Neste contexto, seria uma ingenuidade acreditar que das eleições de Setembro pode resultar uma viragem na vida portuguesa, ou pelo menos um governo comprometido com uma política que responda a aspirações permanentes do nosso povo.
As engrenagens do sistema foram concebidas para impedir que isso possa ocorrer no âmbito daquilo a que chamei a ditadura da burguesia de fachada democrática.
Nestas vésperas eleitorais, a única certeza é o desaparecimento da maioria absoluta. Nem o PS nem o PSD podem alcançá-la.
—–
Sócrates suavizou a arrogância. Em campanha pelo país sorri agora muito e repete-se monocordicamente, elogiando a grandeza e lucidez da sua política enquanto anuncia futuros êxitos miríficos. A mensagem é pouco inteligente. Durante três anos aplicou uma política neoliberal ortodoxa; fez a apologia das privatizações, invocando a necessidade de «modernizar» Portugal. Agora, numa pirueta, critica o neoliberalismo e afirma que a direita pretende destruir as suas «políticas sociais». Aprendeu com Mário Soares – subitamente mascarado de socratiano – a comportar-se como um camaleão. É muito descaramento reivindicar políticas sociais quem promoveu o desemprego, tentou destruir o que resta do Serviço Nacional de Saúde e desencadeou na frente da Educação uma ofensiva contra os professores que levou estes a sair às ruas em gigantescas manifestações de protesto.
Uma eventual derrota nas eleições significaria para Sócrates, politico medíocre e inculto, um fim de carreira. O seu nome seria rapidamente esquecido. Admito que será recordado apenas por haver chefiado o governo mais reaccionário que o País teve desde o 25 de Abril.
Em Junho de 2007, José Sócrates convidou José Eduardo Moniz, na altura director-geral da TVI, para um almoço na residência oficial do primeiro-ministro. O intermediário do encontro foi Pina Moura, o seu camarada de partido que apenas um mês antes tinha sido nomeado para a administração da Media Capital, um império espanhol de comunicação com fortes ligações ao governo socialista, liderado por José Luis Zapatero, e que comprara o grupo português.
José Sócrates (que no passado dia 5, num debate televisivo com Jerónimo de Sousa, garantiu que nos últimos quatro anos e meio esteve apenas uma vez, no início de 2005, com representantes da Prisa e que nem sabe quem compõe a administração da Prisa ou da Media Capital) vivia tempos difíceis. Dois meses antes, no fim de Abril de 2007, tinha rebentado publicamente o escândalo sobre a sua licenciatura.
O caso incomodava o primeiro-ministro, que tinha de fazer contenção de danos. José Eduardo Moniz, por seu lado, estava preocupado com o facto de o processo de atribuição da licença para avançar com o canal informativo por cabo TVI 24 nunca
Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de “O Gordo” que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, “não quer saber” do seu conteúdo e o Procurador-geral “está farto do Freeport até aos olhos”.
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.
Mário Crespo http://www.jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
Olhem lá, o que acham de o livro do Gonçalo Amaral Dias sobre o cado Maddie ter sido proibido?
Quem serão estes McCann que conseguem mandar em tanta gente e até no nosso país???
Ganhamos..ganhamos …somos campeones..massacramos os hungaros..uma das grandes potências do futebol mundial dos anos 50n 60…até já foram vice campeões do mundo…agora a credito..vamos ganhar o campeonato do mundo na África do Sul…que jogo emocionante…Queirós tinha razão…quase que bati no tecto….mas em sonhos pois adormeci após o golo aos 10 minutos….Até os comemos…
Não Olinda…e atenção para que n~ºao haja confusões…não é xenofobia…apenas caho que só em casos execpcionais é que estrangeiros poderiam entrar para a selecçõa..eu até aceito o Pepe…agora os outrso nã…mercenários nada mais….como os nossos é verdade ..só que mais um bocadinho..em o hino sabem cantar…aprendam carago..eu nem sou de hinos…mas em situações como esta e com o que ganham deviam saber o dito na ponta da língua…olhem os do Rugby…enfim desde o ano passado que só gosto de ver uma equipa jogar: o Barcelona….a nível de selecções a Espanha…têm alma…vê-se que sentem a camisola e o país…os nossos é frete…tempos…
A TSF, ontem e hoje, vergonhosamente, manteve dois programas, com antena aberta, a propagandear as “marteladas” do PS na educação, permitindo que muitos cretinos, por telefone , tivessem desancado os professores deste país infamemente.
A TSF que vá, também, áquela parte.
Setembro 9, 2009 at 7:37 pm
Encavar Portugal?
Malandragem esquerdista ou direitista 🙂
Setembro 9, 2009 at 7:41 pm
Boa, boa, boa!
Setembro 9, 2009 at 7:49 pm
Neste contexto, seria uma ingenuidade acreditar que das eleições de Setembro pode resultar uma viragem na vida portuguesa, ou pelo menos um governo comprometido com uma política que responda a aspirações permanentes do nosso povo.
As engrenagens do sistema foram concebidas para impedir que isso possa ocorrer no âmbito daquilo a que chamei a ditadura da burguesia de fachada democrática.
Nestas vésperas eleitorais, a única certeza é o desaparecimento da maioria absoluta. Nem o PS nem o PSD podem alcançá-la.
—–
Sócrates suavizou a arrogância. Em campanha pelo país sorri agora muito e repete-se monocordicamente, elogiando a grandeza e lucidez da sua política enquanto anuncia futuros êxitos miríficos. A mensagem é pouco inteligente. Durante três anos aplicou uma política neoliberal ortodoxa; fez a apologia das privatizações, invocando a necessidade de «modernizar» Portugal. Agora, numa pirueta, critica o neoliberalismo e afirma que a direita pretende destruir as suas «políticas sociais». Aprendeu com Mário Soares – subitamente mascarado de socratiano – a comportar-se como um camaleão. É muito descaramento reivindicar políticas sociais quem promoveu o desemprego, tentou destruir o que resta do Serviço Nacional de Saúde e desencadeou na frente da Educação uma ofensiva contra os professores que levou estes a sair às ruas em gigantescas manifestações de protesto.
Uma eventual derrota nas eleições significaria para Sócrates, politico medíocre e inculto, um fim de carreira. O seu nome seria rapidamente esquecido. Admito que será recordado apenas por haver chefiado o governo mais reaccionário que o País teve desde o 25 de Abril.
Setembro 9, 2009 at 7:50 pm
Está lindo! 🙂
Autores?
Setembro 9, 2009 at 7:50 pm
Como diria o Maurício: o ensino tá um petáculo. 🙂
Setembro 9, 2009 at 8:09 pm
Malandros! A brincar com o Sr. Engenheiro… ele, que tantos sacrifícios tem feito por todos nós!
Setembro 9, 2009 at 8:10 pm
… sem palavras!
Setembro 9, 2009 at 8:11 pm
ou… palavras para quê?
Pasta Medicinal Sousa
Setembro 9, 2009 at 8:13 pm
Gostei. Parabéns aos autores ou autor.
Andamos encavados!
Setembro 9, 2009 at 8:14 pm
Caso TVI
José Sócrates almoçou com Moniz
Por:SÁBADO
9 SETEMBRO 2009
Em Junho de 2007, José Sócrates convidou José Eduardo Moniz, na altura director-geral da TVI, para um almoço na residência oficial do primeiro-ministro. O intermediário do encontro foi Pina Moura, o seu camarada de partido que apenas um mês antes tinha sido nomeado para a administração da Media Capital, um império espanhol de comunicação com fortes ligações ao governo socialista, liderado por José Luis Zapatero, e que comprara o grupo português.
José Sócrates (que no passado dia 5, num debate televisivo com Jerónimo de Sousa, garantiu que nos últimos quatro anos e meio esteve apenas uma vez, no início de 2005, com representantes da Prisa e que nem sabe quem compõe a administração da Prisa ou da Media Capital) vivia tempos difíceis. Dois meses antes, no fim de Abril de 2007, tinha rebentado publicamente o escândalo sobre a sua licenciatura.
O caso incomodava o primeiro-ministro, que tinha de fazer contenção de danos. José Eduardo Moniz, por seu lado, estava preocupado com o facto de o processo de atribuição da licença para avançar com o canal informativo por cabo TVI 24 nunca
http://www.sabado.pt/Destaques/Portugal/S%c3%b3crates-almo%c3%a7ou-com-Moniz.aspx
Setembro 9, 2009 at 8:20 pm
É lamentável, são uns gozões, fartam-se de fazer cartazes com dinheiros públicos a desrespeitar o legítimo governo da nação.
Setembro 9, 2009 at 8:26 pm
Uns radicais …
Setembro 9, 2009 at 8:28 pm
mas malandragem com muita piada…;)
sejam quem for: PARABÉNS!!
Setembro 9, 2009 at 8:31 pm
Isto é mais um ataque pessoal resultado duma campanha negra. 😉
Setembro 9, 2009 at 8:34 pm
Continuam nervosos. APROVEITEM A VIDA!
Setembro 9, 2009 at 8:47 pm
Setembro 9, 2009 at 8:47 pm
Brastugal 1 Hungria 0
Setembro 9, 2009 at 8:50 pm
BOA!!!
Setembro 9, 2009 at 8:57 pm
Hoje não há debate????
Setembro 9, 2009 at 9:10 pm
#19,
Respeitam-se as hierarquias.
Primeiro a bola, depois a política.
Setembro 9, 2009 at 9:11 pm
Na comunicação social o que parece é
Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.
35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.
No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.
Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de “O Gordo” que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.
Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, “não quer saber” do seu conteúdo e o Procurador-geral “está farto do Freeport até aos olhos”.
Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.
É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.
A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.
O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.
Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.
Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.
O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.
É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.
É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.
Mário Crespo
http://www.jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
Setembro 9, 2009 at 9:38 pm
#20
Ok. Obrigada.
😉
Setembro 9, 2009 at 9:41 pm
Olhem lá, o que acham de o livro do Gonçalo Amaral Dias sobre o cado Maddie ter sido proibido?
Quem serão estes McCann que conseguem mandar em tanta gente e até no nosso país???
Setembro 9, 2009 at 9:42 pm
ahahahahahahah….está muita bem caçado!!
Setembro 9, 2009 at 9:43 pm
Ganhamos..ganhamos …somos campeones..massacramos os hungaros..uma das grandes potências do futebol mundial dos anos 50n 60…até já foram vice campeões do mundo…agora a credito..vamos ganhar o campeonato do mundo na África do Sul…que jogo emocionante…Queirós tinha razão…quase que bati no tecto….mas em sonhos pois adormeci após o golo aos 10 minutos….Até os comemos…
Setembro 9, 2009 at 9:47 pm
Então BB, já gostas mais da equipa?
Setembro 9, 2009 at 9:52 pm
Não Olinda…e atenção para que n~ºao haja confusões…não é xenofobia…apenas caho que só em casos execpcionais é que estrangeiros poderiam entrar para a selecçõa..eu até aceito o Pepe…agora os outrso nã…mercenários nada mais….como os nossos é verdade ..só que mais um bocadinho..em o hino sabem cantar…aprendam carago..eu nem sou de hinos…mas em situações como esta e com o que ganham deviam saber o dito na ponta da língua…olhem os do Rugby…enfim desde o ano passado que só gosto de ver uma equipa jogar: o Barcelona….a nível de selecções a Espanha…têm alma…vê-se que sentem a camisola e o país…os nossos é frete…tempos…
Setembro 9, 2009 at 10:38 pm
#23-Será que voltou o Santo Ofício? Deve ser aqui que o Pinócrates vai criar empregos…Estão abertas as inscrições para familiar do Santo Ofício.
Setembro 9, 2009 at 11:39 pm
Eh lá!!!
Encavar Portugal?
Nem eu ia tão longe… lol
Haja força no pau, sempre!
Stärke, kamerade… lol
Setembro 9, 2009 at 11:40 pm
A TSF, ontem e hoje, vergonhosamente, manteve dois programas, com antena aberta, a propagandear as “marteladas” do PS na educação, permitindo que muitos cretinos, por telefone , tivessem desancado os professores deste país infamemente.
A TSF que vá, também, áquela parte.
Setembro 10, 2009 at 9:04 am
Setembro 10, 2009 at 9:42 am
[…] Malandragem Comunista Ou De Direita, Com Certeza […]