A este post do Corta-Fitas sobre a falta de um par de professores, cujo autor acha giro enlamear toda a gente a partir da amostra que o incomoda, respondi assim:
Caro Vasco,
Não conheço a sua profissão.
Conheci um homónimo seu, há muito tempo, que trabalhava na Cosmos.
Se é o mesmo, não faço ideia se se lembra de mim.
Mas não é o que vem ao caso.Diga-me só duas coisas:
1) Qual a proporção de trabalhadores que farão ponte na 2ª feira em comparação com os professores?
2) Qual a proporção de pais que farão ponte, mais os seus filhos, por comparação com os professores.Sou pai e professor. Não farei ponte e a professora da minha filha também não.
Mas conheço alunos que vão fazer.
Deverei generalizar a partir desta amostra?São alguns que mancham uma profissão, ou será que são alguns olhares que estão manchados à partida?
Transcrevo, porque é daqueles blogues com moderação, que nunca sabemos quando o comentário aparece.
Acresce que na 2ª feira tenho 8 horas de aulas.
Outubro 29, 2011 at 5:06 pm
Olá,
tenho andado arredada…deram p’la minha falta?! (pergunta retórica)
Outubro 29, 2011 at 5:07 pm
Pois eu sou prof e não farei ponte e ai dos meus filhos que façam…
Não há cá pontes, só a 25 de abril e a Vasco da Gama que por acaso gosto muito.
Outubro 29, 2011 at 5:08 pm
Tenho uma história maravilhosa na Vasco da Gama…mas não posso contar.
Outubro 29, 2011 at 5:08 pm
É um facto. Tenho muitos alunos que vão fazer. Não conheço nenhum professor que faça.
Outubro 29, 2011 at 5:09 pm
Ah, a minha Azeitona (a minha cadelita) partiu uma patinha e está internada…custa tanto ver os animais sofrerem, vai ser operada ( a minha filha ainda não sabe…)
Outubro 29, 2011 at 5:09 pm
Um post verdadeiramente estúpido. E disse-o por lá.
Bom resto de fim-de-semana, Paulo.
Outubro 29, 2011 at 5:10 pm
(até chorei) Uma pessoas chora pelos animais…
Outubro 29, 2011 at 5:16 pm
Trabalhei ontem e vou trabalhar na segunda-feira.
Não sei quem é o senhor Vasco M. Rosa nem quero saber, muito menos o que faz.
Sei apenas que não merece resposta lá no blogue dele, pois quem escreve o que escreve e da forma como escreve, não merece que lhe dêem conversa.
Como é triste ver gente a querer enxovalhar uma classe pela acção de dois elementos (que por certo está devidamente justificada).
Eu não sei porque faltaram os professores dos filhos do dito senhor, mas se fosse um deles a minha vontade era continuar a faltar até ao fim da semana. Com pais assim nem dá vontade de uma pessoa ir trabalhar.
Outubro 29, 2011 at 5:16 pm
Mas, como eu ia dizendo e não quero saber do anormal que diz que os profs faltam muito, a Azeitona foi passear e esteve fora quase todo o dia, voltou a cochear, com a patita a abanar e acompanhada por um cachorro (um cavalheiro que a trouxe a casa), de inicio pensei que era uma pancada mas…não era.
Outubro 29, 2011 at 5:18 pm
Alguém me liga, sff…quero lá saber do ee!
Outubro 29, 2011 at 5:19 pm
#9,
Mmmm… a rapariga foi para a naite e, a menos que tenha pedido ao cavalheiro para usar protecção (ou que ela a tenha), temos descendência a breve prazo.
Outubro 29, 2011 at 5:22 pm
#11
Pronto!
Já cá faltava o sexo…
A minha Azeitona é uma cadela decente, não vai com o 1º que lhe aparece e se…repito: se aparecer descendência, aplico-te com uma azeitoninha aí em casa que até mias…mais essa tua gata que tem a mania.
Outubro 29, 2011 at 5:23 pm
treuze!
Outubro 29, 2011 at 5:24 pm
“O Governo justificou o corte salarial no Estado com um estudo do Banco de Portugal que estima que os funcionários públicos ganham, em média, mais 15% que os trabalhadores no sector privado, já levando em consideração o nível de formação médio e as funções desempenhadas. É verdade? É. Mas o trabalho do Banco de Portugal não cauciona de forma alguma (este tipo de) corte salarial. Porquê? Porque a a distribuição salarial no Estado é muito heterogénea: com as reduções salariais de 2011 e 2012 os licenciados em Economia, por exemplo, ficarão a ganhar, em média, menos 50% no Estado do que no sector privado. Os juristas idem. Isto porque algumas das profissões centrais para a boa condução da Administração Pública (dirigentes incluindos) experimentavam, ainda antes dos cortes, prémios salariais negativos face ao sector privado que ultrapassam os 20%.
(…)”
http://comunidade.xl.pt/JNegocios/blogs/massamonetaria/archive/2011/10/26/porque-o-estudo-do-bdp-n-227-o-cauciona-este-corte-de-sal-225-rios-no-estado.aspx
Outubro 29, 2011 at 5:26 pm
#10
As melhoras da cadelinha. 🙂
Outubro 29, 2011 at 5:27 pm
#8 Deve ser este…
Outubro 29, 2011 at 5:29 pm
#15
Obrigada, Desvio. Aquele PG só pensa na maldade e o at só pensa no governo…
Outubro 29, 2011 at 5:43 pm
(fora de post)
MUITO BEM! pena não ter efeitos rectroactivos aos últimos 6 anos, especialmente aos que nos chularam tendo casa em Lisboa!
O Governo prepara-se para acabar com o subsídio de alojamento atribuído aos membros do Executivo que tenham residência a mais de 100 quilómetros de Lisboa, apurou o SOL junto de fonte governamental. A decisão surge depois da polémica em torno dos casos do ministro Miguel Macedo e do secretário de Estado José Cesário, que como o SOL avançou há três semanas, recebiam o subsídio tendo casa própria em Lisboa.
A acumulação é permitida por uma lei de 1980 que aponta «a rarefacção de habitações passíveis de arrendamento» em Lisboa como uma das razões para a atribuição do subsídio.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=32422
Outubro 29, 2011 at 5:47 pm
um mau texto (parte) a circular mas exprime bem o que o povo sente!
discurso de Passos Coelho
Fechem-se em casa.
Se tiverem a sorte de ter uma casa ou de conseguir pagar a renda de uma casa que nunca vai ser vossa.
Não se mexam para não gastarem energias que podem vir a precisar depois para trabalhar. Quanto mais se mexerem mais fome terão e sede. Evitem comer e beber, principalmente beber, porque vamos aumentar os impostos até sobre as bebedeiras. Nunca vão comer a restaurantes, nunca saiam para se divertir, nunca mas nunca vão de férias.
Que azar termos nascido em neste sítio, daqui para a frente não devia nascer mais ninguém em Portugal!
Ouviram casais jovens que pensam ter filhos? Esqueçam isso, só vos vão dar mais despesas e preocupações… e se são daqueles que fumam (mais!) por terem preocupações, esqueçam isso também: o imposto sobre o tabaco (que dá lucro ao Estado, mesmo depois de pagar todas as despesas com a saúde dos fumadores) também vai aumentar e quando virem o preço vão perceber porque é nos maços está a avisar que “fumar pode aumentar o risco de ataques cardíacos”.
Finalmente se já forem velhinhos, se trabalharam toda a vida para sustentar este ser virtual e egocêntrico que se chama Estado, que tudo vos pede e nada vos dá, se a única alegria que têm na vida é ir nas excursões do turismo sénior (esqueçam, esqueçam o turismo sénior…) ou dar uma notita aos vossos netos no Natal para ver um sorriso a nascer de quem nasceu de vós, dêm graças ao Alzeimer porque só ele vos pode ajudar a esquecer a merda de país em que “escolhemos” nascer.
Até sempre.
Outubro 29, 2011 at 5:49 pm
#12,
😆
Não vai com o primeiro, mas voltou com o último.
👿
Outubro 29, 2011 at 5:58 pm
tadinha da Azeitona, as melhoras para a menina….e possível descendência (!!)
quanto ao post, aqui nunca se fizeram pontes, trabalho é trabalho e conhac é conhac, (que eu só gosto de porto e verde), além do mais o meu homem trabalha também aos fins de semana, quem me dera a mim ter um fim de semana, sou uma desgraçada, nem isso tenho….
com 7 turma e 2 DT eu lá tenho pontes, nem aquedutos nem fontes.
Outubro 29, 2011 at 6:12 pm
Os meninos do senhor Vasco andam na universidade… e por lá é prática trocar aulas para prolongar fins de semana ou feriados. (Se as aulas forem repostas, não vejo que mal virá ao mundo)
«…mas como pai dum estudante que quero que seja um dos melhores da sua faculdade não posso deixar de me indignar pela óbvia coincidência das faltas que referi com a existência duma ponte com o feriado de terça.»
Outubro 29, 2011 at 6:16 pm
Este “descendente” da MLR ainda não se regenerou. Há muitas pessoas assim, de raciocínio lento…
Eu não falto, mas se tivesse algum familiar enterrado a muitos km, fá-lo-ia.
Espero que a vida dê alguma lição a esse sr.
Outubro 29, 2011 at 6:22 pm
Eu, que por vezes consigo ser bastante paciente, gabo, mais do que a paciência, a verdadeira pachorra que têm alguns colegas para comentar este tipo de coisas naquele tipo de blogues.
Argumentar com quem tem argumentos, ou pelo menos ideias, e permite o seu confronto com as ideias contrárias em tempo real, ainda vá.
Agora tentar discutir com pessoas a quem se diz que um professor trabalha bem mais do que as 35 horas do seu horário e obter como resposta que trabalhar 35 DIAS é pouco, sinceramente…
Outubro 29, 2011 at 6:30 pm
Qual é a intenção do autor dessa afirmação sobre os Professores?
Quer dizer que todos nós faltamos a torto e a direito, só porque dois dos que davam aulas ao filho fizeram ponte?
Se foram autorizados pelas chefias… têm esse direito como qualquer cidadão. “Só fala quem tem que se lhe diga” – é um ditado antigo
Adoro ter um feriado a meio da semana. Há uma quebra saudável. Descanso eu e os alunos, a semana torna-se mais light e rende mais.
As crianças ficam felizes e nós também! Nem é preciso isso das pontes.
Outubro 29, 2011 at 6:30 pm
Houvesse um pouquinho mais de inteligência e decoro na forma como os opinadores públicos falam destas coisas e já se teria há muito tempo assumido uma coisa óbvia: as “pontes” são um problema do sector privado da economia. Na função pública há muitos anos que existe legislação que obriga a fazer o pedido com antecedência e responsabiliza os chefes a só autorizar se os serviços ficarem assegurados.
Em contrapartida, em certos sectores do privado, parece que as pessoas faltam quando lhes dá jeito, o patrão desconta-lhes o dia, e a coisa fica assim. Muito rigor, muita avaliação-todos-os-dias, mas depois precisam que o Estado ande a mudar de dia os feriados para conseguirem que o pessoal vá todo trabalhar. Mas sobre isto é todo um manto de silêncio…
Outubro 29, 2011 at 6:44 pm
lamento, Canet!
melhoras para a Azeitona (nome giro!)
Outubro 29, 2011 at 6:49 pm
Coitados dos filhos dos Vascos deste país…
Outubro 29, 2011 at 7:05 pm
Por mim, farei todas as pontes que puder!
Rejuvenescem a alma e tornam-me melhor professor. Preciso de espaço e tempo para pensar, para ler e para me cultivar! Para criar, também. E para usufruir os prazeres dos comuns dos mamíferos. A não ser ser que prefiram aqueles professores, com a imagem de sacrificados até ao nojo existencial, limpa-cus dos meninos, atolados em papéis e sem vida pessoal.
Há atrasados mentais (muito frequentes entre os próprios professores) que que se reconfortam nesta imagem sádica para quem teria a missão de ensinar com inteligência e paixão.
Depois querem milagres com estas almas-escravas, de testículos ou ovários mirrados.
Vão colher camélias com os dentes!
Outubro 29, 2011 at 7:18 pm
A herança de MLR, infelizmente, deixou muitas marcas na opinião pública contra os professores e fez escola.
Ainda hoje, estava a notícia (Creio que era do SOL) sobre a manifestação dos professores universitários junto ao MEC.
Dei-me ao trabalho e passar os olhos pelos comentários e fiquei realmente triste. Nem se deram ao trabalho de ler bem a notícia e nem repararam que era de profs do ensino superior.
Cada comentário pior do que outro: trabalhamos apenas 22 horas na escola, no máximo, temos férias atrás de férias, temos intervalos a cada hora de trabalho, ganhamos um balúrdio por isso merecemos os cortes nos ordenados, etc etc.
saber que muitos portugueses pensam isto da minha profissão deixa-me realmente triste.
Outubro 29, 2011 at 7:30 pm
# 30
A profissão docente continua a ser uma das profissões mais merecedoras de confiança dos cidadãos, em Portugal e no mundo.
A opinião pública é outra coisa… Um dos arautos dessa opinião pública contra os professores, meu colega de turma no liceu – hoje director de um orgão de comunicação social – foi um bandalho em termos disciplinares.
Não é com hipocrisia que vamos lá, fazendo o jogo da abstinência profissional.
Aos jogadores de futebol tudo é permitido para elevar o seu moral – até bater em prostitutas.
Vão-se catar, hipócritas!
Outubro 29, 2011 at 7:37 pm
Pois eu meti um dia de férias na 2ª feira. É um direito meu e de qualquer trabalhador. Deixei material para as substituições e já combinei a reposição da aula com o 12º ano. É um dia de férias, que me será descontado nos dias de férias deste ano. Que simultaneamente seja considerado falta já é suficientemente mau. Que venham os vascos e outras lesmas repugnantes deste mundo babujar sobre isso é uma ignomínia, que fica com quem a pratica.
Outubro 29, 2011 at 7:47 pm
#32
Divirta-se, o mais que puder!
Para aqueles que já estão com as primeiras sílabas do «dinheiro dos contribuintes» debaixo da língua, não se esquecem de cobrarem o imposto devido ao grande capital, cujo declínio de cobrança é, em boa parte, responsável pelo aumento da dívida pública.
Como alterar esta mentalidade comum aos primatas de adorar os mais poderosos e bater nos mais fracos? Deve ter sido assim que nasceram as religiões, como se a protecção do superlativo salvaguardasse o melhor do que gostaríamos de pensar de nós. E, em contraste, como se o esmagar quem já se sacrifica apagasse/punisse o que não queremos para nós.
Outubro 29, 2011 at 7:50 pm
declínio relativo
Outubro 29, 2011 at 8:09 pm
#33
correcção
esqueçam
Outubro 29, 2011 at 8:31 pm
#0 o #24 tem razão!
Outubro 29, 2011 at 9:02 pm
Senti a tua ausência, sim, Canet!
Permanece por aqui 🙂
E as melhoras para a Azeitona…
Outubro 29, 2011 at 9:12 pm
É estúpido, ponto. Um senhor que classifica uma classe profissional desta forma não merece o mínimo respeito. Gostaria que fizesse as contas às horas a mais que cada um professor faz, em vez de olhar para o seu umbiguinho. E o coitado nem percebe que se os professores estão muito longe de faltar tudo o que a legislação lhes permite…
Resta dizer, pelo que leio das respostas aos comentários, que a pobre da “criança” está na Universidade… pobre da criança sim, com um pai destes!!!
Outubro 29, 2011 at 9:29 pm
#29
Muito bem!!!
Outubro 29, 2011 at 9:39 pm
#Caneta
As melhoras para a Azeitona! Infelizmente, conheço a dor de ver o nosso amigo de estimação com problemas de saúde. A Azeitona vai melhorar! Até porque desejará ir ramboiar novamente!!
Outubro 29, 2011 at 10:06 pm
POis eu que vivo no Algarve, vejo constantemente as gentes inglesas, norueguesas, suecas, … e todos os que por aqui andam e com filhos em idade escolar e só me pergunto como podem vir eles até cá? Felizes, aproveitam a possível bonomia do clima e das gentes e não me consta que a economia dos seus países ande pela rua das amarguras! Só nós desgraçados é que temos que trabalhar mais e mais! Que se ponham mas é os políticos e restantes chefias na ordem! Nesses é que reside o nosso GRANDE PROBLEMA.
Outubro 29, 2011 at 10:15 pm
Não conheço, mas deve ser estúpido, como a (sua) ponte!
Outubro 29, 2011 at 10:22 pm
Voltando ao assunto. Gostava de saber se este ser sabe onde mora o professor que vai fazer ponte. Tb gostava de saber se já se imaginou a muitos kms de casa, com filhos que vê apenas no fim de semana… e tb gostava de saber e o é que este ser (….) faria se estivesse a muitos kms e muitos euros de viagens NÃO COMPARTICIPADAS sendo feriado na 3ª… será que neste cenário não meteria uma semana de atestado???
EMPATIA, sabe o que é? Devia exercitar!!!
Já que lá não postará, posto aqui no Paulo, que só usa teclado!
Outubro 29, 2011 at 10:53 pm
Como é que alguém pode meter BREL nisto? Bem….define-se.
Outubro 30, 2011 at 10:40 am
Eu sei que ainda é manhã mas não percebi esta frase:
“Hoje sexta, com a ponte até terça, os dois professores do dia do meu filho simplesmente faltaram”
Afinal os professores faltaram na sexta ou faltarão na segunda?
Se faltaram na sexta, e não foi ponte, qual a relação com o feriado de terça?
Será que faltar na próxima quinta também esta faltará por causa do feriado de terça?
Acho que vou voltar a dormir pois é dúvida a mais para um domingo de manhã. 😉
Outubro 30, 2011 at 12:10 pm
potente resposta, Paulo (embrulha Vasco)
lol
Outubro 30, 2011 at 8:46 pm
Caro Paulo Guinote. Respondi-lhe no Corta-Fitas. Ab. VR