OLÁ, Paulo

Agradecemos que coloque  no seu blog que a  a Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, de Odemira, reiterou hoje, dia 14 de Janeiro, a posição assumida em sessões plenárias anteriores de NÃO ACEITAR ESTE MODELO DE AVALIAÇÃO e, consequentemente, exigir a revisão  urgente e imediata do Estatuto da Carreira Docente. Esta posição foi tomada com 47(quarenta e sete) votos a favor e 1 (um) voto contra. O texto final aprovado segue de perto o produzido pela Escola Secundária Gabriel Pereira, de Évora.

Muito Obrigada.

Emília Pina


DECLARAÇÃO DOS PROFESSORES

DA ESCOLA SECUNDÁRIA DR. MANUEL CANDEIAS GONÇALVES – ODEMIRA

Os professores da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, reunidos a 14 de Janeiro de 2009, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o estipulado pelo artigo 11, n.°1, do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, comprometem-se a cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus deveres para com os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram ainda que:

1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal no seio da classe docente e profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e indirectos, no processo de ensino e aprendizagem.

2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado por força da introdução de diferentes despachos, emendas e o actual/velho Decreto Regulamentar 1-A/2009, nenhum deles resultado de uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente de uma avaliação científica objectiva.

3. O referido modelo estratifica a carreira artificialmente em professores titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem profissional, ética e pedagógica, não correspondendo a qualquer diferenciação funcional.

Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas nunca por este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo os aspectos essenciais mais gravosos. Manifestam ainda o seu direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela competência científica e pedagógica, mas sem diferenciação de natureza administrativa.

Os professores decidem ainda:

  • Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho
  • Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e valorize a profissão docente.

.

Odemira, 14 de Janeiro de 2009