Porque não se presta tanto a aproveitamentos populistas e demagógicos. Porque pode parecer paradoxal, mas não é.
Aquele que se passa, em mais situações do que parece, dentro de uma sala de aula quando uma turma, ou parte importante dela, decide boicotar de forma deliberada o trabalho de um(a) docente. E isso se prolonga aos longo das aulas, das semanas, dos meses. Por vezes transbordando para os corredores, quando o(a) docente em causa vai a passar e surgem aquelas bocas que nunca ninguém sabe de onde surgem, sendo quase sempre infrutífero tentar determinar quem foi, porque em fuga, em negação ou em graças à protecção de um sistema que, por regra, culpabiliza o(a) professor(a) por qualquer tipo de ocorrência.
Quando se constatam os elevados índices de recurso a acompanhamento psicológico e psiquiátrico de muitos profissionais ligados à Educação seria interessante procurarem-se as causas e não querer apagar que o bullying – na modalidade de assédio psicológico ou mesmo pura e simples brutalidade verbal – é algo que não se limita a violência física inter-pares.
Março 6, 2010 at 3:50 pm
sem dúvida…
tenho uma colega de rastos, por causa disso. emagreceu 12kgs desde o ano passado e é frequente ter que meter baixa porque “já não aguenta mais”.
Março 6, 2010 at 3:55 pm
Uma pergunta:
se os donos de animais perigosos são responsabilizados pela irracionalidade dos bichos, por que motivo não se responsabilizam os pais pelo comportamento selvático das suas crias na escola?
Aqui:
http://ocantinhodaeducacao.blogspot.com/2010/03/adolescentes-e-pitbulls.html
Março 6, 2010 at 4:13 pm
Então… são, no mínimo, “dois bullyings” dários que atraiem poucas atenções!
Março 6, 2010 at 4:15 pm
Bem… é sempre mais fácil encontrar um culpado óbvio, não ajuda muito, mas, caramba, sempre há UM culpado!
Março 6, 2010 at 4:16 pm
Ah! isto para um problema onde não há inocentes!
Março 6, 2010 at 4:26 pm
Para este tipo de problemas que todos os professores conhecem nada melhor do que a atitude individual e firme de cada docente. O iluminismo das bases…
Março 6, 2010 at 4:32 pm
Cada vez mais me apetece dizer…
Março 6, 2010 at 4:39 pm
“Le Monde”
Mélancolie générale, par Sophia Z.
J’ai 29 ans, j’habite encore chez mes parents, comme la plupart des jeunes de mon âge, et je suis très inquiète pour l’avenir. Je ne crois pas que l’obtention d’un doctorat en histoire de l’art va m’aider à trouver un boulot. La diminution des salaires et les mesures d’austérité ont un impact direct sur notre quotidien, mais la chose la plus dure est la mélancolie générale de la société. L’espoir est totalement perdu, surtout parmi les jeunes.
Je ne vois pas comment on sortira de la crise si les salaires diminuent, le chômage augmente et le pouvoir d’achat est toujours en baisse… Les Grecs ont vraiment peur de la situation financière et je ne pense pas que les manifestations seront très grandes car, malheureusement, la société est dép
Março 6, 2010 at 4:43 pm
Quando me riscaram o carro, muitos colegas pensaram que era a consequência do meu mau feitio e deixaram-me a falar sozinha! Só quando surgiram mais casos é que se começou a ponderar que o problema estava noutro lado!
Ninguém me pode apagar o sentimento de injustiça e humilhação que me fizeram sentir durante algum tempo.
A verdade costuma vir ao de cima mas leva tempo, e é um tempo que dói!
Março 6, 2010 at 4:54 pm
ùltima hora..O PEC obriga a gongelar um ano os subsidío de férias dest ano….só o vamos ver para o ano faseadamente…Aguentem…tchau…
Março 6, 2010 at 4:56 pm
#8
Buli
Pode escrever o link de onde tirou o texto,pf gostaria de o ler na íntegra.
Março 6, 2010 at 4:56 pm
Nesta questão de bullying para com alunos e/ou professores, tem mesmo de haver uma política de escola, o que dá trabalhinho… nem vale a pena estabelecer comparações com o privado em que a expulsão é uma medida possível para resolver problemas dentro do espaço escolar, levando-me isto a concluir (não sei se erroneamente, mas parece ser esta a única possibilidade) que ou TODOS os adultos (professores e auxiliares) são unânimes e solidários nas medidas diárias de disciplina, ou a tendência será para o agravamento(consta que existem equipas directivas acomodadas no ‘limbo’ dos gabinetes, espera-se que poucas).
Ainda existe , para acrescentar às situações recentemente aqui postadas, as ‘cenas menores’ de famílias problemáticas (tenho amigos em escolas onde isto é frequente) que invadem o espaço escolar, agredindo quem entendem. A última ocorrência no meu local de trabalho – felizmente pouco dado a cenas de ‘cacete’ e de ofensas verbais – foi devidamente tratada em tribunal(ao fim de 2 anos), com pagamento de pesada multa, única linguagem entendida por alguns cidadãos (espera-se que poucos), parece que o texto da sentença foi do ponto de vista teórico uma lição de conduta, embora me permita duvidar se, relativamente a alguns espécimes, tal lição ‘tocará lá no fundo’. Neste particular, a justiça acabou por exercer o seu papel passado algum tempo, mas com eficácia(isto porque a pessoa ofendida não foi entretanto afectada por burnout e o pai desvairado não repetirá, decerto, a façanha, quanto mais não seja para não ‘perder’ mais dinheiro).
Março 6, 2010 at 4:57 pm
Qualquer acto de intimidação exercido persistentemente sobre os fracos para os obrigar a fazer algo que não querem ou tornar-lhes a vida desconfortável, ou mesmo num infeiro, é, a meu ver, uma ofenda que deveria ser condenada.
Março 6, 2010 at 5:04 pm
Aí está.
Qto a isso, o silêncio ainda é maior.
Até pq, qdo algum(a) professor(a) se queixa, aparece logo um colega a dizer: Eu não tenho problemas com essa turma.
É um facto, os alunos “atacam” mais uns professores que outros; da mesma forma que há perfis das crianças vítimas de bullying.
A questão é: nesta selva, só os mais fortes conseguem sobreviver?
Julgava que éramos diferentes das outras espécies-não-racionais…
Março 6, 2010 at 5:05 pm
#2, Olinda, tens toda a razão!
Março 6, 2010 at 5:07 pm
Março 6, 2010 at 5:08 pm
#14
ofensa
em vez de
ofenda
Março 6, 2010 at 5:09 pm
Caneta foi aqui….tenho de ir vou sair…
http://oburacosemfundo.blogspot.com/
Março 6, 2010 at 5:09 pm
#14
Desculpe, a correcção era para #13.
Março 6, 2010 at 5:09 pm
Maria A.
“Nesta questão de bullying para com alunos e/ou professores, tem mesmo de haver uma política de escola, o que dá trabalhinho…”
Pois dá…muito trabalho. E este trabalho tem que obedecer a uma estratégia, consistentemente aplicada, com o envolvimento de todos e devidamente monitorizado. Por outras palavras, tem que existir uma verdadeira liderança que não deve ser confundida com autoritarismo ou “lideranças iluminadas”.
Março 6, 2010 at 5:10 pm
Assino por baixo!Já tinha falado sobre isso, mas ligam pouco.
Vou ampliar.
Março 6, 2010 at 5:16 pm
Os professores não se podem desresponsabilzar totalmente pelo comportamento dos alunos nas escolas. Se em parte é por falta de autoridade, não me parece que tenham denunciado suficientemente essa falta de autoridade nem que reivindiquem claramente mais poder.
Março 6, 2010 at 5:19 pm
#6 e 20,
O interessante é que lhe leio fórmulas generalistas, mas nem uma proposta concreta.
Mas quanto à picadela do “iluminismo das bases”, eu teceria apenas os seguintes comentários breves:
a) Em muitas escolas é o que resta perante a atitude complacente dos órgãos de gestão perante estas situações. Por acaso tenho tido sorte e algum engenho e evitei – quase sempre – esse oásis do “eduquês aplicado”.
b) Sem algum “iluminismo das bases” é impossível escolher e conseguir lideranças esclarecidas. Para além disso é esse “iluminismo” que permite obstar, no curto prazo, a situações dramáticas “individuais”, como diria a “outra”.
c) Uma acção de conjunto, concertada, exige lideranças esclarecidas e firmes, capazes de mobilizar vontades, elas próprias convictas de que as coisas não acontecem só aos outros.
d) Não conheço entre nós nenhum sistema de avaliação eficaz – e muito menos de formação – de lideranças deste tipo. Conheço formações teóricas ou inculcações ideológicas sobre os trâmites burocrático-administrativos da gestão. Acaso conheça algum tipo de formação, universitária ou paralela, desse tipo, por favor divulgue aqui, meu caro kafkazul.
Março 6, 2010 at 5:31 pm
Um momento de humor, para descontrair.
O Godinho falou e achou injusta a acusação dos robalos ( caríssimos) até pq tb havia sardinhas pelo meio. 🙂
“E neste caso oferecer robalos é normal. O empresário admite que há um número significativo de pessoas às quais ofereceu não só robalos, mas pescada, chicharros e até sardinhas.”
Eu, por acaso, prefiro sardinhas assadas a robalos ( que nunca sei se não são de aquacultura).. 🙂
Março 6, 2010 at 5:44 pm
Bem, eu adoro peixe e, se for grelhado, fresco, não melhor prato no mundo…por isso pergunto: prq não mos ofereceram a mim????
Março 6, 2010 at 5:45 pm
…não há melhor prato no mundo… esqueci-me do há…
Março 6, 2010 at 5:55 pm
“Uma acção de conjunto, concertada, exige lideranças esclarecidas e firmes, capazes de mobilizar vontades, elas próprias convictas de que as coisas não acontecem só aos outros.”
Fico satisfeito por constatar que defende “lideranças esclarecidas e firmes e capazes de mobilizar vontades”. Para um individualista empedernido como é o seu caso não deixa de ser relevante.
Pergunta-me se eu conheço algum sistema de formação ou de avaliação deste tipo de lideranças. Não, não conheço. Mas conheço escolas que se aproximam um pouco deste tipo de lideranças. São raras, é necessário dizê-lo. No meu caso, como há algum tempo escrevi num dos comentários, em mais de 20 anos de trabalho, conheci duas escolas que se aproximavam um pouco de um modelo que defendo. Tive sorte. Muita mesmo. Nestes casos existia uma liderança clara e algo aproximado a uma estratégia global de funcionamento da escola. Alguns colegas meus achavam este tipo de funcionamento algo “ditatorial”. Mas para mim não era, pelo simples facto de eu sempre ter sentido a liberdade de, ocasionalmente, criticar, nos órgãos próprios, algumas decisões que foram tomadas pelas direcções dessas duas escolas.
Numa dessa escolas bastou uma mudança do presidente do conselho executivo para mudar, infelizmente para pior, toda a filosofia de gestão e do funcionamento da instituição. Donde se prova que as lideranças contam. E muito.
Março 6, 2010 at 5:55 pm
#24
Os alemães que costumavam ir almoçar ou jantar comigo, quando vinham a Portugal, gostavam de todo o género de peixe, mas um deles só queria comer pregado, se houvesse.
A acompanhar gostavam de beber vinho e água alternadamente.
Março 6, 2010 at 5:58 pm
é sempre incómodo para a “instituição” um professor alvo de “bullying”…
é fácil desacreditá-lo… ainda mais.
é curioso quando os próprios colegas se tornam cúmplices, e assobiam para o lado, porque com eles os alunos até de “portam bem”… e despois o DT tb não quer chatices…
só que aqueles que não “querem chatices” calam e consentem… não fazem participações e até se predispõem a falar de outros colegas (tudo em prol do “bom ambiente” claro)
só que um dia o verniz estala, e estala porque não encarar o problema de frente é adiar o efeito bola de neve…
a saída está na resposta a dar… e no exemplo que servirá de inibidor de novas reincidências… sob pena de se detriorar completamente o ensino público.
Março 6, 2010 at 5:59 pm
# despois 😆
Março 6, 2010 at 6:02 pm
#26,
Claro que contam.
Para o bem e o mal.
Mas eu, enquanto individualista empedernido que me assumo, não me incomoda trabalhar em equipa para minorar essas situações.
Numa perspectiva diversa do professor-assistencial e missionário que até vai buscar e levar os alunos a casa e essas coisas.
O que me chateia é que, conseguindo-se resultados, os vizinhos do lado os desvalorizem lá porque não lhes bate ao preconceito, insistam nas mesmas estratégias que falham em sucessão mas, mesmo assim, se sintam cobertos de razão.
Março 6, 2010 at 6:05 pm
#27, Américo, somos um dos países onde se come mais e melhor peixe.
Os alemães e os outros nórdicos nunca vêem um peixe inteiro. Compram-no apenas em postas, congelado.
O nosso peixinho grelhado no carvão não tem paralelo na Europa. 🙂
Março 6, 2010 at 6:05 pm
Só comem filetes.
Março 6, 2010 at 6:07 pm
#30, o pior entrave de quem descobre caminhos é a reacção dos que NÃO querem saber de outros caminhos.
A inveja apimenta essa reacção.
Março 6, 2010 at 6:27 pm
“No post do passado dia 2, intitulado “Alunos fogem da escola pública”, alertei para a “meteórica desresponsabilização dos Pais e Encarregados de Educação”, entre outras considerações que agora poderão ter conquistado acrescida acuidade. Infelizmente, é meu entendimento que a ESCOLA, para alguns pais, só significará uma via verde para um conjunto de mordomias, tantas vezes desproporcionadas e até imerecidas. Antigamente, aprender era a motivação maior. Hoje, estar na escola basta.” Em http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/64399.html
Março 6, 2010 at 6:28 pm
Concordo em absoluto que as lideranças determinam a qualidade de uma escola. Não só a Direcção mas também as das estruturas intermédias.
Março 6, 2010 at 6:30 pm
“Uma excessiva centralização de preocupações e orientações no ALUNO. Pergunta-se sempre o que é que a Escola ainda não fez pela criança ou jovem e deixou de se questionar se aqueles terão feito (mesmo) tudo para merecerem avaliações positivas. A perseverança, o esforço, a autonomia, a humildade, a assiduidade e a educação no trato – na sua dimensão mais primária – foram apagados do léxico da escola pública;”
http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/63307.html
Março 6, 2010 at 6:35 pm
Na última alteração às regras de gestão das escolas confundiu-se “lideranças fortes” e portanto à partida conhecedoras das regras básicas de gestão (em particular no que diz respeito à gestão de pessoas), com “gestão com mais poder”. Mas isso são (podem ser)coisas completamente diferentes…
Março 6, 2010 at 6:35 pm
Juntem-lhe, agora, o bullying que está a ser exercido por inúmeros directores…
Março 6, 2010 at 6:36 pm
#31, 32
reb, eu na Alemanha, de peixe só conseguia encontrar arenque fumado, quase cru, ou então (do grandalhão) assado coberto de sal — ficava como uma rocha, o sal, que se partia para poder comer o peixe — e umas argolas de “calamares”, ou mexilhão, compradas no supermercado.
Março 6, 2010 at 7:32 pm
Ontem no café já se ouvia dizer: “A culpa é dos professores! Por isto não fazem eles greve!” Quero aqui afirmar que fiz greves e fui a manifestações também por isto!
Março 6, 2010 at 7:34 pm
A violência em muitas escolas contra alunos e mesmo contra professores é algo bem real!
Março 6, 2010 at 8:07 pm
A melhor forma de atacar um professor hoje em dia é arranjar reclamações de encarregados de educação.
Os presidentes dos executivos sabem disso e utilizam a seu bel-prazer esse estratagema para intimidar os colegas.
Para os pressionarem inventam que tem conhecimentos de queixas por parte de encarregados de educação, e por esse motivo desencadeiam acções de vigilância pidesca que excedem os limites da lei.
Um dos grandes especialistas desta técnica é um presidente prepotente que aproveitou o período revolucionário dos professores, servindo-se de escadote dos colegas que se manifestavam contra a política da anterior ministra e assumiu o poder, do qual estava afastado há mais de 10 anos de forma prepotente e despótica, ignorando todas as leis e hierarquias, tais como conselhos de turmas, chefes de departamento etc.
Com efeito o dito cujo quando lhe aparece alguma queixa de um encarregado de educação pede-a por escrito e depois amplifica-a, isto é quando surge uma queixa contra um dos docentes que ele quer queimar ele transforma-a numa arma de arremesso, adicionando gasolina ao papel com a acusação e incendiando-o de seguida, isto em termos metafóricos é claro.
Quando estas não existem o xico esperto envia para si mesmo e para a dren um email anónino e acusatório fabricado por ele, que depois reenvia para os colegas intimidando-os com inspecções e outras acções punitivas.
Com efeito quando um colega colocou esses emails difamatórios sob a alçada da justiça, o presidente recém-eleito responde organizando reuniões com encarregados de educação na qual incendeia as opiniões do encarregados de educação contra o professor a queimar.
Com efeito quando a policia judiciaria acedeu à caixa de correio electrónico dele para investigar a origem de emails difamatórios, ele de seguida convocou colega em questão interrompendo uma aula, pressionando-o, com o seguinte argumento, existe uma queixa, contra si de encarregados de educação se desistir do processo em tribunal eu rasgo a queixa caso contrario retiro-lhe a titularidade das turmas que lecciona.
Como o colega não se intimidou e quis saber o conteúdo das acusações, e ele não as tinha, organizou no fim-de-semana seguinte em conluio com uma directora de turma uma reunião com os encarregados de educação na qual conseguiu extrair um abaixo-assinado dos encarregados de educação criticando as qualidades do professor.
Por grande coincidência a data de entrada do abaixo-assinado na escola tem a data do dia seguinte ao da reunião em que o colega foi intimidado.
Isto tudo com conhecimento dos famosos delegados sindicais da fenprof que existem para se servir do sistema e não para defender os colegas do sistema.
Março 6, 2010 at 8:31 pm
#13
Correcção ortográfica:
inferno
em vez de
infeiro
Março 6, 2010 at 9:17 pm
Sou vítima de “bocas” dum animal dos CEF’, apenas porque o vi apertando o pescoço a um miúdo do 7º ano e intervim, chegando ao desplante, de um destes dias entrar na sala, onde me encontrava para iniciar aula, numa atitude de desrespeito e provocador. Enfrentei-o e comuniquei ao Director tal situação. As boas continuaram, embora duma forma cobarde sem dar a cara. Os meus alunos já se aperceberam e são eles que me dizem as bocas que o “animal” envia. Apenas disse aos meus alunos que não ligassem, porque eu também não, já que só ligo à “trampa” quando estou distraído. Tal como meu pai me ensinou: “evita travar-te de razoes com doidos ou com bêbados”. Poderá não ser a atitude mais correcta, mas que ando mais descansado, disso não tenho dúvidas. Fora da escola é algo diferente. Se todos os canalhas têm o direito de mentir e se defenderem com outras mentiras, porque será que um professor não pode ter o direito de se defender perante “animais”???
Março 6, 2010 at 9:35 pm
pois
Março 6, 2010 at 10:12 pm
Mas há quantos anos é que isto é assim?
Há Q – U – A – T -R – O!!!
E toda a gante tem metido a cabeça na areia! O jogo é chegar às reuniões e dizer que “eu não tenho problemas”, para ser um bom professor, dos que impõem respeito!
Porque o Sr. Director não faz caso e quer é refocilar-se no seu belo salário e estar nas boas graças do Polvo, que pede boas estatísticas. Mas não só, pois antes do Sr. Director já era assim.
Março 6, 2010 at 10:16 pm
E mais: professor que denuncie violência, tráfico de drogas, roubos, linguajar desbragado de insultos aos funcionários, e todas as modernices da geração mitra, é posto de parte pelo status quo bem pensante, que o acusa de ser “exagerado”.
Ou que se tal facto foi da porta da escola para fora, a escola não tem nada a ver com isso!!! Mesmo que seja uma violação, por exemplo. A professorada cor-de-rosa, nomeadamente, é fértil na teoria do >2está tudo bem”!
Março 6, 2010 at 10:19 pm
Foi publicado um texto nos jornais que descrevia a reacção de uma turma CEF à violência suprema de uma professora ter querido dar a sua aula.
Os alunos comportaram-se efectivamente como animais ferozes. Foi o bom e o bonito contra a docente, por esses blogues socretinos afora… Aposto que adoraram a morte de professores no início do mandato de MLR. Manuela Estanqueiro e outros.
Este Governo deve ser responsabilizado pela perda de autoridade nas escolas (lembram-se da reportagem A Violência Vai à Escola?) e por tudo o que daí tem decorrido.
Março 6, 2010 at 10:19 pm
Mas quanto a isso os sindicatos estão-se nas tintas.
Março 6, 2010 at 10:21 pm
Pois..
Março 6, 2010 at 10:22 pm
pois..
Março 6, 2010 at 10:23 pm
E por aí diante…
Março 6, 2010 at 10:44 pm
Pois…
Eu estou a viver uma situação dessas neste momento. Dentro da sala de aula era costume ouvir alguns “olés” por parte dos alunos. Devido à dinâmica da aula tornava-se difícil saber quem eram os palhaços que entravam neste jogo. Daí “transbordou para os corredores “e, durante uns tempos passei, pela humilhação de ter de suportar alguns olés, olé touro, ou olé toureiro. Só que um dia consegui descortinar os palhaços. Mandei a aula para o caraças e “enfiei” com eles no gabinete do director, que ao fim de mais de meia hora de blá blá lhes diz para me pedirem desculpa, o que fizeram sem darem mostra de qualquer arrependimento. Ao questioná-los sobre as razões do seu comportamento, disseram que era por ter o hábito de pôr as mãos nos quadris como os forcados. A minha raiva foi enorme e só encontrei uma saída: informar os EE e avisá-los de que se a situação se repetisse, iam todos “bater com os costados” em tribunal. Mas por incrível que pareça, apenas um apareceu na escola para me pedir desculpa.
Durante alguns meses a coisa acalmou, mas na semana passada voltaram os olés por parte de dois desses palhaços, só que agora enfrento um grande problema: não consigo arranjar testemunhas. Por outro lado, também não tenho muita fé nos tribunais para tratarem um caso destes.
Março 6, 2010 at 11:31 pm
Antigamente, havia uma disciplina, os alunos ouviam, escreviam, liam, assim aprendendo, e eram chamados a mostrar o que sabiam, com resultado variado. E dizem que ainda assim é nas escolas particulares. Na pública, porém, a disciplina não entra e o ministério da tutela, com os alunis e os seus pais responsabilizam os professores pelos maus resultados. De quem é a culpa? Do sistema, como no futebol. Mas profissionais do ensino têm a sua culpa, em meio a isso tudo, também.
Março 6, 2010 at 11:40 pm
Professores também têm a sua culpa, porque se unem, ainda, eventualmente, para reivindicar isto e aquilo, só não para a reconquista imprescindível da autoridade que compete a agentes primordiais da educação. E então queixam-se. Tá bem.
Março 6, 2010 at 11:40 pm
#52, não podes estar sozinha nessa situação.
A Direcção da escola tem de tomar medidas.
Podes chamar polícias da escola segura para irem à tua aula. Eles ameaçam os alunos!
Março 7, 2010 at 12:01 am
“o bullying que está a ser exercido por inúmeros directores…” – Maria Lisboa, 38
Pelo meu conhecimento, quase todos.
Está-se a cumprir o slogan do (P)artido (S)ocrates: uma margarida moreira para cada escola.
Março 7, 2010 at 12:12 am
Está-se a cumprir o que iria acabar com a escola: uma margarida moreira para cada escola.
Se estes tipos não forem apeados do poder urgentemente, temo pelo pior. Os bons professores começam a ceder. É inevitável. Vivem cercados de bufos, incompetentes e de tiranetes. Neste momento, pode ser mais sentido numas escolas que outras. A seu tempo, não se notaram diferenças.
Tendo obtido informação de que dois professores da m/ escola iriam trabalhar para a autarquia, sabendo que investem bastante nos seus alunos, perguntei se não iriam ter saudades e tal. Resposta: «Primeiro estou eu, ana!»
Março 7, 2010 at 12:14 am
Corrijo. “A seu tempo, não se notarão diferenças.”
Março 7, 2010 at 1:05 am
#41 Concordo inteiramente. Já por diversas vezes aqui referi situações que todos conhecemos das escolas.
Numa escola bem perto da minha,(e esta situação já foi aqui referida neste blogue, sem obter qualquer resposta ou comentário por parte do Paulo), um colega, não suportou tudo o que lhe estavam a fazer, e no dia 9 de Fevereiro deste ano, atirou-se da Ponte 25 de Abril.
Foi de certeza, a única resposta que encontrou…
Muitos de nós, vamos encontrando felizmente outras soluções, mas por vezes é difícil de suportar, como todos bem sabemos.
E, se já não bastava a “pressão” dos alunos, agora com as “lideranças” ditas, fortes, temos mais uma pressão em cima, a dos directores e de todo o seu séquito!
Mas, mesmo com estas “lideranças” todas, os professores não sentem apoio de ninguém. Esta semana uma colega, desta mesma escola foi parar ao hospital, vitima de violência de um aluno.
O silêncio, tal como aconteceu com o caso do colega que se suicidou, foi vergonhoso.
Mas afinal é o que todos fazem, a começar pelos sindicatos.
Em todos estes casos que têm acontecido nesta escola, ainda não se viu por lá aparecer nenhum representante do SPGL, não para pedir adesões a greves, mas para se inteirar da situação e mostrar alguma solidariedade… se calhar não é preciso, pois o delegado sindical é do órgão de gestão!
Março 7, 2010 at 2:32 am
# 59 – «Esta semana uma colega, desta mesma escola foi parar ao hospital, vitima de violência de um aluno.
O silêncio, tal como aconteceu com o caso do colega que se suicidou, foi vergonhoso.
Mas afinal é o que todos fazem, a começar pelos sindicatos.»
Nesta sexta-feira seguiu para o meu sindicato pedido de desvinculação e o respectivo cartão, devidamente cortado em 4 bocados.
PQP os sindicatos! Agora é que se começa a ver o que todos temos suportado nestes 4 anos! O medo, o silêncio vergonhoso, e a cobardia, há que dizê-lo, que afecta a muitos.
Já sem falar nos professores PS, que diminuem todas estas ocorrências! “Suicidou-se? Se calhar andava doente!”. “Levou pancada? Se calhar mereceu!”.
Que câncro, a Política!
Março 7, 2010 at 2:39 am
José Manuel Viegas escreveu ontem no CM:
“Foi o idealismo dos seguidores de J. J. ROUSSEAU que permitiu o suícidio de Leandro, miúdo de 12 anos que se atirou
as águas do Tua em Mirandela, depois de ter sido humilhado e agredido por colegas seus.
Para designar o fenómeno criou-se o conceito de Bulling, que não é bastante nem ajuda a explicar por que razão a humilhação de colegas, na escola, se tornou tão preocupante. Os leitores de ROUSSEAU, tal como o filósofo, acreditam na bondade dos indivíduos e supõem que a sociedade os decompõe (os indivíduos são sempre vítimas e, por isso, os agressores de Leandro já têm o correspondente apoio psicológico, que ele NÃO TEVE).
Não acrediditaram que os indivíduos eram capazes de aterrorizar de tal maneira um seu semelhante ao ponto de o levarem ao suicídio”
____________________________________________
Totalmente de acordo com este texto. A perplexidade do acto só será esperada por quem nunca assumiu a realidade do erro e das evidencias sociais do seu modelo.
Em relação a Portugal só me apraz questionar o modelo de virtudes, os valores, a educação para a cidadania (farto-me de rir com este termo) que o próprio sistema educativo criou, esse sistema resultante das ideias rousseounianas e de outros lírismos febris que a ideologia dominante nos tem brindado!
Março 7, 2010 at 3:23 am
Sobre as “lideranças fortes” está a acontecer o que diz o povo: se queres conhecer o vilão põe-lhe o pau na mão.
Março 7, 2010 at 11:08 am
# 25 – Saravá Paulo Freire! Saravá Ana Vasconcelos (a pedospsiquiatra hippie da televisão)! Saravá Ana Benavente! Saravá Guterres! Saravá ISCTE! Saravá “ciência” hippie em geral!
Março 7, 2010 at 11:09 am
Março 7, 2010 at 11:10 am
Leandro nem falou na aula.
Março 7, 2010 at 2:40 pm
Também tive um problema com uma turma CEF. Aliás, foi preciso ter uma turma CEF para ter, pela primeira vez na minha vida profissional, como professora, problemas desta natureza.
Os meus “meninos” estavam habituados a fazer mais ou menos o que lhes apetecia durante as aulas. Respeitar regras ou acatar ordens com a de estar calado (não conversar com os colegas quando eu estava a falar) ou pedir autorização para se levantarem do lugar ou para saírem da sala, não lhes passava pela cabeça. Era também um dado adquirido que só trabalhavam durante a aula se lhes apetecesse. Se não, não faziam rigorosamente nada a não ser conversar com outro colega nas mesmas condições (e havia sempre) ou destabilizar a aula com bocas e outro tipo de interferências. Quando se lhes chamei a atenção para estes “pormenores”, riram-se. Quando lhes expliquei a importância e as boas e más consequências destas posturas, gozaram e começaram as ameaças veladas que de tão evidentes, enfim… Que já tinham corrido com professores da escola com esgotamentos, que punham professores a chorar e abandonar a sala, que furavam pneus aos carros e até referiram um caso de um qualquer professor ter caído de uma escada abaixo a modos que com uma ajudinha. Ouvi calmamente com um sorriso. Deixei-os falar. Até se calarem. Suspirei durante o silêncio expectante que se instaurou. Depois contei-lhes como tinha aprendido a defender-me, em miúda, mais nova do que eles, dos “animais” do bairro que, por coincidência era o deles,desfazendo-lhes o nariz à cabeçada,os dentes ao pontapé, abrindo-lhes as cabeças à paulada, espetando-os nas próprias naifas. Disse-lhes onde costumava estacionar o meu carro.Disse-lhes que faría participação disciplinar desta ocorrência e, finalmente, disse-lhes que, como conhecia a morada e telefones de todos eles, íria contactar com todos os seus Enc. de Educação para os informar do sucedido. Afinal, eu até sabia onde eles moravam, sempre sou a D. T. (e mesmo que não fosse).
O meu olhar terá feito descer a temperatura da sala? É possível. Não suporto abusos sejam de que natureza forem desde tenra idade.
O clima foi acalmando. Ainda bem.
Foi instintivo.
Não advogo a todos
Março 7, 2010 at 2:46 pm
Nem todos sofreram as experiência sociais urbanas dos anos sessenta.
Março 7, 2010 at 6:01 pm
O problema é que se algum desses lindos meninos alguma vez resolve contar o que o Alcatrão disse na aula, lá teremos o colega com um processo em cima, arrastado pela lama por esses blogues e jornais PS (“Professor Ameaça Alunos de Morte!”) e finalmente expulso da profissão.
Porque esses meninos são um maná para as “técnicas” do ME, que vão semanalmente às escolas ouvir as queixinhas deles e perseguir os profesores maus que não gostam de ser atirados pelas escadas abaixo.
Março 9, 2010 at 5:43 pm
O caso de bullying ocorrido em Mirandela vem expor à saciedade a gravidade desta praga. O problema já ultrapassou os portões escolares para entranhar-se de uma forma asquerosa na vida social e no local de trabalho. Porque não estamos a falar apenas de uma obsessão pelo poder, da dominação sobre um indivíduo, mas de um agressor que ameaça tornar-se num potencial criminoso. Esta forma de intimidação pode ter tido origem dentro do ambiente familiar onde a educação infantil não foi devidamente acautelada. A escola de Mirandela foi a primeira a descartar-se, por isso, à semelhança do que aconteceu noutros países com casos semelhantes, deveria ser duramente responsabilizada, começando pelo autismo das chefias e reforçando a vigilância preventiva de todos os intervenientes do sistema educativo.
http://dylans.blogs.sapo.pt/
Setembro 3, 2012 at 7:02 pm
[…] outras coisas, há que redefenir o conceito de violência, como, de certo modo, lembra o Paulo Guinote. Na realidade, o simples facto de haver aulas constantemente boicotadas é uma forma de violência, […]