Senhor Primeiro Ministro de Portugal
Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Senhor Ministro da Educação de Portugal
Senhores Deputados da Assembleia da República Portuguesa
Peço desculpa mas, num momento destes, não vou ter grande vontade em escolher as palavras.
Anexo o Texto de Revolta de uma jovem que luta e estuda, fora de Portugal, para melhorar o seu conhecimento à custa de imensos sacrifícios pessoais e familiares e que não vê resultados para a excelência desse esforço nem forma de voltar ao seu país e para junto dos familiares.
Percebe, isso sim, que, à sua volta, há gente saloia, oportunista e golpista com baixeza de carácter e falta de dignidade, sem ética e sem moral que se alapa no poder e trepa na vida de forma perversa, cruel e inconsciente, de uma forma ridícula que se presta a escárnio e com a mesma falta de princípios e valores que caracteriza, em geral, os políticos.
Essa gente saloia, pensando que um burro carregado de livros é um doutor ou um engenheiro, utiliza as mais ardilosas artimanhas só ao alcance de quem, não passando de ignorante, procura ostentar uma etiqueta académica, que nesse caso, sendo falaciosa, não passa de um reles penacho que os envaidece e lhes dá presunção, soberba, ostentação, jactância, poder e mando.
É uma VERGONHA.
Este país e nós portugueses, que trabalhamos e nos valorizamos profissionalmente de facto, sem qualquer reconhecimento pelo mérito e excelência, merecemos muito mais e muito melhor que um grupelho de saloios e chicos espertos que se pavoneiam com graus académicos encomendados e que, sem nunca terem feito nada na vida, escolheram a política como forma fácil de viver, mais fácil ainda que a mais velha profissão do mundo.
Compreendo muito bem esta jovem e com ela partilho a sua revolta pois se o sentimento de INJUSTIÇA e de MENTIRA já é excessivamente penoso para o suportarmos calados, pior é quando à sua volta existem cambalachos fétidos de gente que devia ser responsável e responsabilizada e NADA lhes acontece.
Uns vão para Paris, outros continuarão impávidos e serenos, sem vergonha na cara, mas o mais grave é que COM TODA A CERTEZA haverá muita mais gente na política e nos corredores do poder a viver serena e comodamente desta promiscuidade.
Fora da política pouco me incomoda porque quando é apanhado um falso padre, um falso médico ou um falso professor, vão a tribunal, são julgados e perdem IMEDIATAMENTE a sua falsa profissão.
Lamentável o estado a que se chegou, lamentável certa intimidade de quem tem poder, lamentável a forma como se encobrem nos meandros políticos e como não têm dignidade nem brio, lamentável como se age impunemente de forma manhosa e finória.
A formação LUSÓFONA e politiqueira de Relações Internacionais é tão reprovável como a formação INDEPENDENTE em Engenharia Civil, deveras criticada pelo mesmo oportunismo e aproveitamento sem preocupações éticas. Ainda que na legalidade, é REPROVÁVEL e VERGONHOSO pelo facilitismo e nenhum esforço, mérito ou excelência de quem se aproveitou conscientemente.
Do outro lado há MILHARES, … MILHARES de jovens que se esforçam, fazem sacrifícios, pagam anos e anos de propinas, sujeitam-se a exames sérios, vão para longe da família, esforçam-se, são os melhores alunos, fazem mestrados, fazem doutoramentos, querem saber, querem aprender. SÃO AVALIADOS!
Percebem, vossas excelências, a revolta e o desalento desta jovem Denise?
Eu percebo, partilho e também fico REVOLTADO.
Francisco Teixeira Homem
(BI 7356693)
Julho 6, 2012 at 7:32 pm
No ensino também houve bastantes injustiças a nivel de licenciados nas universidades privadas. Muita gente com cursos da treta, obtidos a martelo em universidades privadas conseguiu entrar para os quadros das escolas, concorrendo em pé de igualdade com licenciados em ensino por universidades a sério. Nas escolas eles (os professores licenciados analfabetos das privadas) andem aí!
Aliás as escolas seriam sempre, desde que houvesse vagas, o mercado de trabalho natural para um licenciado analfabeto de uma privada, já que numa empresa privada a sua ignorancia podia trazer-lhe dissabores.
Julho 6, 2012 at 7:43 pm
Quantos professores não fizeram licenciaturas bem mais duvidosas. Por acaso esta gente tem ideia do que foi o Piaget no Algarve, quem lá deu aulas, que cursos… metam a viola no saco.
Julho 6, 2012 at 7:53 pm
#1,
Conheci casos que passaram não apenas pelas privadas, mas tb pelas públicas… em profissionalizações em cima de… mas um pecado não justifica outro… muito menos que se tenham “lapsos” recorrentes sobre as habilitações…
#2,
Tire a viola do saco e diga de sua justiça.
Julho 6, 2012 at 8:12 pm
O aluno Miguel chega atrasado, bate à porta da sala de aula na Lusófoba, espreita e educadamente pergunta:
Dá licença?
Está licenciado! Faz favor. Responde o director.
Julho 6, 2012 at 8:30 pm
#4
Muito boa! 😀 😀
Julho 6, 2012 at 9:42 pm
#3
Um pecado não justifica o outro, mas a verdade é que o Miguel Relvas não se serviu por aí além da licenciatura para exercer a sua “actividade profissional”.
Já os professores saídos de licenciaturas sem nexo, concedidas por instituições duvidosas, utilizaram essas habilitações para entrarem na carreira docente. Eu diria que é bastante mais grave a questão dos professores dos quadros detentores de licenciaturas de trazer por casa, do que a questão do Relvas. Ao certo qual será a sua percentagem? A mim parece-me que será bastante elevada.
Julho 6, 2012 at 11:06 pm
Valha-me Deus!Ao que chegámos…para defender o Relvas!Calem-se!Deixem de se atacar uns aos outros!Mas que grande favor que fazem à corja politiqueira:
Julho 6, 2012 at 11:48 pm
Adorei ler este texto.
Adorei, adorei, adorei.
Não está aqui em causa a actuação de um qualquer cidadão (reprovável da mesma forma)…
Está em causa a desonestidade, a mentira, os conluios, os oportunismos, o chico-espertismo, os esquemas… de que a classe DIRIGENTE DESTE PAÍS (infelizmente, não só de hoje) – a classe que governa/ chefia e decide para o país – a classe que, pela natureza das funções e chefia de uma NAÇÃO, deveria estar para além de qualquer suspeita… está em causa como esta gente chega ao poder, como se perpetua no poder e como rouba, com toda a impunidade: a dignidade dos cidadãos, as expectativas de futuro, o erário público, como humilham e desprestigiam quem trabalha, como conduzem famílias à indigência e empobrecem um povo, como arruínam as estruturas de um estado de direito…!
Partilho, por inteiro, os sentimentos expressos … a minha revolta já não tem limites!
Julho 9, 2012 at 11:37 am
Resido e trabalho em Marselha: sou imigrante. Aos 50 anos tive que pegar na maleta e procurar o que não conseguia no meu pais. Mesmo acumulando 2 profissões, não ganhava para sustentar a familia e custear as despesas de formação das minhas filhas, uma a frequentar uma universidade publica e outra um instituto privado. Por isso sinto “a revolta a crescer-me nos dentes…” perante a canalhice que prolifera.
Fevereiro 5, 2013 at 1:13 pm
Só o povo pode tirar estes corruptos e ladrões do poleiro…não existe país nenhum que sobreviva sem população o poder está nas mãos do povo mas infelizmente existe muita gente neste país que prefere ver a bola ou a casa dos segredos do que sair a rua para obrigar todos os ladrões a pagarem por todo o mal que estão a fazer a este país tão bonito ,cheio de história que era temido pelo seu espírito aventureiro e pelas suas conquistas põe esse mundo fora nos já fomos senhores dos mares …e neste momento parecemos lixo…e triste ver este país nesta situação…gostava de saber quem estaria disposto a fazer alguma coisa!? Vamos nos juntar e mostrar a todos que isto não é um país de merda!???