Porque não se presta tanto a aproveitamentos populistas e demagógicos. Porque pode parecer paradoxal, mas não é.

Aquele que se passa, em mais situações do que parece, dentro de uma sala de aula quando uma turma, ou parte importante dela, decide boicotar de forma deliberada o trabalho de um(a) docente. E isso se prolonga aos longo das aulas, das semanas, dos meses. Por vezes transbordando para os corredores, quando o(a) docente em causa vai a passar e surgem aquelas bocas que nunca ninguém sabe de onde surgem, sendo quase sempre infrutífero tentar determinar quem foi, porque em fuga, em negação ou em graças à protecção de um sistema que, por regra, culpabiliza o(a) professor(a) por qualquer tipo de ocorrência.

Quando se constatam os elevados índices de recurso a acompanhamento psicológico e psiquiátrico de muitos profissionais ligados à Educação seria interessante procurarem-se as causas e não querer apagar que o bullying – na modalidade de assédio psicológico ou mesmo pura e simples brutalidade verbal – é algo que não se limita a violência física inter-pares.