MOÇÃO
O Conselho Geral da Escola Secundária de Arganil, reunido a trinta de Junho de dois mil e dez, com vista à análise da Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho, que estabelece as orientações para o reordenamento da rede escolar, e na sequência das informações previamente fornecidas ao Sr. Vereador da Educação e da Cultura da Câmara Municipal de Arganil, no dia 14 de Junho, ao Sr. Director e à Sr.ª Presidente do Conselho Geral desta Escola, no dia 15 de Junho, pela Sr.ª Directora Regional de Educação do Centro, vem por este meio manifestar o seu mais veemente repúdio pela forma como está a ser conduzido o processo de formação dos mega-agrupamentos e alertar para as consequências nefastas resultantes da aplicação destas medidas, a saber:
1) o notório desrespeito pelas pessoas e pelo trabalho desenvolvido;
2) a eventual irregularidade de uma decisão tomada à revelia deste órgão que, segundo o Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril – que aprova e regulamenta a sua actividade enquanto órgão de direcção estratégica da Escola, deveria ter sido consultado, atendendo ao impacto que a mesma tem na comunidade escolar e educativa;
3) o facto de o Conselho Geral ter sido eleito, bem como o Director desta Escola, há menos de um ano e por um período de quatro anos, vendo os seus mandatos e tarefas abruptamente interrompidos, questionando-se a legalidade deste processo, uma vez que o diploma legal e o Regulamento Interno da Escola nãocontemplam a dissolução deste órgão;
4) o curto prazo para a implementação do mega-agrupamento (1 de Agosto de 2010), contrariando a resolução do Conselho de Ministros que determina, no ponto 8, que “a reorganização dos agrupamentos de escolas e das escolas não agrupadas deve processar-se de forma gradual e em função das especificidades de cada agrupamento e de cada escola não agrupada”;
5) a preparação e implementação de uma nova estrutura que colide com o normal funcionamento das actividades de encerramento do presente ano lectivo e de organização do próximo;
6) a redução de elementos na proposta de gestão do mega- agrupamento que se revela inoperacional perante a complexificação da nova estrutura – os Agrupamentos e a Escola Secundária contam actualmente com dez elementos no total, e a solução apresentada propõe uma equipa de três pessoas, para gerir uma realidade educativa diversificada, sobretudo numa fase de instalação, que nenhum dos actuais elementos conhece de forma cabal para poder implementar um Projecto Educativo comum articulando níveis e ciclos de ensino distintos.
Perante o exposto, este Conselho Geral:
– considera estar em causa a garantia de princípios pedagógicos, de democracia, de cidadania, de igualdade de direitos e de autonomia, bem como a capacidade de intervenção das escolas e agentes educativos que, na prática, são quem melhor conhece a especificidade de cada território;
– responsabiliza os autores destas medidas, caso se concretizem nos termos anunciados, pelo impacto negativo que não deixarão de provocar na comunidade, já evidenciados até nesta fase do processo, pela crispação e instabilidade criadas no seio das escolas e de toda a comunidade local;
– solicita a imediata suspensão deste processo de reorganização, de modo a permitir o necessário envolvimento de todos os agentes educativos;
– aguarda resposta às questões levantadas nesta exposição.
A Presidente do Conselho Geral,
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(Prof. Fernanda Maria M. Martins Pacheco)
Julho 2, 2010 at 12:07 am
Ora, ora. Não querem perder “tachos”.
Julho 2, 2010 at 12:10 am
Recordo com saudade as antigas Direcções e Delegações Escolares: eram simpáticos, prestáveis, competentes e tudo corria muito bem. Geriam centenas de professores, havia mais liberdade de decisão, trabalhavamos com prazer…
Venham os megas.
Julho 2, 2010 at 12:24 am
Primeiro:
“vem por este meio manifestar o seu mais veemente repúdio pela forma como está a ser conduzido o processo de formação dos mega-agrupamentos”
Depois:
“aguarda”
Cuidado, sindicóides!
Julho 2, 2010 at 12:35 am
Deviam, Srs Directores, ponderarem, repudiarem, dignificarem, ao lado dos professores toda a politica educativa implementada. Deviam escrever sobre o novo, estatutu. deviam querer democracia na escol, logo, um novo modelo de gestão. deviam criticar o sistema de avaliação e a figura do relator. Deviam dar aulas e sentir o que muitos professores estão a sentir: pressionados, ultrapassados e algumas vezes vilipendiados. Reclamem disso. Têm o meu apoio.
Julho 2, 2010 at 12:36 am
Desculpem os erros. É o teclado.
“estatuto”, “escola”
Julho 2, 2010 at 1:32 am
aurora,
deixa os erros comigo. Eu é que sou o sensor. Não te preocupes.
Julho 2, 2010 at 1:34 am
OK.
Julho 2, 2010 at 1:35 am
#4 Estou totalmente de acordo contigo, parabéns, é assim mesmo, só estão preocupados é em perder os tachos!
Julho 2, 2010 at 1:40 am
«aguarda resposta às questões levantadas nesta exposição.»
Deixando esta enorme porta aberta para a “resposta” do ME, estou mesmo a ver o resultado.
“Em resposta há resposta a guardada por V. Exa, compre-me informar V. Exa que não se aceitão reclamassões depois do pruduto ter sido uzado. Para mais exklarecimentos cueira dirigir-se ao gabinete de relações do ME e apruveite, tenha uma, com os melhores comprimentos”
Julho 2, 2010 at 1:53 am
# 2
É a verdade.
Os professores do 1º CEB e os educadores do Pré escolar estão fartíssimos dos controleiros das EB23 que nem lá põem os pés (a uns 100/200metros em alguns casos)!
É uma vergonha!
Julho 2, 2010 at 1:54 am
# 4
Mais uma vez estou totalmente de acordo.
Julho 2, 2010 at 2:06 am
Margarida Moreira
Portugal já se inquietava com o desaparecimento de Margarida Moreira, directora regional de Educação do Norte. Mas é com grata satisfação que saudamos o seu regresso: de acordo com o relato de um professor, registado em acta, a dra. Margarida pediu aos Conselhos Executivos das escolas para terem cuidado na escolha dos docentes que vão corrigir os exames nacionais. Para a dra. Margarida, existem por aí professores que têm o hábito desagradável de “atribuir classificações muito distantes da média”. Isto, para a dra. Margarida, é um abuso e uma violência porque “os alunos têm direito a ter sucesso”.
João Pereira Coutinho
Julho 2, 2010 at 2:27 am
Só espero que se alguém tiver de levar no pêlo, ou na pele, de um pai ou de um aluno violentos sejam aqueles que hoje defendem o fim das direcções nas escolas EB23.
Nessa altura socorrer-se-ão de quem?
Julho 2, 2010 at 9:36 am
#1
E a Aurora, fez alguma coisa contra os mega???
Julho 2, 2010 at 9:36 am
#1
E quando quiser falar, fale com conhecimento de causa.
Julho 2, 2010 at 10:47 am
Estou a fazer. Dizendo. É o que todos fazem: conversa. Tenho cohecimento de causa em todas as vertentes.
Kris está nalguma direcção?! Ou tem medo da violência escolar. Ela já existe e os directivos pouco ajudam.Assim como assim vão dar aulas. Pode ser que voltem a mudar de atitude e VALORES.
Julho 2, 2010 at 11:03 am
Por acaso não estou, mas já estive no tempo dos primeiros agrupamentos, lembra-se? Por isso posso falar, porque na altura estive contra e mantive a minha posição: não voltei a apresentar-me a eleições…. Quem contacto todos os alunos com alunos e em escolas problemáticas receia a violência… ninguém está livre dela. Quanto aos VALORES,luto todos os dias por eles. Por isso eu vou “dizendo”, mas faço.
Julho 2, 2010 at 11:11 am
Eu também faço. Todos os dias “luto” contra quem esqueceu regras de convivência, direitos democráticos… A Kris esteve nos bons anos de Agrupamento. Muita coisa mudou e infelizmente muitos professores. Desculpe mas é o que sinto: cada um a querer mostrar-se, pouca solidariedade com os colegas e principalmente pressão, muita pressão da direcção em muitos aspectos: violência dos alunos (não registar e desculpar), passagem de alunos, etc, etc.
Julho 2, 2010 at 11:17 am
O que acho interessante, é que todos se vão queixando: o dos 1.º dos 2/3º ciclo, os do 2/3º ciclos dos do secundário… mas afinal não somos todos professores? Não temos todos os mesmos problemas? Não estamos todos a lutar pelo mesmo? Venham os MEGA? Acham que a situação vai melhorar? Não estou a perceber…
Julho 2, 2010 at 11:26 am
Pode não melhorar, pode piorar. Até assino contra os mega se voltar agestão democrática. Eleita pelos professores. Em muitos casos precisam de sentir na pele o que é estar no terreno. A Direcção de uma escola necessita de ter pessoas com valores elevados, isentas e rigorosas. Não apadrinhar os “amigos”, estar do lado dos professores, colaborar e ajudar. Não vejo isso acontecer na maior parte delas e a nível do país.
Julho 2, 2010 at 11:27 am
Os professores lutam, muitas direcções estão do lado do ME.
Julho 2, 2010 at 12:29 pm
#15,
“#1
E quando quiser falar, fale com conhecimento de causa.”.
É sempre assim. Só os(as) tachistas dos conselhos gerais e outros que tais é que sabem tudo. Os outros, coitaditos, não sabem nada. Por isso é que continuam a dar aulas.
Já não há pachorra.
Julho 2, 2010 at 1:53 pm
E por acaso os do CG estão dispensados de dar aulas? Não sabia… vou já inteirar-me desta situação (já que quero um tacho, que seja um que me dispense das aulitas)
🙂
Julho 2, 2010 at 3:07 pm
Anda “noutro mundo”!?
Julho 2, 2010 at 3:50 pm
Nisto dos megas, só tenho dúvidas, mas estas posições em vez de apresentarem argumentos sérios, fazem uma lista de lamentos… o desrespeito, uma eventual irregularidade, o curto prazo de implementação, o ano lectivo… Ah! E a redução dos elementos de gestão… assim de repente parece um argumento, mas para segurar um posto…
Coisas mega fazem-me lembrar hipermercados e dão-me arrepios, mas a verdade é que não vi ainda argumentos sérios contra…
Julho 2, 2010 at 4:08 pm
#24
Estava a ser irónica… não perceberam?
#25
Então faça lá um texto exemplar e envie para o pessoal que não sabe fazer… Seria simpático.
Julho 2, 2010 at 11:34 pm
Kris, não percebi que era ironia. O melhor mesmo é ironizar.