Conselho Executivo de escolas Santo Onofre pode ser destituído
O Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) questionou hoje a legalidade da decisão do Ministério da Educação que, alegadamente, se prepara para destituir o Conselho Executivo (CE) do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha, e substituí-lo por uma comissão administrativa provisória.
Uma intervenção que classifica como “brutal” e que se prende com o facto de nenhum dos 180 professores e educadores do agrupamento se ter candidatado a representar os colegas no Conselho Geral Transitório, um órgão que, de acordo com o novo modelo de gestão, tinha até ao dia de hoje para espoletar o processo de escolha do director.
“A lei diz que se justifica a criação de uma Comissão Administrativa Provisória se até ao dia 31 de Março o Conselho Geral Transitório não tiver espoletado o processo, se não houver candidatos a director ou se estes não preencherem os requisitos. Mas é omissa em relação ao que aqui se passa: e se não houver Conselho Geral Transitório?”, questionou hoje, em declarações ao PÚBLICO, a presidente do Conselho Executivo daquele agrupamento, Lina Soares de Carvalho.
Segundo assegura, “a lei foi rigorosamente cumprida”. O que se verificou, explica, é que de acordo com o novo modelo de gestão os directores são escolhidos pelos conselhos gerais que, por sua vez, são formados por representantes do pessoal docente e não docente, dos pais, do município e da comunidade local; e, naquele agrupamento, nem nos dois actos eleitorais convocados para o efeito nem, posteriormente, em duas reuniões gerais sobre o mesmo assunto os professores se disponibilizaram para apresentar qualquer lista.
Fundamentos jurídicos
“O que é que poderíamos ter feito? Obrigar os professores a formarem lista? De que é que nos poderão acusar para nos destituir? Estamos muito interessados em ver os fundamentos jurídicos de tal decisão, a verificar-se”, insistiu a presidente do CE, lembrando que aquele órgão foi eleito e que o mandato que só termina no final do próximo ano lectivo.
Apesar de não ter sido oficialmente informada da situação denunciada pelo SPGL, Lina Soares de Carvalho diz ter “sinais inequívocos de que ela corresponde à verdade”. “Uma educadora de infância do agrupamento informou o CE de que aceitara fazer parte da futura comissão administrativa; e a vice-presidente foi convidada a fazer parte dessa estrutura pela pessoa que, alegadamente, a vai presidir”, exemplificou.
Ao PÚBLICO, o assessor de imprensa do Ministério da Educação, Rui Nunes,afirmou que a situação de Santo Onofre “está em análise” e assegurou que “o agrupamento não vai ficar sem direcção”. Disse, ainda, não possuir dados concretos sobre o cumprimento dos prazos nas escolas e agrupamentos do país, na medida em que só hoje termina aquele que é concedido para o início do processo de escolha dos directores.
Num parecer produzido a pedido de um grupo de professores que contestam este novo modelo de gestão das escolas, o advogado Garcia Pereira considera que ele atenta contra “o pluralismo organizativo, os princípios da separação e interdependência de poderes” e a “garantia de participação dos administrados”, estipulados na Constituição. Trata-se ainda, escreve o advogado, de uma “verdadeira subversão” do regime instituído pela Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pelo parlamento: procura-se “substituir as linhas essenciais de um sistema de gestão democrática e participativa” por um “sistema de gestão unipessoal, autoritário e centralista”.
Para além da gestão das escolas, os directores terão como responsabilidade nomear todos os coordenadores de escola e de departamento, que antes eram eleitos pelos seus colegas (Graça Barbosa Ribeiro).
Desculpem sublinhar a passagem que ilustra uma das vantagens e/ou utilidades do parecer solicitado. E mais se notará quando for abordada a questão da interrupção dos mandatos dos PCE democraticamente eleitos. Algo que ficará disponível em meados de Abril, para recomeça do 3º período.
Março 31, 2009 at 11:06 pm
Bingo, Paulo!
Março 31, 2009 at 11:11 pm
Pode ser a gota de água, a realização da “legislação” leva à asneira prática.
Março 31, 2009 at 11:12 pm
Pode ser a gota de água, sim..
Março 31, 2009 at 11:13 pm
Faltava “tratar” desta frente.
Mas, o que irão fazer a “educadora de infância” e a “vice-presidente” convidadas para gerir a coisa?
Março 31, 2009 at 11:14 pm
Como disse no post anterior, tanto simbolismo associado às Caldas da Rainha…
What if…???
Março 31, 2009 at 11:18 pm
What if…..se é desta que o ME se vai mesmo meter numa alhada?
Março 31, 2009 at 11:27 pm
Fora de contexto ou talvez não (isto anda tudo ligado…):
Lembram-se da “morte súbita”?
Como diz o outro: “A teia em torno do freeport é tão grande que os senhores já se apagam em plena reunião”
14 Março 2009 – 00h30
Morte súbita em reunião
Magistrado morre no Eurojust
António Santos Alves, o procurador do Ministério Público no Eurojust, morreu anteontem de manhã, depois de uma paragem cardíaca. O magistrado terá sido vítima de morte súbita durante uma reunião do Eurojust.
O procurador era o nº 2 do organismo que tutelava as investigações conjuntas no caso Freeport. O magistrado é referido como um dos participantes da reunião de Haia em que os investigadores ingleses levantaram suspeitas sobre José Sócrates.
Era inspector-geral do Ambiente em 2002, quando a construção do outlet foi viabilizada pelo Ministério do Ambiente, então tutelado por Sócrates. Foi este, como ministro do Ambiente, que o nomeou para o cargo de inspector-geral em Dezembro de 2000.
Manteve-se até Agosto de 2002, já Durão Barroso era primeiro-ministro. Foi substituído no cargo pelo chefe de gabinete de Sócrates no Ambiente, Filipe Baptista, actual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.
Antes de integrar o Eurojust, em 2004, Santos Alves foi assessor da representação portuguesa em Bruxelas para a área do Ambiente, onde também figurava Lopes da Mota,o juiz que é agora o nº 1 do Eurojust.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=F7A45E63-2A4B-42C2-AD8E-5C9F6A152244&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
SABEM QUE É O SR. LOPES DA MOTA, O JUIZ QUE É AGORA O N.1 DO EUROJUST?
Freeport: PGR vai ouvir Lopes da Mota sobre eventual pressão
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, convocou o presidente do Eurojust, Lopes da Mota, para uma reunião urgente por suspeitas de que possa ter pressionado os magistrados responsáveis pelo Caso Freeport, noticia a edição online da revista sábado.
Segundo a revista, Lopes da Mota, que tem a cargo a articulação com a investigação paralela que decorre no Reino Unido, é o magistrado a que o PGR faz referência no comunicado hoje emitido.
Em declarações à edição online da Sábado, Pinto Monteiro afirma que «ontem, durante uma reunião na Procuradoria, os procuradores do inquérito fizeram-me referência que um colega tinha tido uma conversa com eles ao almoço que podia ser interpretada como pressão».
«Quero ver se não se tratou de uma brincadeira estúpida ou se foi algo mais», acrescenta Pinto Monteiro.
Caso se justifique, Pinto Monteiro assegura que será instaurado um processo disciplinar.
Lopes da Mota foi secretário de Estado da Justiça no Governo liderado por António Guterres, numa altura em que o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era responsável pela pasta do Ambiente.
O presidente do Eurojust disse à Sábado que «é evidente que estamos sempre em contacto com os colegas, mas isso é um absurdo».
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=380702
SABEM QUE É O SR. LOPES DA MOTA, O JUIZ QUE É AGORA O N.1 DO EUROJUST? – PARTE 2
O SR. QUE “AJUDOU” A FÁTIMA FELGUEIRAS A FUGIR PARA O BRASIL
Sobretudo devido ao caso Casa Pia, em 2005, depois do regresso do PS ao poder nas legislativas desse ano, a substituição de Souto de Moura no cargo de procurador-geral da República figurava entre as prioridades da direcção socialista. Lopes da Mota chegou a ser um dos nomes falados para substituir o PGR, mas na altura foram tornadas públicas suspeitas de que teria fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia anónima sobre o “saco azul” socialista. O inquérito aberto pelo procurador-geral Souto de Moura foi arquivado por falta de qualquer tipo de provas nesse sentido. Na década de 80, tinha sido procurador em Felgueiras.
http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=2708&id=1365180
Março 31, 2009 at 11:28 pm
Já enviei a notícia aos políticos da minha lista de distribuição!
Disse-lhes que, em última análise, é a própria Democracia que está em causa! 🙂
(os do e-PS devem estar a rebolar de tanto rir)
Março 31, 2009 at 11:29 pm
O FASCISMO ESTÁ INSTALADO: ASSASSINATOS, ASSALTOS,… NÃO ABRAM OS OLHOS QUE NÃO É PRECISO!
Março 31, 2009 at 11:30 pm
Assaltado escritório da advogada de Zeferino Boal
por LusaOntem
O escritório da advogada de Zeferino Boal, alegado autor da carta anónima que desencadeou o caso Freeport, foi esta madrugada assaltado, tendo sido roubado o computador portátil com documentos do processo, disse à Lusa Ana Santinho.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1186552
Março 31, 2009 at 11:31 pm
Algumas personalidades da política portuguesa muito conceituadas estão metidas em enormes alhadas e confusões. Há até inquéritos parlamentares, mentiras ditas e reditas, há indícios de corrupção, etc. etc. etc… …
Alguém se importa?
Nem um sinal de vergonha, ou de indignação perante factos que mostram que estamos num período de insustentável fraqueza das instituições democráticas!
O que a malta quer é discutir futebol!
Tudo o resto, não interessa nada.
Março 31, 2009 at 11:33 pm
symbol haha = b0
crise:
if haha = 0 then ciclo
pause 0
goto crise
ciclo:
pause 0
goto crise
Março 31, 2009 at 11:34 pm
Terça-feira, 31 de Março de 2009
Finalmente um nome
As pressões sobre as investigações do caso Freeport já têm um nome: José Lopes da Mota. E admito que não fiquei surpreendido. Segundo o Público, “os procuradores que investigam o caso Freeport explicaram ontem ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que as pressões para arquivarem o processo partiram do procurador-geral adjunto Lopes da Mota, que preside actualmente ao Eurojust, e que foi secretário de Estado da Justiça no consulado de António Guterres”.
Há uns tempos, o Público (este artigo é fundamental para perceber as várias relações que se estabelecem nesta investigação) também noticiava que “Lopes da Mota chegou a ser um dos nomes falados para substituir o PGR, mas na altura foram tornadas públicas suspeitas de que teria fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia anónima sobre o “saco azul” socialista. O inquérito aberto pelo procurador-geral Souto de Moura foi arquivado por falta de qualquer tipo de provas nesse sentido. Na década de 80, tinha sido procurador em Felgueiras.”
Este é um caso que terá de ser completamente esclarecido, sob pena de colocar em cheque a credibilidade da justiça portuguesa. Mais um!
http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2009/03/finalmente-um-nome.html
Março 31, 2009 at 11:36 pm
http://joshuaquim7.blogspot.com/2009/03/mais-fuel-para-um-alarme-agravado.html
Março 31, 2009 at 11:37 pm
‘Tá quieto: fica tudo assim… impune… esquecido… mais uma “campanha negra” contra o “Coitadinho”… e nova maioria absoluta… e… ADEUS PORTUGAL!
Março 31, 2009 at 11:38 pm
Terça-feira, 31 de Março de 2009
A mulher de César…
Mas se Lopes da Costa não fosse quem é, alguém estaria hoje a insinuar que a Justiça está a ser instrumentalizada? Se Lopes da Costa não fosse amigo de Sócrates, ex-secretário de Estado de Guterres, ex-acusado de passar informação judicial a Fátima Felgueiras e nomeado por Sócrates para o Eurojust, alguém estaria aqui a falar de pressões? Mas sendo tudo isso e sendo competente e isento, não teria sido prudente não ir almoçar com os Magistrados do Freeport? E tendo almoçado, não teria sido prudente não “gracejar” sobre o assunto, como agora se quer fazer crer?
http://aoutravarinhamagica.blogspot.com/2009/03/mulher-de-cesar.html
Março 31, 2009 at 11:38 pm
Pois é: tiro bem num dos alvos (é que há, infelizmente, mais do que um).
Março 31, 2009 at 11:39 pm
SABES DE MAIS? SABES OS PODRES DO TIPO? TOMA LÁ UMA “MORTE SÚBITA”: É LIMPINHA E SEM ESPINHAS!
Março 31, 2009 at 11:39 pm
O PLANO está em marcha… inexorável…
Março 31, 2009 at 11:40 pm
O PLANO está em marcha… inexorável…
Março 31, 2009 at 11:41 pm
VOCÊS NÃO ESTÃO FARTOS?
Educação
Sócrates diz que ministra fez bem em “nunca ceder”
Ontem
O primeiro-ministro, José Sócrates, elogiou hoje o trabalho da ministra da Educação, considerando que Maria de Lurdes Rodrigues “fez bem em nunca ceder” apesar das dificuldades e obstáculos que encontrou.
“Fizémos bem em não desistir, a senhora ministra fez bem em nunca ceder”, afirmou José Sócrates, em Mafra, na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a autarquia e o ministério da Educação para a recuperação de uma escola de segundo e terceiro ciclo.
Recordando as reformas feitas na antiga escola primária ao longo dos últimos quatro anos, como o alargamento do horário de funcionamento até as 17:30 ou encerramento dos estabelecimentos com menos de 10 alunos, o primeiro-ministro considerou que “tudo mudou”.
“Mudámos tudo na escola do primeiro ciclo”, congratulou-se, lembrando a satisfação com que leu “o relatório feito pelos melhores peritos da OCDE” sobre a reforma “ambiciosa” que o executivo levou cabo.
Por isso, acrescentou, apesar de ser difícil ultrapassar os obstáculos que se vão colocando no caminho, “apesar da veborreia sobre tudo o que se fez, a reforma vai avançando”.
“Sei que às vezes apetece desistir, sei como é difícil ultrapassar obstáculos quando se quer mudar alguma coisa”, declarou, apontando a polémica sobre as aulas de substituição, “que até provocou uma greve ao exames”, como um exemplo de uma matéria em que a ministra da Educação fez bem em não desistir.
Na sua intervenção José Sócrates deixou ainda uma nota sobre os dados tornados públicos na segunda-feita acerca da diminuição do número de faltas, considerando-o “um progresso absolutamente extraordinário”, resultado das alterações introduzidas no estatuto do aluno, dando mais poder disciplinar aos professores e criando condições para os alunos faltarem menos.
“No terceiro ciclo do básico e no secundário, os alunos no primeiro trimestre deste ano faltaram menos 22 por cento do que no ano anterior”, assinalou, observando ainda que hoje, os alunos destes níveis de ensino dão metade das faltas das registadas há dois anos.
José Sócrates deixou ainda elogios ao presidente da Câmara de Mafra, o social-democrata Ministro dos Santos, sublinhando que o Governo não olha para o lado para não ver o que se passa no concelho apenas porque é de uma cor política diferente.
“É isto que chamo um trabalho bem feito”, declarou.
Ainda antes, Ministro do Santos também não poupou elogios à “nova forma de pensar a Educação” desenvolvida pelo Governo, incentivando José Sócrates a não desanimar.
“Não desanime. Hoje viu-o com um ar um pouco cansado, preocupado certamente. Mas, a república independente de Mafra reitera o desejo de boas-vindas”, disse.
Antes da cerimónia de assinatura do protocolo entre a Câmara de Mafra e o ministério da Educação, o primeiro-ministro e Maria de Lurdes Rodrigues visitaram uma das novas escolas do concelho, a básica do primeiro ciclo da Ericeira, inaugurada em Setembro, e as obras da nova escola básica do primeiro ciclo de Mafra.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1186716
Março 31, 2009 at 11:42 pm
Claro que a Ministra fez tudo bem…
Março 31, 2009 at 11:44 pm
O agrupamento não vai ficar sem direcção mas vai ficar sem norte. Há-de haver sempre quem se disponha a tudo! Quem será a “heroína” que se propõe dirigir os destinos deste agrupamento com tanta história? Uma girl not for the job but for the show! Show must go on!
Março 31, 2009 at 11:45 pm
A grande reforma por fazer em Portugal é a da justiça.
Muitos criticam hoje os “saneamentos” do pós-25 de Abril, mas eu lamento que não tenha havido na altura uma boa varredela no sistema judicial, a começar pelos bonzos que fizeram carreira nos tribunais plenários.
Com estes juízes – sobretudo com estes procuradores – não vamos longe!
Março 31, 2009 at 11:46 pm
Por incrível que pareça, há sempre “heróis” e “heroínas” que gostam de “mamar” neste/deste ME:
Eu não!
Março 31, 2009 at 11:47 pm
Março 31, 2009 at 11:49 pm
Volto a repetir:
assassinatos, roubos, ameaças de morte, pressões
Março 31, 2009 at 11:49 pm
O ME tem que fundamentar a coisa, por escrito, da destituição de um C.E.
Apresentar as razões, fundamentadamente.
Se não o fizer, pode ser obrigado a tal.
Até pelo bom nome dos profissionais envolvidos, por exemplo.
Esta via, não serve:
“A lei diz que se justifica a criação de uma Comissão Administrativa Provisória se até ao dia 31 de Março o Conselho Geral Transitório não tiver espoletado o processo, se não houver candidatos a director ou se estes não preencherem os requisitos. Mas é omissa em relação ao que aqui se passa: e se não houver Conselho Geral Transitório?”, questionou hoje, em declarações ao PÚBLICO, a presidente do Conselho Executivo daquele agrupamento, Lina Soares de Carvalho.
Março 31, 2009 at 11:49 pm
O Pinóquio é um capo mafioso
Abril 1, 2009 at 12:54 am
Quarta-feira, 1 de Abril de 2009
Quanto tempo Sócrates pode ficar calado sobre o Freeport?
Ouvi há pouco António José Teixeira dizer na SIC que ficaria bem a Sócrates pedir para ser ouvido no processo Freeport. Mas haverá alguma Estado de Direito em que o Primeiro Ministro, nesta situação, não se tivesse já sentido na obrigação de mostrar as suas contas bancárias ou não tivesse pedido, de imediato, para ser constituído como assistente no processo? E, para não irmos muito longe, não terá Cavaco Silva, quando estourou o caso BPN, dado o exemplo ao tornar pública, de imediato, a relação das suas contas bancárias? Porque não ouvimos ainda Sócrates dizer que não tem contas off-shore ou que a sua família não movimentou misteriosamente dezenas ou centenas de milhões de euros por contas off-shore logo depois de ter deixado de ser Ministro? Porque, perante o “esquecimento” de quatro anos sem apresentar a obrigatória declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional (no mesmo período), Sócrates não os publicou de imediato? Se tudo são apenas insinuações caluniosas, porque não desmente José Sócrates as notícias da TVI, do Público, do Sol…? Porque não temos conhecimento, sequer, de processos judiciais contra jornalistas?
Todas estas perguntas terão respostas (ou não) no dia em que o Primeiro-Ministro tiver que dar uma entrevista. E quando a dará? Quando foi alvo de acusações públicas acerca da sua licenciatura, Sócrates dispôs-se a responder a perguntas, porque um Primeiro-Ministro não pode viver calado. Agora, perante o estranho constrangimento da classe política e da Justiça em questionar Sócrates, quanto tempo mais a imprensa vai sustentar que o Primeiro-Ministro de Portugal continue calado? E os portugueses, quanto tempo mais aceitarão não ter o direito de o ouvir?
São questões que se juntam a estas outras de Mário Crespo, no JN.
http://aoutravarinhamagica.blogspot.com/2009/04/quanto-tempo-socrates-pode-ficar-calado.html
Abril 1, 2009 at 12:54 am
#29
Nem isso.
Abril 1, 2009 at 1:00 am
SANTOS O FASCISTA SILVA NO SEU MELHOR
Nova ida a Belém é por motivo grave
00h30m
NELSON MORAIS
“Se fosse para dizer generalidades, a direcção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público [SMMP] ia pedir uma nova audiência ao presidente da República, depois de se ter reunido com ele no dia 13 [de Março]?”.
A questão é de um magistrado sindicalizado e procura sublinhar que o recém-eleito presidente do SMMP, João Palma, quer fazer denúncias muito graves a Cavaco Silva, acerca de alegadas pressões sobre os titulares do inquérito Freeport.
A Direcção do SMMP reuniu–se com Cavaco, há duas semanas, e o tema da conversa também foi o Freeport. A reunião seguiu-se a uma série de notícias que referiam supostas escutas e processos sobre os magistrados do Freeport. Segundo o presidente cessante do sindicato, António Cluny, o objectivo era “condicionar a acção dos magistrados e de todos os cidadãos que quisessem colaborar com a Justiça”.
“Agora, estamos num plano eventualmente mais grave”, comentou ontem um magistrado, acerca das razões da nova audiência.
Outro procurador, que também pediu anonimato, defendeu que João Palma não pode identificar em público a origem das pressões. Falou genericamente nelas para inibir quem as faz, argumentou.
O Governo contesta. “O presidente do SMMP tem de dizer quais as pressões a que se refere, em que é que consistem, sobre quem se exercem e sobretudo quem as exerce ou tenta exercê-las”, desafiou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.
Para Santos Silva, as declarações de João Palma presidente SMMP, são “gravíssimas” e enquanto cidadão, dirigente e ministro entende que o magistrado “tem que dizer que pressões são, sobre quem são feitas e quem as exerce”, isto porque “o facto de alguém dizer que há pressões não quer dizer que elas existam”.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1187319
Abril 1, 2009 at 1:03 am
O caso Freeport (agora em versão áudio)
por JOÃO MIGUEL TAVARESOntem12 comentários
Oque os nossos ouvidos escutaram na sexta-feira à noite na TVI não é nada que os nossos olhos não tivessem já lido nos jornais há várias semanas, mas ouvir aquelas declarações da boca de Charles Smith tem uma vantagem preciosa: a de tornar claríssimo que o caso Freeport não pode ser reduzido a uma mera campanha conspirativa, e que aquilo que está em causa – por muito que custe a José Sócrates e aos seus fiéis ministros – seria notícia de primeira página em qualquer lugar do mundo.
Significa isto que Sócrates é culpado? Não. Significa que o cruzamento do DVD com a data de aprovação do empreendimento e com os contactos entre Smith e a família do primeiro-ministro levantam suspeitas dignas de investigação e de notícia. É possível que Charles Smith tenha atirado culpas para cima de Sócrates para justificar dinheiro que lhe entrou directamente no bolso. E também é possível que as dúvidas sobre o processo levantadas por Marinho Pinto tenham toda a razão de ser. O que não é possível é fingir que nada de relevante se passou, ou carimbar o caso Freeport como “campanha negra” e aguardar serenamente o curso da justiça. Tanto mais que o curso da justiça, em Portugal, é mais ziguezagueante do que a descida das Penhas Douradas para Manteigas.
O caso Freeport já produziu pelo menos dois efeitos colaterais tão graves quanto saber se o primeiro-ministro é ou não corrupto. O primeiro tem a ver com a forma como certa comunicação social, com destaque para o jornal de sexta-feira da TVI, está a ser transformada numa espécie de eixo do mal mediático pelo gabinete de José Sócrates – para além de numerosas entrevistas trauliteiras, há que acrescentar tomadas de posição muito duvidosas por parte da ERC e a ameaça de queixas por difamação interpostas por Proença de Carvalho. O segundo é a denúncia, absolutamente espantosa, do novo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, que logo na sua primeira intervenção pública declarou existirem pressões que atingem “níveis incomportáveis” sobre quem está a investigar o caso.
Ora, isto tudo junto, já não é apenas grave – é um filme de terror, que consegue, de uma única penada, abalar as estruturas do poder político, do poder judicial e dos próprios media, três dos principais sustentáculos de qualquer regime democrático. É dever de cada um desses poderes vigiar os outros, num equilíbrio sensível que é a base do sistema em que vivemos. Ver a forma como a trapalhada Freeport consegue o prodígio de lançar lama sobre todos eles diz bem da gravidade do que está em causa. Depois de infindáveis paninhos quentes, Manuela Ferreira Leite afirmou que é fundamental o rápido esclarecimento deste assunto, “para bem do sistema judicial e para bem da democracia”. E por uma vez, a senhora tem toda a razão.
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1186383&seccao=Jo%E3o%20Miguel%20Tavares&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
Abril 1, 2009 at 1:06 am
Existe malta que a ameaças de morte chamam brincadeiras estúpidas…
Abril 1, 2009 at 1:07 am
[…] O PGR admite porém à Sábado que tudo possa não passar de «uma brincadeira estúpida». Da reunião com o presidente do Eurojust sairá a decisão de Pinto Monteiro sobre a responsabilidade do magistrado. Lopes da Mota faz a ligação entre os titulares do inquérito do caso Freeport, Vítor Magalhães e Paes Faria, e as autoridades inglesas. […]
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=130795
Abril 1, 2009 at 1:32 am
Paulo,
Não preciso de esperar pelo parecer do Garcia Pereira para saber o que se vai passar com os CE’s que interromperem o seu mandato pela eleição do director.
O ministério (Pedreira ou Lemos, pois que isso de batalha com a comunicação social é para os “soldados rasos”) vão alegar um artigo qualquer numa lei qualquer (se forem capazes de tal coisa, que não tem sido o caso nos últimos tempos) que …
vão-lhes faltar os argumentos…
E os ce’s com perda de mandato vão alegar o pagamento das onerações até ao término do seu mandato de eleição…
… o Ministério diz que não tem de pagar nada, até vem o Sócas em defesa da ministra.
…depois vem a fenprof, mete uma providência cautelar, faz umas minutas para os ce’s receberem as onerações a que têm direito, o Ministério recorre, depois espera-se por umas decisões dos tribunais (pelos vistos em número de 5) que dão razão ao sindicato e… PIMBA
Já TÁ.
Abril 1, 2009 at 1:34 am
Não foi com uma brincadeira que o Charrua foi recambiado para a sua escola?
Sentido errado do humor…
Abril 1, 2009 at 1:47 am
Até já tenho vergonha de dizer que sou educadora pois, não tenho nada em comum com estas, que têm vindo a lume, nestes últimos tempos.
Agora, é que eu não fazia uma lista para o CGT, quer o ME quisesse quer não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A nossa democracia virou ditadura, e de que maneira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Abril 1, 2009 at 2:00 am
#36 … conclusão … fica tudo como o ME quer…
a lei nao pune politicos nem milionarios
Abril 1, 2009 at 2:56 am
A intimidação, o medo, a desconfiança, o individualismo e o oportunismo tomaram conta dos docentes e uma núvem negra paira em todas as escolas deste País.
Atingiu-se o limite máximo do tolerável. Não há lei, vive-se à margem do Estado de Direito nas escolas onde se deveria ensinar aos mais novos valores como a democracia,a tolerância, a solidariedade e a ética.
Como podem os professores ser portadores destes valores aos mais novos quando se comportam como autênticos vilões uns para com os outros?
Assiste-se ao salve-se quem puder, na ânsia do protagonismo bacoco, dos pequenos poderes, dos jogos de interesses mesquinhos.
Pessoas que pareciam afáveis transformaram-se em pequenos ditadores. Pessoas que prometiam solidariedade faltaram à palavra dada em troca de um “furo” que lhe permita respirar à tona da água. Mas ninguém percebeu que todos os dias morre-se pouco a pouco.
Não existe escola, porque não existe ambiente para trabalhar. Existe sim um bando de professores desconfiados, deprimidos, e a cada dia que passa, ir à escola é cada vez uma rotina mais penosa.
Temos de acordar deste pesadelo.
Abril 1, 2009 at 3:26 am
Só quero dizer isto: abençoados dias que teremos para aliviar a cabeça e a alma deste “desatino” da escola. Arre,que desgaste! Uma pessoa fica meio tolinha com tanto papel na escola e completamente desiludida com tanta corrupção e vigarice. Como se pode dormir descansado???? Eu cá durmo pouco mas durmo perfeitamente relaxadinha. Boas férias para ????
Ainda nos “encomendaram” mais uns dossiês para reorganizar mas tudo se faz. O mais importante era um regresso a alguma normalidade. Será possível dt de 2 oou 3 anos? Tou descrente.
Abril 1, 2009 at 9:57 am
A verificar-se esta situação proponho, desde já, uma deslocação a Santo Onofre para assistirmos à Cerimónia…
Eu levarei as comendas.
Abril 1, 2009 at 10:12 am
“Desculpem sublinhar a passagem que ilustra uma das vantagens e/ou utilidades do parecer solicitado. E mais se notará quando for abordada a questão da interrupção dos mandatos dos PCE democraticamente eleitos. Algo que ficará disponível em meados de Abril, para recomeça do 3º período.”
Na próxima legislatura a LBSE será modificada para poder acomodar o alargamento da secolaridade obrigatória, entre outros aspectos, e nessa altura é de prever que o articulado referente à eleição da direcção das escolas se conjuge para integrar o actual modelo.
É preciso não esquecer que o PSD, pelo menos desde os tempos de Durão Barroso e Marques Mendes, tem defendido uma liderança unipessoal para as escolas que até contemplava a escolha de não professores (o discurso da necessidade de gestores à frente das escolas). Nessa altura altura o parecer do Dr. Garcia Pereira não terá grande utilidade.
Abril 1, 2009 at 11:36 am
#43,
Leve a bicicleta.
Claro que os actos ilegais cometidos até lá serão validados retroactivamente.
O interessante é que o Kafkazul está sempre mais preocupado em demonstrar a invalidade das minhas opiniões e actos do que o tema dos posts.
Abril 1, 2009 at 11:46 am
Tendo em conta a crise financeira e posterior crise economica, penso que a conversa ds necessidade de gestores anda um bocado em baixo.
De qualquer modo, verdade seja que vai haver por ai muito gestor desocupado a precisar de emprego.
Abril 1, 2009 at 11:48 am
Kafkazul significa judeu do porto…
Abril 1, 2009 at 1:19 pm
ATENTOS,PORTUGUESES!NUM REGIME ANTI-DEMOCRÁTICO;OS PROFESSORES SÃO DAS PRIMEIRAS CLASSES A SER ABATIDAS…
ONDE ESTÁ A UNIDADE DE QUE DEMOS PROVAS,AINDA HÁ MESES??????????
Abril 1, 2009 at 2:15 pm
Dia das mentiras?
Os investigadores do caso Freeport receberam ontem luz verde do Procurador-geral da República para investigar José Sócrates e, caso entendam, as suas contas bancárias ou fluxos financeiros a elas associadas.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=2D0C4A01-C6C3-42F3-975B-FF6BAB100E7F&contentid=A0E83B33-E34B-4B71-A60D-1D782571509D
Lopes da Costa reúne-se com PGR
http://www.correiodamanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=A796204A-745E-486A-B3DB-9F8AA7117782
Abril 1, 2009 at 2:18 pm
Não acredito. É só para apaziguar os ânimos, e fingir que se faz…
E, claro, têm a desculpa de ser dia 1 de abril.
Abril 1, 2009 at 2:23 pm
O tema do post foi desaguando em delta e já se vai perdendo o braço principal. Afinal, organizamo-nos para uma vigília frente ao agrupamento de Santo Onofre, ou vamos para férias cantando e rindo?
Abril 1, 2009 at 2:25 pm
A minha proposta está feita:
A verificar-se a situação proponho, desde já, uma deslocação a Santo Onofre para assistirmos à Cerimónia…
Eu levarei as comendas e o Estandarte da Ordem…
Irei no meu jeep topo de gama pelo que poderei levar nos meus bancos de pele e em ar condicionado com o filtro dos pólens ligado, mais 6 Titulares ou 9 outros.
Abril 1, 2009 at 3:24 pm
#50
Disponível!
Abril 1, 2009 at 10:35 pm
Abril 1, 2009 at 10:35 pm
Abril 1, 2009 at 10:36 pm
Abril 1, 2009 at 10:36 pm
Abril 1, 2009 at 10:43 pm
Disponível!
Abril 1, 2009 at 10:52 pm
Disponível mas só com boleia para ir
Abril 1, 2009 at 10:53 pm
“para ir e vir”
Abril 1, 2009 at 11:43 pm
Movimentos solidários
Desde a noite de ontem que os movimentos de professores independentes dos sindicatos estão a reagir às notícias da eventual destituição do CE. No seu blogue, o MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores) apela a que, “no país, se gere uma corrente de apoio e de solidariedade para com os colegas” daquele agrupamento “que possa, ao mesmo tempo, contribuir para que seja respeitada a democracia em todos os locais onde ela deve começar por ser ensinada: as escolas” (mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com).
Já a APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino) classifica a situação como “mais um escândalo que devia agitar a consciência de todos os colegas que colocam o sentido da decência acima de quaisquer considerações pessoais” e diz-se “confiante” em que os professores Santo Onofre, “bem como os de outras escolas que possam estar na mira do Ministério, não se deixarão manietar pelos comissários políticos que o Ministério pretende instalar nelas” (http://apede.blogspot.com).
Também o movimento Promova, no seu blogue, manifesta total solidariedade para com “a resistência dos colegas” e repudia “a captura anti-democrática do agrupamento”, enaltecendo “a lição de democracia que os colegas das Caldas da Rainha estão a dar”. “A partir de agora, todos os professores do país que prezam os valores democráticos e que não alienam o seu sentido de dignidade e de auto-respeito considerar-se-ão professores do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre”, pode ler-se no blogue deste movimento (http://movimentopromova.blogspot.com).
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1371990
Abril 2, 2009 at 1:23 am
Para os mais distraídos esta era uma solução para bloquear o processo de avaliação. Mas por imposição e manipulação dos órgãos de gestão os professores foram empurrados para a eleição do conselho geral transitório. Salve as escolas que seguiram este processo.
Julho 10, 2009 at 3:48 pm
Ups, acho que ando fora do contexto.