O texto de Desidério Murcho no Público de hoje (caderno P2). Que termina (e culmina) assim:
Um dia, encararemos com assombro a ideia de haver um Ministério da Educação. O caminho para isso é tirar cada vez mais poderes ao actual ministério, devolvendo-os aos professores.
Nem mais. O problema é que querem dá-los aos senhores vereadores e presidente de câmara do caciquismo local. E aos pais albinos.
Julho 8, 2008 at 11:04 am
Publicação: 02-03-2006 18:52
Henrique Medina Carreira é o convidado desta quinta-feira
Negócios da Semana
Quinta-feira, 23h00 SIC Notícias
Julho 8, 2008 at 11:21 am
Excelente, sem dúvida.
O problema é: o que se faz com toda a máquina montada, ME e sindicatos? Para a mobilidade especial? Eles não deixam que isso aconteça.
Por outro lado, como muito bem diz o texto, não interessa ao status quo ter um povo instruído e culto. ´Torna-se muito perigoso para os poderes instalados… Interessa dar “sopas e vinho”, “dividir para reinar…” Está tudo montado para que assim seja…e continue… até um dia que já ninguém consiga aguentar mais aquelas figuras tristes do Expresso e … vá para a rua… Já estivemos mais longe de isso acontecer… O Medina Carreira já fez um aviso à navegação… (foi bem bem no fim da entrevista, mas está registado para quem quiser tirar as dúvidas…)
Julho 8, 2008 at 11:34 am
Vale a pena ler alguns dos artigos escritos no blog http://dererummundi.blogspot.com/ onde o Desidério Murcho também escreve:
http://dererummundi.blogspot.com/2008/07/criatura.html
http://dererummundi.blogspot.com/2008/07/um-diploma-para-todos-um-diploma-para.html
http://dererummundi.blogspot.com/2008/07/exames-e-mentira-poltica.html
etc.
Existem por lá textos que, na minha opinião, acertam em cheio no alvo.
.
Julho 8, 2008 at 11:41 am
Excertos do Prós e Contras, sobre professores, alunos e ensino:
http://www.moteparamotim.blogspot.com/
Julho 8, 2008 at 11:42 am
Desidério Murcho, que até é Filósofo, deveria ter mais reservas na apologia ao ensino privado. O ensino está longe de ser uma actividade com grande interesse lucrativo, a não ser que… dependa de subsídios do Estado. Tanta sanha contra os funcionários públicos… haja decoro. Com as devidas adaptacões, poderia igualmente defender a substituição do serviço de defesa nacional por mercenários a contrato.
Julho 8, 2008 at 11:53 am
Que mais vem aí? Que mais nos vai acontecer?
Querem acabar com os quadros de escola!!!!!
Abram bem os olhos agora porque depois pode ser tarde demais!!!!
Está previsto para o concurso de 2009, segundo informação da Fenprof:
“A transformação dos actuais quadros de escola em quadros de agrupamento ou de escola não agrupada;
A progressiva extinção dos actuais quadros de zona pedagógica por colocação dos docentes em quadros de agrupamento ou de escola não agrupada;
A alteração aos factores que determinam a graduação para concurso com a introdução do factor “avaliação de desempenho”.
Numa primeira análise, a FENPROF considera que a transformação dos actuais quadros de escola em quadros de agrupamento ou de escola não agrupada significa a instabilidade dos professores desses quadros no que respeita ao local de trabalho que verão alargar-se da escola a cujo quadro pertencem, para o conjunto de escolas que compõem o agrupamento que, por vezes, coincide com um concelho.
Por outro lado, a introdução do factor avaliação de desempenho na determinação da graduação em concurso merece a discordância da FENPROF.”
Julho 8, 2008 at 11:53 am
Ontem, ao chegar a casa, tinha na caixa do correio um envelope (q n abri pq n me era dirigido: era a useira e vezeira publicidade em massa que me atafulha a caixa do correio e que eu deito sempre fora sem abrir, excepto este, que guardarei apesar de n o ir abrir…) que dizia:
“NOVAS OPORTUNIDADES
Aprender compensa
O distrito de Lisboa está cheio de novas oportunidades para os seus filhos
Descubra-as aqui dentro”
Remetentes:
Ministério do Trabalho (dirigido por um prof do ISCTE)
Ministério da Educação (ainda dirigido por uma prof do ISCTE)
Isto é indecente, isto é campanha eleitoral feita com o dinheiro dos contribuintes, isto não pode continuar.
Julho 8, 2008 at 12:16 pm
Por acaso também colei este artigo no meu blogue. No entanto, há nele uma comparação que me desagrada.
«Hoje não precisamos mais de ensino público para ter bom ensino universal, tal como não precisamos de ter um serviço telefónico público para ter bons serviços telefónicos.»
1. Esta comparação – esta semi-metáfora – mostra bem que o autor pensou pouco sobre o que é a educação. Os sistemas de instrução pública estão intmamente ligados ao problema da soberania popular (cf. Condorcet). Há uma especificidade própria do bem fornecido pela instrução pública que não é analogável ao bem fornecido pelas companhias de telefone. Esse bem é a soberania política. Eu diria mesmo e de forma radical que a instrução pública não é um direito, mas uma condição de possibilidade (um transcendental) do exercício dos direitos, ao instaurar nas novs gerações o desejo de soberania. O laço entre estado e instrução é inapagável, enquanto nos movermos em Estados-Nação.
2. Curioso que a aparente defesa da liberdade termine num ataque à liberdade que até os «estatistas» reconhecem. O autor acha que o Estado se deve desligar da função educativa. Deve dar lugar às escolas privadas. Mas depois deve ser legislador inteligente para obrigar até as escolas mais ricas a aceitarem os pobres. Hoje ainda se reconhece o direito de receber numa instituição privada quem os proprietários desejam, mas no mundo liberal da educação nem essa pequena liberdade é permitida. Esta deriva autoritária só se explica pela não compreensão da conexão entre educação e política, entre Estado e Escola.
O texto não distingue uma coisa essencial: governo e Estado. A instrução pública está ligada ao Estado. O problema é o da “colonização” do Estado pelos governantes. A saída não é a escola privada, mas o repensar do estatuto da instrução pública e do seu ordenamento jurídico. Este deveria assemelhar-se muito à independência dos tribunais (também eles são condição de possibilidade – um transcendental – da paz pública e da vida cívica). Não confundamos as coisas.
Nas críticas ao ME, claro que estou de acordo. Mas isso é foguetório.
Julho 8, 2008 at 12:31 pm
Só mais uma nota sobre o artigo.
Diz o articulista: «O caminho para isso é tirar cada vez mais poderes ao actual ministério, devolvendo-os aos professores.»
Nas escolas privadas não se entrega poderes aos professores, mas aos proprietários das escolas.
Este tipo de confusão é intelectualmente desagradável.
Julho 8, 2008 at 12:42 pm
Peço desculpa ao dono do blogue e aos leitores. Mas não resisto a “destruir” este artigo. Este artigo está fundado numa contradição. Nega aquilo que defende.
Desidério Murcho diz:
“a intervenção política na educação gera inevitavelmente incompetência”.
A privatização das escolas – ou o fim das escolas públicas – será claramente uma intervenção político. Logo, pelos critéios do autor, isso gerará inevitavelmente incompetência.
E as “leis inteligentes que obrigam as escolas privadas” não são intervenção política? Parece-me que são. Logo, geram inevitavelmente incompetência.
Será que há incompetências melhores do que outras? Ou será que há intervenções políticas menos submetidas ao universal “inevitavelmente”?
Julho 8, 2008 at 12:45 pm
JCM,
Sou obrigado a concordar com essa parte.
O título do post passa, oficiosamente, para “Execelente – (menos)”.
Julho 8, 2008 at 12:55 pm
O que me parece é que é um artigo em defesa da escola privada…
Julho 8, 2008 at 1:04 pm
O artigo é bom na denúncia, mau na solução. E a nível de lógica estamos conversados. Do ponto de visto lógica, devido à infracção do princípio da não-contradição, o artigo não tem sentido.
Julho 8, 2008 at 1:05 pm
É só alguém falar em privados e os neobolcheviques entram em pânico.
Julho 8, 2008 at 1:12 pm
LIXO NA CAIXA DO CORREIO
Ontem, ao chegar a casa, tinha na caixa do correio um envelope (q n abri pq n me era dirigido: era a useira e vezeira publicidade em massa que me atafulha a caixa do correio e que eu deito sempre fora sem abrir, excepto este, que guardarei intacto…) onde se lê:
“NOVAS OPORTUNIDADES
Aprender compensa
O distrito de Lisboa está cheio de novas oportunidades para os seus filhos
Descubra-as aqui dentro”
Remetentes:
Ministério do Trabalho (dirigido por um prof do ISCTE)
Ministério da Educação (ainda dirigido por uma prof do ISCTE)
Eis que começou a campanha eleitoral paga directamente com o dinheiro dos contribuintes. Será isto aceitável?
Publicada por ÁLVARO TEIXEIRA
Julho 8, 2008 at 1:48 pm
jm
Quem está a falar em ensino privado stricto sensu? Ou refere-se à emancebia público-privada, ficando o risco do investimento do lado público e os rendimentos do lado privado? O que, infelizmente, é o ponto de defesa do próprio autor do artigo citado?
Julho 8, 2008 at 2:04 pm
Não gostei nada do artigo. Os motivos foram expostos pelo António Ferrão e pelo JCM.
Tanto preconceito em relação às escolas públicas, tal como já tinha mostrado em relação aos professores.
No ensino privado os professores não têm poder nenhum(muitos nesta altura estão nos campos de férias com os miúdos).
Quem escreve sobre o ensino privado como Desidério faz, mostra a mais completa ignorância sobre educação.
Julho 8, 2008 at 2:08 pm
Helena Matos, Desidério Mucho, JMF, Guilherme Valente, etc… tudo gentinha que manda muitos palpites sobre educação, mas que não faz a minima ideia do que é uma escola hoje.
Julho 8, 2008 at 2:09 pm
“Nem mais. O problema é que querem dá-los aos senhores vereadores e presidente de câmara do caciquismo local. E aos pais albinos.”
Mas a quem é que estão entregues as escolas desde 1974?
Julho 8, 2008 at 2:20 pm
Aconselho, a quem ainda não leu, este 1º capítulo do Livro Armadilha Pedagógica
http://professorsemquadro.blogspot.com/2007/06/e-assim-se-explica.html
Desidério Murcho faz um diagnóstico correcto, mas propõe um mau tratamento. Confunde as terapias a utilizar, aconselha terapeutas inadequados. Desta forma, “o doente” pioraria consideravelmente o seu estado de saúde, adquirindo mais doenças do que as que já tem.
PS: hoje também fui premiada com um envelope das novas oportunidades.
Infelizmente chegou demasiado tarde. Já não serve às minhas filhas (ambas nossas colegas), que (in)felizmente cairam na asneira de trabalhar e ser boas estudantes construindo o seu futuro para agora o encontrarem hipotecado nas mãos da(s) hediondas criatura(s) que preferem oferecer diplomas e enaltecer as qualidades dos que não trabalharam e agora passam a ser considerados como recuperados da hecatombe em que os professores os afundaram (quais convertidos à Igreja Universal), do que reconhecer o mérito e o esforço dos muitos que trabalharam e dos professores que os estimularam, menosprezando quem conseguiu singrar na vida, e os cursos que tiraram.
E talvez não seja tarde… nem para elas nem para nós! Que tal candidatarmo-nos todos a um qualquer daqueles cursos de técnico de… ? 😉
Julho 8, 2008 at 2:42 pm
Acabo de me irritar com um anexo ao artigo, publicado no De Rerum Natura que, não fosse este personagem, seria um excelente blog, e
onde o Desidério além de demonstrar a sua ignorância sobre Condorcet, e a História enquanto ciência, assume o seu papel: criticar o ensino público para defender a sua privatização. Com pérolas como esta: “do facto de o ensino ser privado não se segue que visa o lucro. Pode visar o lucro, mas não tem de o visar. Podem ser cooperativas de professores, que visam exclusivamente gerar o dinheiro necessário para se sustentarem.”
Um dos problemas de defender a qualidade do ensino em Portugal, nos tempos que correm, é o das más companhias. Esta é uma das piores.
Julho 8, 2008 at 2:49 pm
João Cardoso
Como fui bem ensinado, já não contesto: o papelo das empresas privadas é a maximização dos lucros – that simple. Estranho que um Filósofo não tenha ainda dado por esta banalidade 🙂
Julho 8, 2008 at 2:54 pm
Por falar em cooperativas. Lembram-se de o O Jornal. Era o semanário mais lido no início dos anos 80, mais do que o Expresso. Tinha o Jornal de Letras, a História, o Sete e sei lá que mais. Era uma cooperativa. Moral da história: O Jornal acabou. Hoje chama-se Visão e é propriedade do mesmo dono do Expresso.
Cooperativas de professores é uma brincadira de quem não sabe do que fala, nem faz a mínima ideia para que serve a instrução pública, para usar uma expressão fora de moda.
De resto, subscrevo palavra a palavra o comentário de João Cardoso (21).
Julho 8, 2008 at 3:03 pm
Acho que o Desidério está atento.
http://dererummundi.blogspot.com/2008/07/e-os-perigos-do-ensino-privado.html
🙂
Julho 8, 2008 at 3:17 pm
E que tal a publicidade às novas oportunidades na TV?
No mínimo, publicidade enganosa!
Por outro lado, publicidade ao governo (tão cheio de iniciativas e com tanta preocupação na qualificações que, infelizmente, para os portugueses, não conforma com a realidade)
Um “Espírito Reformador” que sai caro – hoje e, particularmente, no futuro – pagas com o dinheiro dos contribuintes!
Julho 8, 2008 at 3:22 pm
http://obomgigante.blogs.sapo.pt/229896.html
Julho 8, 2008 at 3:25 pm
JF
A qualificação dos trabalhadores em Portugal, ao contrário das infraestruturas, foi a prioridade expressa do actual fundo do QREN. É claro que isto já era conhecido por Sócrates desde o tempo das últimas eleições, embora ainda não houvesse aprovação do documento. Toda a sua política se orientou para colocar a máquina em jeito: infelizmente para os professores, tal exigiu também umas mexidas no ministério da Educação. Quando acabar a torrente de dinheiros para a qualificação, prevejo que se reduza substancialmente o interesse dos privados nesta área.
Julho 8, 2008 at 3:34 pm
Mas então os municípios não são também ESTADO ?
Então porque é que será que o monopólio do Estado central sobre as escolas é bom quando emanado da 5 de Outubro, mas quando passa para a intervenção da administração local, desse mesmo Estado, já não o é ?
Talvez porque o que está em causa não é o tanto o Estado enquanto matriz da Nação (algo aparentemente em vias de extinção) mas antes uma concepção prevalecente dos aparelhos ideológicos (Althusser), que muita boa gente continua a admitir como devendo ser um monopólio exclusivo e bem guardado nas mãos da Nomenklatura centralizada.
Não percebem que a dicotomia público-privado pode ser apenas uma armadilha cristalizada do período do 1.º glaciar marxista, uma vez que é possível um grupo de pais ou docentes estarem à frente de uma escola privada sem intentos de acumulação de capital ou de destruição da “Escola Pública”.
Julho 8, 2008 at 3:45 pm
Video educativo para o H5n1
http://br.youtube.com/watch?v=B7DVlC3kXrM
Julho 8, 2008 at 3:46 pm
Também podemos optar por f..tudo
http://br.youtube.com/watch?v=26UA578yQ5g
Julho 8, 2008 at 3:50 pm
A very good song ..cantar em voz alta..
http://br.youtube.com/watch?v=bRKn2WXu2zw&feature=related
Filosofia barata..
http://br.youtube.com/watch?v=xQycQ8DABvc&feature=related
Julho 8, 2008 at 3:52 pm
PS
Ferrão desliza a sua argumentação do privado (em oposição ao publico) para a EMPRESA privada.
Ora o domínio público vs. privado, numa perspectiva histórico-cultural e filosófica, como aquela que defende Arendt por exemplo,
Click to access antunes-marco-publico-privado.pdf
remete para algo de completamente diferente do simplismo marxizóide publico-do-estado vs. privado-do-proprietário-capitalista.
Julho 8, 2008 at 3:53 pm
Porque será quer todos acabam assim?..
http://br.youtube.com/watch?v=ZiiRiwgiksc&feature=related
A anarquia é o único caminho..cada um percorrer o seu caminho ..espezinhar tudo e todos sem olhear a meios..um único fim:atingir os objectivos..,o fim em si mesmo
Julho 8, 2008 at 4:01 pm
A questão vai para além do privado.
Terem um patrão, alguém a quem prestar contas directamente é para muitos professores uma visão aterradora (sempre são 34 anos de auto gestão…).
Entre um patrão e um lambe botas (que é aquilo que vão ter)eu sempre preferi o primeiro (a outra hipótese é o camarada controleiro dos saudosos sovietes).
Como eu me rio quando os vejo (aos defensores da escola do estado) na cunhazita para colocar o petiz numa escola privada. Aí é o vale tudo. São atestados de residência falsos, são EEs que nunca viram a criança, são relatórios médicos, é um fartar vilanagem.
Já agora, para serem um pouco coerentes (eu sei que não é fácil) recusem qualquer tipo de assistência médica fora dos hospitais e serviços do estado. Seguros de saúde incluidos.
Com visões destas não admira que caminhemos em passo acelerado para a cauda da Europa. Já só falta paparmos meia dúzia de países.
Julho 8, 2008 at 4:09 pm
António Ferrão
Portugal já recebe verbas comunitárias para a formação e qualificação profissional há muito e muito tempo. Quem não se lembra das verbas do velhinho “Fundo Social Europeu” (e outros)nomeadamente para a melhoria das qualificações? Que objectivos atingiu? Que universo serviu? Que eficácia tiveram? Que impactos na melhoria das qualificações e da produtividade dos portugueses/ actividades? …?
Hoje e com o QREN: Mais do mesmo!!!!
(no passado, como no presente: o necessário é pôr-se a jeito)
Julho 8, 2008 at 4:11 pm
Enquanto nos divertimos a esticar uns conceitos (o que é uma empresa, digo uma iniciativa privada) e encolhendo outros (as teorias de Marx não são património cultural válido), muitos dinheiros vão escorrendo para algumas partes interessadas. Estas últimas não participam nestas conversas, têm actividades mais lucrativas a que se dedicar. Porém, agradecem essas pequenas confusões, não vá a marosca ficar escancarada à vista de todos. Cantgas para adormecer criancinhas…
Julho 8, 2008 at 4:15 pm
JF
A difernça deste quadro para o anterior é que a afectação para infraestuturas está sujeita a apreciação específica projecto a projecto pela Comissão Europeia. Sob a alçada autónoma da administração nacional ficam apenas as verbas para a qualificação.
Julho 8, 2008 at 4:41 pm
António Ferrão
Lembra-se do projecto de “internacionalização”, em espaços africanos, da empresa pública: Águas de Portugal (em si,fragmentada em muitas “subempresas” de âmbito regional/local -que “jeitaço”!), aprovado pela Comissão Europeia, onde se encontrava na altura um senhor muito “visionário” que agora assume “visões” e decisões estratégicas no executivo do país?? As más estratégias pagam-nas sempre os mesmos: os Portugueses (todavia, parece haver sempre uns portugueses de “primeirissíma”: nunca pagam e são sempre excelentes)
Na qualificação e com o pressuposto da “Razão” – apanágio do governo… as “visões”, estratégias e medidas fluirão, como antes, com maior fluidez (tudo muito fluido)- de resto, o sucesso já está garantido!
Julho 8, 2008 at 4:45 pm
Para o Ferrão nas Empresa públicas do Estado ninguém rouba nem ninguém acumula fortunas de forma imoral e mafiosa.
Não, no sector do Estado só por engano é que se rouba e se desvia dinheiro.
Os lobos maus estão todos no sector privado e os capuchinhos rosas, laranjas e vermelhos do sector do Estado são, pela sua natureza de servidores da causa pública, umas criaturas inocentes e imaculadas que só querem o nosso bem.
Julho 8, 2008 at 4:53 pm
H5N1
Limite os seus ímpetos adicionadores. Quando me vir, tectualmente, a defender a corrupção, estará desde já autorizado a reproduzir, invocando a fonte. Não se esqueça: justo na crítica, perdulário nos elogios 🙂
Julho 8, 2008 at 4:59 pm
O problema do “Público-Privado” (como, por exemplo, do PS/PSD/afins e outros que, ainda não o sendo, se ajeitam para o vir a ser…) em Portugal é… dormirem juntos!
Julho 8, 2008 at 5:59 pm
E não se pode nem optar pelo público nem pelo privado..cooperativas..sem intermediários que pqara mim não são senãO CHULOS COM O NOME POMPOSO DE ENTREPENEURS..O INTERMEDIÁRIO é o cancro desta sociedade de números..
O Desespero do Homem de Acção
Há uma ligação muito estreita entre a adoração da acção e o uso do homem como meio de atingir fins que não são o homem. Como há uma ligação aproximada entre este desespero e a acção, entre a razão e a acção. A proeminência dos valores da acção sobre os da contemplação indica, sobretudo, que o homem abandonou totalmente a busca duma ideia aprazível do homem e o desejo de o colocar como fim. E que na impossibilidade de agir segundo um fim, ou de agir para ser homem, ele decide agir de qualquer maneira, apenas para agir.
O homem de acção é um desesperado que procura preencher o vazio do seu próprio desespero com actos ligados mecanicamente uns aos outros e compreendidos entre um ponto de início e um ponto de conclusão, ambos gratuitos e convencionais. Por exemplo, entre o ponto de início da fabricação dum automóvel e o ponto de conclusão dessa fabricação. O homem de acção suspenderá o seu desespero enquanto durar a fabricação do veículo; suspendê-lo-á precisamente porque no seu espírito fica suspensa qualquer finalidade verdadeiramente humana: sente-se meio entre os outros homens, meios como ele. Concluída a máquina ele encontrar-se-á, é verdade, mais inerte e exânime que a própria máquina, mas arrolhará subitamente com uma promoção, com uma medalha, um pagamento a dobrar, ou simplesmente com a construção de um novo automóvel. Efectivamente apresentar-se-á a envolver-se no fluxo alienatório da acção.
Alberto Moravia,o H5n1 é o espelho deste comentário..
Julho 8, 2008 at 6:20 pm
Concordo inteiramente com o autor do texto e com o h5n1.
O problema deste sector está identificado há muito tempo: o monstro da 5 de Outubro.
Se o problema é o monstro é imperioso encontrar uma forma de um exterminar de uma vez por todas. Se tal acontecer, que importância tem que a escola seja pública ou privada? O importante é que a escola transmita o conhecimento adquirido pelas gerações anteriores.
Enquanto existir o monstro a escola existe para justificar os empregos dos milhares de funcionários que o alimentam todos os dias. Com o único objectivo de se aumentar o tamanho do “bicho” foram-se criando missões atrás de missões para a escola pública ao ponto de hoje todos trabalharem nessa escola para justificarem o emprego de quem alimenta o monstro. Os alunos? Os alunos, para o monstro, são uma maçada!
Hoje, poucos professores de tão atarefados com papelinhos e mais papelinhos, percebem que foram transformados em escravos do monstro…!
Assim, a quem interessa esta discussão da escola pública (para os pobres) e a escola privada de qualidade (para os ricos) interessa?
Exactamente, ao MONSTRO……………..!
Julho 8, 2008 at 6:21 pm
Ooooooooops:
“Assim, a quem interessa esta discussão da escola pública (para os pobres) e a escola privada de qualidade (para os ricos)?
Exactamente, ao MONSTRO……………..!”
Julho 8, 2008 at 6:29 pm
Caro big
O espelho de um comentário é algo de indicifrável, já que as palavras ficarão todas irreconhecíveis e portanto sem significado.
Já o big é o espelho dele mesmo, ou seja, uma espécie de “casa dos espelhos”, onde tudo se reflecte até ao infinito, num assombro de ingenuidade e de diversão pueril, sem que daí advenha qualquer mal ao mundo.
Julho 8, 2008 at 6:35 pm
Errata
Não costumo corrigir erros de escrita rápida e automática, mas para que o Big não me atire uma pilha de dicionários para cima, onde se lê “indicifrável” deverá ler-se “indecifrável”.
Julho 8, 2008 at 6:43 pm
Perdoem-me, mas a discussão público-privado, nos comentários anteriores, não faz sentido á luz da sua pragmatização. A classe média em Portugal não tem meios para o pagamento das mensalidades nos colégios privados. Os privados existentes actualmente no mercado, eles próprios são já altamente subsidiados pelo Estado, o que significa pela “contribuinte potuguês”.
Então como se compreende a opção de “mais privado no Ensino”?
Folclore.
Julho 8, 2008 at 6:46 pm
A menos, que por “privado” se entenda a peça que transcrevo
daqui
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/07/generosidades-para-os-poderosos.html
“Tive, acidentalmente, conhecimento de que dois psicólogos estariam a realizar um estudo/levantamento, inserido num projecto de combate ao insucesso e abandono escolares em escolas do concelho de Tavira.
Como sei que, colocado no concelho pelo ME, existe somente um psicólogo para dois Agrupamentos de Escolas e uma Escola Secundária (estimativa de 4500 a 5000 alunos), tal pareceu-me uma boa ideia.
Consultei o site http://www.epis.pt/ e deparei-me, de imediato, com algo surrealista. O ME também “patrocinava” (?) esta iniciativa. Mas como seria isso possível, se, como fui informada, somente tem no terreno um psicólogo, extinguiu os professores de apoio sócio-educativo e reduziu dramaticamente os professores de Educação Especial das escolas!?
Logo de seguida, dei-me conta de que existiam imensas empresas associadas.
Seria bom se não tivesse tido a informação de que, ao que parece, as empresas usufruem de benefícios fiscais por tamanha “generosidade”.
Na prática, estão os “contribuintes portugueses” a pagar para mais esta festança (!) (?).”
Julho 8, 2008 at 7:03 pm
Mas então a questão público-privado é pedagógica, económica, política ou ideológica ?
Ao centrar a discussão no carácter jurídico dos termos afastamo-nos do essencial, a saber: para que deve servir a escola e, por maioria de razão, a chamada “escola pública” ?
Ao invocar o problema dos financiamentos, reforçamos a política deste governo que agita a necessidade de racionalizar a gestão das escolas, colocando-as ao nível das empresas de serviços que têm de produzir resultados e sucesso a custos controlados.
Daí o engodo e o embuste da suposta clivagem “escola pública-escola privada” que não representa nenhuma contradição para este governo de PPP (parcerias-público-privadas).
A “Escola Pública” não passa de um slogan que pode servir para fazer tudo e o seu contrário, mas ainda há quem acredite no poder de certas palavras mágicas.
Julho 8, 2008 at 7:16 pm
Até o António Ferro (antigo Ministro da Propaganda Nacional) era um menino de coro comparado com a sinistra
Julho 8, 2008 at 7:50 pm
Caro h5n1 reconheço que sabe prosapiar..todavia o davinci já escrevia ao contrário ..e embora discorde de si em muito até concordo no que concerne á ligação futura- e provável-das escolas ás autarquias..se fosse na Finlândia até era a favor..agora aqui nem pensar ..voltamos ao caciquismo..todavia acho o seu discurso desmasiado simplista..de um lado os bad boys do outro os iluminati…aí concordo com a análise mais adequada á arealidade e não tão maniqueista…por mim no extremo até acho que a escola só devia ser obrigatória até á 4ª classe como defenfdia Agostinho da Silva..enfim pontos de vista…mas não me diga que é defensor da teoria de Aldous huxley no Admirável Mundo Novo?
De resto no hardfellings..da discussão nasce o caos ..do caos nasce a ordem(às vezes..)
Julho 8, 2008 at 7:53 pm
Já agora não preconiza uma revolução aramada com sangue e tripas..remember remenber de fifth of november..
http://br.youtube.com/watch?v=5qkmo-JIrsA
Bom filme apesar do sangue e tripas..excelente argumento..
Julho 8, 2008 at 8:53 pm
O Murcho parece japonês ^^
Julho 8, 2008 at 9:07 pm
h5n1 (48),
O SNE é a MAIOR estrada de LIBERDADE que Abril proporcionou nos domínios pedagógico, económico, político ou ideológico. Sem sombra de dúvidas nenhumas.
Para seu esclarecimento, e de outros, o SNE integra o sector público e o sector privado. Infelizmente, o chamado “sector privado” não o é. Simplesmente porque recebe escandalosas verbas do sector público.
O “sector privado”, contudo, não presta, nem de longe nem de perto, melhor serviço nos domínios pedagógico, económico, político ou ideológico.
Disse.
Julho 8, 2008 at 9:29 pm
“O Estado não tem de ser ao mesmo tempo empregador de professores, autor de desenhos curriculares e de exames nacionais e financiador do sistema; pode limitar-se a financiar o sistema, deixando o ensino entregue a quem sabe de ensino: os professores.”
Esta sim é uma opinião que revela ingenuidade. No ensino privado o ensino não está entregue aos professores. Arrisco mesmo a dizer que em boa parte do ensino privado não há liberdade mental na acção do professor, antes pelo contrário. Assim como não há outras coisas (como respeito pelo horário de trabalho do professor, onde muitos trabalham bem mais do que 8 horas diárias).
Até porque o ensino privado é uma espécie de “coisa” estranha. Nem é como a escola pública (onde o professor tem liberdade de criticar, julgar, etc), nem é como uma empresa privada (onde, ao fim de 3 anos, salvo erro, os trabalhadores a contrato passam a integrar o corpo de trabalhadores da empresa…).
Portanto, eu gostava que o sr. Desidério explicasse como é que através do ensino privado o ensino é entregue aos professores, porque tenho bastantes dúvidas quanto a isso.
Julho 8, 2008 at 9:32 pm
A “coisa” não é fácil. Quase todos os dias os profs são confrontados com alunos (os mais velhos, claro) que constroem vitupérios àcerca dos nossos políticos (elogios, nunca os fazem). Nestes casos é importante a imparcialidade e, se necessário um mínimo de elucidação.
Julho 8, 2008 at 9:42 pm
“O Estado não tem de ser ao mesmo tempo empregador de professores, autor de desenhos curriculares e de exames nacionais e financiador do sistema; pode limitar-se a financiar o sistema, deixando o ensino entregue a quem sabe de ensino: os professores.”
Murcho
“Nem mais. O problema é que querem dá-los aos senhores vereadores e presidente de câmara do caciquismo local. E aos pais albinos.”
Paulo Guinote
Julho 8, 2008 at 9:46 pm
Autarca Português
Kaos
wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2008/07/um-pas-de-valentins.html
Julho 8, 2008 at 9:54 pm
A verdade é que a escola, tal qual a conhecemos, está em vias de extinção.
Não só querem implantar o facilitismo de pedra e cal, sob a capa de uma pseudo-preocupação com a qualidade do ensino, como pretendem asfixiar a liberdade de acção que o professor deveria ter.
Mudanças todos percebem que são necessárias. O problema está em unir as vontades numa solução em que o objectivo seja mesmo promover um ensino de qualidade. Sem “atropelar” os professores, sem cortar com as ajudas aos alunos que de facto necessitam delas, responsabilizando os intervenientes do processo educativo mas repartindo as responsabilidades por todos (o professor “ainda” não é um ser dotado de capacidades que lhe permitam passar todo o conhecimento via telepatia ou qq coisa do género), etc, etc, etc.
A Educação é um tema onde não deveria haver interesses ocultos, mas como nos dias de hoje tal não é possível, convinha que quem tivesse responsabilidades no rumo das coisas procurasse, pelo menos, ter honestidade intelectual.
Julho 8, 2008 at 9:55 pm
“O problema é que querem dá-los aos senhores vereadores e presidente de câmara do caciquismo local. E aos pais albinos.”
Isto sim é um verdadeiro pau de dois bicos.
Julho 8, 2008 at 10:58 pm
O que mais me tem custado, nestes últimos anos, é ver como a Escola Pública, que eu sempre acreditei ser a única forma de atenuar as diferenças sociais, a única porta que se abria aqueles que não nasciam em berços de ouro,se vem tornando numa nova forma de selecção social.Este facto não é novo. Começou com a indústria das explicações, passou rapidamente para as escolas privadas e agora esta ideia que se instalou do “cheque ensino”. A situação agravou-se de forma dramática com esta ministra. Todas as medidas tendem a tornar a escola num armazém de crianças, cumprindo múltiplas funções, passando para último plano a qualidade. Esta está reservada às escolas privadas pensadas para as elites, que serão os futuros quadros de amanhã. Aos filhos dos trabalhadores resta-lhes esta escola armazém, que liberta o mais possível os pais para poderem cumprir melhor as exigências do mundo do trabalho e pior o seu papel de educadores dos filhos.
A ideia do cheque ensino a mim não me convence. As escolas privadas irão exigir mais do que o “cheque” que o Estado atribui a cada aluno. Mesmo que fosse assim, haveria um conjunto de actividades, de materias… que os filhos das classes mais desfavorecidas não podem pagar. Depois são os constrangimentos próprios da diferença social: roupas, equipamentos, festas de anos etc,etc,etc, enfim a exclusão pelos pares, que é a pior das violências que se pode exercer sobre uma criança/jovem. Só quem não viveu num meio social carenciado é que pode defender uma ideia como essa.
Julho 8, 2008 at 11:24 pm
A última preocupação do estado são as crianças.
Primeiro vem o défice, depois a imagem que o país dá à Europa e a seguir a opinião dos pais.
(Os professores são uns empecilhos.)
Primeiro interessa cortar no dinheiro que se gasta com as crianças (não é com a Educação, é com as crianças), depois interessa fabricar um sucesso mascarado para a Europa ficar impressionada, e a seguir interessa que os pais fiquem muito contentes com as medidas do estado para voltarem a votar nos mesmos.
Não interessa se se engana as pessoas, o país, não interessa se as crianças crescem com ideais errados no meio disto tudo.
O que interessa é o umbigo de quem governa. O quero, posso e mando.
Julho 8, 2008 at 11:55 pm
Desidério M. tem razão quando afirma que a escola dirigida por políticos serve para moldar o pensamento.
Todos somos a favor da escola pública. Será que …? De facto, o estado olha por nós, e nada somos sem o estado. Os japoneses confiavam assim nos seus patrões e no imperador.
Julho 9, 2008 at 12:05 am
Sim, o estado olha por nós, e nada somos sem o estado. Mas às vezes não é isso que as pessoas sentem e surge o sentimento de “revolta”.
Felizes aqueles que conseguem fechar os olhos a tudo e viver como se nada fosse.
Julho 9, 2008 at 12:15 am
laranjalima (60),
A escola permite o crescimento de TODOS e um “futuro” convívio aos jovens, enquanto adultos também, na base do respeito por si e pelo “outro”, independente das diferenças de identidade que deverão ser sentidas como um factor de riqueza pessoal de todos e para todos.
Por isso, discordo totalmente da acepção de escola como a que traduziu nestas frases.
“O que mais me tem custado, nestes últimos anos, é ver como a Escola Pública, que eu sempre acreditei ser a única forma de atenuar as diferenças sociais, a única porta que se abria aqueles que não nasciam em berços de ouro,se vem tornando numa nova forma de selecção social.”
Julho 9, 2008 at 12:29 am
A Escola serve o propósito humano da Sociabilização da cria humana, ou ensaio dos modos de ser, estar, saber,…de uma determinada cultura, para o exercício do ser adulto. Contudo, como nada é estanque no devir social, este propósito (Escola) digamos que “invade” todo o tecido social de proximidade – família e próximos dos jovens/alunos – e por via indirecta todo o tecido social de uma determinada sociedade.
Este é o “Poder” temível da “escola” e dos “professores”. Daí que, o ataque á escola e aos professores, é sempre uma opção política, ideológica – uma grande mudança no tecido social. Um grupo restrito de indivíduos toma o “Poder”, para tornar os outros cidadãos escravizáveis. Se não fosse por um processo de manipulação da informação, as pessoas reagiriam e não conseguiriam lograr os seus objectivos. Implementa-se, pois, sempre pela via da sedução, manipulação e mentira.
Julho 9, 2008 at 1:02 am
Anahenriques
O que eu quis dizer é simples: o filho do operário não tem que ser ncessariamente operário, o filho do agricultor necessariamente agricultor e o filho do Dr. necessariamente Dr. A escola,como eu a entendo, deve ser um lugar de realização pessoal, capaz de dar resposta às nossas aspirações e capaz de promover a nossa criatividade etc, etc…. e também tudo o que a anahenriques defende.
Julho 9, 2008 at 1:10 am
continuação 66
O que eu defendo é algo que me parece da mais elementar justiça:igualdade de oportunidades.
Julho 9, 2008 at 1:18 am
laranjalima,
Afinal estamos de acordo.
Julho 9, 2008 at 2:00 am
Deu queira que eu me engane, mas a malta anda um pouco distraída…
A propósito da angústia de (6) manuel, deixou de haver quadros nas escolas em 27 de Fevereiro de 2008. Ou estarei enganado? Se estiver, corrijam-me. Junto um excerto da dita Lei:
Lei 12ª-A/2008
27 de Fevereiro
Artigo 10.º
Âmbito da nomeação
São nomeados os trabalhadores a quem compete, em função da sua integração nas carreiras adequadas para o efeito, o cumprimento ou a execução de atribuições,
competências e actividades relativas a:
a) Missões genéricas e específicas das Forças Armadas
em quadros permanentes;
b) Representação externa do Estado;
c) Informações de segurança;
d) Investigação criminal;
e) Segurança pública, quer em meio livre quer em meio institucional;
f) Inspecção.
(…)
Artigo 88.º
Transição de modalidade de constituição relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado
1 — Os actuais trabalhadores nomeados definitivamente que exercem funções nas condições referidas no artigo 10.º mantêm a nomeação definitiva.
(…)
4 — Os actuais trabalhadores nomeados definitivamente que exercem funções em condições diferentes das referidas no artigo 10.º mantêm os regimes de cessação da relação jurídica de emprego público e de reorganização de serviços e colocação de pessoal em situação de mobilidade especial próprios da nomeação definitiva e transitam, sem outras formalidades, para a modalidade de contrato por tempo indeterminado.»
Julho 9, 2008 at 2:09 am
Mesmo correndo o risco de anahenriques e laranjalima acordarem, relembro a estratégia de manipulação nº 7 «Manter o público na ignorância e no disparate».
A referência a esta estratégia é a pérola que falta ao artigo de Desidério Murcho.
«A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores» in Armas silenciosas para guerras tranquilas
Julho 9, 2008 at 2:32 am
http://www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2008/06/o-trabalhador-satisfeito.html
25sempre25,
No ano de 2009, vão-se realizar eleições legislativas!…
Julho 9, 2008 at 2:34 am
E depois realizam-se as eleições presidenciais e as autárquicas, etc.
Julho 9, 2008 at 3:21 am
Querem entregar o ensino a esta gente?
St. Peter´s School
Olá!
“A propósito desta conversa, aproveito para dar o meu testemunho como antiga professora do colégio St. Peter’s School.
Tal como muitos/as outros/as professores/as, trabalhei esse colégio apenas alguns meses, já que ao final desse tempo me foi mostrada a porta da rua, alegando “inadaptação” da minha parte, e “insatisfação” da parte dos pais em relação às minhas aulas. Um relatório fictício que nunca vi, realizado por uma coordenadorazita de meia tigela, uma tal de Gene Charneira (uma professora de inglês que não passa de uma emigrante saloia que se aproveitou do facto de ter vivido no Canadá alguns anos para alegar ser “nativa” e ter habilitações e talento para ensinar seja o que for a alguém), foi a causa de todo esse bulício. Com o aval da directora pedagógica, Isabel Simão, outra que apregoa grande sabedoria em termos de didáctica e pedagogia mas mais parece uma versão decadente da Barbie Hollywood com acessórios de época de saldo, foi aprovado um relatório sobre mim sem que eu sequer tivesse conhecimento do seu conteúdo, nem das aparentes “queixas” dos pais em relação à minha pessoa (coisa que naquele colégio é completamente impossível, já que quando os pais estão insatisfeitos a primeira atitude que tomam é falar directamente com o professor em causa!). Foi-me comunicado na véspera (nem sequer pela coordenadora de meia tigela nem pela directora, mas sim pelo responsável financeiro da empresa, para que não houvesse hipótese a que eu me defendesse das calúnias) que teria de sair porque os meus serviços não agradavam, porque não me tinha adaptado ao colégio, e um rol de outras baboseiras…isto depois de longos meses de trabalho em que tive os melhores elogios dos meus colegas, alunos e pais, em que me esforcei para acompanhar as rígidas regras de trabalho e código de conduta daquela casa (que incluiam a prévia aprovação pela direcção de um mísero postal de Natal que os alunos dariam como prenda aos pais, e que na realidade são os professores que fazem, muitas vezes no total de 100 postais!, porque tem de se parecer com algo saído de uma loja), as longas reuniões de pais e conselhos de turma (que podiam durar das 5h da tarde até às 11h da noite), as horas extra que temos de fazer para substituir professores que faltam e/ou não podem dar aula porque também têm outra actividade para fazer com os alunos, ou simplesmente porque foram às compras! (neste último caso, a tal de Gene foi a que mais se aproveitou da condição de coordenadora para “passar” a batata quente a quem estava mais à mão, e poder sair quantas horas bem entendesse, para depois voltar e assinar o sumário da aula dada por outro professor como se nada se tivesse passado…)
Enfim, para fim foi uma desilusão ver como a incompetência e a maldade dessa “coordenadora” foi capaz de se sobrepor ao trabalho, meu e dos meus colegas, já que pelo que me foi dito por eles, era já hábito de muitos anos que esta personagem se passeasse no colégio com ares de grande dama, quando o seu trabalho não vale nem um caracol, quando os pais a detestam (e na última reunião de pais em que estive presente, pude assistir na primeira fila ao “ataque” que estes lhe fizeram, pelo seu mau trabalho como professora e pela maneira como tratava os alunos, que pelos vistos foi a gota de água para alguns pais que simplesmente a rebaixaram ao lugar que merecia!), e mesmo assim ali permanece, há coisa de 10 anos, pelo que toda a sua incompetência é certamente subscrita pela directora do colégio, que mais parece fazer “panelinha” com aquela mulher…tem de haver alguma coisa por detrás de tudo isto!
Quando me vim embora contei tudo aos pais, que muita tristeza tiveram por me ver sair, e que me confessaram que só mantinham ali os filhos por consideração aos professores (alguns!) que realmente eram bons profissionais. O mal estar dentro daquela casa é geral, a direcção (e mais alguns professores) são os tristes terroristas que ocupam a vida a contratar e a despedir professores, informando-os às vésperas de terminar o seu período experimental que no dia seguinte não precisam de vir mais. Quem tem casa para pagar, filhos, responsabilidades, bem pode rezar a Deus se trabalhar naquela instituição, já que cada dia é uma incógnita. Para mim, foi triste ter sido “despejada”, mas ao mesmo tempo ver-me livre daquela gente e da convivência com aquela direcção foi um alívio muito grande. Depois de mim, já metade dos meus colegas, alguns que lá estavam há anos, vieram embora, uns também despejados, outros completamente exaustos e vencidos pelo cansaço de um mau ambiente constante e de maus tratos e falta de reconhecimento por parte dos que gerem aquele negócio (sim, porque podem crer, aquilo é um negócio…não é pela quaiidade de ensino e pela excelência dos alunos que luta aquela gente, mas sim pela quantidade de coisas que conseguem cobrar aos pais, e sempre com medo de mais alguma queixa, seja do Ministério da Educação, seja de algum pai ou mãe! qualquer coisa – mesmo qualquer coisa – é cobrada aos pais, seja um boné que o aluno se esqueceu em casa, seja um mísero lápis ou borracha em falta, absolutamente tudo! Lembro-me de uma situação em que um aluno se esqueceu do lanche em casa, e não lhe foi permitido comer do lanche da escola, mesmo tendo sobrado imenso pão e imenso leite…!!).
E é por isto que o staff de professores é continuamente renovado. Ou saem, ou eles simplesmente descartam as pessoas. Estou certa que esse despedimento em massa pode ser verdade, já que uma das minhas ex-colegas que saiu a meio do ano lectivo que agora termina me falou nisso…que achava que muitos mais iam sair, porque já ninguém aguentava. Diz que quando disse que se vinha embora a trataram muito mal, mas ela não se importou – a felicidade de se ver livre daquele lugar superava tudo! Sim, saiu um anúncio para professores de todas as disciplinas – neste por acaso mencionam de onde é, mas vejo várias vezes anúncios “anónimos” (talvez para evitar que os pais se apercebam da evidente mudança nos docentes e comecem a questionar-se eles mesmos) que sei serem para lá, já que conheço o endereço de e-mail e o nome da pessoa que os recebe normalmente, e o tipo de anúncio que publicam. Escusado será dizer que todas essas mudanças entristecem e prejudicam os alunos, desiludem os pais e dão ainda mais má imagem aquele sítio…
Há muitos podres naquele colégio, desde o modo como tratam os alunos (refiro-me aos do 1º ciclo, com os quais trabalhei), até à maneira como gerem a atribuição das notas (daí os rankings não serem muito fidedignos…). Não é permitido aos professores atribuirem notas mais baixas que X, mesmo que o aluno o mereça, já que depois os pais podem questionar porque raio andam a pagar balúrdios para o seu filho ter notas baixas ou negativas…E acreditem que há alunos, os bons alunos, que são realmente prejudicados por esse facto…já para não falar que a nota não reflecte aquilo que o aluno de facto sabe, mas sim o mínimo que o professor foi obrigado a atribuir. Nas reuniões era discutido o modo como ocultar dos pais o insucesso do aluno, ou o seu mau comportamento e inadaptação ao colégio, o que muitas vezes era mantido em segredo, por medo que os pais anulassem a sua matrícula. Os piores casos de comportamento e/ou insucesso são motivos de “chacota” entre os professores menos profissionais (sim, porque também os há!), e as reuniões de conselho de turma são autênticas câmaras de tortura onde somos obrigados a permanecer, entre discussões e briguinhas pessoais, até que se diga a última baboseira…
A esperança de quem, como nós, conhece aquilo e ouve dizer maravilhas em noticiários ou da boca de algumas pessoas é que um dia todos saibam o que realmente vai dentro daquele “convento”, para que não haja mais pais enganados…
Podia continuar eternamente! Mas acho que mesmo não tendo dito tudo, já disse o suficiente!”
http://foruns.pinkblue.com/goforum.aspx?g=posts&t=250079
Julho 9, 2008 at 3:22 am
E a estes?
Externato Ribadouro
Ensino Privado – Uma história de sucesso
EXTERNATO RIBADOURO
O Externato Ribadouro (cujo nome comercial é Alexandrino Oliveira, Silva & CA, Lda., com o número fiscal 500308560) é actualmente propriedade do casal pinheiro, ou seja, de Manuel de Vasconcelos Pinheiro e Maria da Conceição Amaral Vasconcelos Pinheiro.
O engenheiro Manuel Pinheiro era até há bem pouco tempo professor efectivo na Escola Secundária Infante D. Henrique sita no Porto, tendo estado destacado e a chefiar o Ensino Mediatizado (Telescola), ocupou o cargo de (nomeação política) DIRECTOR REGIONAL ADJUNTO DE EDUCAÇÃO DO NORTE durante o ultimo governo do PSD 2002-2005). Actualmente é Vereador sem pelouro da Câmara Municipal de Cinfães, dado ter perdido as eleições.
A Dra. Maria da Conceição Amaral Vasconcelos Pinheiro foi professora de História na Escola E.B. 2,3 Dr. Augusto César Pires de Lima sita no Porto, onde pediu licença sem vencimento de longa duração para ocupar o cargo de Directora Pedagógica do referido Externato Ribadouro.
Este casal deteve até meados de 2007 a propriedade do Externato Ribadouro em conjunto com o casal portugal (Edison A. Moreira Portugal e Maria Isabel S. Céu Moreira Portugal).
Estes dois casais desentenderam-se e depois de uma espécie de batalha campal, em meados de 2007 o casal pinheiro fez uma oferta irrecusável ao outro casal pela sua quota de 50% (sensivelmente meio milhão de contos, isto é, cerca de 2,5 milhões de Euros) para se irem embora. DE ONDE VEIO O DINHEIRO ???? SERÁ QUE OS IMPOSTOS FORAM PAGOS ???? SERÁ QUE A INSPECÇÃO DE FINANÇAS (DGCI) anda por aí ??????
O casal pinheiro entretanto (e dado este ser um “negócio da china”) comprou 50% do Externato Camões sito na Praça da Estação de Rio Tinto e 50 % do Externato da Trofa que era propriedade da Diocese do Porto.
O Externato Ribadouro é o tal que mete muitos alunos em MEDICINA (até meteu a filha do seu proprietário) e que foi alvo de uma investigação precisamente na altura em que Manuel Pinheiro era Director Regional Adjunto de Educação do Norte.
Mas não foi só a questão da entrada massiva de alunos em medicina devido ás notas, foi também o Ensino Básico Recorrente e o Ensino Secundário Recorrente que, tendo terminado em 2005 naquele estabelecimento (porque já não era rentável), foram alvo de investigação na altura em que o cavalheiro era DIRECTOR REGIONAL ADJUNTO DE EDUCAÇÃO DO NORTE e apenas por parte da IGE.
Dá vontade de RIR e é caso para perguntar quem terá sido a INSPECTORA da IGE que verificou da existência de ilicitudes!!!!!! O que viu ?????? ou seria invisual !!!!!….(o processo foi arquivado)
Este é apenas um EXEMPLO do ENSINO PRIVADO que temos. É apenas um EXEMPLO DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS. É um bom EXEMPLO DE EMPRESÁRIOS DE SUCESSO.
Reparem nestas notícias:
http://fersap.no.sapo.pt/04/externato.html
http://www.jornaldatrofa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2895
http://www.onoticiasdatrofa.pt/1/index.php?option=com_content&task=view&id=2642&Itemid=447
http://democraciaemportugal.blogspot.com/2008/06/eu-pago-o-ensino-privado-dos-filhos-dos.html
Julho 9, 2008 at 8:30 am
Ensino Privado = Prisão de Guantanamo!
Nem mais um tostão para o Ensino Privado!
Alguém é capaz de indicar o dinheiro que o Estado transfere para o Ensino Privado e compará-lo com o Ensino Público, deixando a propaganda rançosa de lado ?
Alguém é capaz de analizar a questão sem ser com denúncias de pacotilha e através de relatos ressabiados que só “mostram” um dos lados?
Eu conheço bem o trabalho de uma Cooperativa de Educação Especial e os pais dos alunos nem mortos queriam os seus filhos nas Escolas do “Ensino Público”, até porque muitos já passaram por lá e têm experiências terríveis.
Em 1976 quem era o docente da “Escola Pública” que queria trabalhar com alunos deficientes ? Quem é que pegou neles, muitas vezes tirando-os de galinheiros, sim galinheiros, e os educou ?
Aliás, o governo está, ao contrário do que a propaganda encomendada pretende demonstrar, a retirar os apoios ao Ensino Particular e Cooperativo e até 2013 muitas escolas particulares da rede de ensino público ( se não a maioria) vão fechar.
Ranhosos e aldrabões.
Julho 9, 2008 at 8:46 am
Verbas para o ensino privado?
Click to access escolasprivadas.pdf
Julho 9, 2008 at 8:50 am
Uma ajuda
Se alguém possuir mais dados agradecia que os revelasse.
Em 2004
Orçamento Global para a Educação Especial;
Rede Pública 157 957 012 Euros ?alunos
Rede Solidária 36 904 000 Euros 2970 alunos
Rede Privada 11 036 650 Euros 1546 alunos
DESPESAS COM AS ECAE: 6 378 367 Euros
(5 909 960 de vencimentos)
Foi na sequência deste estudo que o Ministério decidiu acabar com as ECAE e extinguir o ensino particular e cooperativo, mas é fácil de perceber quem é o grande sorvedouro dos dinheiros públicos.
(Fonte: DGIDC)
Julho 9, 2008 at 9:05 am
Ferrão
Não me interessa nenhuma lista de merceeiro.
Interessa sim compreender em que é que o dinheiro é gasto, com quem, porquê e com que resultados. Mais. Qual a capacidade real de os pais escolherem a escola para a educação dos filhos.
Por exemplo, o ensino de música. O Ferrão acha que se devia acabar com as escolas particulares de música e passar tudo para a “Escola Pública” ?
Quem ganharia com isso ?
Só há uma solução que agrada a certas pessoas: a nacionalização das escolas particulares e a obrigatoriedade da Educação Monopolista do Estado para todos.
Julho 9, 2008 at 10:37 am
Caro Amigo (H5N1)
Já lhe pedi para não tentar acrescentar elementos não reivindicados pelo seu opositor quando se prepara para o criticar. Mas, como tocou no assunto, tomo a liberdade de me referir a ele.
Para começar, não absolutizemos. Se um grupo de entusiastas decidir fundar uma escola privada de raiz, com um projecto bem elaborado, capacidade financeira para pagar a professores capazes, laboratórios bem equipados, isento de subsídios do estado, eu serei o primeiro a reconhecer a mais valia social dessa iniciativa. O que se tem passado, salvo honrosas excepções, com o ensino privado em Portugal é o contrário disto. O subsídio é o leitmotif mais saliente destes negócios: e é neste ponto que a pretensa vantagem deste ensino falsamente privado se esfuma .
Não acho que se deveria acabar com as escolas particulares de música.
Se há certas pessoas que apenas ficam agradadas com a nacionalização das escolas particulares e a obrigatoriedade da Educação Monopolista do Estado para todos, desconheço. A quem se refere especificamente o meu Amigo?
O sistema de ensino do Estado tem capacidades limitadas, eventualmente não compagináveis com a possibilidade de escolha da escola em todas as circunstâncias. Mas a possibilidade de todos comerem é prioritária à escolha do menu. Essa é a responsabilidade do estado: o resto pode ser deixado aos privados (no sentido próprio, com propinas a doer).
Julho 9, 2008 at 12:35 pm
Por acaso o Ferrão tocou num aspecto interessante.
Se todos devem ter comida, nem por isso o Estado deve fornecer essa comida ou assegurar trabalho a toda a gente para pagar a mesma. Certo ? Deve apenas colmatar as falhas e ajudar os pobres e incapazes. Certo ? (Ou deve empregar toda a gente, como na URSS, “acabando” com o desemprego e a miséria ?)
Então porque é que se parte do princípio que deve ser o Estado a fornecer a educação para TODOS, independentemente dos rendimentos e independentemente da escolha ???? Qual é a base ideológica desta “Escola Inclusiva” monopolista do Estado?
Vá lá Ferrão, utilize a sua lógica para tentar demonstrar que não existe um contradição entre estas duas áreas da vida em comunidade.
Julho 9, 2008 at 12:45 pm
h5n1 (75),
Disse: “Eu conheço bem o trabalho de uma Cooperativa de Educação Especial e os pais dos alunos nem mortos queriam os seus filhos nas Escolas do “Ensino Público”, até porque muitos já passaram por lá e têm experiências terríveis.
Em 1976 quem era o docente da “Escola Pública” que queria trabalhar com alunos deficientes ? Quem é que pegou neles, muitas vezes tirando-os de galinheiros, sim galinheiros, e os educou ?”
Resposta minha!!!! (posso disponibilizar a morada do “Rui”, vídeo, etc)
“HOMENAGEM AOS PROFESSORES DESTE PAÍS
Um pequeno excerto de um texto que escrevi para apresentar a um grupo de não-docentes.
Conheci o Rui. Conheci a professora de Língua Portuguesa. Refiro que os “entre aspas” retirei do maravilhoso relatório crítico da professora entregue para a sua avaliação de desempenho profissional, que mo emprestou para ler.
Quando dei este pequeno texto a ler a esta professora (neste momento recém aposentada com 69 lindas primaveras), as lágrimas escorreram-lhe pelo rosto.
É a minha homenagem aos grandes Professores deste país. E aos nossos alunos.
Ver http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/04/homenagem-aos-professores-deste-pas.html
Julho 9, 2008 at 1:21 pm
Ana
Beba um copo de água e acalme-se
Eu falei em termos institucionais e de “praxis” educativa, a Ana vem-me com um caso de uma professora-missionária e toma a gaivota pelo conjunto das escolas públicas deste país.
Tente informar-se e apreenda a génese das CERCIs neste país, por exemplo.
A falta de memória e a distorção da realidade com a apresentação de “casos” pessoais para fazer chorar o pagode é uma prática pouco recomendável, mesmo para uma psicóloga.
Julho 9, 2008 at 1:32 pm
h5n1 (77),
Dou-lhe um conselho. Para opinar sobre um assunto, ainda por cima com base em “dados estatísticos fornecidos por uma instância governamental/política”, deveria realizar o TPC bem feito e ter presente que “alguém” pode ter um conhecimento e dados bem mais fiáveis do que os que apresentamos.
E assim é!
Refere:
“Em 2004
Orçamento Global para a Educação Especial;
Rede Pública 157 957 012 Euros ?alunos
Rede Solidária 36 904 000 Euros 2970 alunos
Rede Privada 11 036 650 Euros 1546 alunos”
Pois. Mas está a referir-se a outra realidade. É que os montantes/verbas e alunos a que se refere, no ano de 2004, dizem respeito ao total dos alunos dos estabelecimentos públicos do país que beneficiavam de APOIO EDUCATIVO e não sómente de Educação Especial entendida nesta perspectiva do CIF-lava-mais branco.
“Apoio Educativo envolvia os professores e alunos a beneficiar de apoio pedagógico reforçado em todas as escolas públicas do 1º ciclo do país; aos professores e aos alunos a beneficiar de apoio sócio-educativo do ensino pré escolar, do Ensino Básico e Secundário de todos os estabelecimentos públicos do país; e aos professores e alunos a beneficiar de apoio especializado ao abrigo da alínea i) do dec.lei nº 319/91, Ensino Especial, de todas as escolas desde o Pré escolar ao Ensino Secundário. Inclui ainda as verbas em técnicos de apoio a Unidades Especializadas (surdos, cegos, multideficiência,…) terapeutas da fala, ocupacionais, fisioterapeutas, técnicos de linguagem gestual e de orientação (cegos), etc.
Conselho que lhe dou: Nunca devemos opinar sem conhecimento de causa.
Não é verdade?
Nota: Infelizmente, reconheço que já vi do piorio em instituições particulares e cooperativas. E no público, há situações, que honestamente me desagradam também muito. A diferença é que nestas últimas, os olhos de “muitas pessoas estão a observar”, pelo que nunca é possível existir o que infelizmente (choque total) verfiquei no “privado” e “cooperativo”.
Julho 9, 2008 at 1:39 pm
h5n1 (82),
Prefiro começar a abordagem a um tema, por um poema ou frase. Como não sou poetisa, ofereci-lhe um pequeno artigo introdutório ao tema que suscitou num comentário anterior seu, em que fornece “estatísticas” para exemplificar a sua tese de que “privado” é melhor que o “público”.
Se não lhe chegar a resposta (83) pode sempre questionar.
Julho 9, 2008 at 1:55 pm
Adenda ao meu comentário 83.
A rubrica “Rede Pública 157 957 012 Euros ?alunos, em 2004” incluia o apoio especializado de educadoras e professores da rede pública, Educação Especial, aos alunos abrangidos pela alínea i9 do dec.lei 319/91, de toda a rede de Jardins de Infância particulares e cooperativos (IPSS/S) e a escolas/colégios privadas do 1º ciclo de todo o país.
Julho 9, 2008 at 2:28 pm
H5n1,
sou contra a nova lei do EE. Tiro as CERCIS deste filme.
Agora não tenho dúvidas que e generalidade das escolas privadas regulares são uma fraude.
Julho 9, 2008 at 2:33 pm
DA,
Só pessoas loucas, como o trio maravilha, podem querer acabar com escolas como as CERCI/s ou outros excelentes Centros – Centros de Apoio á Reabilitação da Paralizia Carebral (C. Gulbenkian), etc, etc.
Claro.
Julho 9, 2008 at 4:15 pm
Eu acho que o pessoal passou um bocadinho ao lado do que o 25sempre25 disse… (69)
Os quadros de escola e de zona pedagógica foram ao ar?
Os quadros de agrupamento vêem substituir estes mas na modalidade de contratos por tempo indeterminado?
… Ninguém fala disto. Nem ministério nem sindicatos.
Julho 9, 2008 at 4:46 pm
Ana
Eu não pretendo vender A nem desacreditar B, pela simples razão de que não sou delegado de propaganda educativa de nenhuma poção mágica.
Apenas pretendo contrabalançar a defesa de algo mítico e nebuloso – a “Escola Pública” – em nome de uma abordagem racional e crítica de preconceitos ideológicos, o que por vezes se torna difícil quando só se querem ler as “entrelinhas” de algo que nem sequer corresponde à verdade.
Quando se invoca o dinheiro gasto com o Ensino Particular, a torto e a direito, está-se a trilhar a mesma linha de orientação deste Ministério, que sufoca a Educação numa paranóia orçamental e numa cultura desabrida de estatísticas.
Todos os adeptos da Educação Monopolista de Estado encaram a liberdade de escolha como um atentado ao “igualitarismo”, seja dos alunos, seja das famílias, seja dos docentes: todos escravos do Estado, todos iguais.
Não defendo a escola particular contra a escola pública mas tão só a liberdade de pensar, educar e ensinar, entre outras coisas, o que parece que não entra na cabeça formatada dos últimos moicanos da educação monopolista de Estado.
Julho 9, 2008 at 5:05 pm
h5n1 (89),
Estamos de acordo, quando refere …
“Não defendo a escola particular contra a escola pública mas tão só a liberdade de pensar, educar e ensinar, entre outras coisas, o que parece que não entra na cabeça formatada dos últimos moicanos da educação monopolista de Estado.”
Uma das mais brutais, idiotas e assassinas medidas “riformistas” desta gentalha que se instalou na 5 de Outubro, foi assassinar a iniciativa dos cidadãos na organização e implementação de actividades extra-curriculares nas escolas do 1º ciclo. Algo conseguido, tão dura e dificilmente, ao longo de anos, á custa de tanto voluntariado (verdadeiro) de pais, professores, autarquias, clubes, etc, tudo deitado literalmente “para o lixo”.
É um desastre. Terrível.
Julho 9, 2008 at 5:14 pm
Penso que sabe que NUNCA foram os professores que “mandaram nas escolas”. Foram sempre os burocratas, os tecnocratas. Tinham (era) alguma margem de liberdade pedagógica, que lhes permitiam “viver e trabalhar com os alunos”, ser criativos e dinâmicos, tomar posições “contra corrente”, etc. É esta Liberdade que neste momento está em causa. Para “estes” professores.
Que ninguém duvide. Há professores com opções ideológicas para “todos os gostos e feitios”.
Nos “privados” sei que, com excepção de alguns casos tipificados, esta liberdade pedagógica praticamente é inexistente.
Muitos admiram o professor em “O Clube dos Poetas Mortos”. Mas esquecem-se que, no final, o professor foi despedido do Colégio onde leccionava.
Pois.
Julho 9, 2008 at 6:50 pm
Mas, não estamos de acordo, quando parece considerar que na “escola particular” há “…tão só a liberdade de pensar, educar e ensinar, entre outras coisas,…”.
“Não defendo a escola particular contra a escola pública mas tão só a liberdade de pensar, educar e ensinar, entre outras coisas, o que parece que não entra na cabeça formatada dos últimos moicanos da educação monopolista de Estado.”
Basta, para isso, juntar 2 mais 2, não é verdade!?
Julho 9, 2008 at 6:51 pm
O meu comentário anterior, dirige-se a “horn 1”.
Julho 10, 2008 at 12:49 am
É fácil a resposta à pergunta de (80): porque a Constituição da República Portuguesa assim o ordena…