Isto é como sempre. Depende dos dados que se seleccionam e se trabalham. Nada como apreciar as tabelas originais e perceber onde se fazem os recortes dos dados estatísticos. Na tabela global percebe-se que o cliché se aplica a uma situação específica – topo da carreira do 1º ciclo do ensino básico – pelo facto da carreira em Portugal ser equivalente em termos remuneratórios em todos os graus de ensino não-superior.
Uma outra conclusão, analisando o valor dos salários e a sua relação com o salário mínimo do país, não é que os professores ganham muito, mas sim que o salário mínimo é extremamente baixo em termos comparativos.
Setembro 8, 2009 at 9:16 am
Como, político mostraria apenas a segunda Chart D3.1.
Setembro 8, 2009 at 9:17 am
Mas os professores não tiraram as licenciaturas ao domingo, nem com falcatruas dos amigos.
Gostava de ver o PM e seus acólitos a ganharem um ordenado igual ao dos professores….
Eles têm que baixar os ordenados dos outros para poderem acumular tantas reformas, mesmo sem terem idade para tal. pois, pois…….
Setembro 8, 2009 at 10:18 am
“Uma outra conclusão, analisando o valor dos salários e a sua relação com o salário mínimo do país, não é que os professores ganham muito, mas sim que o salário mínimo é extremamente baixo em termos comparativos.”
As tabelas do Education at Glance são claras: comparando os salários dos professores usando paridades de poder de compra e não o ratio salário/PIB obtemos uma visão mais exacta do valor salarial dos docentes portugueses. Muito gostaria de comparar este valor com o de outros salários de profissões equivalentes ao nível da admnistração pública.
Agora comparar o salário dos professores com o do salário mínimo nacional e concluir que este último é que é muito baixo e não o primeiro que é muito alto, é “martelar” as estatísticas de acordo com determinados
interesses. O salário mínimo é baixo porque a produtividade portuguesa é também muito baixa. Os salários tendem a aumentar quando um país produz mais riqueza e o Estado usa os mecanismos adequados para redistribuir essa riqueza de forma a não acentuar o fossos entre os mais ricos e os mais pobres.
Setembro 8, 2009 at 10:24 am
#3,
Não sou eu que comparo o salário mínimo com o dos professores.
Foi a máquina comunicacional do ME para efeitos demagógicos.
Se o Kafkazul não martelasse argumentos poderia reparar que na primeira tabela tem a paridade do salário dos professores a meio da carreira com o dos outros países.
Se tivesse um pouco mais de trabalho repararia que lhe apresento a tabela com os dados em bruto.
Se não “martelasse” argumentos saberia, sem ser preciso fazer grandes pesquisas, que a carreira de professor é salarialmente inferior à de outros técnicos superios da Administração Pública.
O problema é que há quem ache que os professores são técnicos qualificados de terceira categoria e que, como tal, merecem receber menos que outro tipo de técnicos.
Se essas conclusões derivam de “interesses” não sei. De enviesamentos do olhar por certo que sim.
Setembro 8, 2009 at 10:35 am
Caro Paulo,
Já andei muitas vezes de volta desses dados do EAG e parecem-me bastante sólidos. Fazer comparações com base no topo da carreira parece-me legítimo. Há Países em que a remuneração de topo não é igual em todos os graus… mas isso não invalida que se possam fazer comparações directas entre Países para cada grau de ensino. Há vários outros Países em que a remuneração de topo é idêntica para todos os graus, como é o caso da Inglaterra, o que me parece uma vantagem para os Professores dos graus de ensino inferiores.
Fiz uma análise a propósito de dúvidas levantas sobre os dados do EAG (nos meus comentários a este post):
http://fliscorno.blogspot.com/2009/07/education-at-glance-2004-inesperada.html
Conclusões (baseadas no relatório de 2007):
“…tentai apurar até que ponto os dados usados no EAG-2007 (dados de 2005) estão de acordo com as grelhas salariais Portuguesas de 2005.
Para o relatório e dados do EAG 2007 usei o link:
http://www.oecd.org/document/30/0,3343,en_2649_39263238_39251550_1_1_1_1,00.html
Para as grelhas salariais de 2005 usei um link da fenprof.
Concentrei-me no topo de carreira que é mais fácil de comparar:
De acordo com a grelha de 2005 o escalão 10, topo de carreira, tinha uma remuneração bruta anual de 40000EUR, o que descontando a CGA (10%) dá um total antes de IRS de 36000EUR.
De acordo com o EAG2007, pag 394, são os valores brutos antes de IRS que servem de base ao relatório.
Na tabela D3.1 do relatório os valores brutos aparecem em USD usando o factor de conversão PPP. Para evitar essas manigâncias do PPP procurei o valor em EUR. Ele pode ser encontrado no Anexo 2, tabela X2.a(cont), que indica 35731EUR como o valor bruto para topo de carreira, ou seja, um valor muito semelhante aos 36000EUR que calculei a partir da tabela da fenprof.
Assim sendo acho que se poderá dizer com alguma segurança que os dados da OCDE estão coerentes com a realidade salarial Portuguesa, pelo menos para os salários de topo. Não faço ideia daquilo que possa ter acontecido com as tais modificações das tabelas de 2002. Podem ter corrigido de facto uma coisa que estava errada.
Portanto, acredito que as conclusões que se podem tirar do EAG 2007 são consistentes com a realidade, o que partindo do chart D3.2, me leva a concluir:
– Em salário bruto e tendo em conta o PPP, Portugal aparece abaixo da França, numa posição modesta.
– Já se introduzirmos o PIB per capita, aparecemos em 3º lugar com a Alemanha, só ultrapassados por 2 Países (isto para carreira com 15 anos de experiência).
O que em economês se traduz: o salário bruto é comparativamente baixo porque o Pais é pobre, mas em termos relativos a profissão de professor é mais valorizada (salarialmente) em Portugal do que na esmagadora maioria dos Países da OCDE. Ou seja, emigrar é sempre uma boa ideia para quem queira ganhar mais, mas para quem decida ficar em Portugal ser Professor não está nada mal pago não Senhor…”
Setembro 8, 2009 at 10:48 am
#5,
Já falámos várias vezes sobre isso, mas eu contesto a escolha do topo da carreira para fazer essas comparações.
A menos que usemos o salário do Vitor Constãncio e as indemnizações do BCP ou as remunerações do António Mexia ou do Zeinal Bava para estabelecer o valor dos salários dos bancários e dos trabalhadores das telecomunicações.
O argumento de todos os professores chegarem ao topo, não colhe, porque eles não chegam lá todos ao mesmo tempo.
Neste momento, talvez 15% estejam no último escalão, depois da debandada dos últimos anos.
Setembro 8, 2009 at 10:49 am
“Se não “martelasse” argumentos saberia, sem ser preciso fazer grandes pesquisas, que a carreira de professor é salarialmente inferior à de outros técnicos superiores da Administração Pública.”
Se não é preciso fazer muitas pesquisas para comparar o salário dos professores com o de outras carreiras equivalentes da administração pública seria talvez interessante que publicasse no seu blogue uma tabela com essa comparação. Ficarei a aguardar.
Sublinho as conclusões do ManyFaces relativamente à análise detalhada que fez da questão dos salários:
“o salário bruto é comparativamente baixo porque o Pais é pobre, mas em termos relativos a profissão de professor é mais valorizada (salarialmente) em Portugal do que na esmagadora maioria dos Países da OCDE. Ou seja, emigrar é sempre uma boa ideia para quem queira ganhar mais, mas para quem decida ficar em Portugal ser Professor não está nada mal pago não Senhor…”
Setembro 8, 2009 at 10:52 am
#7,
Farei isso, embora neste momento precise mesmo de ir justificar o meu salário.
Quanto a essa comparação é realmente simples de fazer e acho que os links do Manyfaces ajudam.
Conclusão final: não quer vir ser professor? Junte-se a nós e será bem pago!
Setembro 8, 2009 at 10:58 am
OK. O salário é mais alto e blá…blá…blá… e o que é que querem fazer? Baixar o salário de todos os professores? Fazer uma diferenciação de acordo com os níveis de Ensino? Baixar o salário dos que estão no topo da carreira?
Acham que os contratados e os que estão nos primeiros escalões ganham bem?!!!
QUAL É ENTÃO A SOLUÇÃO?
Setembro 8, 2009 at 11:18 am
O Education at Glance não desenvolve isso, mas Portugal é dos países com o maior nº de escalões na carreira.Por isso, tal como o Paulo disse, comparar o topo da carreira, para análises políticas, não faz sentido. Em muitos países, o topo de carreira consegue-se ao fim de 20 anos. EM Portugal, isso ficava pelos 26 e agora será quase impossível a longo prazo para mais do que 10%.
Setembro 8, 2009 at 11:26 am
Para o kafka ..
Autarcas são administradores não-executivosOs administradores executivos do Metro do Porto ganham mais do dobro do que os seus homólogos do Metro de Lisboa: o presidente executivo do Metro do Porto, Ricardo Fonseca, tem um salário-base mensal de 10.723 euros, mais do dobro que os 4.752 euros recebidos por Joaquim Reis, do Metro de Lisboa, e os vogais executivos ganham 9.748 euros, contra 4.204 euros no metropolitano da capital, noticia o «Correio da Manhã».
Em 2008, ambas as empresas apresentaram prejuízos elevados: o Metro do Porto contabilizou um resultado líquido negativo de 148,6 milhões de euros e o seu homólogo de Lisboa registou um prejuízo de 126,7 milhões de euros.
Setembro 8, 2009 at 11:27 am
No Porto um metro deve valer um quilómetro…
Setembro 8, 2009 at 11:39 am
Falar-se dos salários de administradores do Metro do Porto ou de Lisboa para justificar os salários dos professores é demagogia barata. Podemos achar que eles ganham demais, que Vitor Constência também, etc. Mas eles não podem servir de ponto de comparação. A comparação deve ser com profissões similares da administração pública, não de gestores de topo de empresas públicas ou privadas. Por essa via eu sou um indigente quando me comparo com o Eng.º Belmiro de Azevedo ou Américo Amorim.
P.S. Todas as empresas públicas de transportes dão prejuízo, sejam elas regionais (Metro do Porto, etc.) ou nacionais (CP). Mas ao mesmo tempo retiram veículos da via pública e aumentam a qualidade de vida das populações que servem.
Setembro 8, 2009 at 11:43 am
KAFKA .Curioso que não referis-te o facto de um gestor no Porto ganhar bem mais do que em Lisboa….
Quanto a isso será curioso comparar a diferença entre um dirigente de topo e um funcionário médio…isto comparado com o resto da Europa…no nosso pais o fosso é o maior da Europa…
Setembro 8, 2009 at 11:45 am
A desigualdade salarial não pára de aumentar em Portugal, e já vem de há várias décadas, de acordo com a análise feita pelo Banco de Portugal no seu Boletim Anual.
A instituição classifica a desigualdade de «elevada» e diz que a mesma tem vindo a acentuar-se nos últimos 25 anos.
Numa comparação entre o sector público e o sector privado, o Banco de Portugal sublinha que foi no público e entre os salários mais baixos que a desigualdade se acentuou. A discrepância acentuou-se rapidamente entre 1982 e 1996, mas desde então «a desigualdade (tem vindo) a crescer a um ritmo muito mais lento em ambos os extremos da distribuição de salários e com polarização da distribuição de salários».
A administração central apresenta «elevados níveis de desigualdade na aba inferior da distribuição de salários», acrescenta o documento, explicando que na aba superior, a desigualdade é maior no sector privado.
in Diário de Noticias 9 de Junho de 2009
Setembro 8, 2009 at 11:52 am
“KAFKA .Curioso que não referis-te o facto de um gestor no Porto ganhar bem mais do que em Lisboa….”
Acho criticável. Mas desconheço os critérios que estiveram na base da atribuição dos salários e de quem foi a responsabilidade.
“Quanto a isso será curioso comparar a diferença entre um dirigente de topo e um funcionário médio…isto comparado com o resto da Europa…no nosso pais o fosso é o maior da Europa…”
Gostava de ver referidas estatísticas que suportassem a última afirmação.
De qualquer das formas sabemos que em Portugal a diferença entre 20% mais ricos e os 20% mais pobres é a segunda maior da UE. E este indicador envergonha-nos a todos. Gostava de viver numa sociedade menos desigual.
Setembro 8, 2009 at 11:56 am
#6
Só um nota:
As tabelas que publicou e que serviram de base às minhas conclusões comparam salários com 15 anos de experiência (e grau de lower-secondary education) e não os salários de topo.
Ainda assim comparar o topo é sempre útil…
Setembro 8, 2009 at 12:06 pm
Kafka podes ver algo sobre isso aqui…
http://www.observatoriosocial.org.br/conex2/?q=node/367
Setembro 8, 2009 at 12:08 pm
E aqui ..uma análise histórica…
Click to access 1224172603W2bWJ8if0Bg04QN6.pdf
Setembro 8, 2009 at 12:11 pm
[…] […]
Setembro 8, 2009 at 12:12 pm
Gostava de saber traduzir isto:
Wieviel verdienen Lehrer in Portugal im Vergleich mit anderen Ländern?
Die Statistiken hier:
Education At A Glace 2009 – Os Professores Mais Bem Pagos? « A Educação do meu Umbigo
und wie sieht es bei den Kosten und dem Zeitaufwand aus.
Lehrer in Deutschland “muessen” täglich auch kostenlos arbeiten…
Setembro 8, 2009 at 12:27 pm
Os países que enveredaram para a social-democracia na Europa já tinham antes conseguido um desenvolvimento industrial apreciável e, factor a não subestimar, tinham erradicado o analfabetismo. Aparentemente, o sucesso da social-democracia – que eu reputo na área da esquerda e não da direita, como MFL parece considerar – está dependente deste dois factores: desenvolvimento económico e desenvolvimento cultural. Acrescentaria ainda um terceiro: premência da intervenção social por absoluta inclemência do clima. Um sem-abrigo na Suécia, na Noruega não sobrevive no Inverno até à manhã seguinte. Ou é considerado como gente, ou morre.
Se compararmos as posições dos partidos “irmãos” na Europa, ficamos espantados com o facto de até a CDU alemã (cristã-democrata, da família do nosso CDS) estar à esquerda do Partido Socialista de Portugal em muitas ocasiões. A direita portuguesa prima pelo revanchismo, o seu único plano económico é a destruição das poucas áreas em que Portugal avançou socialmente depois do 25 de Abril, para transformar a saúde, a educação e as pensões de reforma em negócios chorudos, à custa do empobrecimento geral.
Setembro 8, 2009 at 12:36 pm
Ainda quanto à social-democracia (a verdadeira, não aquela apregoada pelo PSD português).
Com o desaparecimento do bloco de leste, o fôlego social tem declinado e crescem sinais de deriva. Assim, teria que acrescentar aos factores anteriores, a vitalidade do debate ideológico entre a população (no sentido de conhecimento dos limites do capitalismo).
Setembro 8, 2009 at 1:12 pm
#21
Quanto ganham os professores em Portugal comparativamente a outros países?
As estatísticas aqui:
E qual a situação relativamente aos custos e dispêndio de tempo?
Os professores na Alemanha também têm que trabalhar diariamente de graça…
Setembro 8, 2009 at 1:19 pm
apos olhar para o quadro de vencimentos(julgo que ninguem olhou para os valores em inicio de carreira) vejo que os valores apresentados estão de acordo com os valores do 1º escalão do novo estatuto. Para não dizer que quem não estre em quadro não entra na carreira, logo não aufere por esse indice – nem no inicio nem no fim da carreira.
mais, era bom que tambem apresentassem o somatório dos valores totais ao longo da carreira(dita normal)
Setembro 8, 2009 at 1:35 pm
TRabalhar de graça? Na Alemanha???
De que buraco saiu essa mentira?
Eu quando trabalhei na ALemanha, tinha que parar às 5 da tarde, não fosse vir a inspecção do trabalho e obrigar a empresa a pagar-me horas extraordinárias. Também tinha almoços de meia hora, ao contrário do que se processa em Portugal, mas pelo menos ficava tudo no trabalho.
Na Alemanha NINGUEM trabalha de graça. Mesmo nos US , onde o salário é anual, pode-se trabalhar muitas horas aparentemente de borla, mas fica logo tudo bem esclarecidinho na altura de assinar o contrato anual.
Setembro 8, 2009 at 1:54 pm
Setembro 8, 2009 at 2:56 pm
A mim com toda a frontalidade e o que me choca e sempre me chocou foi a enorme disparidade de salários entre quem entra na carreira e o topo da carreira.
Criem-se menos escalões mas com a condição de que um professor que entre na carreira tenha um salário muito mais alto e que ao fim de 15 anos posa ter uma vida financeiro muito mais estável.
Estamos a pagar o facto da fama criada pelo facto de professores que no 10º escalão ganhavam mais de 2000 euros líquidos e que somente leccionavam no secundário 12 horas de aulas.
O PS foi buscar este exemplo que ocorria no último escalão para mentir aos portugueses.
Setembro 8, 2009 at 2:57 pm
“Estamos a pagar a fama” queria eu dizer em #28
Setembro 8, 2009 at 3:08 pm
O Ofício do professor na Alemanha
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/431/327
Comparem-se os vencimentos dos professores na Alemanha nos diferentes graus e ensinos: um professor de início de carreira do Ensino Básico ganha pouco menos do que um professor catedráticodo Ensino Universitário (e estes têm vínculos de exclusividade ao Estado)
Setembro 8, 2009 at 3:11 pm
Não sou professor do secundário, mas nos tempos em que fui, sempre me fez impressão a disparidade entre os vencimentos, tal como referido pelo Pedro.
Só que o que o PS não disse é que foi um governo PS que fez isso , com as actualizações percentuais no tempo do Guterres (não estou a falar de aumentos anuais, estou a falar de 1998 e das alterações aos escalões).
Obviamente que isso cai muito mal na opinião publica, ter carga lectiva menor e salário maior. E, verdade se diga, essa deturpação não faz sentido numa carreira muito horizontal como a de professor (embora a parvoeira da “titularidade” pretende justificar isso, mas não fazendo sentido com outras organizações hierárquicas semelhantes).
Falando do superior,também existem algumas asneiras na estratificação na carreira, mas isso fica para outro blog.
Setembro 8, 2009 at 3:14 pm
Pedro Castro – 28
Pior. Ainda.
A progressão e o topo da carreira dum professor com habilitações académicas de bacharelato era bem diferente da carreira de licenciado. No primeiro caso, o top da carreira era o antigo 9º escalão e uma diferença salarial, em termos líqudos de menos uns duzentos euros mensais.
Setembro 8, 2009 at 3:15 pm
#30
Esclarecedor! E a maior parte dos cargos resultam de concurso.
Setembro 8, 2009 at 3:20 pm
Privado pesa 13,5%
Um dado curioso é que o ensino privado pesa mais em Portugal do que na média da OCDE em todos os graus de ensino. + No primeiro ciclo do ensino básico, o privado representa 8,5 por cento (2,9 por cento na OCDE). No terceiro ciclo, o peso do privado baixa para os 5,5 por cento (3 por cento na OCDE), voltando a subir no secundário para os 13,5 por cento (5,3 por cento na OCDE). Só no México e no Japão, e nalguns graus de ensino nos Estados Unidos, é que o sector privado tem mais peso do que em Portugal.
http://www.educar.wordpress.com/2009/09/08/education-at-a-glace-2009-os-professores-mais-bem-pagos/#comments
Setembro 8, 2009 at 3:31 pm
Professores portugueses são os mais precários
17-Jun-2009
O primeiro estudo realizado pela OCDE sobre as condições de trabalho dos docentes indica que os professores portugueses são os mais precários: 32,4% não têm contratato permanente, o dobro da média dos 23 países analisados. O estudo revela também que 17,4% dos professores portugueses têm contratos inferiores a um ano. A Fenprof confirma que muitos docentes estão há mais de 15 anos em situação precária.
Portugal é o campeão da precariedade docente, mesmo atrás de países como a
Eslováquia, Turquia, Estónia, Brasil, Malásia e Polónia, sendo o único com
valores inferiores aos 70% de estabilidade contratual (67,6%), contrastando com a média dos restantes países, que é de 84,5%. A tabela comparativa encontra-se na página 42 do *relatório da OCDE* http://www.oecd.org/dataoecd/17/51/43023606.pdf>
Confrontado pelo Diário Económico com estes números, o secretário de Estado da Educação Jorge Pedreira afirmou que se o estudo tivesse sido feito depois dos resultados do actual concurso de professores os indicadores seriam diferentes. “Como os concursos de professores são feitos de três em três anos, nos interregnos desses concursos só podemos contratar professores
através de contratos a prazo” acrescentou Pedreira.
Uma tese contestada por Manuel Grilo. Em declarações ao Esquerda.net, o dirigente do SPGL sublinha que praticamente só conseguem colocação efectiva nos concursos nacionais os professores que já são efectivos noutras escolas. Como tal, a quase totalidade dos professores precários ou continua nessa
situação (“há alguns há mais de 15 anos a saltar de escola em escola”) ou pura e simplesmente “vão para o desemprego”.
Além disso, as vagas de quadro abertas são sempre poucas, o que implica que imediatamente a seguir aos concursos, haja necessidade de recorrer à contratação precária. Manuel Grilo esclarece ainda que a única forma que o governo encontra para diminuir o número de professores precários é “através do aumento do desemprego docente”.
O dirigente sindical adianta também que existem áreas disciplinares onde a totalidade dos professores se encontra numa situação precária, nomeadamente nas áreas artísticas, ou de electricidade e mecânica. A Fenprof defende que ao fim de seis anos de contratos a termo os professores tenham direito ao vínculo permanente.
O estudo da OCDE indica também que Portugal é dos piores países em matéria de equipamentos e recursos humanos para apoio educativo nas escolas (página 43).
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12420&Itemid=1
Setembro 8, 2009 at 4:08 pm
# 10
“agora será quase impossível a longo prazo para mais do que 10%” [chegar ao topo da carreira]
Acho que é mais do que 25%, porque, com a aplicação de quotas, os que precisam de progredir aos antigos 9º e 10º escalões estão sujeitos a elas. O topo da carreira, ocorrendo somente num previsível (não sei se já se tornou lei) 11º escalão é somente para quem tem quatro menções de, no mínimo, Muito Bom, em dois ciclos avaliativos seguidos- 4 anos. E isso é uma pescadinha de rabo na boca.Portanto, da maneira como as coisas estão, mais do que 25% não chegará ao topo. Ou estarei com cataratas?
Setembro 8, 2009 at 4:19 pm
Em alguns estados federais da Alemanha existem professores que estão a trabalhar até 33 ou 34 horas lectivas semanais com salários muito altos porque há falta de professores, ou seja esses estados em vez de admitirem professores pouco qualificados preferem a troco de elevados salários terem mais professores de carreira. Em contrapartida estes professores leccionam mais horas. Mas só dão aulas, não fazem qualquer tipo de trabalho burocrático e incidem especialmente nos grupos da Matemática e da Física.
Setembro 8, 2009 at 4:54 pm
Serão 25% se todas as classificações forem sempre dadas nos períodos de avaliação, o que me parece que nunca acontecerá (cerca de 15%-20% prevejo eu no máximo). Haverá muito director a reservar as classificações para mostrar serviços aos tecnocratas e a justificar avaliações externas pouco favoráveis.
Depois, como o filtro é o concurso para prof. titular , só metade dos 20% terão essa possibilidade. É um número simbólico que será só para manter o status quo e permitir que uns poucos venham a “avaliar” muitos.
Até prevejo que terão a tentação de especializar o “professor-titular” em professor-avaliador, como se fosse uma carreira dentro da carreira (ou seja, os capatazes ao serviço do director).
Ou seja, em termos reais, só mesmo uns 10 a 15% lá chegarão.
Pedro, tem toda a razão, mas o problema está a piorar. E no Reino Unido, os pais agora estão a chagar a cabeça dos directores porque andam a contratar prof. Fisica com baixas qualificações. Aliás, os directores das escolas portuguesas ainda não se aperceberam do que lhes vai acontecer. Tal como acontece noutros países, os pais deixarão de falar com professor X ou Y e passarão logo a ir fazer as queixas ao director. Vão ficar soterrados de pressão e depois é ver os concursos a ficarem às moscas para algumas escolas ( eno UK isso acontece frequentemente).
Setembro 8, 2009 at 4:58 pm
Quanto é que o kafkazul ganha?
Eu tirei engenharia na feup, tirei um mestrado no ensino da física (numa universidade de prestígio), fiz a profissionalização e ganho actualmente líquidos 1300 euros/mês. Tenho 14 anos de serviço e publico artigos numa prestigiada revista de ensino da física, americana.
No ano passado, co,mo a escola, não tinha material, para algumas actividades laboratoriais, comprei sensores no valor de 800 euros, gastei 10 resmas de papel A4, comprei 5 tinteiros, tenho internet em casa para retirar material para a elaboração de planos de aula. Comprei um projector de video, para não estar dependente da existência de apenas 3 projectores da escola, sempre solicitados.
Dei aulas suplementares aos alunos para preparação dos exames, forneci fichas de resumo (ao meu custo), comprei CD para distribuir pelos alunos, com apresentações em powerpoint de alguns resumos, forneci o meu telemóvel para tirar dúvidas, forneci email para estarem sempre em contacto, dei 30 euros para ajudar na visita de estudo (a qual não participei). Fui à festa de finalistas e deixei a mulher e 2 filhos sózinhos em casa.
Quer as facturas e recibos? Eu envio por email.
O que é que quer que faça mais?
O senhor não confia nos professores que educam/ensinam os seus filhos?
Quanto mereço ganhar?
Setembro 8, 2009 at 5:14 pm
José deixa lá o Kafka …ele é assessor de alguém …ou então pior é aquela pessoa que ainda acredita na bondade humana….
P.S- Convém não exagerar …desleixar a família tem custos pesados mais cedo ou mais tarde…o trabalho não é a essência mas apenas o complemento…Uma coisa é e dedicação outra é a obsessão…
Setembro 8, 2009 at 6:07 pm
#38
Alt, eu nem falo da UK, pois tenho alguns amigos profs, excepto um, que foram para outras profissões.
Neste momento importam professores de Portugal e de outros países nas áreas da Matemática, Física, Química, Biologia. Estive há dias com uma colega que emigrou para uma escola em Manchester e relatou-me que o ordenado é razoável mas existe um mau ambiente nas escolas, entre os professores imigrados e os professores naturais do País.Os primeiros,em especial os profs paquistaneses e indianos, como são mais bem remunerados através de contratos individuais de trabalho são hostilizados pelos profs britânicos.
Por outro lado existe um outro fenómeno em que professores das áreas da matemática, física, química e biologia começam a ter salários mais altos do que os restantes professores das áreas das ciências sociais e humanas.
Setembro 8, 2009 at 6:21 pm
Dar o nº de telemóvel ou o email a alunos é que não … never!
Setembro 8, 2009 at 6:21 pm
#21, António,
Quanto ganham os professores em Portugal em comparação com outros países.
e como isso aparece em relação com os custos ( despesas)e o tempo gasto.
(E termina com uma frase incrível!!):
Os professores alemães também “têm que” trabalhar diariamente gratuitamente.
( não percebi a ironia desta frase num relatório oficial. O “também” significa que os portuguses não são os únicos que trabalham gratuitamente? o “têm que” ( muessen) quer dizer que é quase obrigatório?)
Agora penso, António, onde viste isto?
Setembro 8, 2009 at 6:30 pm
Acham que ganho bem?
Pois eu continuo a achar que sou mal paga!
Setembro 8, 2009 at 6:37 pm
Agora a ONU sugere uma moeda global, para a consolidação da economia global. Imagine-se um professor em Bangladesh com o mesmo vencimento dos colegas em Luxemburgo. Será possível?
Setembro 8, 2009 at 7:00 pm
A educação sexual…
Setembro 8, 2009 at 7:47 pm
Tabelas remuneratórias dos professores dos ensinos universitários e politécnico
http://www.snesup.pt/htmls/EElyEVkyEyuLepmnNO.shtml
Setembro 8, 2009 at 7:51 pm
http://www.dgap.gov.pt/index.cfm?OBJID=7a464cb3-4fe5-4ea1-befe-cb1774dd5e8d
Setembro 8, 2009 at 8:06 pm
?
Setembro 8, 2009 at 9:33 pm
não é que os professores ganham muito, mas sim que o salário mínimo é extremamente baixo em termos comparativos.
Se MFL ganhar o Salário mínimo está condenado a definhar, já se mostrou contra o seu aumento e o programa eleitoral é omisso neste assunto.
Setembro 8, 2009 at 9:51 pm
Humani nihil a se alienum putat.
Setembro 8, 2009 at 9:54 pm
Meu caro José Costa:
Louvo o seu empenhamento e, a acreditar nas suas palavras, que me parecem sinceras, não posso deixar de registar o enorme esforço, antes do mais financeiro, que coloca na sua actividade docente.
Não deixo de registar, todavia, que se tenha dirigido a mim e não ao ManyFaces que sustenta uma posição bem mais acutilante e empiricamente sustentada do que a minha.
Esclareçamos, desde já, um ponto prévio: eu não defendo que os professores portugueses ganhem salários excessivos. Considero que, como qualquer economista lhe dirá, comparar o salário por percentagem do PIB é uma má forma de comparar salários entre pessoas de diferentes países. Utilizar paridades de poder de compra (PPP), tal como surgem nestes quadros do Education at a Glance, constitui uma forma bem mais precisa para atingir este objectivo.
O que penso é que devemos comparar os salários dos professores portugueses com outros quadros da administração pública portuguesa com as mesmas qualificações e o mesmo tipo de exigência de funções. Demagógico é invocar salários de gestores de empresas públicas, do governador do Banco de Portugal ou outras personalidades afins e depois fazer de carpideira pelos baixos salários dos professores.
Agora quais os profissionais com os quais os professores devem ser comparados em termos de salários? Penso que no quadro da administração pública são os técnicos superiores que mais se aproximam em termos de exigência e de formação aos professores. Veja este documento (http://www.ste.pt/remuneracoes/TAB_LVCR_POSICOES_REMUNERATORIAS.pdf), que menciona salários brutos e não salários líquidos, e retire as suas conclusões.
Setembro 8, 2009 at 10:12 pm
Sabem qto ganha na finlândia um professor em início de carreira? 2.300 euros.
Deveria fazer-se uma comparação dos salários de início de carreira.
Gostava de ver…
Isso de dizer que o custo de vida é muito mais elevado é relativo.
Qto custa uma casa? a comida? etc…
Setembro 8, 2009 at 10:13 pm
Já agora, alguém sabe qto recebe , líquido, um prof português no final da carreira?
Setembro 8, 2009 at 10:14 pm
Eu começo a desconfiar que O Kafka é adepto da economia chinesa…16 horas de trabalho e 50 euros de salário…
Setembro 8, 2009 at 10:57 pm
Uma hora de trabalho dez euros – no mínimo -para o mundo inteiro.
Setembro 8, 2009 at 11:05 pm
Reb,
Estou no fim da carreira (tenho 34 anos de serviço). O meu vencimento ilíquido – no índice 340 (o máximo neste momento)- é precisamente de 3.091,82 euros e não 4.000, como li mais acima.
Recebi no, mês de Agosto, incluindo abono de dois filhos e subsídio de alimentação, 2.047,64 euros.
Se estiverem interessados, mando cópia do recibo. Só por curiosidade, os meus descontos mensais são de 1.066,56 euros.
Setembro 8, 2009 at 11:19 pm
Obrigada, Helena.
Ainda bem que nos esclareceu.
Em termos de ordenado líquido, ganha-se menos em Portugal, no topo da carreira, que na FinLãndia no início.
Setembro 8, 2009 at 11:36 pm
Red disse:
“Sabem qto ganha na finlândia um professor em início de carreira? 2.300 euros.”
É este tipo de comparações demagógicas que considero inaceitável. Quando produzirmos tanto quanto a Finlândia, que por acaso está presentemente a passar por uma crise económica bem acentuada, podemos exigir sermos pagos como os finlandeses.
Bulimunda disse:
“Eu começo a desconfiar que O Kafka é adepto da economia chinesa…16 horas de trabalho e 50 euros de salário…”.
Quando começar a apresentar argumentos que contrariem os meus em vez de resvalar para processos de intenção a discussão será mais proveitosa.
Helena escreveu:
“Estou no fim da carreira (tenho 34 anos de serviço). O meu vencimento ilíquido – no índice 340 (o máximo neste momento)- é precisamente de 3.091,82 euros.”
Segundo o site do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (www.ste.pt) a remuneração iliquída no topo da carreira técnica superior (Assessor Principal, índice 900) é de 3089,52 euros.
Há uma diferença essencial, contudo, que deve ser realçada: são muito poucos os que cheguem a Assessores Principais. Os concursos abrem por decisão política e envolvem, quase sempre, a prestação de provas. A Helena chegou ao topo da carreira como sucedeu com a esmagadora maioria dos professores da sua geração. Isso nunca sucedeu na carreira técnica superior.
Setembro 8, 2009 at 11:54 pm
Aliança Democrática, é isso! Aliança Democrática.
Muitas Escolas estão a apontar para um Hino próprio (músical). Como se explica este fenómeno não é pergunta que se faça.
Setembro 9, 2009 at 2:33 am
Kafka, ainda não disse quanto ganha.
Esqueci-me de dizar que prestei provas no mestrado.
O custo do mestrado em propinas foi de 800 contos. Bem, não vou contabilizar os artigos que comprei, de revistas internacionais, pela razão da universidade não as possuir.
Responda-me, quanto devo ganhar?
Setembro 9, 2009 at 2:38 am
Kafka, pode reparar nas horas a que respondi?
Pois, estive a preparar as aulas para os meus alunos.
São horas extraordinárias, mas não vou exigir pagamento.
Boa noite, Kafka e bons sonhos.
Setembro 9, 2009 at 10:07 am
José Costa disse:
“Responda-me, quanto devo ganhar?”
Eu acho que deveria ganhar mais. Muito mais. Aliás acho que quase toda a gente em Portugal, deveria ganhar mais, exceptuando uma elite profissional e social. Se dependesse de mim triplicava o salário mínimo e quadruplicava as pensões.
Mas está a colocar mal a questão. O que estava em discussão na entrada do Paulo Guinote era se os professores portugueses ganhavam muito ou pouco EM FUNÇÃO DE OUTROS INDICADORES, nomeadamente o PIB ou as PPP. Nunca em termos absolutos. A questão que devemos responder é se os professores portugueses ganham mal por comparação com outros profissionais da administração pública com níveis de qualificação e de exigência similares. E aí eu respondo que não pela simples razão de que, como demonstrei, os salários são muito próximos da carreira técnica superior, a carreira da administração pública que em meu entender mais se aproxima da carreira docente. Com uma diferença substancial. Até à aprovação do actual ECD todos ou quase todos os professores atingiam o topo da carreira, enquanto que isso só sucedia numa pequena minoria com a carreira técnica superior.
Setembro 9, 2009 at 10:25 am
Uma mão ajuda a outra.
Durante dezenas de anos os sucessivos governos PS/PSD/CDS ignoraram as condições regulamentares de acesso aos escalões superiores. Mas essa era uma obrigação legislativa, da qual se demitiram. Poderiam ter imposto os concursos públicos, que é a forma mais transparente. O actual governo nunca reconheceu este lapso, agiu de má fé, inventou mentiras históricas (como a outra de que esta é a recessão mais grave dos últimos 100 anos, mas enfim, para um mentiros compulsivo e ignorante encartado, vale tudo). Sei que organizar concursos públicos dá trabalho, mas fazer adjudicações por concurso também dá. Cair no caos actual é que não me parece solução que respeite os interesses gerais tantas vezes invocados na boca de José Sócrates como esquecidos por este governo.
Setembro 9, 2009 at 5:45 pm
Sr. Kafkazul, falei da Finlândia pq uma das minhas filhas chegou recentemente de lá, onde esteve em erasmus ( 1 semestre).
Paguei tanto pelo quarto onde ficou ( numa casa com 3 estudantes) como pelo da minha outra filha perto da universidade de Faro.
O almoço na cantina universitária custava 2 euros; a comida é ao mesmo preço que cá. Na universidade, não há propinas, pelo contrário, todos os estudantes ganham uma bolsa de 500 euros por mês qdo entram para a universidade. Não se compram livros de estudo. A biblioteca da uni faculta-os a cada aluno por 3 semanas. Aqui, a biblioteca só deixa levar um livro de estudo durante 3 dias ( impossível para estudar para exames).
Nenhum jovem tem telemóveis caros. A minha filha foi às lojas da nokia e só lá viu modelos antigos ( aqueles que aqui nem os meus alunos “musguinhas” usavam).
Mais caro: tudo o que seja comprado num café: os cafés custam 1.5, a cerveja custa 6 euros. Impossível ir para as esplanadas, como cá.
Fez viagens por lá organizadas pela associação de estudantes ( S.Petersburgo, lapónia, estocolomo.) . Tudo muito acessível.
Mas, as camionetas não são último modelo e as estradas são beras ( nada de auto-estradas por todo o lado).
Conclusão: o grande investimento é feito na educação, razão pela qual muitos alunos querem ser professores ( profissão bem paga e muito valorizada).