Afinal até parece que o Estado de Direito funciona, apesar dos entorses socráticos e outros rodriguinhos em matéria de respeito pelo enquadramento legal da actividade docente.

Tal como no caso dos exames repetidos, também agora os Tribunais colocam o Ministério da Educação sob fogo em matéria da legalidade das suas decisões, quantas vezes arbitrárias a atribiliárias (gosto desta palavra…).

Infelizmente, o combate político em torno do ECD foi semi-perdido; no entanto, há muito pasto jurídico para demonstrar como o Ministério da Educação actual é essencialmente desrespeitador da legalidade democrática do quadro legal em vigor em Portugal.

Em países normais ou quase normais isto seria motivo para imediata demissão. Por cá será razão para, findo o mandato, aparecer um qualquer retiro em prateleira dourada.

E isto, da ilegalidade manifesta das decisões às recompensas pelos serviços prestados, é um autêntica vergonha, vejamos o problema através de que lente for, excepto se for pela perspectiva do(a)s beneficiário(a)s.

Agradecendo a todos aqueles (e foram muitos) que me mandaram mails sobre o assunto.