Aviso n.º 23496/2010
Concurso de Professores em Regime de Voluntariado
Em cumprimento do disposto no Decreto -Lei n.º 124/2009, de 21 de Maio, torna -se público que se encontra aberto concurso para recrutamento de docentes, por um período de 10 (dez) dias úteis a contar da data de publicação deste aviso, em Regime de Voluntariado, para qualquer grupo de recrutamento, com o objectivo de acompanhar os percursos escolares dos alunos (Projecto Cidadania), na Escola Secundária de Arouca.
9 de Novembro de 2010. —A Directora,
Adília Maria Rosa Fonseca Ferreira da Cruz.
Diário da República, 2.ª série — N.º 222 — 16 de Novembro de 2010
Novembro 16, 2010
Novembro 16, 2010 at 5:12 pm
tesourinhos deprimentes.
Novembro 16, 2010 at 5:13 pm
isto é um novo regime social… os profissionais passam a trabalhar em regime voluntário… A directora Adília, especialista em economia do milagre dos pãezinhos, paga a renda de casa e as compras no supermercado…
Para quem não sabe. A Senhora Cruz crucifica-se a trabalhar de graça, é directora, mas em regime de voluntariado. Olhem para o seu bom exemplo!
Novembro 16, 2010 at 5:32 pm
UOTI????????
Novembro 16, 2010 at 5:34 pm
santa palermice!irra
Novembro 16, 2010 at 5:35 pm
Cidadania era dar um biqueiro ao pinóquio!
Novembro 16, 2010 at 5:36 pm
Só querem isto…vou já a correr, a saltar e a pular 🙂 🙂 🙂
Novembro 16, 2010 at 5:38 pm
«bais num»!!!!Senão vais limpar vidros para Esposende!
Novembro 16, 2010 at 5:39 pm
Acabei de ler:
Sem vaselina
Colocado por João José Cardoso em 16 de Novembro de 2010
Em reunião do Ministério com Directores de escolas, o Ministério anunciou que está a preparar as seguintes medidas:
– Cargos passam para a componente não-lectiva, incluindo cargo de Director de Turma. Ou seja, 22 horas efectivas para todos os professores.
– Acabam as reduções de horário por antiguidade, mesmo para os professores que já as têm.
– Fim de AP e EE (isto já se sabia).
– Todos os professores que a partir de Setembro mudavam para o 3º, 5º e 7º escalões já não mudam com efeitos imediatos.
– Fim das AEC’s (Câmara da Anadia já as devolveu ao Ministério, Câmara de Gaia prepara-se para entregar todas as escolas primárias ao Ministério).
Num Agrupamento com 1800 alunos, são na melhor das hipóteses 7 ou 8 horários a menos.
http://networkedblogs.com/aBAuk
Novembro 16, 2010 at 5:40 pm
Mas reparem que é com concurso publico…Nada de previlégios.
Estamos ou não a evoluir?
Novembro 16, 2010 at 5:44 pm
A Directora Adília poderia dar o seu suplemento aos profs do voluntariado…
Tenham dó; gozaram com os profs e o gozo ainda dá mais gozo???
Novembro 16, 2010 at 5:47 pm
A evoluir muitíssimo! Agora já há transparência!!! Já não é para os boys!
Viva o desplante!
Novembro 16, 2010 at 5:51 pm
Os Directores tb começaram a desvincular-se da parte cognitiva.
Seremos muitos os que ainda não “fliparam” de vez? 😉
Novembro 16, 2010 at 5:52 pm
10 dias para desenvolver “competências de cidadania” nos alunos?
Chega e sobra. 😉
À borliu?
Ainda mais fácil. 😉
Novembro 16, 2010 at 5:55 pm
Há pessoas que continuam a não enxergar, não porque padeçam de alguma lesão cerebral ou ocular, mas porque têm um adesivo opaco que as impede de ver o óbvio.
Novembro 16, 2010 at 5:57 pm
#10
Esses voluntários já recebem a aposentação.
Novembro 16, 2010 at 6:22 pm
http://cavalheirosdoapocalipse.blogs.sapo.pt/26406.html
Novembro 16, 2010 at 6:22 pm
Ganhem vergonha na cara e sigam o exemplo dos médicos:
TEM FALTA DE RECURSOS NA EDUCAÇÃO? PAGUEM PARA OS TER!
Médicos vão acumular vencimento e pensão de reforma
Medida é para combater falta de médicos no serviço nacional de saúde
Os médicos vão poder acumular vencimento e pensão de reforma. A medida é para combater a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde e é uma excepção à decisão do Conselho de Ministros, que proibiu a acumulação de salários com pensões. Uma medida que irá afectar, por exemplo, o actual Presidente da República.
Mas nem todos os médicos vão usufruir desta medida, como é o caso dos que pediram reforma antecipada.
«Ou recebem o vencimento ou a reforma, não acumulam. Podem é receber o vencimento, que habitualmente é maior do que a pensão de reforma, continuar a descontar e no final terem uma reforma um bocadinho melhor», diz a ministra da saúde, Ana Jorge.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/tvi24-medicos-pensao-reforma-ana-jorge/1205933-1730.html
Novembro 16, 2010 at 6:27 pm
#8:
http://www.aventar.eu/2010/11/16/sem-vaselina/
Novembro 16, 2010 at 6:39 pm
Voluntariado?? Pá escolinha? Com certeza. Cheguei agora das aulas, se quiserem posso ir à noite dar umas aulinhas à borla…
Novembro 16, 2010 at 6:40 pm
Adília, não deves ser Rosa que se cheire, precisavas mas era ser pregada na Cruz, para este projecto em defesa da cidadania encontravam-se de certeza montes de voluntários…:)
Novembro 16, 2010 at 6:40 pm
Eu, para este me e governo, até dou os meus orgãos se eles quiserem…
Novembro 16, 2010 at 6:41 pm
Até acho que devíamos pagar para dar aulas. mainada!
Novembro 16, 2010 at 6:43 pm
º~º
Novembro 16, 2010 at 6:50 pm
A SER VERDADE ISTO QUEM NÃO FIZER GREVE NO DIa 24 -independentemente do que possa ou não pensar dos sindicatos-está a pactuar com tudo o resto…
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Aventar
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Sem vaselina
Colocado por João José Cardoso em 16 de Novembro de 2010
Em reunião do Ministério com Directores de escolas, o Ministério anunciou que está a preparar as seguintes medidas:
– Cargos passam para a componente não-lectiva, incluindo cargo de Director de Turma. Ou seja, 22 horas efectivas para todos os professores.
– Acabam as reduções de horário por antiguidade, mesmo para os professores que já as têm.
– Fim de AP e EE (isto já se sabia).
– Todos os professores que a partir de Setembro mudavam para o 3º, 5º e 7º escalões já não mudam com efeitos imediatos.
– Fim das AEC’s (Câmara da Anadia já as devolveu ao Ministério, Câmara de Gaia prepara-se para entregar todas as escolas primárias ao Ministério).
Num Agrupamento com 1800 alunos, são na melhor das hipóteses 7 ou 8 horários a menos.
Novembro 16, 2010 at 6:52 pm
#24
Xim!
Ta vem avelha!
Novembro 16, 2010 at 6:54 pm
Não podemos passar por cima de 2011 e entrar já em 2012??
Novembro 16, 2010 at 7:00 pm
#24:
Confirmo…
Novembro 16, 2010 at 7:00 pm
A globalização da mentira
Correia da Fonseca
16.Nov.10 :: Serpa 2010
1.
Sai um sujeito de sua casa logo pela manhã. Em Lisboa ou em Chicago, em Munique ou em Tóquio, em Paris ou em Melbourne.
E sai com um mundo na cabeça, isto é, com um entendimento sumário, ainda que não obrigatoriamente coerente entre todos os elementos que o integrem, do planeta em que vive e do que nele vem ocorrendo, das gentes que o habitam, das sociedades actuais e, ainda que talvez em traços imprecisos, das sociedades pretéritas. Sai de casa, como obviamente sairia de qualquer outro lado, com tudo isso na cabeça porque não pode deixar de ser assim: pelo menos no que diz respeito à compreensão das realidades em que se sente envolvido, e não só as materiais mas também as de uma outra ordem, o homem, o ser humano, tem como que horror ao vazio. E, por isso, quando não sabe, investiga, ainda que porventura de um modo rudimentar. Ou inventa, e às vezes a invenção justifica a designação de sonho ainda que na maior parte dos casos não mereça mais que a qualificação de engano. Porém, se falarmos do homem não numa acepção generalizante, isto é, usando a palavra como se disséssemos “espécie humana”, mas sim num sentido mais concreto, individualizado, depararemos com uma alternativa menos nobre e menos simpática que se substitui ao sonho com a conotação poética que a palavra arrasta e à invenção, termo que aponta para um pendor científico de grau variado que aliás pode descer às vizinhanças do indesejável grau zero: é o que acontece quando a ignorância inicial é substituída por uma aprendizagem, ou aparência dela, decorrente do contacto directo ou não com outros homens. E porque o mundo actual não é lugar com Robinsons e ilhas desertas, se é que alguma vez o foi fora das páginas que Defoe escreveu, resulta que a aprendizagem por contaminação ou contágio, digamos assim, sublinhando que a utilização destas duas palavras não envolve necessariamente nenhuma sugestão negativa, constitui hoje a regra, porventura sem excepções, da formação dos mundos que existem nas cabecinhas de cada qual quando se sai à rua como em todos os outros momentos do quotidiano. E bem se poderá acrescentar que é assim até quando o estado de vigília é substituído por sonos mais ou menos reparadores e sonhos ainda que aparentemente desvairados, pois também a matéria-prima de que estes são feitos é condicionada pelo que os olhos viram e os ouvidos ouviram nas horas em que o sonhador estava desperto.
2. Como será, pois, o mundo que o tal sujeito transporta dentro da sua cabeça, isto é, que ideia faz ele do tempo em que vive e das gentes que o habitam, dos acontecimentos anteriores que o configuraram, das tensões contraditórias longínquas ou próximas de que dia após dia vai tendo notícia por conhecimento directo ou mais provavelmente graças aos bons ofícios da chamada Comunicação Social? Não o saberemos ao nível de pormenor, decerto, porque a essa escala as coisas diferem de indivíduo para indivíduo, mas quanto aos traços amplos do cenário social em que ele existe e se movimenta, quer dizer, quanto a aspectos e dados que lhe formatam convicções e pensamentos, talvez não haja excessivo risco em tentarmos adivinhar alguns deles. O nosso imaginário homem (ou mulher, como convém acrescentar para que fiquemos a coberto de uma eventual suspeita de machismo) achará que a vida está difícil mas que não há nada a fazer porque o funcionamento da sociedade obedece a leis e forças contra as quais é impotente, É claro que se se tratar de alguém cujo nome conste da lista das grandes fortunas do mundo ou apenas do seu país, ou mesmo só de um convicto candidato a fazer parte delas num dia mais ou menos distante, achará que tudo está muito bem e assim deve continuar, mas não é de algum elemento dessa minguada minoria que estamos a falar. Depois, pensará que as dificuldades que enfrenta, mais as de que apenas ouve falar, podem ser agravadas pelos que um pouco por todo o lado desencadeiam protestos, reivindicações que considera condenadas ao insucesso, perturbações de vária ordem, pelo que as reprova ainda que por vezes as compreenda porque mesmo um sujeito conformado não é obrigatoriamente um sujeito estúpido. No que a este aspecto diz respeito, rejeita com especial energia, quando não com uma mistura de ódio e pavor, o chamado terrorismo de que todos os dias ouve falar na televisão, na rádio, nos títulos dos jornais se porventura se conta entre os que ainda lêem jornais. Acha que o tal terrorismo é o responsável pelas guerras que em certos lugares do mundo matam gente, que os Estados Unidos são por ele obrigados a acções militares aqui e além, e deseja naturalmente a sua vitória nos diferentes teatros de conflito. Por falar ou apenas pensar em terrorismos, guerras e perturbações de vária ordem, ocorrem-lhe alguns nomes. O de Bin Laden, é claro, embora talvez tenha a esperança de que o homem já tenha sido liquidado por algum dos raids da aviação norte-americana sobre o Afeganistão. Mas também o de Hugo Chavez, que considera um louco enfatuado, ditador demagogo, mais o do iraniano Ahmadinejad (nome difícil que só recorda aproximadamente), aquele que anda a fabricar uma bomba atómica para lançar sobre os Estados Unidos. E, é claro, Fidel Castro, que parece ter sete fôlegos e não há meio de morrer, o último comunista no mundo a chefiar um estado que também nunca mais regressa à desejável e saudável condição de democracia.
3.Do chamado passado histórico não sabe a cabecinha do nosso homem muita coisa, mas saberá o que ele considera que é bastante e lhe chega perfeitamente. Sabe que durante uma porção de anos a Rússia foi comunista e constituiu um grande perigo para o mundo, que se chamava então União Soviética e acabou por desabar roìdinha por dentro, pelas brutalidades do Estaline que mandou matar muitos milhões e sobretudo porque um sistema económico que não assente na livre iniciativa privada e na total liberdade de negócio é um sistema condenado à derrota. Sabe que também houve o Hitler, um bruto que tinha a mania das guerras e por ordem de quem foram assassinados seis milhões de judeus. Sabe, é claro, da guerra que Portugal sustentou em África, no nosso Ultramar, e sabe lindamente que a descolonização foi muito mal feita porque não garantiu a permanência dos portugueses e dos interesses nacionais nesses territórios que eram muito ricos. Quando se lembra disto, ainda hoje tem pena dos muitos portugueses que depois de 74 tiveram de voltar só com a roupinha no corpo. Ainda há poucos dias viu no televisor, num programa da TVI, uma senhora dessas que tiveram de voltar. Lembrou ela, compreensivelmente triste, os dias em que era servida por criados pretos todos impecavelmente vestidos de branco; bons e felizes tempos, perdidos por culpa de uns tantos traidores talvez ao serviço da Rússia desses anos. Para além disto não sabe muito mais, mas não acha que lhe façam falta mais sabedorias destas até porque “não é político”, quer dizer, não gosta “da política” nem dos políticos. Acha mesmo que as dificuldades financeiras em que o País está são devidas sobretudo aos ordenados ganhos pelos deputados, que são muitos mais do que era preciso. Tem mesmo a ideia de que antes do 25 de Abril não havia deputados, sendo certo pelo menos que nunca ouviu falar deles, e parece-lhe que por estas e por outras é que tantas vezes ouve dizer que “do que isto precisa é de outro Salazar”. É certo que também sabe que o Salazar mandou prender muita gente, mas também sabe que os que presos eram quase todos comunistas e, por isso, embora sem que o confidencie a ninguém, acha que o Salazar tinha desculpa. Até porque só era comunista quem queria, mesmo sabendo que era proibido; ninguém era obrigado a ser comunista.
4.Admito naturalmente que esta espécie de perfil-robot de um sujeito que pela manhãzinha sai de sua casa com o seu mundo dentro da cabeça, isto é, com a sua mundividência, pareça uma caricatura. E de facto é-o, pelo menos na medida em que a estratégia fundamental da caricatura assenta na acentuação pelo exagero dos traços fundamentais do caricaturado. Neste caso e para os objectivos deste texto, o fundamental é a convergência de um certo número de inverdades ou de puras falsificações que resultam numa visão radicalmente viciada do mundo e da vida. Resta saber como acontece na cabeça de cada qual a penetração desse conjunto de distorções e a relevância que esse fenómeno assume. Este último ponto é de fácil averiguação: é sabido que cada homem (ou mulher) é um cidadão (ou cidadã), mesmo quando não saiba que o é porque essa sua condição nunca lhe é lembrada. Como cidadão trabalha, convive, vota ou opta por essa forma específica da renúncia à cidadania que é a abstenção. E faz tudo isso, e de resto muito mais, sempre em harmonia com as ideias que transporta na cabeça ainda que muitas vezes nem sequer dê por elas ao ponto de identificá-las. Para a generalidade das gentes, as suas convicções decorrem de supostas evidências, mesmo que se trate de convencimentos esdrúxulos e tendencialmente aberrantes. E a construção desse edifício interior a que chamei mundo é em larguíssima parte feita com materiais que ao longo do tempo vão sendo fornecidos pelas diversas formas de comunicação social, dos chamados media. De tudo quanto sabemos ou julgamos saber, a parte que descobrimos por nós próprios, isolados, é muito menor do que a que aprendemos pelo que nos contam, pelo que bem ou mal nos explicam. E é desta maior parte que os media obsequiosamente se encarregam. Porém, não apenas mediante a transmissão de informações: também pelo impedimento de que algumas outras cheguem até nós. Esta outra forma de actuação é aquilo que designamos por censura, por censuras, e decerto todos nós sabemos muito bem o que é, tenhamos ou não consciência do efeito devastador que a prática tem sobre a formação de opiniões e convicções conformes à realidade.
5.Em dada altura das nossas vidas, todos lemos estórias de aventuras e combates, se é que não as vivemos pessoalmente. Todos sabemos, pois, que um dos fundamentais cuidados a ter quando se entra em combate é o de cuidar de cortar ao inimigo as comunicações, as notícias, monopolizando-as para o nosso lado. É por isso que, como é bem sabido, um dos objectivos iniciais de um golpe de estado ou de uma revolução é o controlo da televisão, da rádio e dos jornais. Se recuarmos um pouco mais no tempo e nos exemplos, recordaremos que o cerco é uma estratégia fundamental nas operações militares. O cerco, isto é, ainda o corte de todas as comunicações. Ora, o que é verdade para um exército em campanha é-o também para uma fracção social em luta. De onde o exercício das censuras, isto é, o corte de todas as informações que contribuam para o esclarecimento e consequente reforço da fracção social adversária, e quem diz “fracção social” pode muito bem dizer, na maioria dos casos, “classe”.Acontece, porém, que a clássica censura “pura e dura” se revela por vezes incómoda para quem a usa: dá muito nas vistas, gera vazios notórios, convoca involuntariamente a sua ruptura e a transgressão. Pelo que o bom processo censório não se limita ao mero corte: complementa-o com a distorção das notícias, com a invenção de notícias falsas e com a substituição da informação importante por irrelevâncias e futilidades tanto quanto possível atractivas que preencham os vazios provocados pelos cortes e possam suscitar um efeito analgésico se não nos adversários directos, pelo menos nas massas que muito convém manter em inacção e adormecimento. Conhecemos tão bem estes métodos que quase me envergonho da elementaridade de os recordar aqui. Mas para a sua boa eficácia num planeta onde a tecnologia das comunicações adquiriu aspectos estonteantes é preciso que a sua aplicação não se limite a esta ou aquela região; é necessário que tanto quanto possível seja totalizante. Ou, dizendo-o de outro modo, global.
6. O desencadeamento deste processo de falsificação global com vista ao condicionamento e manipulação dos tais mundos contidos nas cabeças dos homens e mulheres dos quatro cantos do mundo coube naturalmente aos Estados Unidos, país onde o sistema económico-financeiro actualmente dominante instalou o seu quartel-general (situado na Grã-Bretanha até ao final da Primeira Guerra Mundial) e que detém também a hegemonia tecnológica que lhe garante eficácia instrumental. De facto, uma enorme e grave impostura avançada no quadro de uma batalha ideológica de dimensões planetárias será tanto mais eficaz quanto mais amplamente estenda a sua acção, apetece dizer que os seus tentáculos, e quanto mais raras e mais débeis sejam as vozes divergentes. Dominando económica e militarmente o chamado Ocidente que aliás parece agora estender-se do Alasca até ao Japão com escala por Israel e pela Turquia, os Estados Unidos dispõem das condições necessárias para a satelização política de um vastíssimo espaço geográfico e, consequentemente, de relevantes órgãos de informação semeados ao longo dele. Em maior ou menor grau, os métodos de distorção, ocultação e desinformação usados em todo esse imaginável percurso reproduzem métodos e modelos norte-americanos ou, simplesmente, divulgam os produtos made in USA que lhes são fornecidos a preços compreensivelmente convidativos que se acrescentam às pressões políticas. Como também se entende facilmente, os quadros profissionais admitidos para funcionarem no âmbito da chamada indústria da informação têm de ser compatíveis com os conteúdos a divulgar e, portanto, com os objectivos visados, o que pode suscitar o problema difícil de algumas inocências. Pisando um pouco e de novo os terrenos da caricatura, talvez se possa dizer que em certos órgãos de informação a censura começa na portaria do edifício, pois o acesso ao interior é expressamente proibido a quem não dê garantias de incondicional acatamento à “escolha” de notícias e informações feitas por quem nas redacções pode decidir. Se, como comummente se diz, governar é escolher, não é menos certo que censurar também o é.
7. Porém, não basta escolher: há outras técnicas menos óbvias que são quotidianamente praticadas sem que nós, consumidores talvez sempre um pouco distraídos, demos por elas. A mera supressão de fragmentos inconvenientes no meio de reportagens realizadas nas ruas ou em interiores, mas mais frequentemente nas primeiras porque garantem uma maior irresponsabilidade, incluem-se ainda no clássico método do corte. Ainda no seu âmbito e, como agora se diz, a seu montante, há a própria elaboração das agendas que serão o guião da acção noticiosa. Mas há maneiras mais subtis ou que pelo menos tendem a sê-lo. Há a escolha dos entrevistadores e dos repórteres para esta ou aquela tarefa jornalística, escolha que será sempre a mais adequada ao fim em vista que pode não ser a informação mais isenta e honesta a fornecer ao consumidor final. Há a formulação das perguntas de modo a que a resposta possa ser pelo menos parcialmente induzida ou, em eventual alternativa, a condução da entrevista em tom de tal modo agressivo, podendo mesmo abeirar-se do insultuoso, que o entrevistado possa ser tentado a responder no mesmo tom, o que lhe prejudicará a imagem pública, ou a descurar a sua defesa. Há o método de tentar descredibilizar o entrevistado mediante insinuações de factores que lhe sejam desfavoráveis. Há o uso repetido, martelado ao longo de dias e semanas, de palavras conotáveis com específicas mensagens propagandísticas: “terrorismo”, “violência”, “corrupção”, podem ser algumas delas em certas circunstâncias. Há, como todos sabemos por dolorosa experiência própria, designadamente na televisão, que é sem dúvida o meio de comunicação mais poderoso e mais adequado à manipulação das sociedades, a injecção maciça de produtos medíocres ou, em alternativa menos escandalosa mas não menos criminosa, apenas desviantes do essencial, assim se injectando nos cidadãos o hábito do desinteresse pelo que é importante e do consumo de anestésicos. E há uma permanente, sistemática rejeição de quanto possa resultar em valorização da cultura e estímulo de eventuais apetências culturais, o que facilmente se entende porque bem sabemos que a cultura como instrumento de compreensão do mundo e da vida, como arma contra as ignorâncias e as várias formas de opressão que as ignorâncias permitem, sempre foi ao longo dos tempos alvo do ódio dos opressores. A frase bem ou mal atribuída ao nazi Goebbels em que estão relacionadas cultura e pistolas é um ainda relativamente recente testemunho desse velho ódio. Mas mesmo Goebbels sabia mais sobre censuras, repressão e batalha ideológica, por isso utilizou largamente a rádio e mesmo o cinema, nisso até merecendo talvez a qualificação de pioneiro. Morreu em 45. Hoje, com a televisão, teria mais amplas oportunidades de exercer os seus talentos. Na sua ausência, estão aí os Estados Unidos a dominarem o mundo com a sua indústria da mentira dir-se-ia que em cada dia mais atrevida e com mais servidores. A dominarem milhões de mundos individuais alojados nas cabecinhas dos sujeitos comuns que pela manhã saem das suas casas provavelmente sem terem consciência de que pensam o que os induziram a pensar.
8. Como acaba de se verificar, esta comunicação foi feita a recapitular evidências, dados conhecidos, experiências que cada um de nós terá tido, sendo duvidoso que se justifique a sua inclusão neste notável Encontro. Assim, não será excessivo dizer que ouvi-la foi tempo desperdiçado. A todos, como me cumpre, peço que me desculpem.
Novembro 16, 2010 at 7:02 pm
Novembro 16, 2010 at 7:02 pm
Novembro 16, 2010 at 7:06 pm
CONFIRMAS lIVRESCO? ENTÃO DAS DUAS UMA OU OS SINDICATOS FORAM ENGANADOS E SÃO UNS TÓTÓS DE 1ª OU PIOR TENTARAM SAFAR-SE A ELES PRÓPRIOS..
IMAGINAM ALGUÉM COM 60 ANOS COM 6 TURMAS? OK VOU MAS É APROVEITAR ESTE ANO PARA NÃO FAZER PIVÍA…FUI..
Novembro 16, 2010 at 7:06 pm
#24 Bulimunda, na reunião, hoje, com directores, no Algarve, nada foi dito sobre isso. Alguém tem a certeza que isso foi dito, e onde?
Reuniões que a DGRHE anda a fazer limitam-se a ser sobre progressões, não respondem a mais nada, nem sequer onde se vão sacar os relatores.
Novembro 16, 2010 at 7:07 pm
Este ano Godinho não vai com o coelhinho e com o palhaço ao circo (com vídeo)
Este ano o Pai Natal Godinho está de baixa. Tem as barbinhas de molho. As mais de 500 prendas no valor de quase um milhão de euros não se vão repetir. Ficam a perder muitas figuras e instituições da nossa praça.
Tiago Mesquita (www.expresso.pt)
8:00 Terça feira, 16 de Novembro de 2010
(…)
http://aeiou.expresso.pt/este-ano-godinho-nao-vai-com-o-coelhinho-e-com-o-palhaco-ao-circo-com-video=f615423
Novembro 16, 2010 at 7:07 pm
#28
Ah, ganda Correia-de-transmissão-da-Fonseca!
🙂
🙂
🙂
Novembro 16, 2010 at 7:08 pm
ERC dá razão a ‘Gato Fedorento’
16 de Novembro, 2010
(…)
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=4609
Novembro 16, 2010 at 7:13 pm
#28:
Ainda o Paulo G me quer julgar uso indevido de feed…
Chiça!
Grande lençol…
Novembro 16, 2010 at 7:17 pm
“Na Educação, o sentimento generalizado é de que o ciclo político deste Governo já acabou.”
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=4529
Novembro 16, 2010 at 7:17 pm
O presente de natal ideal para as colegas…
Novembro 16, 2010 at 7:21 pm
peço desculpa mas vocês merecem o melhor…
Novembro 16, 2010 at 7:23 pm
#32
Já agora faz o resumo.
Novembro 16, 2010 at 7:25 pm
#39
E que tal usar o elevator speech?
Novembro 16, 2010 at 7:30 pm
#40 Só mais logo,a reunião acabou há pouco, people vai a caminho de casa. Por telefone, foi-me dito o que referi, e que nada disso foi tratado
Novembro 16, 2010 at 7:30 pm
#39
O que tu merecias sei eu!
Era com a correia do Fonseca!!!!
🙂 🙂 🙂
Novembro 16, 2010 at 7:33 pm
Arlindo confirmas alguma coisa disto que foi postado no aventar por alguém que por aqui comenta?
Novembro 16, 2010 at 7:38 pm
#24
O meu Director desmente tais informações.
Diz que na reunião apenas se tratou de assuntos relacionados com as progressões.
Novembro 16, 2010 at 7:40 pm
Não confirmo mas postei, com muitas reservas.
Não me acredito muito nesta fase intimatória antes do final do mês.
Mas a eliminação da redução da componente lectiva já por aqui foi falada.
Novembro 16, 2010 at 7:40 pm
Terá sido só na Drel…..? Bem vou jantar…não há fumo sem fogo…
Novembro 16, 2010 at 7:43 pm
Gostava de saber porque razão o Livresco confirmou taxativamente o que foi dito aí..Terá outras fontes de informação?
Novembro 16, 2010 at 7:44 pm
Ou noutro sítio.
Porque algumas das informações batem certo.
http://www.regiaobairradina.com/pt/artigos/show/scripts/core.htm?p=artigos&f=show&lang=pt&pag=&area=2&idseccao=7&idartigo=2570
Novembro 16, 2010 at 7:45 pm
#8 e 24,
Acho que é alarmismo sem fundamento em diversos casos (até no caso mais óbvio das AEC), a menos que se concretize algo mais do que ouvir dizer.
Que a CL e CNL vão levar mexida é quase certo. O resto é, neste momento, meramente especulativo.
Novembro 16, 2010 at 7:47 pm
#45 bate certo. Mas não há como lhes dar ideias…
Novembro 16, 2010 at 7:49 pm
Cuidado, lembrem-se da história do pastor que se entretinha a lançar falsos alarmes.
Novembro 16, 2010 at 7:49 pm
Será? Não sei que diga já…a seguir somos nós…
Crise da dívida soberana
Ajuda à Irlanda poderá atingir os 100 mil milhões de euros
16.11.2010 – 19:14 Por Lusa
http://economia.publico.pt/Noticia/ajuda-a-irlanda-podera-atingir-os-100-mil-milhoes-de-euros_1466516
Novembro 16, 2010 at 7:51 pm
Vou já, já, já, dizer à minha mãe para deixar o suduku e ir a correr dar umas aulitas de borla!!
Novembro 16, 2010 at 7:57 pm
#51:
As ideias já as têm todas…
Eu avisei…
Novembro 16, 2010 at 8:01 pm
Querem ideias?
Pois eu tenho algumas: ponham as criaturas das dgreés e outras inutilidades a dar aulas, de preferência aos cefs, reduzam o pessoal do me e ponham-nos a prestar apoios às escolas, aos alunos problemáticos, às famílias que se demitem de o ser.
Novembro 16, 2010 at 8:02 pm
#56 ok! voto em ti! 😆
Novembro 16, 2010 at 8:05 pm
#49,
Não chega.
A CM não faz, pode fazer a própria escola ou a AP.
Há coisas que me parecem “plantadas” para suscitar confusão nesta altura.
Novembro 16, 2010 at 8:06 pm
peguem nos quadros interactivos vendam aos chineses e, com o dinheiro, arranjem a minha escola que está feia como os torpedos.
Novembro 16, 2010 at 8:08 pm
os magalhães, recolham-nos e vendam para o sucateiro, com o dinheiro comprem mesas altas, porque os meus alunos que são pernaltas não cabem nas mesas. Tou farta de ver os miúdos mal sentados.
Novembro 16, 2010 at 8:09 pm
#58
O que posso entender como fim é a forma como estão FINANCIADAS.
Imagino a tentação de as fazer pagar por quem pode.
Novembro 16, 2010 at 8:10 pm
Os desempregados podiam ir para as escolas para vigilância e para a limpeza das salas.
Novembro 16, 2010 at 8:13 pm
Caneta…só ideias fixes!
proponho, também, que as aula de cidadania sejam dadas pelos senhores das DRE, que tal?
Novembro 16, 2010 at 8:15 pm
#63
Boa!
Novembro 16, 2010 at 8:18 pm
os 12 motoristas do sócrates + os outros motoristas dos outros ministros+ assessores+ secretários de estado, podiam ser recolocados ao serviço das crianças que têm que se deslocar muitos km para irem à escola.
Novembro 16, 2010 at 8:19 pm
a Alçada podia ir para as bibliotecas escolares ler para os meninos, ela é memo expressiva…
Novembro 16, 2010 at 8:20 pm
#65
Claro e dar um AEC de Educação Rodoviária!
Novembro 16, 2010 at 8:28 pm
o aborrecimento é que Portugal é muito pequenino e essa gente também. A gente até parece que os conhece todos e às suas famílias, certo? Pois eu acho que eles podem sair das DREs e vão para outras idênticas… a gente até que já se habituou a vê-los moverem-se entre escola/ autarquia/ direcções do coiso… não creio que se mexam, tenho a certeza que não vão trabalhar! A Zabelinha??? Nem pensar! Ainda vai receber muito euros do povo, para fazer aqueles sorrisos maravilhosos… num gabinete qualquer…
Novembro 16, 2010 at 8:32 pm
#17,
Os médicos não acumulam. Ficam con a reforma suspensa e passam a ganhar como se estivessem no activo.
Cncordo que na educação poderiam seguir o exemplo. Enfim, classes diferentes!
Novembro 16, 2010 at 8:38 pm
#8,
E as aulas de sibstituição vão mete-las onde? Na CL ou CNL? Ou acabam com esta aberração?
Novembro 16, 2010 at 8:47 pm
#69:
Errado…podem acumular sim sr.!
“(…) Os médicos reformados que regressarem ao Serviço Nacional de Saúde vão poder acumular o salário e a pensão, mas isto apenas no caso de não terem pedido a antecipação da reforma. Os que já têm a reforma por direito próprio, ou seja, estão aposentados por idade e com anos de serviço, podem trabalhar no SNS optando por receber o salário mais um terço da pensão ou a pensão mais um terço do salário, explicou a ministra da Saúde , sublinhando que a excepção serve para “garantir que o Serviço Nacional de Saúde, uma grande defesa deste Governo, se mantenha”. (…)”
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/oitenta-reformados-acumulam-na-saude
Novembro 16, 2010 at 8:49 pm
69:
“(…) salário mais um terço da pensão ou a pensão mais um terço do salário, explicou a ministra da Saúde(…)”
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/oitenta-reformados-acumulam-na-saude
Apesar disso os Médicos querem é que o Estado se vá…lixar:
Apenas 80 dos 600 médicos que pediram reforma quiseram voltar ao SNS
05 Novembro 2010 | 16:57
Marlene Carriço – marlenecarrico@negocios.pt
(…)
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=452381
Novembro 16, 2010 at 8:51 pm
80 a dividir por 600 vezes 100% dá cerca de 13%…
Novembro 16, 2010 at 8:52 pm
Preciso de fazer um desenho?
Novembro 16, 2010 at 8:54 pm
Por isso a única coisa que envio à Directora é a seguinte:
“??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????”
Novembro 16, 2010 at 8:56 pm
Professores voluntários?
Vão se F#D€R!
Novembro 16, 2010 at 8:59 pm
Sorry!
É a única linguagem que a tralha socratina!
Lamento:
Conversa mole com esta gente dá ficaram com as calças em baixo e de rabo para cima…
überdrüssig
Novembro 16, 2010 at 9:19 pm
8# Se isso for verdade que me tirem as horas de redução prometo que não dou mais uma aula. Vou ficar de atestado por tempo ilimitado. Isto para não pegar numa carabina de alta precisão e meter uma bala na testa de quem fizer ou aprovar tal lei!
Novembro 16, 2010 at 9:49 pm
Gostava de ver quantos professores aposentados vão deixar o repouso bem merecido para irem dar aulas à borla na escola actual.
Novembro 16, 2010 at 9:49 pm
Que lindinhos! Dão pensões escandalosas a quem nunca fez nada. E ainda se lembram de pedir professores voluntários que foram, estão ROUBADOS, escandalosamenteeeeeeeee. Haja paciência para este (des)governo! Ponham os boys a fazer alguma coisa!
Novembro 16, 2010 at 10:05 pm
http://eanossaescolinha.blogspot.com/2010/11/tinha-de-ser.html
Novembro 17, 2010 at 12:00 am
O que está em causa neste anúncio do Diário da República é abrir um concurso de recrutamento de profissionais com habilitação para a docência, ou seja um voluntariado especializado, que coloca em desvantagem outros licenciados com habilitação para a docência que querem remuneração, abrindo caminho a uma excepção perigosa.
Quase que ouço um eco de “Viva Fidel”!