Olá, Paulo!Junto envio moção de reconfirmação dos docentes do Agrupamento Vertical de Escolas de Vizela a recusarem participar em qualquer acto relativo ao actual modelo de ADD, mesmo que simplificado! Os professores assinaram-na livremente, na esmagadora maioria.António
Agrupamento Vertical de Escolas de Vizela
Reconfirmação da Suspensão do Processo de Avaliação Docente
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho Executivo
Os docentes deste Agrupamento de Escolas, reunidos a 17 de Novembro de 2008, aprovaram um documento, no qual expressaram a sua total discordância face ao modelo de avaliação docente imposto pelo Ministério da Educação. Foi entretanto aprovado, pelo Governo, novo Decreto Regulamentar, mediante o qual se pretendeu corrigir, entre outros aspectos, alguma da excessiva burocratização do modelo de avaliação aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, o que suscita aos docentes deste Agrupamento, signatários do documento agora apresentado, uma tomada de posição.
Assim, considerando que a anunciada simplificação:
1. Não altera o modelo na sua essência, conservando a sua matriz burocratizadora, para além de que se assume como um mero regime transitório de avaliação de desempenho para vigorar, apenas, até 31 de Dezembro de 2009;
2. Mantém a designada avaliação entre pares, opção causadora de profundo mal- -estar e conflitualidade entre docentes, com reflexos na tranquilidade indispensável ao desenvolvimento do acto educativo e consequentes repercussões no sucesso educativo dos alunos;
3. Assenta na divisão aberrante e arbitrária entre professores e professores titulares, razão primeira de todo um conjunto de injustiças que urge ultrapassar com revisão urgente do E.C.D;
4. Desvaloriza a consideração da componente científico-pedagógica, ou seja, a vertente que mais caracteriza e define o perfil da qualidade do trabalho docente;
5. Não se assume como espaço ou momento propiciador ao restabelecimento de um clima de paz e serenidade indispensáveis ao desenvolvimento de um trabalho educativo de qualidade.
Porque, no essencial, se mantém um modelo de avaliação gerador de instabilidade e conflitualidade nas escolas, provada que está a sua inoperacionalidade, bem demonstrada pelas sucessivas alterações a que foi sujeito, por pressão da classe docente, mas com o reconhecimento explícito do erro, por parte do Ministério da Educação e do Governo; porque não responde às necessidades das escolas e dos docentes, nem se perfila como um instrumento agregador, motivador e mobilizador de mudança qualitativa que se revele pertinente introduzir no sistema educativo, pois que nele não se revêem, agentes indispensáveis à sua transformação; porque tem servido, tão só, como instrumento de desestabilização das escolas e do seu corpo docente e instrumento potenciador do desenvolvimento de guerrilha no espaço escolar.
Os professores signatários, defensores de uma avaliação docente expressa de forma simples, transparente, rigorosa e justa, reafirmam a rejeição deste modelo, mantendo intacta a posição, a seu tempo assumida, e reafirmam a vontade expressa e o compromisso de suspensão de qualquer actividade, procedimento ou elaboração de documento que se relacione com a operacionalização deste modelo de avaliação docente, até que seja aprovado um modelo de avaliação de desempenho justo, simples, credível e eficaz.
Em consequência do atrás referido, comunicam a V. Excelência, Senhor Presidente do Conselho Executivo que, por decisão voluntária, responsável e individualmente assumida, embora expressa de forma colectiva, não procederão à entrega das propostas de objectivos individuais, conforme estabelecido em calendarização de desenvolvimento do processo de avaliação docente, recentemente divulgado.
Mais solicitam que, do teor deste documento, seja dado conhecimento a quem de direito.
Caldas de Vizela, 20 de Janeiro de 2009
Os docentes signatários:
Janeiro 21, 2009 at 12:45 am
É importante que estas posições inconformistas e inconformadas dos docentes suscitem, nos colegas indecisos, o desejo de assumir, sem medo, atitudes contra a chantagem, a prepotência e a arrogância instituídas!
Janeiro 21, 2009 at 12:51 am
CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO E OUTRAS ACÇÕES
MANIFESTAÇÃO NACIONAL DE PROFESSORES
24 DE JANEIRO, 14H30, PALÁCIO DE BELÉM – LISBOA
Os professores voltaram a demonstrar a força e a razão que têm: a greve desta segunda-feira foi das maiores alguma vez realizada por esta classe profissional.
Mas, passada a greve, não podemos deixar este governo respirar de alívio. Foi precisamente graças às espantosas mobilizações dos professores que o governo já foi obrigado a recuar para um modelo simplex. Mas não quer tocar no essencial da sua política: a divisão da carreira, as quotas, o novo modelo de gestão, a escola empresa. Não podemos dar tréguas. Apertemos cada vez mais e as grandes vitórias virão.
Por isso mesmo, o Movimento Escola Pública apela a todos e todas para que participem na concentração/manifestação de professores do próximo Sábado, dia 24 de Janeiro, junto ao Palácio de Belém.
O cartaz da manifestação está aqui. Imprime o cartaz e afixa-o na tua escola.
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/01/concentraomanifestao-e-outras-aces.html
Janeiro 21, 2009 at 1:02 am
Agrupamento Gil Paes, Torres Novas, aprovam moção de suspensão dos procedimentos de avaliação de desempenho
Recebi esta moção, hoje, às 21:00. Chegou-me pela mão de uma prima que é professora. Na minha família, são todos professores, sabiam? Votaram, por escrutínio secreto, 142 professores. Houve
Votaram, por escrutínio secreto, 142 professores. Houve 115 votos a favor da moção, 7 votos contra, 11 votos brancos e 9 nulos (assim foram designados pela PCE porque os professores não se limitaram a escrever “sim”; colocaram no voto mais qualquer coisinha). Aqui vai a parte final da moção, aprovada esta tarde:
“Os professores do Agrupamento de Escolas Gil Paes pretendem ser avaliados, mas não por este modelo, mesmo simplificado, considerando imperativa a sua substituição por outro mais justo e rigoroso, o qual deverá passar pela revisão do ECD que:
1. Elimine a divisão da carreira
2. Suprima as quotas para a atribuição de MB e de EXC.
3. Revogue a prova de ingresso.
Pelo exposto, os professores, coerentes com a posição anteriormente assumida, reiteram a sua posição tomada a 12/11/08, de suspender a sua participação em qualquer acto relacionado com a avaliação de desempenho, salvaguardando a situação dos professores contratados, aos quais se reserva o direito de decidirem individualmente face ao seu processo avaliativo.”
Torres Novas, 20 de Janeiro, de 2009