… acreditem.
Em tempos, os do lado esquerdo fizeram por se entender com o outro, apesar das promessas e lutas em contrário.
Agora, os do lado direito perderam o pio e viraram ao centro, apesar das firmezas e convicções de outrora.
Há opções que uns só criticam porque sabem que nunca terão poder para as mudar e outros apoiam, em surdina mais ou menos ruidosa, sempre que a isso são chamados.
O que resta?
A coerência e capacidade individual para não ceder aos abusos e à conveniências da vidinha.
Resta pouquíssimo, portanto.
Mas pode ser que, do fundo do buraco (que ainda nem chegou) se consiga reerguer algo.
Maio 26, 2012 at 8:11 pm
Infelizmente, eu acredito! Aliás, sei!
Baseada que a crença suporta o desenvovimento do conhecimento….
Pelos desenvolvimentos a que temos assistido… o ver já suporta a crença!
Só se deixa enganar quem assim o entender!
Maio 26, 2012 at 8:12 pm
O problema de fundo, que é transversal ao espectro político, reside no facto de a educação ser vista e tratada, de facto (convém sublinhar isto), como um tema menor, secundário.
É raríssimo encontrar documentos ou reflexões que ultrapassem as meras proclamações de oportunidade ou de pendor ideológico, enxameadas de preconceitos ideológicos ou de ideias feitas sobre a educação ou o ensino.
E precisamente por não haver uma preocupação autêntica e um pensamento consistente relativamente à educação é que as políticas educativas, as opiniões sobre o ensino (e “políticas” e “opiniões” confundem-se frequentemente…) podem mudar constantemente, ao sabor das conjunturas políticas e das conveniências partidárias de ocasião.
Ora, o dramático disto tudo é que o problema é circular: a educação só deixará de ser tratada como um tema político, social e cultural de segunda ordem quando, justamente, se mudarem as mentalidades através da… educação.
Maio 26, 2012 at 8:22 pm
Isso é muito zen e tal e coisa.
Maio 26, 2012 at 8:36 pm
Ora, como é que o Pinóquio comprou tantos silêncios e colaborações, até hoje?…
Quem tivesse dúvidas sobre a metodologia…
Maio 26, 2012 at 8:41 pm
Tenho dúvidas…alguém se candidata a imolar-se????
Maio 26, 2012 at 8:43 pm
Está tudo muito minado.
Ao menos, há uns anos, deixavam-nos espaço para os conseguir ignorar, contornar e fazer o nosso trabalho educativo apesar das parvoíces. Agora, não fazem nem deixam fazer e cada vez mais apertam o garrote a quem quer fazer, só para mostrar poder sobre estes.
No fundo resume-se ao poder da burocracia e da ausência e ideias, mais que qualquer luta ideológica ,verdadeira ou fingida.
http://margarida-alegria.blogspot.pt/2012/05/bem-vindos-ao-circo-mec-gave-oucontas.html
E usando mais uma fornada de jovens em sacrifício e esses deuses dinheiro e burrocracia!
Mias uma geração para se desperdiçar.
Maio 26, 2012 at 8:49 pm
#0:
Excelente
Eu saliento com negrito:
“(…) O que resta?
A coerência e capacidade individual para não ceder aos abusos e à conveniências da vidinha.
Resta pouquíssimo, portanto.
Maio 26, 2012 at 9:18 pm
Maio 27, 2012 at 12:28 am
Que sentido faria questionarmos um sem-abrigo que procura no resguardo da Gare do Oriente em Lisboa, ou noutro sítio qualquer, a protecção da chuva, àcerca do grau de cumprimento da sua responsabilidade individual? Por vezes, esquecemo-nos que a sobrevivência hoje é apenas possível por via da socialização. Mesmo a auto-subsistência – retirando a ficção de Daniel Defoe – exige alguma entre-ajuda. O individualismo é apenas uma miragem: somos seres sociais.
Maio 27, 2012 at 12:43 am
#9,
Faria sentido e faz sentido sempre com indivíduos racionais e autónomos na medida das possibilidades.
O sem abrigo tem, curiosamente, níveis de liberdade que um instalado e dependente de muita coisa material não consegue ter…