A completa falta de civismo básico na forma da tríade-maravilha do ME tratar os professores em público ou privado já é conhecida.
Não estranho que tenha cobertura ao nível da chefia do Governo, atendendo a tudo o que sabemos sobre aquilo-que-já-não-convém-nomear.
E percebe-se que certos agentes provocadores usem este mesmo modo de linguajar para nos atacar.
Agora só acho que, fazendo a Presidência da República questão em fazer veicular para a opinião pública a forma como exerce o seu magistério de influência sobre o Governo e o «apreço» pela Ministra da Educação, devia aproveitar para, em privado e não apenas de forma semi-críptica em mensagens cerimoniais, fazer algo mais quanto à decência mínima exigível a quem ocupa cargos públicos, para que não foram eleitos mas meramente cooptados, sem que ninguém soubesse que eram estes os presentes que vinham na rifa eleitoral.
Porque quando me aparecem aqui, ou leio em outras paragens, certas sensibilidades mais delicadas a acusar os docentes de serem muito críticos, gostaria que me justificassem esta forma absolutamente rasteira de um governante se referir aos profissionais que tutela.
Porque se não há escolas sem alunos, gostaria de ver ministros ou secretários de estado da educação sem cidadãos ou sem professores.
E «professorzeco» posso ser mas em nenhum momento me baixaria ao nível deste pessoal político de refugo. Aliás, para um «professorzeco», mesmo que não titular, passar para uma secretaria de estado deste tipo só poderia ser considerada uma despromoção profundamente inqualificável.
Janeiro 25, 2008 at 8:04 pm
Até quando aturar tudo isto?
Janeiro 25, 2008 at 8:21 pm
Encontra-se em conformidade com o modo como lidou, no passado, com colegas(?) a quem deveria respeito pela competência e idade, no tempo em que “passou pela escola”… anteriormente à fase bostoniana.
Janeiro 25, 2008 at 8:40 pm
Até quando?
Só me apetece emigrar. Isto é o mesmo país que me motivou a seguir esta profissão?
Não acredito, deve ser notícia do “Inimigo Público”, só pode.
Janeiro 25, 2008 at 9:04 pm
E não é que o rato pariu a montanha?!
E não é que a gestação e o parto se deram em menos de 48 horas!!!!
E assim se faz a educação em Portugal!
http://www.min-edu.pt/np3/1599.html
Estatuto da Carreira Docente
Recomendações do Conselho Científico para a Avaliação de Professores
25 de Jan de 2008
O Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP) formula recomendações de carácter genérico, com base nos resultados de estudos e de investigações referidos na literatura científica sobre a avaliação de desempenho docente, destinadas a apoiar o processo de concepção e de elaboração dos instrumentos de registos utilizados na avaliação de desempenho dos professores.
Para mais informações, consultar:
Despacho de atribuição de competências à presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, Conceição Castro Ramos [PDF]
Recomendações sobre a elaboração e aprovação de instrumentos de registo normalizados destinados à avaliação de desempenho dos professores [PDF]
Janeiro 25, 2008 at 9:27 pm
A montanha descuidou-se e deu um traque 🙂
A favor do ME devemos dizer que saíu qualquer coisa que, legalmente, vale zero uma vez que o decreto fala do parecer do Conselho e não do parecer individual do seu presidente.
Janeiro 25, 2008 at 9:59 pm
Eu assumo:
– Não sei mais que um miúdo de dez anos…
Janeiro 25, 2008 at 10:00 pm
As reais intenções destes «desgovernantes» são tudo menos límpidas.
Usam a provocação e a prepotência, encorajam o nepotismo e os sentimentos mais primários contra alvos designados… onde é que eu já vi isto?
Já me lembro! Sim, foi num país que também foi tomado por «socialistas» («nacionais socialistas» também conhecidos por nazis).
Há duas célebres frases de Goebbels (ministro da propaganda de Hitler) que são aplicadas no contexto português actual:
-«Uma mentira repetida mil vezes passa a ser verdade» e
-«Quando oiço a palavra ‘cultura’ vem-me logo o reflexo de puxar pela pistola»
Janeiro 26, 2008 at 2:10 am
“fazer algo mais quanto à decência mínima exigível a quem ocupa cargos públicos, para que não foram eleitos mas meramente cooptados, sem que ninguém soubesse que eram estes os presentes que vinham na rifa eleitoral.”
Paulo, mas não és tu um adepto da administracão desconcentrada do ME(DRE´s, CAES)?
Que linguagem usará a Margarida Moreira e afins quando se refere às comunidades educativas?
Janeiro 26, 2008 at 12:51 pm
Emigrar não emigro que já o fiz e não gostei…Mas mandar tudo às malvas e reformar-me… É só o senhor Cavaco assinar o dito despacho e é LIMPINHO!!!!
Janeiro 26, 2008 at 10:17 pm
Os «professorzecos» são cidadãos da República Portuguesa.
Aos Deputados da Nação cabe representar os cidadãos, logo também os «professorzecos» – isto é, dar-lhes voz.
Ao censurar os deputados por fazerem o que lhes compete, o tal Luís Fagundes Duarte e a tal Teresa Portugal ofenderam:
a) os profissionais tutelados pelo ministério que lhes paga os vencimentos;
b) os deputados com quem se encontravam reunidos;
c) o órgão de soberania de que esses deputados são titulares eleitos;
d) todos os cidadãos portugueses.
Não há quem lhes instaure um processo? Lembro de novo os nomes: Luís Fagundes Duarte e Teresa Portugal. Para que quem de direito não se esqueça.
Janeiro 30, 2008 at 9:42 am
Se o Charrua teve um processo por dizer uma verdade – que o diploma do Quem Nós Sabemos* é falso – estes devem ter também!
* – Aquele Cujo Nome Não Deve ser Pronunciado.
Fevereiro 6, 2008 at 8:28 pm
Atenção: há aqui um mal entendido. o Luís Fagundes Duarte e a Teresa Portugal são deputados e não (dis)funcionários do ME. Foram eles que afrontaram a «Miluzinha» e ouviram o tal dislate sobre os «professorzecos».
Novembro 27, 2011 at 10:07 am
I do not disagree with this blog post.