Uma filial mal de multinacional, a troika e um país falido

 

Sem duvida que a semelhança é “não” uma figuração. Se uma multinacional tiver uma dependência em más condições, mas por algum motivo a não quiser/poder fechar, mantem sobre controlo apertado, e vai mandado um chefões ver as contas até ao tostão, e ver bem se ainda há algum juízo, se até aí o não houve.

Bem , o que usamos chamar de troika, é em tudo semelhante. Vêm lá de fora uns tipos , que até andam todos no mesmo automóvel para se mostrarem poupados e não perdulários como nós, que parecem ser simpátricos, que esmiuçam as contas de tudo até mais não poder. E no fim dizem-nos ou mandam que nos digam, se podemos continuar de porta aberta, ou se nos vão deixar cair.

Estranho é o “faz de conta” em volta de tudo isto e não se querer assumir verdadeiramente esta situação, e talvez “cá dentro” mostramo-nos um pouco melhores. Claro que é muito desconfortável ter chegado a este ponto, mas é no que estamos.-

Quantas filiais de multinacionais fecham quando não cumprem com os objectivos traçados pela sede? aqui a sede é quem tem o dinheiro, e vai-nos mantendo.

Claro que filiais há, que tentam dar a volta por cima, e com poupanças que não matem os seus empregados, com controlo de tudo que seja supérfluo, com fusões de alguns departamentos, com novas ideias e sangue novo, vão em frente. E em dado momento a sede fica satisfeita, dado que vê uma nova vida na filial, novas ideias, menos do mesmo. E respeito por quem nela trabalha.

Será que estamos a fazer isto? Será que fizemos fusões adequadas de departamentos? Ou seja de Camaras Municipais, Freguesias e de mais Departamentos? Parece que não!!

Se assim continuarmos sem novas ideias, sem situações totalmente diferentes, sem tanta arrogância, com mais humildade mas sempre com dignidade, não vamos lá. Ou vamos andar sempre num sufoco a ver o que os chefões nos dizem, nos emprestam , nos deixam ou não sobreviver.

Depois,  costuma hacer uns jornais internos, nestas filiais, que enumeram aos empregados os progressos feitos, os caminhos a seguir, as novas vias encontradas, e que não andam sempre a descobrir situações complicados, que a denigrem junto da sede! Será esse o nosso comportamento? Claro como País, mas claro que vive dependente de quem nos empresta dinheiro para não acabar.

E ficamos todos a dizer mal da troika, que realmente são uns tipos que se estão marimbando para nós como Pessoas, mas já o fizeram na Grécia, e qual sede não faria com a sua filial. Dinheiro!!

Talvez tenhamos nós, cá, filial em aflição, que mudar para melhor, para podermos ficar mais independentes, e mais dignos! Ou não!

 

Augusto Küttner de Magalhães

Outubro de 2012