Este caso é formalmente o primeiro em que o ME toma de assalto uma escola, a coberto de uma legalidade duvidosa (afinal as leis do estado Novo, enquanto leis, também eram todas legais).
Não me parece que vá ser caso único.
Mas vai ser, certamente, um momento simbólico de todo este processo.
Repescando alguém sem qualquer experiência de gestao escolar, trazido de fora e sem qualquer ligação À Escola, o Director-Regional de Educação de Lisboa deu o primeiro passo num processo de tomada anti-democrática do poder nas Escolas onde nem todos os seus desejos são ordens imediatas.
A norte também se desenham situações similares.
Mas neste momento foi o Agrupamento de Santo Onofre, nas Caldas Rainha, o escolhido para servir de exemplo aos desobedientes.
Mas isto pode funcionar para os dois lados: pode intimidar, mas também pode acicatar.
É verdade que tudo isto acontece em período de interrupção lectiva e com um a capacidade de mobilização dos docentes, a nível local mas não só, mais reduzida.
Mas, de qualquer modo, este é o primeiro sinal do ME quanto ao uso da força bruta para dominar focos de incómodo. E perante isto impõe-se resistir.
E aconteceu no exacto momento em que MLR se foi auto-elogiar ao Parlamento.
Faz lembrar outro tipo de episódios.
Não é de hoje que acho que a aceitação tácita da abertura a tomadas de poder deste tipo nas Escolas começou com a aceitação da constituição dos Conselhos Gerais Transitórios.
Neste momento, atacar um, duas, dez escolas ainda é possível ou viável.
Atacar 100 ou 200 teria sido impossível.
Resta saber o que pensam fazer todos aqueles que afirmam estar contra este modelo de gestão, mas estão a aceitá-lo tacitamente. Até com as melhores razões. Mas de boas intenções…
Abril 2, 2009 at 6:58 pm
Abril 2, 2009 at 7:02 pm
Sem palavras.
Abril 2, 2009 at 7:09 pm
“não contituíram até à presente data, o Conselho”
falta uma vírgula…
Abril 2, 2009 at 7:16 pm
Eles vão colocar todos os pedófilos que puderem par papar os nossos filhos..ai vão vão..vão cloná-los …
Abril 2, 2009 at 7:18 pm
Agora imaginem quando chegar o “capataz” digo director!
Abril 2, 2009 at 7:19 pm
Como diz o FAFE registem o nome:
JOSÉ JOAQUIM LEITÃO
Abril 2, 2009 at 7:21 pm
Uma vergonha para a Democracia! 😦
Abril 2, 2009 at 7:21 pm
#5
E sabes o que te digo?
Deixa-o chegar.
Deixamos fazer tudo.
Quem quiser que aguente, quem não quiser que saia.
Isto não acontecia em mais país nenhum civilizado. Os colegas não deixavam. Tomaram-nos o pulso e foi sempre a despachar.
Abril 2, 2009 at 7:21 pm
E os nomeados para esta Comissão administrativa não têm vergonha na cara?!!!
O reino cor de rosa vai terminar um dia. Estes “seres” não poderão voltar a erguer os olhos do chão. São vermes!
Abril 2, 2009 at 7:25 pm
#4,
Buli, olha a linguagem…
Vai com calma.
Abril 2, 2009 at 7:27 pm
#9
Termina o rosa e começa o laranja. Se os mais prejudicados(nós) não fazem pela vida, achas que eles vão fazer por nós?
Achas que permitindo estas e outras coisas sempre ao serviço e sempre dobrados, alguém nos tem respeito?
Fazem tudo(estes e os próximos) pq, satisfeitos ou não, nem nos demos ao trabalho de FECHAR AS ESCOLAS, sem prazo para as reabrir. Ontem já era tarde. Amanhã servirá para sermos postos na borda do prato.
Mansos até ao matadouro.
Abril 2, 2009 at 7:28 pm
“A lei diz que se justifica a criação de uma Comissão Administrativa Provisória se até ao dia 31 de Março o Conselho Geral Transitório não tiver espoletado o processo, se não houver candidatos a director ou se estes não preencherem os requisitos. Mas é omissa em relação ao que aqui se passa: e se não houver Conselho Geral Transitório?”, questionou hoje, em declarações ao PÚBLICO, a presidente do Conselho Executivo daquele agrupamento, Lina Soares de Carvalho.
Segundo assegura, “a lei foi rigorosamente cumprida”. O que se verificou, explica, é que de acordo com o novo modelo de gestão os directores são escolhidos pelos conselhos gerais que, por sua vez, são formados por representantes do pessoal docente e não docente, dos pais, do município e da comunidade local; e, naquele agrupamento, nem nos dois actos eleitorais convocados para o efeito nem, posteriormente, em duas reuniões gerais sobre o mesmo assunto os professores se disponibilizaram para apresentar qualquer lista.
http://www.ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1371880
Abril 2, 2009 at 7:30 pm
Começo a pensar que somos (O Umbigo) a única aldeia gaulesa que resiste ao Império Romano (socrático)!
Cadê os outros…
Onde está o homem dos bigodes? 👿
Abril 2, 2009 at 7:33 pm
Abril 2, 2009 at 7:35 pm
Não seria uma boa altura de marcar posição, marcando uma conferência de imprensa, ou fazendo uma pequena manifestação nas Caldas da Raínha em frente à Escola de Santo Onofre?
Dirigentes sindicais devem lutar por antecipação.
Abril 2, 2009 at 7:39 pm
#16
o sentimento de revolta não me deixa pensar com tranquilidade.
é quase impossível dominar o ódio.
uma manifestação era importante, mas não teria muito mais força se fosse feita por toda a comunidade educativa de Santo Onofre?
Abril 2, 2009 at 7:40 pm
perdão: #15
Abril 2, 2009 at 7:41 pm
Há aqui claro abuso de poder por parte do ME.
Não me lembro de uma situação com esta gravidade (mas claro que posso estar enganado) após a institucionalização do regime democrático, ou seja, pós 25 de Abril de 1974.
Bem, em rigor, estou enganado porque após essa data n regimes autoritários e ditatoriais fizeram e fazem coisas bem piores. Acontece apenas que uma coisa como esta “tomada de assalto” a nível das escxolas não se teria passado em Portugal desde 25-04-1974, pelo menos de uma forma tão clara e tão pouco racional.
Pode ser que os 120.000 acordem novamente!
Abril 2, 2009 at 7:42 pm
# 18 escolas
Abril 2, 2009 at 7:42 pm
Vamos já a Caldas, lector? Quem for de longe manifesta-se onde estiver! Isto é um precedente inadmissível!
Abril 2, 2009 at 7:43 pm
E depois não se queixem colegas:
Cambridge
Professora tira fotos sensuais da Net por ordem do Director da escola
Em cumprimento de uma ordem dada pelo Director da escola onde trabalha, uma professora retirou fotografias suas, em poses sensuais e lingerie, de um site de promoção de modelos
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=130966
Abril 2, 2009 at 7:46 pm
Penso que consegui resumir o que penso…
http://porquemedizem.blogspot.com/2009/04/autoclismo-de-santo-onofre.html#links
Abril 2, 2009 at 7:46 pm
#21 Não se riam, porque como as coisas estão, tudo vale para atingir “O Excelente”
Abril 2, 2009 at 7:49 pm
Pedro não tenhas a mínima dúvida que muitas colegas e vão passar pela cama do director…e o inverso também…a promoção agora não e automática tem de ser carimbada na horizontal…
Bem tenho que ir dar jantar ao meu puto..estou sozinho e tenho de fazer de papá e de mamã…
Até logo…e pensem bem forte num desejo…tipo e não se pode exterminá~los com zycklon B
Abril 2, 2009 at 7:49 pm
Joaquim Leitão, actual director da DREL, entrou para director dos Serviços técnico pedagógicos da DREL em 1997. Nada tinha a ver com a Educação, nem tem. Veio do ICE (Instituto de Comércio Externo), ministério dos Negócios Estrangeiros, após uma “reestruturação” dos serviços do ECE (creio).
Era director regional o António Sardinha e depois o eng José Manuel Revez. Este último, demitiu-se, no consulato da Ana Benavente e foi para Timor. Actualmente, está no MAI.
Era directora de serviços de Recursos Humanos da DREL a Idalete, que com este desgoverno se instalou na DGRHE, como directora geral adjunta. Com o Diogo Simôes que é actualmente director geral da EPIS. Tudo pessoal “de mão” do coiso dos caracóis.
Em gíria, sempre foi tido como um “paraquedista”. E mais não digo porque tenho registadas, em memória, as primeiras
reuniões com ele.
Abril 2, 2009 at 7:50 pm
“(…) acho que a aceitação tácita da abertura a tomadas de poder deste tipo nas Escolas começou com a aceitação da constituição dos Conselhos Gerais Transitórios.”
Então o que deveria ter sido feito, na sua opinião, era Santo Onofre multiplicado pelas escolas e agrupamentos existentes no país?
Abril 2, 2009 at 7:52 pm
Metam todos os mongos deste país nas direcções das escolas ..só ass9im teremos a primeira mongolândia do mundo..mongos ao poder já…
Abril 2, 2009 at 7:53 pm
#26,
Porventura, quiçá…
Discorda?
Não daria para multiplicar por todos mas bastava quem andou a manifestar-se em Lisboa não ter aceite.
Porque certamente ninguém foi obrigado.
Haveria assim tantos aparelhistas disponíveis?
Abril 2, 2009 at 7:55 pm
Porque não enviam a noticia amanhã para a Manela Moura Guedes…
Abril 2, 2009 at 7:56 pm
Vejam se não estou certo…
http://porquemedizem.blogspot.com/2009/04/autoclismo-de-santo-onofre.html#links
Abril 2, 2009 at 7:56 pm
Nas Caldas, entre uma data de Março e outra, de Abril, distante… penoso simbolismo… Coincidências? Parece tudo escolhido a dedo.
Abril 2, 2009 at 7:57 pm
1
Abril 2, 2009 at 7:57 pm
O presidente da junta ou da câmara não se manifestaram?
Abril 2, 2009 at 8:00 pm
#28 Paulo Guinote O BB não ofendeu ninguém nem utilizou linguagem imprópria nem para consumo nem na escrita.
deve andar por ai algumas primas donas muito sensíveis mas que gostam de ouvir só em privat…
Quanto ao assunto, só há neste momento uma solução:
nas próximas eleições não votem PS, mas se forem sado-masoquistas votem neles que os energúmenos agradecem.
Abril 2, 2009 at 8:03 pm
INÍCIO DE UM CAOS AINDA MAIOR
Face a esta situação, veja aqui a MOÇÃO dos professores do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre.
O MUP solidariza-se com os colegas e apela a uma corrente de apoio.
– Depois de receber a MOÇÃO DOS PROFESSORES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTO ONOFRE, o MUP vem manifestar publicamente a sua solidariedade a todos os corajosos colegas deste Agrupamento pela dignidade e acção em prol da defesa da democracia, apoiando a sua revolta perante os ataques superiores aos mais básicos princípios dos direitos dos cidadãos e da convivência democrática.
O MUP apela também a que, no País, se gere uma corrente de apoio e de solidariedade para com os colegas deste Agrupamento das Caldas da Rainha e que possa, ao mesmo tempo, contribuir para que seja respeitada a democracia em todos os locais onde ela deve começar por ser ensinada: as escolas.
http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/03/solidariedade-pela-resistencia.html
Abril 2, 2009 at 8:04 pm
Contem comigo!
Vou difundir a mensagem!
Abril 2, 2009 at 8:05 pm
#26
se os professores se manifestam contra a política governamental o mínimo que se exige é que sejam coerentes.
no caso da avaliação bastava que ninguém (ou quase ninguém) tivesse entregue requerimento para que o modelo de avaliação se tornasse inoperante
no caso do modelo de gestão bastava que nenhum (ou quase nenhum)professor se disponibilizasse para integrar listas para o Conselho Geral Transitório
é, de facto, tão simples quanto isso, no que à coerência concerne, quanto ao resto cada um sabe de si…
Abril 2, 2009 at 8:06 pm
Acho que está na hora de acabarmos ocm estas tretas!
Eles tratam-nos como se fossemos umas “merdas”!!! Porque será que 100.000 profs + família não conseguem acabar com estas ilegalidades?
Para que foi o 25 de Abril?
Porque não começar uma revolução?
Imaginem se eles fazem na educação o que fazem (a olhos vistos e com o conhecimento de todos)nem quero pensar no que se passa nos ministérios da Economia e Finanças!
Abril 2, 2009 at 8:08 pm
“Porventura, quiçá… Discorda?”
Não, não discordo. Acho somente que a ideia é um pouco irrealista, tendo em conta que, no que respeita à entrega dos OI, a percentagem de resistentes foi relativamente baixa, tomando em consideração as manifestações de Lisboa e os números da greve.
Abril 2, 2009 at 8:13 pm
há paletes de licenciados nas câmaras municipais deste país à espera do seu momento de glória.
mais 2 aninhos e é vê-los todos a serem promovidos.
já repararam que os representantes dos municípios são remunerados só para assistirem às reuniões do Conselho Geral Transitório. e chegam de carrinho com motorista, tudo pago pela autarquia.
os profs que andem pelo agrupamento nas suas viaturas.
Abril 2, 2009 at 8:16 pm
Eu acho que a comunidade de Santo Onofre tem muito a dizer e fazer sobre o que se passa mas, isto, não invalida uma tomada de posição por
parte de todos nós, professores portugueses.
Os professores de Santo Onofre bem como o seu CE, sentir-se-iam mais apoiados. Nós diríamos, bem alto, ao ME que existimos e que não é o que queremos nem para nós nem para os alunos deste país, pois é ilegal e anti-democrático.
Abril 2, 2009 at 8:17 pm
#38,
Caramba, quando não discorda acha irrealista.
Abril 2, 2009 at 8:19 pm
# 38
Cinquenta mil professores é um número baixo!?
Um em cada três professores!?
Não sabia.
Abril 2, 2009 at 8:26 pm
Para já, era interessante que apresentassem demissão todos os professores com assento nos Conselhos Gerais do país.
Abril 2, 2009 at 8:27 pm
#42
Ana, eu diria 1,4 para cada 3. Não esquecer os que estão DISPENSADOS da avaliação(e são uns largos milhares).
Vendo bem as coisas, foram mais do que nós pensamos.
Abril 2, 2009 at 8:30 pm
Estou em choque!
Não consigo acreditar que isto se passou/passa num país, dito, democrático!
“Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
(…)
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
(…)
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.”
Rui Barbosa
Como diz Rui Barbosa, também eu sinto vergonha de tudo isto que se passa neste triste país.
Abril 2, 2009 at 8:32 pm
Mas isto é apenas uma etapa. Não estou a ver que agora, envolta em revolta, a comunidade de professores passem a estar disponíveis para formar Conselho Geral. O vazio legal vai manter-se e o problema não se resolve.
Abril 2, 2009 at 8:34 pm
# 44
Pipa, são muito mais professores do que eu supunha, também.
A “preguiça” de muitos colegas (…) conduz a que ainda não se tenham apurado os dados exactos (em Lista) mas já temos muitas informações por escolas de todo o país. E são boas notícias.
Abril 2, 2009 at 8:35 pm
Este episódio ainda vai fazer muita gente ficar arrependida do que fez.
E olhem que os arrependidos não serão os corajosos colegas de Santo Onofre.
Abril 2, 2009 at 8:40 pm
#38
Quer uma ditadura para este pobre país??????????
Já viveu num país com uma ditadura instaurada???
Certamente que não, pois se já tivesse vivido não falaria assim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Se não dermos o corpo ao manifesto, sujeitamo-nos a que a opinião pública pense que até concordamos com a política, posta em prática, por este PM e ME.
Abril 2, 2009 at 8:42 pm
LEIAM BEM O 3º PARÁGRAFO DO TEXTO!
Presidente cessante diz não compreender a fundamentação jurídica
Elementos do CE de Sto Onofre admitem contestar decisão do ministério
«Lina Soares de Carvalho, até ontem presidente do Conselho Executivo (CE) do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre, afirmou, em declarações ao PÚBLICO, que os elementos daquele órgão vão contratar “um advogado que aprecie a validade legal dos argumentos jurídicos que fundamentam” a decisão do Ministério da Educação, que hoje fez cessar o mandato do CE e o substituiu por uma Comissão Administrativa Provisória (CAP).
“Não compreendemos os fundamentos jurídicos e, principalmente, lamentamos profundamente a perturbação que este acto vai causar na comunidade escolar no início do 3º período, um momento decisivo do ano lectivo”, afirmou Lina Soares de Carvalho que adiantou que ontem, e face às indicações de que o CE poderia vir a ser destituído, convocou uma Reunião Geral de Professores para as 19h00 do dia 14 de Abril, em que recomeçam as aulas.
De acordo com a presidente cessante do CE, o director regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, que hoje se deslocou ao agrupamento de escolas do concelho de Caldas da Rainha para dar conta das alterações, “disse e insistiu que a cessação de mandato não se relaciona com qualquer ilícito praticado pelo CE nem consiste em qualquer acto disciplinar”. “Não compreendemos que decorra da lei”, acrescentou.
————————————
No despacho em que faz cessar funções o CE e determina a nomeação da CAP, a cujo teor o PÚBLICO teve acesso, argumenta-se que no despacho da Ministra da Educação de 30 de Abril de 2008 (que prorroga o prazo para a eleição do Conselho Geral Transitório) se refere que aquele órgão devia desencadear o processo para a eleição do director até 31 de Março de 2009. E destaca-se o artigo 66º do decreto-lei 75/2008, que determina que, caso não seja possível realizar as operações conducentes àquele acto, a função de dar início ao procedimento concursal “será assegurada por uma Comissão Administrativa Provisória”.
Já os professores do agrupamento, numa moção anteontem à noite aprovada, consideram não haver “qualquer fundamento sustentável” para a destituição do CE, já que o Conselho Geral Transitório não foi constituído porque nenhum dos 180 docentes se candidatou a representar os colegas naquele órgão nas eleições duas vezes convocadas para o efeito pelos órgãos directivos cessantes.
Ao que o PÚBLICO apurou, o presidente da CAP hoje nomeada é Carlos Almeida, que trabalhava no gabinete da presidência da Câmara de Peniche.»
Abril 2, 2009 at 8:44 pm
#49
Temos muito medo da opinião pública e de perder uns euros.
Amanhã teremos medo da opinião pública, dos euros a menos, do Presidente da Câmara, do presidente da Junta, do Director, da prima e do filho do Director…
Abril 2, 2009 at 8:46 pm
#49
“Se não dermos o corpo ao manifesto, sujeitamo-nos a que a opinião pública pense que até concordamos com a política, posta em prática, por este PM e ME.”
Também me dá calafrios pensar nisso.
Abril 2, 2009 at 8:53 pm
#52
Quando os resultados destas políticas deixarem de ser manipulados e os pais se aperceberem daquilo em que se transformou a escola, podem ter a certeza que não culparão a MLR nem o PM.
Somos tão espertos e não aprendemos. Quem foi acudado dos maus resultados escolaress até 2005? Os Ministros da Educação que a antecederam ou os Professores que aplicaram as suas políticas?
Abril 2, 2009 at 8:54 pm
“Quem foi acusado” “escolares”
Abril 2, 2009 at 8:56 pm
#51 Pipa
Eu não tenho medo da opinião pública nem de perder uns euros. Por mim fazia, já no início do 3º período, uma greve por tempo indeterminado, seja por tempos ou o dia inteiro.
Abril 2, 2009 at 9:01 pm
Bem, gostei de ver e ouvir a Ana Drago a interrogar a Ministra, o PAR a defender a tese que a Ministra é que deve respoder às perguntas que lhe sâo dirigidas, o SS a passar um atestado de menoridade à Ministra e a Ministra propriamente dita a dizer que “A Lei é para se cumprir”.
E temos nós tanto medo de desobedecer liminarmente (e com eles no devido lugar) a uma aventesma constantemente condenada em Tribunal por não cumprir a Lei e incompetente para dar resposta a uma “reles comunista”.
Apre!
Abril 2, 2009 at 9:01 pm
Parece-me que Santo Onofre pode ser a primeira escola a ser aleatoriamente escolhida para dar uso ao parecer.
E concordo com a Pipa: os nossos medos de perder a opinião pública levam-nos e continuar a não ter o apoio da dita e a que estejamos continuamente a ser alvo de ataques e investidas cada vez mais prepotentes.
#13 Pedro Castro, a Gália cá continua, já o Império Romano, que é dele…???:-)
Abril 2, 2009 at 9:04 pm
#55
Eu sei que não Margarida. Muitos não têm, mas outros…
…ai, que o dinheiro do dia faz tanta falta…
…ai o que é que os pais vão dizer…
…ai…ui…
Um dia até a relva comem!
Abril 2, 2009 at 9:05 pm
Leiam ….
Abril 2, 2009 at 9:09 pm
Perdemos a opinião pública pq temos sido (não todos, mas os suficientes) mansos, paus mandados e cobardes. Ninguém respeita Professores assim , que depois dizem que o ME é que faz tudo mal. Ai faz? E nós obedecemos!
Quem respeitaria um batalhão que obedecesse ao inimigo para poupar a farda?
Abril 2, 2009 at 9:19 pm
Pipa
Não perdemos a opinião pública.
A opinião pública foi enganada.
Mas, já começou a perceber que foi enganada.
Não sabe é o quanto e as consequências de retorno que terá que pagar (teria que pagar, espero!).
Abril 2, 2009 at 9:20 pm
#57
Ana, alguma opinião pública, ao saber que muitos dos professores não concordam com esta forma de governar e o porquê, repensará, de certeza, a quem irá dar o seu voto.
O que me interessa, fundamentalmente, é que o PS e o PSD não ganhem as próximas eleições!!!!!
Abril 2, 2009 at 9:23 pm
# 59
BB
A Nova Era, ” Era Aquarius”, vem cheia de equívocos.
O normal.
Abril 2, 2009 at 9:53 pm
Isto é uma verdadeira trapalhada. O artigo 63 do Regime de Autonomia define o regime transitório e diz claramente que os mandatos do CE são prorrogados até à eleição do director.
Mais se reforça a trapalhada quando vemos que o director só cessa o mandato por própria vontade, por decisão do conselho geral ou por processo disciplinar, conforme se lê no artigo 25.
Mesmo se invocarmos o artigo 22 do já revogado 115-A/1998, a exoneração só pode ocorrer na sequência de processo disciplinar em que o Presidente do CE tenha sido condenado.
Invocar o artigo 66 também é discutível, desde logo porque a redacção do artigo é equívoca, já que explicita como função específica da CAP a organização do processo concursal e não a gestão da escola.
O entendimento lógico é que se tem de manter o CE que não pode ser exonerado, mas se nomeia em simultâneo uma CAP por uma ano com a função específica de lançar o concurso para director.
Abril 2, 2009 at 10:01 pm
Acho que nem sequer sabem ler a lei que produzem! Quer dizer… isso já nós sabemos há muito!
Abril 2, 2009 at 10:41 pm
#65
pois eu acho que sabem ler muito bem e sabem também exactamente o que querem e como obtê-lo, mesmo que forçando a lei, a letra ou o espírito dela.
para mim a intervenção da sinistra hoje foi muito clara, pouco importa o que possam ou não querer as comunidades ou os cidadãos, o governo manda e bico calado, porque a única autonomia que importta garantir é a do ministério para pôr e dispor a seu bel-prazer.
até quando estaremos dispostos a aceitar um estado de coisas que na prática já não é de direito, onde só os incompetentes e corruptos parecem fazer carreira?
Abril 2, 2009 at 11:18 pm
#61
Anahenriques,concordo, em absoluto, com o que diz.
A opinião pública foi muito bem enganada e já está a perceber que o foi.
#64
João, pelo que disse o ME nem sabe interpretar as leis que faz. É uma vergonha!!!!!!!!!!!!!!
Abril 3, 2009 at 12:00 am
Todos a Santo Onofre!
Denunciemos mais esta arbitrariedade!
O jornal da MMG é já amanhã. Será que noticiam isto?
É que é muito grave!
E ainda diz a Dama que não faz “Julgamentos de intenção” !
Se for para pagar adiantado a amigos por trabalhos não feitos, considera que está tudo legal!
País de corruptos e de encobre-corruptos!
Abril 3, 2009 at 12:47 pm
Se HOUVER “MELÕES” EM PORTUGAL (Não digo tomates, porque é feio!)os colegas de Santo Onofre não estarão sós!
O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!
Abril 3, 2009 at 5:34 pm
O Super Mouse chegou às Caldas: a propósito da demissão de um Conselho Executivo
Para pensar sem dramatismos entorpecedores a demissão do Conselho Executivo (CE) da EBI S. Onofre, de Caldas da Rainha, tomada em 02/04/2009 pelo ME, somos obrigados a começar por suspender o juízo, evitando tomar posição por uma ou outra das partes em conflito – professores envolvidos e a comunidade escolar ou ME.
O ME tem toda a autoridade de demitir um CE de uma escola, uma vez que existe um vínculo hierárquico, de tipo administrativo, que o permite quando o orgão subordinado desrespeita objectivamente o cumprimento de algum normativo daquele emanado.
Contudo, neste caso, por uma questão de transparência democrática numa área social tão sensível como esta da educação, e para que a comunidade possa fazer o seu escrutínio, seria politicamente acertado haver o cuidado de, por parte do ME, explicitar as razões de tal decisão.
O ME teve o cuidado de o fazer, alegando que, por não terem sido tomadas “as operações conducentes ao procedimento concursal para o recrutamento do director até 31 de Março de 2009”, a lei determinava a cessação de funções da actual Direcção executiva, que passaria a ser assegurada por uma Comissão administrativa provisória.
Esta decisão, no momento em que é tomada, pelo que tem de abrupto, vem introduzir factores de instabilidade na comunidade escolar, que tem vindo a prosseguir uma dinâmica positiva, em vários domínios, como é do conhecimento geral.
O ME deve ter ponderado suficientemente a sua decisão legítima, em termos dos seus efeitos pedagógicos e sociais. Se não o fez, e só a história o julgará, pode pensar-se que tal decisão, mais do que promanar da exigência de cumprimento de um normativo, que o próprio ME criou, tenha emergido da força de algum pathos castigador que, ao atingir a cabeça de um corpo, pretende atemorizar toda a comunidade escolar.
Se os professores desta escola, como Bartleby, afirmaram a sua potência de não apresentação de listas para o Conselho Geral Provisório, independentemente dos esforços nesse sentido desenvolvidos pelo CE, deve este pagar a factura daquilo que não é responsável? E não havendo listas para aquele orgão, deve alguém ser obrigado a fazer ex machina essas mesmas listas, ao alvedrio da sua vontade livre?
Não haverá um não-dito, involuntário por certo, nesta decisão, que é este: nesta escola, como foi divulgado, os vários orgãos, incluindo o CE, solicitaram esclarecimentos ao ME sem os quais não se encontrariam em condições para avançar com o processo de avaliação dos docentes. E o que foi fornecido pelo ME terá levado os vários orgãos da escola ao prosseguimento das démarches relacionadas com o processo de avaliação dos docentes , a um ritmo que o ME terá considerado lento em demasia. Estarei enganado?
A situação em que se encontram os professores que se disponibilizaram para o exercício de um cargo como uma CE deve ser muito embaraçante: sabem que são uma emanação de quem os elegeu e que o seu trabalho de direcção da vida de uma escola se tem de articular sempre com as exigências soliticitadas a partir comunidade, mas também sabem da sua dependência hierárquica em relação ao ME, que deve ser sobretudo uma estrutura de orientação e apoio e não de constrangimento e coacção.
O ME deste actual Executivo, no seu impulso reformista, alcançou alguns êxitos em algumas reformas. Mas resvalou, por precipitação, para outras, convencido talvez da sua necessidade e consistência, não conseguindo persuadir e mobilizar para as mesmas os principais interessados. Esta é uma opinião partilhada em muitos quadrantes da nossa sociedade, excepto pelo ME e pelo Governo no seu conjunto.
Os índices de popularidade da actual Minista da Educação, sobretudo na área da Educação, poderiam e deveriam levá-la a uma questionação sobre o modo como tem vindo a exercer o seu cargo. Será que já o fez?
Na situação de crispação entre professores e ME, que detém a autoridade, este caso só pode ser interpretado pela maioria dos docentes, sobretudo os desta escola, como uma decisão perversa, ainda que o ME venha a apresentar as suas razões abonatórias.
Os professores – e os cidadãos que saibam ler outros sinais emergentes – podem começar a pensar que, com a nova figura do Director, nomeado pela tutela, segundo o novo modelo de gestão, passam a ser uma entidade monolítica da expressão da Vontade Geral do ME, obrigados a falar apenas a “Novilíngua” oficial e ficando despojados dos seus direitos de participação na vida da escola, específicos de uma democracia deliberativa.
Quando se aproxima mais um calendário eleitoral, esta decisão vem acentuar ainda mais o fosso que existe entre os professores e o ME. Cobrará dividendos eleitorais ao PS? Nos professores, seguramente não.
Da análise que pude fazer, retiro uma conclusão panfletária.
Os professores vão saber assumir a potência adquirida no decurso da sua formação cultural e política. Os professores são, aqui e agora, um avatar do Super Mouse. Como este que, do seu planeta feito de queijo, vive em vigilância permanente e com uma grande luneta, não deixarão de ir ao encontro dos irmãos e libertá-los das garras dos felinos. Com as armas sagazes e desmesuradas da sua arte, farão já esforçadamente a grande paródia a quem parece querer vestir a pele de Levitã e que se esquece do provisório dos seus pés de barro. E vão fazê-lo alegremente, como convém a um rato.