de perto (há muito tempo) com um simples empregado bancário, cuja avaliação/progrssão dependia ( já se reformou!) por ex. da quantidade de aplicações nisto ou naquilo que conseguia “empandeirar” aos clientes ( de acordo com os objectivos da agência) ou da quantidade de ” moedas comemorativas” de qq. efeméride ou da quantidade de peças da “Vista Alegre”- edições limitadas, etc, etc, numa altura em que os professores iam progredindo com o tempo de carreira, acções de formação e relatórios de desempenho. Habituei-me a ouvir falar dessas avaliações por objectivos e cheguei-me a perguntar sobre o que teriamos nós para “vender”! Que estupidez de pergunta: SUCESSO ESCOLAR, pois claro! E de um momento para o outro descubro esta diferença abismal entre o ensino secundário e o superior:
Objectivos no secundário – entreter crianças e jovens e ter sucesso escolar!
Objectivos no superior- debitar ciência e inovação e publicar trabalhos!
Pelos vistos, no sec. o “papel principal” é dos alunos. No sup. o “papel principal” é dos professores!
Passei a concordar com a dra. Bonifácio – é mesmo preciso um “ano zero” para os alunos perceberem que vão mesmo mudar de vida!
Mas, sendo os professores do superior detentores da verdade absoluta, podiam ( ao mesmo tempo que defendem o princípio das vagas na progressão da carreira)defender a reposição da aprendizagem por conteúdos, a reposição da disciplina, a devolução da autoridade, o reforço da responsabilidade dos pais, etc, etc, em vez de apenas se congratular ( dra. Bonifácio) com a implemetação da “escola- armazém- das 7 às 7!
Dezembro 6, 2009 at 5:53 pm
Parece que perdi as bonifácias e os pancrácios deste fim-de-semana, enfim, não perdi nada de jeito.
Dezembro 6, 2009 at 6:09 pm
Fátima Bonifácio, que me surpreendeu pelas expressões boçais que usou, e Nuno Crato disseram tudo o que lhes pareceu, mas não levantaram o problema da responsabilidade do ministério na degradação da qualidade do ensino, inclusivé com orientações expressas nesse sentido, com exames de grau de dificuldade ridículo. Objectivamente, limparam a imagem do ministério e apontaram as suas baterias contra quem não consegue fazer ao mesmo tempo o seu trabalho e o trabalho do ministério. Esperava mais rigor nas análises, confesso. Mas a iliteracia e o achismo já chegou às universidades, pelo que se pode observar.
Dezembro 6, 2009 at 6:13 pm
Por que os acidentes acontecem?
“A teoria do caos explica como um acontecimento insignificante pode se transformar numa tragédia desproporcional. E há gente tentando prever – e evitar – as catástrofes”
Rafael Kenski
Eu não estou a insinuar nada?
Se acham que sim, paciência!…
Dezembro 6, 2009 at 6:15 pm
#56
é sempre mais fácil argumentar com que não veste uma roupagem hipócrita, contrariamente a vários comentadores que aqui surgem a tecer panegírios a projectos de carreira e avaliação de professores cuja única intenção é a contenção da despesa pública.
Manyfaces argumenta que não é economicamente sustentável que todos progridam. Pergunto-lhe: então por que motivo se abre um novo escalão que seguramente irá sorver mais dinheiros públicos e não se aposta numa distribuição de índices mais equitativa pela carreira toda? Ao fim e ao cabo a tarefa mais nobre e importante da nossa profissão é ensinar e isso é feito do primeiro ao último ano de carreira…
Voltando à questão das quotas ou da contingentação, aquilo que se torna evidente é que, por um lado, a tutela propõe um modelo que não assegura a justiça na avaliação dos docentes, e por outro manifesta falta de confiança no sistema (directores/ chefias intermédias, seja lá o que isso fôr) para avaliar os professores, uma vez que não permite que sejam estes (ou quaisquer outros) a exercer o papel de crivo no modelo…
Dezembro 6, 2009 at 6:42 pm
# 69
Não percebi o 2º parágrafo…
Dezembro 6, 2009 at 6:42 pm
# 69
DESCULPE!!! o 3º parágrafo!!!!
Dezembro 6, 2009 at 7:08 pm
#70-71
A questão, quanto a mim, é simples: se o modelo fosse exequível e justo não necessitava de contigentação, uma vez que é impossível haver 100% de professores excelentes…se houvesse confiança em quem está no terreno a contigentação seria igualmente desnecessária, uma vez que caberia aos orgãos legítimos fazer a destrinça entre os melhores e os menos bons.
Concluindo, este ME acaba por fazer um trabalho ainda pior do que o anterior, porque, não tendo como pretexto a categoria de professor titular, deixa a nú o interesse exclusivo na contenção orçamental, desvalorizando (conscientemente ou não) as virtualidades do modelo de avaliação e passando um atestado de incompetência aos futuros avaliadores…
Dezembro 6, 2009 at 7:22 pm
Essa do tem que ter porque os do sup tb têm, é muito engraçada. Tenho recordado aqui, que as carreiras com estrangulamentos para o topo, garantem uma progressão até um vencimento identico e muitas vezes sup ao nosso 10º escl. Acresce que os funcionários dessas carreiras com essa posição não são tratados como nós no seu dia a dia laboral ….
Dezembro 6, 2009 at 7:28 pm
Aliás toda a gente faz cálculos com base na carreira/idade para quem iniciou desde o início a vida como docente. Mas a verdade é que muitos docentes iniciaram a sua vida, ainda que como servidores públicos, noutros serviços. Nesse caso têm mais de 55 anos e andam congelados pelo antigo 6º 7º ou mesmo 8º. Reparem em que situação estão e como vai ser com as suas reformas. Mudaram de carreiras num determinado quadro e agora tem sido isto. O factor idade devia estar contemplado em tudo …. acreditam mesmo que um docente com mais de 55 anos está disposto a aaturar esta da avaliação e da formação etc … numa altura em que os seu estado de saúde já não prenuncia nada de bom?
Dezembro 6, 2009 at 7:30 pm
A avaliar pelo quadro médio da família não chego à idade de reforma.
Dezembro 6, 2009 at 7:39 pm
Desculpem mas eu não estou minimamente iludido.
Lembremos que quem manda é José Sócrates e mais dois ou 3 ministros do “inner circle”. Isabel Alçada, como a maioria dos ministros, é um mero figurante. Se quiser provar o contrário terá ordem de despedida de JS!
Dezembro 6, 2009 at 7:54 pm
# XYZ
…e mais:
tendo em conta, por ex. a minha escola, em que para cima de 70% dos profs. estão entre os 48 e os 56/57 anos de idade, divirta-se e imagine o quadro daqui a 10 anos!
Daqueles que se aguentarem com sanidade mental ( já há alguns que começam a ser repetitivos…)outros há que já começam a ficar pelo caminho: um colega iniciou o ano com um AVC – tentou regressar, trabalhou 2 semanas e voltou para casa pior do que quando chegou; outro colega, não consegue estabilizar a tensão, toma comprimidos e mais comprimidos e anda de aparelho medidor a reboque; outro que se encontrava ainda em recuperãção de doença oncológica decidiu mesmo pedir a aposentação com as devidas penalizações; um outro, terminou o ano passado em casa com depressão; mais um exemplo de outro que tb. o ano passado esteve quase sempre em casa tb. com depressão…( usei sempre o masculino para que a escola não possa ser tão facilmente identificada!)Dos que resistem : ele já é consultas e exames médicos a toda a hora!
E mais dia menos dia, andaremos de “portatel” e bengalinha, super-cola para a dentadura não cair tanto, mais o saquinho das fraldas, …
Dezembro 6, 2009 at 8:26 pm
#36 «A equipa de avaliação é constituída por 4 elementos (tendo que estar todos os grupos e graus de ensino representados) + o director (o que é isto, se não a CCAD actual?).»
Já se percebeu que qualquer “modelo” que consiga impedir o acesso ao topo da carreira a uma maioria de 3/4 dos professores é bom. Quanto ao resto, é tudo conversa para adiar. Adiar é ganhar tempo. E no ganhar tempo é que está a habilidade dos incompetentes socratinos e demais ralé.
Mas, de facto, a proposta de avaliação de que se ouve falar e a CCAD não têm nada em comum. A Comissão não avalia ninguém, apenas verifica se as quotas são cumpridas; só pode, eventualmente, alterar alguma classificação, em caso de reclamação. Mas como o director também faz parte dela, fica quase sempre tudo na mesma.
Na prática a CCAD é um órgão de natureza burocrática. A hipotética comissão do Conselho Pedagógico terá efectivas funções de avaliação.
Dezembro 6, 2009 at 8:28 pm
Isto está tudo interligado: Na minha escola tb está tudo já muito gasto. Na verdade aguentavam-se se a coisa fosse só para dar aulas habituais e ir indo …. agora o quadro é interessante – um adoece ou é operado mete só 15 dias de baixa (até pq os médicos são pressionados) logo não são substituídos a sério, fazem-se substituições …. as tantas dei com um doente a meter mais baixa e com o “Susbstituto” a meter tb baixa …. e sobrei eu para as substituições …. até quando?
P.S. (uma mãe médica veio inquirir-me pq não tinha o filho prof, desde o início do ano e eram só substituições? Expliquei-lhe o mecanismo dos 30 dias de baixa directa e ela explicou-me pq normalmente passava atestados de 15 e depois mais 15 dias …. é uma pescadinha de rabp na boca ah ah ah )
Dezembro 6, 2009 at 8:30 pm
Reparem em que ano se formou o A. V., depois vejam na pag oficial do gov quantos deu de aulas e por onde andou …. adivinhem em que escalão está.
Dezembro 6, 2009 at 8:39 pm
Um assistente ainda não pertence aos quadros de uma universidade, verdade?
Dezembro 6, 2009 at 9:06 pm
# 52
«Por exemplo: se a carreira do superior é hierarquizada e se só se progride quando há vaga, porque razão deve ser diferente no básico e secundário ?…»
Uma carreira profissional depende da “melhor” estrutura organizacional que permita o melhor funcionamento com vista aos resultados mais eficientes, eficazes.
Daí que as carreiras dos professores dos ensinos não superior e superior sejam totalmente distintas. Aliás, até existem DOIS ministérios diferentes.
A carreira no superior tem por base a aquisição de novos títulos académicos, por investigação/estudo e requer orientadores, outros docentes com esses graus já adquiridos. Tem de existir uma hierarquia na base de graus académicos conferidos.
Nada disto se passa com o ensino não superior. De início ao fim da carreira, o conteúdo funcional é o mesmo. Não existem vagas porque não faz nenhum sentido a sua existência. O que sempre existiram foram vagas a concurso nas escolas que é algo que os do superior não têm – estão fixos, não se deslocam anos a fio pelo país, etc, etc.
Se fosse professor, sabia-o.
Ora, …
O que não faz sentido é compararem-se os vencimentos nos 2 grupos de profissionais.
No topo da antiga carreira do professorado (10º escalão), um professor recebe cerca de 2000 Euros líquidos. Um professor do politécnico ou universidade recebe mais no PRIMEIRO PATAMAR DE ENTRADA NA CARREIRA DO QUE UM PROFESSOR DO BÁSICO E SECUNDÁRIO NO TOPO DA (EX) CARREIRA.
Foi revisto o ECD do ensino superior e consta que inclusivé houve melhorias para os professores.
Trata-se, claramente, de perseguição política por parte de JS.
A Oposição terá que intervir e colocar nisto, um ponto final DEFINITIVO.
Dezembro 6, 2009 at 9:08 pm
Parece-me ser muito fácil comprovar que principal intenção da tutela é a contenção de despesas. Por isso a insistência nos bizarros 5 níveis (alguém perguntava como se distingue um MBom de um Ecx), aparentemente já consensuais. Qualquer rápida consulta a sistemas de avaliação de desempenho nos EUA, Canada e mesmo Reino Unido mostrará no máximo 4 níveis, havendo mesmo, no caso de Ontario, um simples: below standard/ standard/ above standard. Obviamente que, neste caso e mesmo sendo a avaliação da responsabilidade ddo director, coadjuvado ou não pelos responsáveis dos departamentos, se trata de um procedimento com vista a identificar os possíveis casos que necessitam de apoio e os eventuais casos de professores que se destacam. Em Inglaterra a escola pode propor estes últimos para progressão mais rápida mas, neste caso, há intervenção de um avaliador externo (inspector). Parece um dispositivo bem mais fiável e justo mesmo no caso de se pretender a diferenciação pelo de mérito do que as quotas.
Dezembro 6, 2009 at 9:20 pm
Professores portugueses são os mais precários
17-Jun-2009
O primeiro estudo realizado pela OCDE sobre as condições de trabalho dos docentes indica que os professores portugueses são os mais precários: 32,4% não têm contratato permanente, o dobro da média dos 23
países analisados. O estudo revela também que 17,4% dos professores portugueses têm contratos inferiores a um ano. A Fenprof confirma que muitos docentes estão há mais de 15 anos em situação precária.
Portugal é o campeão da precariedade docente, mesmo atrás de países como a
Eslováquia, Turquia, Estónia, Brasil, Malásia e Polónia, sendo o único com
valores inferiores aos 70% de estabilidade contratual (67,6%), contrastando com a média dos restantes países, que é de 84,5%. A tabela comparativa encontra-se na página 42 do *relatório da OCDE* http://www.oecd.org/dataoecd/17/51/43023606.pdf>
(…)
O estudo da OCDE indica também que Portugal é dos piores países em matéria de equipamentos e recursos humanos para apoio educativo nas escolas (página 43).
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12420&Itemid=1
Dezembro 6, 2009 at 9:29 pm
UM TERÇO DOS PROFESSORES a trabalhar no SNE É CONTRATADO. Ou seja, não é remunerado pelas tabelas “oficiais” CUJO PATAMAR DE TOPO ERA O 10º ESCALÃO que ronda actualmente os 2000 Euros de salário líquido.
Esta é a verdade!
Dezembro 6, 2009 at 9:57 pm
ora na minha escola temos uma docente contratada pelo 16º ano e, emaginem com um horário de 21horas ….ridiclo! quando é que esta colega profissionalizada (Hist)entra no quadro e com que idade vai chegar ao topo? NUUUUUUUUUUUnca. A idade etária não para de avançar …. Estes colegas aos 65 ano, com idade para a reforma não possuem o tempo todo para a reforma com+pleta nem estão num escalão em que os 70 ou 80% sobre o último vencimento lhes permita viver ….
Dezembro 6, 2009 at 9:59 pm
Como o pessoal dos sindicatos parece estar amolecido, restam-nos, mais uma vez os movimentos, para organizarem uma acção que os arraste. Já estamos habituados ….
Dezembro 6, 2009 at 11:28 pm
Na verdade, descer a média dos vencimentos dos professores é o único objectivo. E é por isso mesmo que a avaliação só poderá ser feita pelos próprios professores. Sem custos. O que não aconteceria se fosse feita por agentes exteriores à escola…
Já viram o que nos espera: o coordenador de departamento é escolhido pelo director, podendo ser um professor de qualquer escalão. O avaliador / relator será o coordenador de departamento sempre que pertença ao mesmo grupo de recrutamento. Logo, um professor no topo da carreira poderá ser avaliado por um coordenador que esteja no 3º ou 4º escalão.
Ou então,
se o cordenador não pertencer ao mesmo grupo de recrutamento, deverá ser nomeado um avaliador / relator pertencente a um escalão não inferior ao do avaliado, mas se o avaliado estiver no último escalão, o avaliador / relator será o professor que estiver no escalão mais próximo, ou seja: Numa escola onde haja só dois professores num determinado grupo, um no 10º escalão e outro no 3º, iremos ter o primeiro a avaliar o segundo e o segundo a avaliar o primeiro.
É isto que está escrito na proposta do Ministério da EDucação, não é?
Dezembro 7, 2009 at 12:14 am
Só acreditei no pai natal até aos 5 anos!
Nunca acreditei que a minoria do governo nos trouxesse nada melhor, muito menos depois de ver a manobra política obscura do PSD!
Que nos interessa a nós o fim da divisão da carreira se isso só significar deixar de haver nomes especificos para essa divisão (professores/titulares)? Não compreeendem que a introdução de três filtros é criar 3 categorias de professores? (sem nomes, porque parece que isso é a única coisa que eles acham que nos choca!)
Haja paciência e deixemos de ser burros!
Dezembro 7, 2009 at 1:40 am
Adoro argumentos de PESO!
” se não estivermos atentos os sindicatos…”
Afinal, quem representam os sindicatos? Ou o erro é da Constituição da República?
Porra! ’tou farta! Até admito facilmente (alguns) erros de (alguns…) sindicatos. Mas estou um pouco-muito farta de ouvir não sindicalizados a malhar nos seus representantes legais. Bem ou mal, sindicalizem-se no clube que lhes agradar. E estejam atentos. Mas não poupem uns tostões por mês para dizer sempre isto! Já enoja. E não adianta nadinha.
Dezembro 7, 2009 at 12:05 pm
mariazeca,
Não me faça recordar-lhe o Memorando de Entendimento. É preciso estarmos atentos aos sindicatos? Atentos é pouco, deveremos estar atentíssimos, não vão eles traír-nos de novo. E quanto ao sindicalizar-se, não dou dinheiro a malandros que vivem entre a política e o sindicalismo, eternizando-se nos cargos.
Dezembro 7, 2009 at 12:09 pm
E para aqueles que andam aqui a criticar o pobre do Ventura não percebo como deixam passar em claro as declarações do Mário Nogueira que afirmava aceitar que nem todos chegassem ao topo da carreira. Escapou-vos essa? Ninguém leu? Sonhei?
Dezembro 7, 2009 at 12:28 pm
Mariazeca vê-se logo que já esqueceu o memorandum e que pensa chegar ao topo da carreira através do sindicato.
Dezembro 7, 2009 at 1:10 pm
#93
Maria, ontem vi-te no centro comercial. Estavas com um fato de treino cor-de-rosa.
Dezembro 7, 2009 at 1:14 pm
O TOPO do topo* da carreira era cá um topão que até chateiaaaaaaaaaaaa – 2000 Euros líquidosssssssssssssssssss!!! (IHIHIHIHIHIHHHHHH)
* Digo “topo do topo” porque como é do conhecimento geral existia/existe um outro topo de carreira para os professores com habilitação de bacharelato (9º escalão), tendo uma progressão de carreira muito mais lenta.
Se mais de 30% dos professores NEM NA CARREIRA SE ENCONTRAM …
Dezembro 7, 2009 at 2:29 pm
Tive conhecimento que, na maior parte dos países europeus, os professores do Ensino Secundário têm um vencimento superior ao dos professores do 1º ciclo (no caso da Finlândia passa de 24% no início da carreira, sendo mais de 33% ao fim de 15 anos de serviço).
Alguém pode confirmar isto?
Dezembro 7, 2009 at 3:19 pm
“os professores do Ensino Secundário têm um vencimento superior ao dos professores do 1º ciclo” (96)
“Capítulo 3 – P2
Remuneración del profesorado
P.2. REMUNERACIÓN DE LOS PROFESORES
Tabla P.2.9
Salarios oficiales anuales de los profesores de centros públicos
de educación primaria, en equivalentes a dólares USA,
convertidos usando la Paridad del Poder Adquisitivo (1996)
Tabla P.2.10
Salarios oficiales anuales de los profesores de centros públicos
de educación secundaria inferior, en equivalentes a dólares USA,
convertidos usando la Paridad del Poder Adquisitivo (1996)
Tabla P.2.11
Salarios oficiales anuales de los profesores de centros públicos
de educación secundaria superior (rama general), en equivalentes a dólares USA,
convertidos usando la Paridad del Poder Adquisitivo (1996)
http://www.institutodeevaluacion.mec.es/contenidos/indicadores/elem/cap3-3p22.htm
Dezembro 7, 2009 at 4:04 pm
O Ofício do professor na Alemanha
http://www.revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/431/327
Dezembro 7, 2009 at 4:05 pm
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/431/327
Dezembro 7, 2009 at 4:31 pm
“Como se organiza a carreira e como é a remuneração de um professor?
Na Alemanha, o trabalho do professor é uma das profissões melhores pagas do país. O salário inicial de um professor de Escola Elementar é de aproximadamente 4.000 Euros; de Escola Secundaria I, de 3.500 Euros; de Escola Secundaria II, de 4.000,00 Euros. Na Universidade, um Professor Assistente ou Adjunto tem mais ou menos um salário de 4.500 Euros e um Professor Catedrático, 6.000 Euros. Além dos salários, há benefícios por família, antiguidade e cargo ocupado. E todos são funcionários públicos com dedicação exclusiva. Quer dizer, um
professor não pode trabalhar em duas escolas ou duas universidades ou ter um outro trabalho além daquele para o qual foi concursado. Talvez seja importante saber que o salário mínimo na Alemanha é de 650 Euros, ou seja, a diferença entre os maiores e os menores salários não é muito grande.
Um outro fator muito importante é que toda a rede educacional é concursada, desde o professor até o diretor de escola, os coordenadores pedagógicos. Somente o Ministro de Educação e muito poucos cargos são mudados a cada mudança de governo, ou seja, as mudanças políticas quase não interferem na estrutura administrativa ou pedagógica.
Em termos de subsídio, como se organiza a escola alemã?
O Município somente dá a estrutura básica para as escolas, não participa de nenhuma outra forma, em nenhum dos níveis de formação, nem da decisão de currículo: os salários são pagos pelo Estado, a manutenção e o material pelo Município, a merenda pelos pais. Todas as famílias da Alemanha recebem mais ou menos 200 euros de salário família por criança. Ou seja a merenda escolar e paga pelo pais com o dinheiro que o Estado repassa. Todos os currículos são definidos pelo Ministério de Educação, em nível nacional.”
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/431/327
Dezembro 7, 2009 at 4:38 pm
#93,
Jasus!!
Dezembro 7, 2009 at 5:01 pm
Salário mínimo na Alemanha é de 650 Euros (2005) …
Salário mínimo em Portugal era de 450 euros e passou para 475 euros.
Dezembro 7, 2009 at 6:15 pm
Sejamos honestos. Só há um critério válido para a avaliação dos professores – os resultados. Resultados dos alunos, em provas nacionais, no fim de cada ciclo. Comparando os resultados com os da prova do ciclo anterior, teríamos a dimensão do sucesso, que ditaria a avaliação dos professores e das escolas. Seriam levadas em conta, circunstâncias exteriores ao processo normal, susceptíveis de interferir significativamente em tal sucesso.
Dezembro 7, 2009 at 7:16 pm
Confesso que estou baralhado com o que li. Por um lado afirmam que todos os docentes tem funções são idênticas.De acordo com a distribuição de serviço feita no in’icio do ano, todos estão habilitados a leccionar.
No entanto leio comentário de indignaçã0 porque um docente em fim de carreira poder ser avaliado por um colega que está num escalão abaixo. Qual é o problema? A avaliadores devem se-lo pelo reconhecimento dos pares. Ou não?
Dezembro 7, 2009 at 7:28 pm
Pares?
Como está o “ambiente” pelas escolas já não existem “pares” nem “ímpares”. Está tudo “fodido”. A corrupção/tráfico de influências, instalou-se.
Dezembro 8, 2009 at 3:10 am
[…] Nestes Termos, O Acordo Não É Possível Surgem hoje no DN as seguintes declarações de Alexandre Ventura, o SE que antes de o ser já morava na 5 de Outubro […] […]