A entrevista de Maria de Lurdes Rodrigues ao Expresso de hoje revela como, afinal, a ex-ministra ficou imbuída daquele providencialismo típico de quem pensa que, por sua acção, se poderia ter regenerado uma nação, não fosse o raio das pessoas não concordarem.
Repete muito do que disse durante cinco anos, ao ponto de se ter convencido dos seus erros. Em nenhum momento consegue admitor que se possa ter enganado na substância ou na forma.
Não vale a pena retirar muitas citações para as contraditar. Vou apenas usar, neste post, uma para demonstrar como MLR se sente hoje distante das teorias libertárias e igualitárias que a acompanharam até bem dentro da siua idade adulta. Provavelmente, ela achará que os professores são umas ciranças crescidas que, tal como os alunos, sentem que têm todos direito ao sucesso.
Acho que há uma enorme resistência da maioria dos professores e dos sindicatos à diferenciação e, portanto, tudo o que forem mecanismos de diferenciação vão ser sempre rejeitados. O que correu mal foi isso. A avaliação até mpode existir, desde que não distinga. Os professores preferem este sistema, que dá maior segurança a todos: são todos iguais, nenhum é melhor do que o outro nem nenhum manda em ninguém.
Isto é factualmente inexacto. Infelizmente. Se fosse completamente verdade seria um oásis de solidariedade e fraternidade numa sociedade imensamente desigual.
Se fosse acompanhado por um sentido individual de ética, este seria o melhor dos mundos (profissionais), onde todos se sentissem iguais em deveres e direitos perante a sua função.
Maria de Lurdes Rodrigues cresceu, já não acredita em utopias, mas elas assombram-na. Ainda as entrevê nos outros e, demonizando-as, tenta exorcizar as crenças que já teve e que lhe são agora incómodas.
Os professores não são como ela os idealizou. Infelizmente, repito.
Tomara…
Junho 26, 2010 at 12:42 pm
Junho 26, 2010 at 12:44 pm
Demagogia 10 – Coerência 0
Grande resultado, né?
Desta gente, tudo (e o seu contrário) se pode esperar.
Animula vagula blandula…
Junho 26, 2010 at 12:50 pm
e vem com decote a comer, libidinosamente, bolachinhas?
se for assim ainda equaciono comprar o “espesso”
Junho 26, 2010 at 1:04 pm
#3,
Nada disso.
A foto das páginas centrais é demasiado realista.
Junho 26, 2010 at 1:05 pm
Já várias vezes sugeri que encomendássemos a um especialista um estudo psicológico ou psiquiátrico da dita. A Joaninha Amaral Dias tinha jeito para isso e dinheiro arranja-se
Junho 26, 2010 at 1:18 pm
Cresceu? Ah está entre aspas…
Ela nunca deixou de ser aquela desgraçada menina filha de mãe solteira, educada por umas freiras mazinhas na Casa Pia. Nunca passou muito dessa infância em que sonhava vingar a sua má sorte e vingar-se de todos os outros que tiveram uma vida normal.
Já não é fisicamente pequenina, mas moralmente desce cada vez mais baixo ao nível reptiliano da existência biológica…
Junho 26, 2010 at 2:15 pm
Paulo Guinote
Muito bem escrito, Paulo.
Junho 26, 2010 at 2:18 pm
#5
O estudo psicanalítico de MLR seria sem dúvida interessante, mas feito por um profissional experiente e amadurecido. A Joaninha não me parece…
Junho 26, 2010 at 2:23 pm
O que é fantástico na MLR é a sua capacidade de auto-elogio. Não se vislumbra a mínima auto-crítica, não cometeu nenhum erro. Até o 1º palhaço reconheceu, com fins eleitoralistas, é certo,que talvez não tivessem tido, quanto à educação, a sensibilidade necessária. Mas a ela não lhe faltou nada, aos professores é que falta sensibilidade,espírito crítico, profissionalismo e visão de sistema, deduz-se da entrevista…
Junho 26, 2010 at 2:27 pm
Será que ela própria acredita no que diz? Não haverá uma alma caridosa que lhe conte as histórias das escolas? Alguém que lhe mostre o que são as Novas Oportunidades,as condições de trabalho dos professores, a burocracia infernal,o absurdo da avaliação de desempenho,a incerteza quanto ao que se vai passar nas escolas?
Junho 26, 2010 at 2:30 pm
O professor Raul Iturra, professor da sinístrica criatura, escreve-lhe uma carta publicada na imprensa:
http://www.scribd.com/doc/2508286/10-4Minha-querida-Maria-de-Lurdes-Rodrigues1
Junho 26, 2010 at 2:36 pm
Aconselho a compra do livro que fala de banqueiros anarquistas:
“- É verdade: disseram-me há dias que V. em tempos foi anarquista…
– Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.
– Essa é boa! V. anarquista! Em que é que V. é anarquista?… Só se V. dá à palavra qualquer sentido diferente…
– Do vulgar? Não; não dou. Emprego a palavra no sentido vulgar.
– Quer V. dizer, então, que é anarquista exatamente no mesmo sentido em que são anarquistas esses tipos das organizações operárias? Então entre V. e esses tipos da bomba e dos sindicatos não há diferença nenhuma?
– Diferença, diferença, há… Evidentemente que há diferença. Mas não é a que V. julga. V. duvida talvez que as minhas teorias sociais sejam iguais às deles?…
– Ah, já percebo! V., quanto às teorias, é anarquista; quanto à prática…
– Quanto à prática sou tão anarquista como quanto às teorias. E quanto à prática sou mais, sou muito mais, anarquista que esses tipos que V. citou. Toda a minha vida o mostra.”
http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=6308
Junho 26, 2010 at 2:55 pm
Amigos, não se espantem com afirmações de tal pessoa.
Quem gosta do ensino não o abandona.
Junho 26, 2010 at 3:15 pm
Como pode uma pessoa que estudou e sabe o trabalho que têm os professores, a quantidade de papelada que têm de preencher assim como os problemas que enfrentam todos os dias nas escolas, onde chegam alunos que nunca ouviram um “não” dos papás e se possível até são instruídos para não “lhes darem ouvidos”, vir dar esta entrevista.
Os professores querem ser avaliados de modo justo. No entanto sei de Excelentes professores a quem não foi dada esta avaliação, ou porque denunciaram injustiças, porque não actuaram com espírito de subserviência, porque não pertencem ao partido, ou até porque eventualmente contaram alguma anedota mais atrevida…
Já agora quero deixar aqui uma denúncia: sei de uma professora a quem baixaram a nota porque se rebelou contra a ordem de dar o seu nº de contribuinte aos alunos para o contrato do computador Magalhães. Porque não dá o ser 1º Ministro o seu nº de Contribuinte? É coisa que se peça aos professores?
Junho 26, 2010 at 3:21 pm
#14
Por favor, não diga que MLR sabe o trabalho que os professores têm.
Se ela soubesse nunca teria dito que reprovar é o caminho mais simples.
Sobre a história do número de contribuinte, não se espante. Hoje em dia já só falta pedir aos professores de 1.º ciclo que dêem banho às crianças. Já faltou mais.
Junho 26, 2010 at 4:38 pm
Com respeito à obra, eu tento, mas não consigo, associar sociologia ao autor da frase transcrita. Já narcísico é um atributo facilmente reconhecível.
Junho 26, 2010 at 4:41 pm
“Os professores preferem este sistema, que dá maior segurança a todos: são todos iguais, nenhum é melhor do que o outro nem nenhum manda em ninguém.”
Subscrevo.
Infelizmente:
– por ser dito por quem é ( nunca quis avaliar, de facto, os professores )
– mas sobretudo por ser verdade.
Verdade, porque:
– no período revolucionário, as escolas foram tomadas de assalto pelos colegas das tecnológicas, que, por serem menos habilitados academicamente, quiseram dar a volta por cima, nivelando por baixo;
– os licenciados administrativamente, que se seguiram, aderiram, com gosto e proveito, à situação;
– e assim estamos…
Junho 26, 2010 at 4:57 pm
#17
No período revolucionário, as escolas foram tomadas pelo MRPP (Alô Arnaldo Matos, Durão Barroso, etc), PCdeP(m-l) (Alô Pacheco Pereira e outros). Como a direita militar conspirou o tempo todo, com a complacência de alguns ministros que me abstenho de nomear, não foi possível aos governos revolucionários barrar a destruição das condições pedagógicas em muitas universidades e escolas. Por exemplo, tornaram-se obrigatórias determinadas obras na Faculdade de Direito de Lisboa (que seja do meu conhecimento), sem qualquer enquadramento. Claro está que convém, neste momento, deixar tais assaltos às escolas por conta do PCP, cujos militantes tinham sido entretanto acusados de barbaridades e expulsos das associações. Tudo em nome da moral e dos bons costumes.
Junho 26, 2010 at 5:47 pm
# 17
Vamos lá ver se nos entendemos!!!
Uma coisa é a avaliação de professores ou de qualquer profissional que os distiga e promova os mais aptos e empenhados, ourtra coisa é o que Maria de Lurdes Rodrigues e Sócrates quiseram fazer, através da imlementação de propostas absurdas, inexequiveis, maldosas, tecnicamente incompetentes, mediocres, falaciosas e deveras hipócritas.
Uma certeza deverá ser referida: tanto MLR como os seus secretários foram e são INCOMPETENTES TECNICAMENTE!!! São e foram desonestos em termos intelectuais. O sistema foi hipócrita! Hipócrita porque quis, OFENDENDO GRAVEMENTE A DIGNIDADE DOS PROFESSORES, desviar as culpas para as políticas executadas por anos e anos de politicas educativas erradas das quais eles (PS e PSD) foram actores ede governação. Que se saiba, por exemplo, as políticas facilitistas implementadas de Ana Benavente (só para dar um exemplo entre muitos outros) foram de UM GOVERNO PS onde SÓCRATES FAZIA PARTE E FOI CONIVENTE!!!
O que me chateia são as “p…sérias” deste regime. Aqui e noutros sectores.
Junho 26, 2010 at 6:05 pm
aluga-se escola ao fim de semana para batizados, bailes, casamentos.
Contacte-nos
precisamos de facturar para pagar o material roubado
http://www.ionline.pt/conteudo/66072-casamento-na-escola-basica-fitares-acaba-em-tiroteio
Junho 26, 2010 at 6:13 pm
#19
Exacto.
Junho 26, 2010 at 6:36 pm
O Ataque à Profissão Docente – A Teoria Da Prática
Paulo Guinote
http://www.educar.wordpress.com/2008/08/18/o-ataque-a-profissao-docente-a-teoria-da-pratica/
Junho 26, 2010 at 6:38 pm
socialês
Junho 26, 2010 at 6:40 pm
A mulher é conhecida como “louca”, entre os pares dela do próprio departamento do ISCTE.
Junho 26, 2010 at 6:51 pm
http://yfrog.com/jtfitaris1j
Quem é a louca?
Junho 26, 2010 at 6:55 pm
Louca é a tua tia!
Eles não me gramam mas tudo o que dizem é pelas costas. A mim ninguém me enfrenta. O meu currículo e capacidades falam por mim, ao contrário de muitos incompetentes que por lá andam.
Junho 26, 2010 at 6:58 pm
Um fulano do departamento de sociologia do ISCTE, doutorado, é meu vizinho. A mulher dele (socióloga) era habitual no café do bairro onde convivíamos as duas(convivemos, sempre que vou a minha casa).
Quando a tipa foi para o ME, fui de imediato elucidada sobre a criatura.
Recordo-me de me ter dito que nós (professores do Básico e Secundário) a aturaríamos seriam 2/3 meses (…)
Infelizmente, não anteveu que iríamos ser desgovernados em regime autoritário, pois em regime democrático facilmente a história(s) da criatura circulariam de forma “normal”.
As pessoas foram, directa e indirectamente, “caladas” inclusivé sobre o facto da tipa ter exercido durante anos a profissão de professora do 1º ciclo (professora primária) e tal não constar do seu Currículo no site do Governo.
Uma desqualificada criatura, tanto pessoal como tecnicamente.
Do pior.
Junho 26, 2010 at 6:58 pm
A tipa tem um currículo de merd*.
Junho 26, 2010 at 7:00 pm
Este Guinote é outro incompetente que só se lembrou de começar a dizer mal de mim quando viu que não tinha hipótese de fazer a carreira universitária que sempre sonhou. Durante anos recebeu dos “eduqueses” que agora critica as encomendas de trabalhos, as bolsas e as dispensas de serviço para escrever livros e fazer teses. Agora que a mama acabou e se viu em professor do básico e nem a titular chegou é que lhe deu para isto. Abram os olhos.
Junho 26, 2010 at 7:00 pm
#27
Ou seja, deu aulas no 1º ciclo sem formação para isso.
Porque também não consta do seu currículo público que tenha tido formação nessa área.
Junho 26, 2010 at 7:02 pm
E se é mesmo assim, como seria a avaliação de MLR enquanto professora do 1º ciclo com este seu modelo de avaliação?
Hum…
Junho 26, 2010 at 7:02 pm
o máximo de tempo que a aturaríamos seriam 2/3 meses (…)
Junho 26, 2010 at 7:13 pm
Podem criticar as minhas políticas mas o facto é que marcaram uma ruptura na educação em Portugal. O actual e futuros governos consolidarão e aprofundarão o caminho que, com plena confiança do sr. primeiro-ministro e do sr. presidente da república, o meu ministério traçou.
Um exemplo significativo é a avaliação dos professores, com quotas e com efeito na progressão na carreira e nos concursos, que o governo actual, enfrentando sindicatos e defendendo a justeza da medida nos tribunais, acabou de aplicar.
Junho 26, 2010 at 7:13 pm
# 30
Não. A tipa fez o 5º ano (actual 9º) e entrou para a Escola do Magistério Primário de Lisboa (2 anos).
Deu-se o 25 de Abril e a tipa foi trabalhar para a Frelimo em Moçambique.
Aos 23 anos ingressa no ISCTE e faz o curso como trabalhadora estudante, trabalhando sempre como professora do 1º ciclo.
No tempo do fascismo foram probidos os Cursos Superiores de Ciências Humanas e Sociais, pelo que as Universidades não tinham professores. Entra passados um/dois anos no ISCTE. Associa-se a um outro tipo que também não tinha formação, um tal de Freire. Dizem ser o seu “mentor”.
Faz o doutoramento directo, no ISCTE, com o tipo.
Tem uma dispensa para um Observatório (creio ser esta a designação) ligado às Tecnologias de Informação no tempo do Guterres/Gago.
É desse conhecimento com o Mariano Gago que (consta) surge a indicação do nome dela, por parte do Gago, ao Sókas para ME.
É uma socialeza.
Junho 26, 2010 at 7:16 pm
Sobre Organização do Trabalho, Motivações, Satisfação do Trabalho … a tipa sabe menos que o senhor do tasco onde tomo os meus cafés diários.
Enfim.
Louca e incompetente.
Junho 26, 2010 at 7:17 pm
O Doutor Guinote ,que poderia ser um investigador de prestígio na minha Escola ou noutra das instituições de referência no país, prefere infelizmente seduzir com as suas ideias demagógicas e superficiais professores ressabiados ou incompetentes, que terão cada vez mais dificuldade em se afirmar como bons profissionais num sistema orientado para o reconhecimento e a valorização do Mérito.
Junho 26, 2010 at 7:17 pm
A directora anarquista
Junho 26, 2010 at 7:17 pm
#34
Então porque ocultou esses anos no magistério do currículo que estava no site do governo?
Muito estranho…
E o que veio depois também. Ou nem tanto.
Junho 26, 2010 at 7:18 pm
NãO USEM O NOME DA EX-GOVERNANTE.
ISSO É BAIXARIA.
PERDEM A CREDIBILIDADE TOTAL
Junho 26, 2010 at 7:21 pm
A senhora Ana Henriques, que tanta informação julga ter sobre mim, acautele-se porque muito do que diz são falsidades factualmente demonstráveis. Pode identificar-se facilmente esta senhora e aviso desde já da minha intenção em a levar a responder em tribunal se continuar a referir-se desta forma a meu respeito. Acautele-se pois os meus recursos a este nível são muito superiores aos seus.
Junho 26, 2010 at 7:26 pm
# 38
Toda a gente conhece o caso. A família da mãe é do Alto Minho. Foi mãe solteira e veio para um orfanato. Colégio feminino da Casa Pia de Lisboa (foi publicado na imprensa). Na zona da Graça, perto de S. Vicente de Fora.
Junho 26, 2010 at 7:27 pm
Não usem o nome da ex-governante.
Ironias críticas, sim.
baixaria .. não.
Junho 26, 2010 at 7:27 pm
É um caso perdido.
Na FLAD não lhe vão ligar peva.
Junho 26, 2010 at 7:30 pm
# 40
Errado, “os meus recursos são muito superiores aos seus”.
Já fui, digamos, testada.
Recuaram.
Junho 26, 2010 at 10:08 pm
Que dizer mais…uma sopeira que se quer dar ares de patroa. Inserida no contexto político demente em que vivemos, compreende-se. Um enginheiro, licenciado ao domingo,um deputado larápio de gravadores, um Vara embutido em socatas…só lerei o livro quando conseguir estancar a nausea.
Junho 26, 2010 at 11:17 pm
Nas escolas da Europa
Nas escolas da Europa adoptam-se manuais escolares feitos de forma a que seja possível estudar por eles.
Nas escolas da Europa os manuais são fornecidos aos alunos no início do ano lectivo: se no fim do ano estiverem escritos ou danificados, há que os pagar.
Nas escolas da Europa fornecem-se os cadernos, os lápis, as borrachas, as esferográficas, os compassos; aos alunos é exigido que façam uma gestão cuidadosa do material escolar.
Nas escolas da Europa há aquecimento central.
Nas escolas da Europa o chão está sempre limpo.
Nas escolas da Europa os alunos podem (em algumas é obrigatório) andar descalços de Verão e de Inverno.
Nas escolas da Europa lêem-se os clássicos.
Nas escolas da Europa ensina-se gramática.
Nas escolas da Europa fazem-se ditados.
Nas escolas da Europa as calculadoras só são permitidas quando o objecto de estudo é o seu uso.
Nas escolas da Europa decoram-se poemas.
Nas escolas da Europa fazem-se traduções e retroversões.
Nas escolas da Europa os professores são respeitados.
Nas escolas da Europa os professores são avaliados: os que ensinam bem são bons e os que ensinam mal são maus.
Nas escolas da Europa os pais pagam multas quando os alunos faltam; em alguns países, se a infracção se repete, podem ser presos.
Nas escolas da Europa combate-se o bullying.
Nas escolas da Europa os pais respondem perante a lei pelos actos de indisciplina ou violência dos filhos.
Nas escolas da Europa há currículos diferentes para projectos de vida diferentes.
Nas escolas portuguesas redigem-se actas, elaboram-se grelhas e preenchem-se formulários. Quando as coisas correm mal redigem-se mais actas, elaboram-se mais grelhas e preenchem-se mais formulários. Os professores agora também são avaliados: se redigirem muitas actas, elaborarem muitas grelhas e preencherem muitos formulários, serão bons; se não, serão medíocres. E se para cúmulo tiverem a prepóstera veleidade de ensinar, serão considerados maus.
http://www.legoergosum.blogspot.com/2007/11/nas-escolas-da-europa.html
Junho 26, 2010 at 11:36 pm
Na minha opinião ela tem razão. Os professores, de uma forma geral, não querem trocar a progressão automática pela progressão em função da avaliação. O problema maior do mandato da MLR foi nunca ter tocado seriamente em questões que tenham que ver com a educação, mas somente em questões que tem que ver com a carreira dos professores. Do meu ponto de vista o ME de MLR não adiantou nada à educação, agora não me parece inteiramente falsa a ideia de que muitos professores não querem avaliação alguma.
Junho 27, 2010 at 12:50 am
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/04/modelos-de-avaliao-de-desempenho-em_29.html
Junho 27, 2010 at 1:23 am
Resultados imputados à Maria-Louca (iniciais)
Estudo de professor da Universidade de Londres prova que o novo ECD e o modelo de avaliação de desempenho prejudicam o desempenho dos alunos e inflaccionam as notas
É um estudo académico realizado por um professor de Economia Aplicada da School of Business and Management da Universidade de Londres. O estudo tem o título de Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade Inflaction. O autor é português: Prof. Pedro Martins. Para além de ser professor na Universidade de Londres, Pedro Martins é “fellow researcher” no Instituto Superior Técnico e no Institute of the Study of Labour, em Bona.
O estudo investigou o impacto das reformas educativas, realizadas, em Portugal, nos últimos 3 anos, no desempenho dos alunos do ensino secundário. O novo ECD, imposto pelo decreto-lei 15/2007, foi incluído no leque de reformas educativas. O estudo baseia-se na informação individual dos resultados dos exames em todas as escolas secundárias portuguesas desde o ano lectivo 2001-02 até ao último ano lectivo completo (2007-08). Utiliza informação disponibilizada pelo Júri Nacional de Exames e que tem sido utilizada para a construção de rankings (por exemplo, aqui e aqui).
Em termos específicos, compara a evolução dos resultados internos e externos (exames nacionais) nas escolas públicas do continente com as escolas privadas e também com as escolas públicas das regiões autónomas. A motivação para esta escolha está no facto de os dois últimos tipos de escolas não terem sido afectadas – pelo menos não com a mesma intensidade – pelas várias alterações introduzidas no estatuto da carreira docente e avaliação de desempenho dos professores. Nessa medida, tanto as escolas privadas como as escolas públicas das regiões autónomas podem servir como contrafactual ou grupo de controlo.
Os resultados indicam uma deterioração relativa de cerca de 5% em termos dos resultados dos alunos das escolas públicas do continente em relação tanto às escolas públicas da Madeira e Açores como às escolas privadas. A explicação dada pelo autor do estudo para este resultado prende-se com os efeitos negativos em termos da colaboração entre professores a partir do momento em que a avaliação de desempenho surgiu associada aos resultados escolares dos alunos (taxas de insucesso e de abandono). Ou seja, os professores começaram a colaborar menos uns com os outros e a partilharem menos os materiais e os conhecimentos. Por outro lado, o aumento da carga burocrática associada à avaliação também poderá ter tido custos em termos da qualidade da preparação das aulas.
Por outro lado, o estudo conclui que a variação em termos dos resultados internos destes mesmos alunos é menor, embora também negativa – cerca de 2% (em contraponto a 5% nos exames nacionais). A diferença entre os dois resultados, que sugere aumento da inflacção das notas, pode explicar-se pela ênfase colocada pelo ECD (decreto-lei 15/2007) e pelo modelo de avaliação de desempenho (decreto regulamentar 2/2008), pelo menos na sua primeira versão (antes da avaliação simplificada) – nos resultados dos alunos (taxas de insucesso e de abandono) como item a ser considerado na avaliação dos professores.
Este estudo é de enorme importância. As conclusões arrasam o novo ECD, o novo modelo de avaliação de desempenho de professores e as restantes reformas educativas introduzidas no ensino secundário.
http://www.profblog.org/2009/03/estudo-de-professor-da-universidade-de.html
Junho 27, 2010 at 1:02 pm
O ME e a Avaliação do Desempenho Docente: Má-Fé, Brejeirice e Mentira Pública!
O ME e o Governo que o tutela insistem em veicular para a opinião pública a falsa ideia de que em Portugal, antes da “geração Sócrates”, os professores não estavam sujeitos legalmente à avaliação do seu desempenho profissional.
Com efeito, muitas têm sido as inoportunas ocasiões em que, publicamente, a ministra da educação e até mesmo o primeiro ministro, têm ardilosa e falsamente invocado, em seu benefício, aquele argumento.
Perguntemo-nos: É ou não verdade que os docentes portugueses não eram (não são) avaliados?
Resposta possível número 1: SIM, os professores em Portugal são avaliados!
Na óptica oficial da União Europeia e dos governos que em Portugal antecederam o do
amnésico Governo do Engº Sócrates, no sistema educativo nacional vigorava um sistema de avaliação do desempenho docente, fazendo-se Portugal integrar no restrito grupo de países europeus em cujo sistema educativo se reconhecia oficialmente a existência e funcionamento de um efectivo sistema de avaliação dos seus professores.
Perguntar-se-á como é que isto se prova(?). É fácil, basta consultar a base de dados
oficial da UE (Eurydice) e verificar-se-á que nela se reconhece o óbvio: em Portugal, ao contrário de muitos outros países europeus, os professores eram efectivamente avaliados!
(crf:
http://www.eurydice.org/portal/page/portal/Eurydice/EuryPage?country=PT〈=PT&fragment=248
).
Eu sei que a Ministra MLR sabe disto e também sei que ela simula não o saber. Logo, das duas uma, ou ela assume publicamente a sua indecorosa mentira ou…
…ou então a ministra não é nem portuguesa nem europeia mas, quiçá, chilena.
É claro que este facto não a desculpabiliza de tanta insensatez e malfeitoria, mas num
País “democrático e moderno” como o nosso(?) esta reiterada brejeirice e mentira
políticas deveria conduzir natural e necessariamente à sua demissão. (Obs.: A este propósito recordo-me do episódio triste do ex-ministro do ambiente António Borrego, o qual, por publicamente, algures no interior do norte de Portugal, ter contado uma anedota de mau gosto, foi de imediato demitido por Cavaco Silva… Imaginem o que não teria já acontecido a Maria de Lurdes Rodrigues se o decoro democrático e a decência política fossem outros no Governo do Engº Sócrates);
Resposta Possível nº2: Para a União Europeia, o governo nacional diz que “sim, está instituído em Portugal um sistema de avaliação do desempenho dos docentes”; para os portugueses, o mesmo governo, diz que “não”. Conclusão: “NIM!”
Resposta e conclusão finais:
Os sindicatos dos professores devem exigir ao governo da nação que este preste
institucionalmente contas da sua pública, declarada e repetida MENTIRA, porquanto, tal como a UE está oficialmente informada, existe em Portugal um real e oficial modelo de avaliação do desempenho dos docentes. (Obs: Eu sei que é politicamente correcto e vulgar mentir aos órgãos institucionais da União Europeia, coisa que o ME faz reiterada e abusivamente com as medidas por si tomadas tendentes a mascarar as estatísticas do abandono e do insucesso escolares, mas, convenhamos, que fazê-lo tão descarada e displicentemente aos portugueses e aos professores, já ultrapassa a garantia ética minimamente exigida para que possamos continuar a ser cidadãos, não tanto da Europa, mas, ainda assim, do tal Portugal “democrático e moderno”);
Face ao exposto (comprovada que está a descarada mentira do governo da nação), entendo que os sindicatos dos professores estão legitimados para exigir:
a) Que o ME proceda à avaliação do modelo de avaliação do desempenho docente que vigorava em Portugal antes do seu desvario legislativo e, reposta a verdade, disso informe as instâncias supra-nacionais da UE;
b) Que se proceda à sua reformulação tendo por referência quer os resultados da avaliação referidos anteriormente quer os modelos de avaliação do desempenho docente em vigor na União Europeia, o que, a ocorrer, talvez conduza o ME à brilhante conclusão de que nos países mais evoluídos, “democráticos e modernos” da União Europeia, ou não existe qualquer modelo de avaliação do desempenho docente formalmente institucionalizado ou,
como maioritariamente acontece, este faz-se depender dos resultados da avaliação
institucional (interna e externa) das escolas;
c) Que encarecidamente façam requerer ao Engº Sócrates e à sua ministra da educação um pouco mais de decoro político e de respeito cívico e institucional para com os
professores e para com os portugueses.
Fernando Cortes Leal
14 de Abril de 2008