Documento a subscrever pelos professores e educadores
e a apresentar ao C.Pedagógico e C. Executivo
AGRUPAMENTO Nº 1 DE BEJA – SANTA MARIA
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Proposta ao Conselho Pedagógico e ao Conselho Executivo
Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas Nº 1 de Beja (Santa Maria de Beja), subscritores deste documento vêm propor ao Conselho Pedagógico e ao Conselho Executivo a suspensão do processo de avaliação do desempenho em curso nos termos e com os fundamentos seguintes:
- O modelo de avaliação do desempenho aprovado pelo Decreto-Regulamentar 2/2008 não está orientado para a qualificação do serviço docente, como um dos caminhos a trilhar para a melhoria da qualidade da Educação, enquanto serviço público;
- O modelo de avaliação instituído pelo referido decreto-regulamentar destina-se, sobretudo, a institucionalizar uma cadeia hierárquica dentro das escolas e a dificultar ou, mesmo, impedir a progressão dos professores na sua carreira;
- O estabelecimento de quotas na avaliação e a criação de duas categorias que, só por si, determinam que mais de 2/3 dos docentes não chegarão ao topo da carreira, completam a orientação exclusivamente economicista em que se enquadra o actual estatuto de carreira docente que inclui o modelo de avaliação decretado pelo ME;
- Paradoxalmente, a aplicação do actual modelo de avaliação do desempenho está a prejudicar o desempenho dos professores e educadores por via da despropositada carga burocrática e das inúmeras reuniões que exige;
- O modelo de avaliação reveste-se de enorme complexidade e é objecto de leituras tão difusas quanto distantes entre si e que nem o próprio Ministério da Educação consegue explicar devidamente;
- A instalação do modelo revela-se morosa, muito divergente nos ritmos que é possível encontrar e dificultada ainda pela falta de informação cabal e inequívoca às perguntas que vão, naturalmente, aparecendo;
- A maioria dos itens constantes das fichas não é passível de ser universalizada. Alguns só se aplicam com um número reduzido de professores. Outros, pelo seu grau de subjectividade, ressentem-se de um problema estrutural – não existem quadros de referência em função dos quais seja possível promover a objectividade da avaliação do desempenho;
- O desenvolvimento do processo com vista à avaliação do desempenho não respeita o que determinam os artigos 8º e 14º, do próprio Dec-Regulamentar 2/2000, uma vez que o Regulamento Interno, o Projecto Educativo e o Plano Anual de Actividades não se encontram aprovados por forma a enquadrar os seus princípios, objectivos, metodologias e prazos;
- É evidente um clima de contestação e indignação dos professores e educadores;
- O próprio Conselho Científico da Avaliação dos Professores (estrutura criada pelo ME) nas suas recomendações, critica aspectos centrais do modelo de avaliação do desempenho como a utilização feita pelas escolas dos instrumentos de registo, a utilização dos resultados dos alunos, o abandono escolar ou a observação de aulas, como itens de avaliação;
- O Ministério da Educação assumiu com os Sindicatos de Professores a revisão, este ano lectivo, do modelo instituído pelo Dec-Regulamentar 2/2008;
- Suspender o processo de avaliação permitirá: (i) recentrar a atenção dos professores naquela que é a sua primeira e fundamental missão – ensinar; (ii) que os professores se preocupem prioritariamente com quem devem – os seus alunos; (iii) antecipar em alguns meses a negociação de um outro modelo de avaliação do desempenho docente, quando já estão em circulação outras propostas, radicalmente diferentes e surgidas do meio sindical.
Assim, o signatários, renovam a proposta de que o Conselho Pedagógico e o Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Nº 1 e Beja (Santa Maria de Beja) suspendam todas as iniciativas e actividades relacionadas com o processo de avaliação em curso, certos que, desta forma, contribuem para a melhoria do trabalho dos docentes, das aprendizagens dos nossos alunos e da qualidade do serviço público de educação.
Os signatários
Outubro 27, 2008 at 4:04 pm
… et voilà!
Outubro 27, 2008 at 4:14 pm
voilá.
Outubro 27, 2008 at 4:15 pm
Até estou a ficar envergonhado, pois na minha escola corre um abaixo assinado para a suspensão da avaliação, e só meia dúzia de gatos pingados a assinaram…
Estou a desconfiar que na minha escola há muito paleio contra a avaliação e depois cortam-se na altura de tomar decisões.
Outubro 27, 2008 at 4:17 pm
#3
Talvez esteja na altura de escolher:
ou actor ou espectador.
Outubro 27, 2008 at 4:19 pm
boa boa!!!!
venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
do branco ou tinto, se a velha estica eu fico por cáaaaaa
tiriririri buririririri, tiriririri
lol
Outubro 27, 2008 at 4:21 pm
# 4
Eu já assinei a moção e já a divulguei pelos colegas.
Outubro 27, 2008 at 4:34 pm
Vou concluindo que o problema vital da educação nacional se situa na avaliação dos professores, como se no sistema educativo a sua plena realização se situasse apenas e tão só nesse núcleo duro: avaliação.
Sabemos que não é, mas o Estado é pródigo em criar faits divers para que as pessoas se entretenham nesse desvio para, entretanto, ir tecendo e congeminar, os e nos assuntos mais importantes, à surrelpa.
E os professores agarraram no isco e desgastam-se em inúteis batalhas que lhes consomem energias e prejudicam o tempo e a atenção que deveriam ser total e inevitavelmente dedicados às crianças.
Batalhas deste ter são normais no terceiro mundo, onde tudo não tem começo nem recomeço, porque ninguém sabe traçar o futuro.
Razão tinha Gramsci ao ponderar que há na Europa dois Ocidentes, o da Europa e o da Europa Periférica, situada nas penínsulas ibérica, itálica e helénica, que se enterraram no mar, muito mais extenso, perante a minguada terra em que vivem.
Quando não há dinheiro inventam-se problemas menores que sobem como um balão até este rebentar.
Outubro 27, 2008 at 5:09 pm
Não é a escola do Fafe?
Observando a lista de escolas que estão a passar à acção, parece-me que a maioria é de pequenas dimensões. É necessário que as grandes escolas e dos grandes centros se aliem à contestação. Por exemplo, Lisboa e Porto? Alguém mora aí?
Outubro 27, 2008 at 6:12 pm
Apesar de não trabalhar nesse agrupamento sou natural dessa freguesia de Beja e isso enche-me de orgulho.
Outubro 27, 2008 at 6:27 pm
#7 Sabemos que a avaliação é um pretexto para pagar menos aos docentes, sabemos que este tema pode desviar as atenções da nova gestão das escolas, do ensino especial e outras alterações importantes que afectam os professores e os alunos. Mas deve compreender que quando vários males atacam o doente este queixa-se do que causa mau estar no momento, mesmo que padeça de males maiores.
Outubro 27, 2008 at 6:40 pm
#1
…et voilá!
Pim!
Como se diz “Pim!” em francês?
Outubro 27, 2008 at 6:49 pm
Depois da selecção natural de Charles Darwin, temos agora a selecção social de Maria de Lurdes.
Para saber como dominar e domar o professorado aconselho o filme “Os olhos de Lince”. É o mais perfeito panoptismo para o qual caminhamos… por fases.
Outubro 27, 2008 at 7:11 pm
João Boaventura,
A avaliação é apenas a poeira que assenta sobre os problemas maiores da Educação, concordo. Mas para chegar a eles convém limpar a poeira que está por lá.
Quanto as duas Europas, o Gramsci não inventou nada.
Para não ir mais longem desde o Iluminismo que essa ideia existe e criou raízes com o desenvolvimento da industrialização.
Outubro 27, 2008 at 7:24 pm
Como raiva disse em cima, muitos falam, falam, falam, mas, na hora da decisão, a cabecinha de muitos só acena que sim, por favor, avaliem-me já…
Outubro 27, 2008 at 7:55 pm
#14 rendadebilros
Aconteceu , hoje avisei uma colega do abaixo assinado, depois disse-me que não assinava porque como contratada precisava da avaliação para poder concorrer. Está tudo dito.
Neste momento há reuniões informais nos departamentos sobre a avaliação. Eu sou Avaliador de um departamento de e estou curioso por saber o que se diz nessas reuniões…o abaixo assinado continua à espera das assinaturas.
Eu já disse aos meus colegas que não sei como os avaliar, não sei nada sobre a entrevista e nem percebo como irei avaliar os colegas numa aula…
parece um assunto que os avaliadores pensam o mesmo mas depois fazem reuniões informais…
Isto anda tudo doido…
Outubro 27, 2008 at 8:11 pm
Não admitirei ser avaliado, a não ser por um júri no qual todos os elementos tenham prestado provas e tenham um currículo superior ao meu. Foi assim no mestrado, já no século passado; todos eram catedráticos e “saquei” um Muito Bom, o primeiro do departamento da universidade onde leccionei durante dez anos. Mas até aí houve quem se sentisse desgostoso, a pauta já ia preenchida com um simples Bom: o júri não embarcou nessa.
Outubro 27, 2008 at 8:19 pm
como vai este país…os professores na Escola Seecundária de Tavira assinaram uma moção de censura sobre a avaliação e o Presidente do Conselho Executivo, que é o mesmo do Conselho Pedagógico, não a leu afirmndo que não fazia parte da ordem e trabalhos do mesmo. SIC Ele há tiranetes do governo em todo o lado
Outubro 27, 2008 at 10:43 pm
[…] Agrupamento de Escolas nº1 de Beja – Santa Maria […]
Outubro 27, 2008 at 10:54 pm
Fafe (comentário 16)
É isso aí: avaliação sim mas por quem saiba e tenha um currículo superior ao meu e, já agora, que seja da mesma área. Júri, sim, credível, isento, exterior à escola. Quem quisesse submeter-se a esta avaliação fá-lo-ia livremente quem não quisesse assumiria as consequências. Aposto que uma grande percentagem dos actuais avaliadores sorteados na lotaria não se atreveriam.
Hoje vi gente sem coluna nem espinha, autênticos “coisos” viscosos que padecem de males incuráveis: tacanhez, burrice e prepotência.
Quem pode admitir ser avaliado por esta especie de gente?
AVALIAÇÃO SIM, POR UM JÚRI RECONHECIDAMENTE COMPETENTE PARA O EFEITO. SÓ FICA NO ENSINO QUEM A ELA SE SUBMETER.
Iam ver os adesivos todos a fugir…ratos!
EU QUERO, EXIJO SER AVALIADA POR ALGUÉM QUE SAIBA E SEJA MELHOR QUE EU. TENHO ESSE DIREITO. Se assim não for abrirei um processo judicial contra quem me avaliar, por difamação e má juízo sobre a minha pessoa. E exigirei uma indemnização por danos morais e psicológicos.
MORRA DANTE
MORRA
PIM!
Outubro 27, 2008 at 11:00 pm
E aqueles que nos chateiam se os mandássemos “à fava” ou “bugiar?”
Não, não é para me meter com ninguém em especial…é só para irem ver o que significam as expressões aqui…
http://bibliotecaportaberta.blogspot.com/2008/10/de-onde-que-vem-expresso_27.html
Outubro 27, 2008 at 11:00 pm
«Demissão em bloco
Beja: Conselho Executivo de escola demite-se “saturado” com casos de violência
27.10.2008 – 15h43 Lusa
O Conselho Executivo (CE) da Escola Básica 2, 3 de Santa Maria, em Beja, demitiu-se em bloco, “saturado” com vários casos de violência no estabelecimento de ensino, como agressões entre alunos e a funcionários, professores e pais.
“Apresentámos a demissão, porque estamos cansados e saturados com vários casos de violência na escola, que deixaram de ser pontuais e passaram a ser frequentes”, explicou hoje a professora e presidente demissionária do CE da escola, Domingas Velez.»
Notícia do Público online. parece que soou a hora de se dizer que o rei vai nu! Finalmente!
Outubro 27, 2008 at 11:02 pm
Que mal é que fez o Dante Aglieri para lhe desejarem a morte? Não será antes o Júlio Dantas, o tal que até fazia sonetos com ligas de duquesa? Assim a modos que um Valter Lemos da época… 😉
Outubro 27, 2008 at 11:28 pm
Tem razão, Ricardo Gomes, Dante não fez mal a ninguém. Era mesmo o outro Dantas.
Outubro 27, 2008 at 11:48 pm
Estou mesmo triste por ninguém comentar a posição do CE da escola de Beja…
Outubro 28, 2008 at 6:41 pm
Paulo Guinote
(13.) Bem sei que tinha outras fontes, apenas citei a mais recente reconfirmação.
No fundo, a asserção de que há fundamentos para justificar as atitudes e os comportamentos da Ministra, isto é, ela é o espelho periférico da Europa periférica.
Esse foi o relevo que se pretendeu patentear.
Outubro 28, 2008 at 9:26 pm
Fafe vi agora a tua escola no telejornal, foi feito um reforço na segurança. Finalmente!
Foi preciso chegarem a isto para que se agisse em conformidade.
Que palhaçada.
Outubro 28, 2008 at 9:42 pm
Segurança privada, Olinda.Não sei que pense…
Outubro 28, 2008 at 9:46 pm
Segurança privada para aguentar os nómadas e os que vivem em bairros degradados à volta da escola?
Isto está bonito, está.
Outubro 28, 2008 at 10:56 pm
Fafe estás a fazer a acta?
Março 5, 2010 at 5:30 pm
MIGUEL ARCANJO – ESPIRITA DO POBRES
gostei da pagina
Eu, Nuno Miguel Madeira Farias, não faço milagres, nem curo ninguém. Só Deus, para ele nada é impossível.
Nasci em 19 de Setembro, no mês da Nossa Senhora Lasalet.
Ao nascer estive, entre a vida e a morte, no Hospital Sousa Martins da Guarda.
O meu nome é Nuno em homenagem a D. Nuno Álvares Pereira, Miguel por causa de
S. Miguel, Madeira (cruz de Cristo), Farias é o que farei para ajudar os outros.
Quis o destino que recebesse o santo baptismo, no dia 25 de Dezembro, para lembrar o nascimento de Jesus na Igreja de S. Vicente.
Em criança frequentei o colégio do Outeiro de São Miguel na Guarda, fundado pelo Dr. José Dinis da Fonseca influenciado pela ideia de D. João de Oliveira Matos. À medida que fui crescendo fui-me apercebendo que Deus me havia dado uma virtude para ajudar os outros.
Por isso todas as pessoas são iguais independentemente da sua religião ou etnia. No entanto, ao aprofundar os meus conhecimentos no mundo oculto criei o meu próprio Tarôt. Não me considero cartomante mas sim médium espírita e exorcista.
Trabalho internacionalmente através do telefone conforme a minha disponibilidade .
Não trabalho em função do dinheiro uma vez que aceito aquilo que me queiram dar.
Tal como Deus disse dai de graça o que recebestes de graça.
RESULTADOS PROVADOS EM PORTUGAL E NO ESTRANGUEIRO
NO FIM VINDE TER COMIGO
TELEMOVEL : 966023954
http://espiritadospobres.home.sapo.pt/index.htm
miguelarcanjo@sapo.pt
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