A entrevista de MLR trata basicamente de 4 temas:
– exames nacionais;
– avaliação dos professores;
– sindicatos;
– contestação.
O resto são generalidades e banalidades e outras coisas acabadas em “ades” que não acrescentam nada.
Não há temas novos.
O discurso é o mesmo de sempre, com as frases estafadas e as estratégias que usa desde o início.
Veja-se a resposta a esta pergunta: “Vai conseguir levar para a frente este modelo[de avaliação dos professores]em ano de eleições?”
R:”As escolas estão a trabalhar. A comissão científica está a trabalhar.(…)”
A estratégia é a habitual: desvia a atenção do objectivo, mais difícil de alcançar, e centra-a na processo que sente seguro.
Alem disso, aproveita para se contradizer como o Paulo já demonstrou, o que nela também é recorrente.
Aqui também nada de novo.
Então o que há de novo nesta entrevista?
Em 1º lugar, a inusitada reportagem fotográfica.
Em 2º lugar, o destaque dado (páginas centrais do Expresso).
É possível compreender o destaque dado à forma se tivermos em atenção a pobreza do conteúdo.
Mesmo assim, era necessário este estardalhaço? Não me parece.
Esta entrevista não traz ideias novas (coisa nova nas entrevistas de MLR), repete o discurso e não é suficiente para apaziguar as preocupações da classe média com o facilitismo dos exames.
Legendas
1ª Não, não quem vai ficar a chuchar no dedo são os profs.
2ª Ganda moca, vejam-me só este pernaço!!!
3ª Rezo todos os dias aos santinhos para não me tirarem o meu Valter.
4ª O sucesso da minha política foi ter apanhado os professores a dormir.
5ª Ai desculpem-me mas não estava à espera de soltar este gás. Hi hi.
6ª O valter garantiu-me que a “crise” é deste tamanho. Eu tenho dúvidas mas espero não me enganar.
7ª Mas ri-se de quê? Talvez de nos ter lixado(com f) a todos.
Óptimas legendas, Chico !
Ela está realmente a chuchar no dedo, não está? Freud deve explicar isso algures…
Deve ser a forma recorrente para combater os pesadelos com os seus pesadelos diários, escalpelizados por Maria C., no post 3. : exames e suas “broncas”, os malandros dos professorzecos que não querem a sua tão “original” e chilena avaliação, os sindicatos comunas e as contestações a que é …”indiferente”.
Esses quatro pesadelos surgem muitas vezes em simultâneo : Ela a fazer um exame perante o país e os sindicatos,assediada por contestações e submetida ao seu próprio veneno (“avaliação do desempenho”).
Resultado, nos dias piores: acorda aos gritos depois de verificar que o seu Ministério não teve direito a quota que lhe permita ter excelente, um mero 13,4 no exame que não lhe permite o acesso ao escalão seguinte (PM ou PR, no seu caso….), perseguida por sindicalistas e manifestações constantes, ao virar de cada esquina.
O Ministério da Educação e a FENPROF reforçam-se mutuamente numa estratégia concertada, destinada a beneficiarem da imagem de uma oposição intransigente, mas que na prática visa apenas reduzir a margem de manobra aos docentes.
A Ministra, na entrevista de onde são retiradas as fotos, continua a lamentar-se dos sindicatos, na mesma lógica em que a FENPROF a utiliza para legitimar o seu papel de embrulho.
Mário Nogueira, Carvalho da Silva e Maria de Lurdes Rodrigues, blindam-se atrás de uma encenação e de uma coreografia perversa de desculpas e mentiras, porque disso depende a sua permanência nos cargos que ocupam e o futuro das suas carreiras político-mafiosas.
A ministra mostra a coxa, a FENPROF mostra bandeiras negras e o espectáculo continua para gáudio da Nomenklatura.
A FENPROF anuncia o programa das festas como quem anuncia o próprio programa deste governo, em relação à educação:
“a FENPROF empenhar-se-á no combate ao insucesso e abandono escolares e lutará pela democratização da Escola Pública. Defenderá o incremento de medidas que promovam a real inclusão e o acesso de todos à sociedade do conhecimento, independentemente da sua proveniência social ou das necessidades especiais que apresentem. Lutará por uma escola em que se respeite a diferença e em que todos possam ser considerados em função das suas necessidades específicas.” Lutará para que “a Escola contribua para eliminar a exclusão, focos de delinquência, o racismo e a xenofobia, garantindo uma verdadeira democratização do ensino”
Quem consegue distinguir a FENPROF do governo neste particular ??
Isto é uma verdadeira porno-chanchada, com bigodes, faxs, doutoramentos e coxas celulíticas fora-de-prazo à mistura.
Volto a apelar: parem de pagar quotas aos sindicatos, entreguem os cartões já!!Se em Setembro NINGUÉM tiver pago quotas, vão ver os sindicatos a se mexerem…
Eu acho que este fotógrafo está com os professores!!! Ou então, foi uma encenação pensada, do tipo vamos lá humanizar a ministra, que correu muito mal.
Aqui destacamos apenas alguns “retalhos” de NASCIDO PARA O PODER. SÓCRATES – DA INFÂNCIA AO PODER (In Semanário SOL, “Tabu”, nº 26, 10 de Março de 2007).
“O ano de 1965 faz mossa no retrato de família (…) Contra os preceitos da época, o casal desenlaça o destino. Separação é coisa pouco vista , ainda mais na Covilhã, e o desaire acaba notícia de pé de orelha. A irmâ mais velha, Ana Maria, e o irmão mais novo, Tó Zé, partem com a mãe para vila Real. Sorte diferente tem Sócrates, entregue à rédea curta do pai. O homem é da natureza das fragas da sua aldeia, esbanja em rigidez o que poupa em afectos. E o pequeno, com oito anitos, ganha estofo «até essa altura tive uma infância feliz. Depois, a separação dos pais era um estigma e estar longe dos meus irmãos foi doloroso». O divórcio no tribunal só chegaria mais tarde, depois da revolução dos cravos. Na barra, Adelaide teria como patrono o advogado do pai, Dias Ferreira. A vida tem os seus acasos: aquele era, nem mais nem menos, o pai de Manuela Ferreira Leite. (…)”
pp 44
COMUNICADO DOS MOVIMENTOS REUNIDOS A 31 DE MAIO
05-Jun-2008
Divulgamos aqui o comunicado, publicado no blogue do MUP, que resultou da reunião realizada neste último Sábado entre a APEDE, o Movimento Mobilização e Unidade dos Professores e o Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia. Este comunicado e o encontro que esteve na sua base são apenas o ponto de partida para a construção de uma plataforma dos movimentos de professores, a qual desejamos que seja o mais ampla possível. Reiteramos aqui os nossos agradecimentos e as nossas saudações aos colegas do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, que tiveram a iniciativa dessa reunião, honrando dessa forma o compromisso que assumiram quando criaram o seu próprio movimento.
Justo seria que o valor de quotas que se está neste momento a pagar aos sindicatos fosse direitinho para esta nova plataforma de movimentos de professores, que realmente visa defender os professores e as escolas públicas! Pensem nisso. Deixem já os sindicatos, que mais não foram que Judas! Só que, provavelemente, por mais do que trinta dinheiros….
A APEDE – Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, o Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia e o MUP – Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, reunidos em 31 de Maio de 2008, depois de analisarem as políticas educativas empreendidas pelo actual Governo e a consequente resposta por parte dos professores, decidiram reiterar a sua oposição a essas políticas, designadamente as que estão patentes no Estatuto da Carreira Docente e nos decretos de Avaliação do Desempenho e de Gestão Escolar.
Apelam a todas as formas de resistência dos professores, individuais ou colectivas, que assumam uma domensão de escola, agrupamento ou conjunto de escolas, exprimindo a rejeição destas políticas, e declaram também, em consequência, o seu apoio activo e solidariedade a todos os professores e a todas as escolas que decidam contrariar a sua aplicação.
Apelam, finalmente, a todos os professores, associações, sindicatos e outras entidades, para que dêem corpo a um esforço conjunto de contestação a estas gravosas medidas que, atentando contra a democracia na escola e perturbando o seu funcionamento, põem em causa a escola pública.
MUP – Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores
APEDE – Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino
Isto é o que o artur albarran chamaria de “imagens dramáticas! O horror!” lol. Eu acho que sob aquele ar de bruxa maquiavélica, esconde-se uma ninfomaníaca depravada :p
“Tive a certeza de que a engenharia não era o meu destino. É o mundo dos pormenores e eu tenho uma inteligência direccionada para o abstracto.” – José Sócrates [vide primeira página aqui publicada].
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.c
om/2008/07/nascido-para-o-poder.html
Aqui, em versão “mini”
RETALHOS DA VIDA DE SÓCRATES
Aqui destacamos apenas alguns “retalhos” de NASCIDO PARA O PODER. SÓCRATES – DA INFÂNCIA AO PODER (In Semanário SOL, “Tabu”, nº 26, 10 de Março de 2007).
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/07/retalhos-da-vida-de-scrates.html
PJ (11)
Será H5N1 a liderar? Ou talvez a liderança, no conceito de H5N1, não faça qualquer falta: pelo menos nunca li nada dele que denotasse uma opinião contrária. Lacunas… discretas mas significativas.
Pois, é que assim não vamos a lado nenhum. De nada serve (ainda nos ridicularizam se for preciso) cada um gritar para seu lado, sem um mínimo de conserto e concerto! o que nos está a fazer falta a todos é um maestro. Os sindicatos estão sem crédito junto de muitos de nós. Estes movimentos, de que sou particular admirador, ainda não demonstraram ter qualquer poder reivindicativo.
O que podemos/devemos fazer?
Desde que foi desmascarado, o Estudo sobre a Reorganização da Carreira Docente do Ministério da Educação, coordenado por João Freire, tem vindo a ser objecto de algumas reflexões e comentários nos blogs de educação.
. Solicita-se uma ampla divulgação deste estudo e das reflexões sobre ele, para que todos os professores (e todos os cidadãos em geral) possam, definitivamente, perceber as trampolinices dos nossos responsáveis ministeriais e afins que, através do seu enfezamento, vão tornando o País mais mesquinho e vil.
. Parte deste estudo pode consultá-lo neste blog em ESTUDO QUASE SECRETO.
. Reflexões e comentários:
Da APEDE:
. Para uma Genealogia do Estudo da Carreira Docente – 1
. Para uma Genealogia do Estudo da Carreira Docente – 2
De Ramiro Marques
. Estudo sobre a Reorganizão da Carreira Docente: a Origem de Todos os Males
PJ (29)
A questão da liderança é perfeitamente oportuna. Mas é apenas um dos aspectos da questão mais geral da organização. Há muito mais do que liderança. Por exemplo, a capacidade de intervenção autónoma de cada um no sentido de reforçar (ou criticar) uma linha de orientação; o poder de difusão da palavra para proporcionar o choque das ideias; o acerto sobre a acção mais adequada a cada momento. Nada disto nasce do acaso, é uma obra a longo prazo. Haverá tempos de avanço e de recuo; de esperança e de desespero; os teimosos e os transfugas; de tudo um pouco, para fazer um mundo. Se bem que uma organização completamente desenvolvida ser uma entidade muito complexa, basta, por exemplo, um meio de diálogo persistente como este espaço de Paulo Guinite – tem dotes de liderança – para que um embrião de organizaçõ nasça. O mais importante é não olhar para uma organização como algo negativo em si próprio, à maneira dos anarquistas. Com esta condição, ela crescerá naturalmente.
Eu acho que a Ana Henriques está certa. Isto não pode continuar. Disseram-me que há escolas onde se querem afixar no princípio do ano AS GRELHAS DOS TESTES DIAGNÓSTICO !!!
Os sindicatos são responsáveis por terem andando com entendimentos. Era o tudo ou nado. Agora temos aí a ministra armada em vedeta!!!
Há um ditado popular que diz: quem ri por último, ri melhor. E Maria de Lurdes, depois de uma fase negra da sua carreira política, que culminou com cem mil professores a desfilar na rua, pedindo a sua demissão, consegue, por culpa da traição dos sindicatos, ressuscitar das cinzas, vencer uma luta, que ela, por momentos, julgou perdida. Por isso, a sua reacção natural só podia ser a que vemos nas fotos: rir-se dos papalvos dos professores, que um dia acreditaram que poderiam mudar o rumo das coisas
Aquela dos sindicatos da plataforma terem argumentado que assim foi melhor porque se pacificou o final do ano lectivo…Phónix, que raio de argumento. Para já, até então todas as acções espontâneas dos professores, e a marcha dos cem mil, não tinham interferido com as aulas. Depois vieram as manifestações dos camionistas e dos pescadores, que esses sim, não estiveram com meias medidas e obrigaram os respectivos ministros a negociar. Acções promovidas pelos sindicatos NUNCA MAIS.
Os professores deveriam deixar os sindicatos a falar sozinhos, ou a entenderem-se com a ministra. Não comparecer num raio de muitos quilómetros ao redor das manifes convocadas por eles. Estar atento a todas as iniciativas dos movimentos independentes de professores.
Desta vez nem houve paciência para ler a entrevista, bla, bla, bla, e o sucesso do PAM, patati, patata, e a melhoria de resultados nos exames, bla,bla,bla… é sintomático que nos centremos nestas imagens de decadência e já não haja paciência para esta propaganda.
A opinião generalizada é que as fotografias, inocentes ou não, foram um golpe certeiro na imagem ministerial.
Apetece dizer às criancinhas renitentes: “ou comes a sopa toda, ou mostro-te umas fotografias que aqui tenho”.
Óptima Ministra de Portugal.Está preparando criados (analfabetos) para a Europa e não percebe que a idade não perdoa. Deveria ter vergonha destas imagens de Estado.Afeganistão com ela.
Estive a ler o site da Apede. As formas de luta são de Março. E ainda falam de manifestações de rua, de luto, para um protesto sempre que o PM apareça.
No site da mobilizaçãoeunidade….., referem a reunião da Fenprof com o ME e os pontos em discussão.
De que formas de luta estamos a falar?
Eu só quero entender as diferenças e perceber a organização da coisa e os objectivos.
Porque se é para ter conhecimento do estudo de João Freire ou da entrevista da Ministra, sempre posso fazê-lo noutros sítios, certo?
De facto, as coisas não nascem do nada.
E é muito engraçado as pessoas á espera de um “salvador” (tirano) ou de “salvadores” (tiranos). Do grande “líder” ou da ” organização ou dos grandes objectivos”.
Muito engraçado. Estão sentados a assistir e a comer tremoços. E o Guinote a trabalhar. E outros tb. Tem piada.
Querem, pelos vistos, novos tiranos, chefes. Demagogos.
Sorry.
Eu não quero!
Ana Henriques (53)
Sem organização… kaput. Cada um por si, o mais que se pode construir é um muro de lamentações. O que o poder organizado (e sem regras) teme, não é que todos falem, mas que todos falem e ajam concertadamente. Até uma criancinha percebe isto…
A questão da organização e a sua relação com o cristianismo, o anarquismo e o leninismo-jacobinismo tem muito que se lhe diga.
Foi na Rússia czarista que se lançaram os alicerces daquilo que viria a constituir o “modelo” (ou modelos, se considerarmos as várias tendências ensaiadas) daquilo que viria a ser consagrado como organização revolucionária.
Dostoievsky retratou genialmente este espírito prevalecente da época, que procurava na acção directa e no desprezo/ressentimento absoluto pelo Outro, a ultrapassagem dos dilemas pessoais, sociais e uma espécie de salvação da alma.
A Al Qaeda retoma, na sua essência, o testemunho dessa época, que nunca desapareceu completamente do nosso horizonte: ARA, Brigadas Vermelhas, FP25, ETA, FARC, etc.
No entanto, é inquestionável que sem objectivos comuns empolgantes e “de ruptura”, muito dificilmente se consegue alguma coisa em termos de “conquistas” históricas, mesmo que depois se traduzam quase inevitavelmente em desastres, em “traições” e em crimes hediondos.
A espécie humana evoluíu muito em termos tecno-científicos, mas em termos éticos e sociais não conseguimos soltar-nos da natureza animal, que no fundo constitui a nossa marca mais persistente.
Daí a “terrível” herança que o cristianismo constitui para nós, quer queiramos ou não, uma vez que nos fez/faz acreditar que os seres humanos poderiam/podem vir a superar a sua herança animal na Terra ao elevarem-se ao Reino dos Céus, como anjos sem mácula, sem sexo e sem passado.
É esta mitologia secularizada que a “esquerda” nos quer impingir, em forma de salvação universal e que nos continua a empurrar para formas de organização totalitárias.
Daí eu continuar a considerar que um ser humano livre é aquele que não entregou a sua alma a nenhuma seita, organização ou igreja, mas que tem consciência de que, ainda assim, a sua animalidade deve ser contrariada com formas de pertença a uma comunidade de valores éticos e de princípios políticos que permitam evitar a guerra de todos contra todos e o esmagamento dos mais fracos.
Os machos ou fêmeas dominantes impõem-se da mesma forma em todas as comunidades animais: os mais aptos assumem a liderança.
Nem todos os indivíduos têm cabelos lisos; nem todos os indivíduos têm carapinha; nem todos são magros; há de tudo.
Igualmente: nem todas as organizações são político-mafiosas; nem todos os líderes são tiranos. Nem é preciso insistir constantemente nos conceito-chave religiosos. A igreja não existiu sempre. Deve ainda existir um remanescente da nossa consciência que nada deve à igreja, mau grado toda a influência que ela exerce. Quanto mais insistirmos em nos mantermos dentro das suas categorias filosóficas, mais aprisionados nos sentimos. É lógico. Acaba também por se relectir nas formas verbais de expressão.
Os resultados dos exames de matemática e de português (para + e para-) estão a começar a fazer mossa em pais e alunos… Começa a haver manifestações de desagrado… Estão a sentir-se enganados… Ninguém é estúpido (por muito tempo)… Daqui a nada vêm para a rua, com os professores…
Pois sim, mas a religião enquanto necessidade de (re)ligação a algo de transcendental é uma constante desde as pinturas das cavernas do neolítico.
Basta estudar a mitologia e os cultos mais ancestrais em todo o mundo para se perceber a centralidade da sacralização da violência fundadora, no processo de humanização da nossa espécie.
Os positivistas estavam convencidos daquilo que o Ferrão enuncia, e os resultados perversos da secularização tecno-científica estão à vista de todos: os sacrifícios humanos perpetrados à facada são a grande moda em Londres, essa grande metrópole da civilização onde todos são iguais e todos são diferentes e onde a religião já não conta para nada.
O Ferrão pensa que se puxar os seus cabelos com muita força que consegue elevar-se da terra.
E está enganado, eu não defendo a preservação dos valores do cristianismo nem tão pouco a sua erradicção total, pela simples razão de que não é possível ignorarmos o passado, sob pena de nos tornarmos crianças e/ou amnésicos, prontos para integrar um qualquer rebanho tecnomanipulado e neuroescravizado.
h5n1
Sempre pitorescas, as metáfoiras de H5N1. Gostei do puxão de cabelos e espero um dia conseguir elevar-me da terra.
No neolítico ainda não havia excedentes suficientes para que uma parte significativa dos membros da sociedade se pudesse dar ao luxo de se dedicar exclusivamente aos problemas transcendentais. A procura de alimentos era diária e exigia a participação de todos.
Não considero que a evolução da igreja judaico-cristã tenha sido feita no sentido da humanização (palavras de H5N1). Pelo contrário, ao pôr toda a gente de mal com o seu próprio corpo, desumanizou. Ao desconsiderar as condições de uma vida com segurança na Terra, prometendo uma compensação celestial, desumanizou. Poderia continuar a dar exemplos, mas não creio que H5N1 seja tão distraido que nunca tenha pensado nisso. Tomo a sua frase como um simples lapsus linguae 🙂
Eu diria que é uma entrevista para manter os professores zangados com a ministra e o governo socretino. Diria que a maioria das perguntas são as que a ministra gostaria de ouvir e não desilude nas respostas. Quanto às fotos…lamentáveis, no mínimo! Tudo muito estranho!
Mas isto deve ser delírio meu, por ter apanhado demasiado sol na moleirinha…
Tese 1.
Os mandamentos e ensinamentos judaico-cristãos são uma forma primitiva de tentar controlar a veia predadora e assassina da espécie humana.
Tese 2.
Os mandamentos e ensinamentos judaico-cristãos são uma forma de alienação e aprisionamento da pureza do ser humano.
Como se vê, sem uma “ideia” do que é e pode ser o ser humano não faz sentido falar e fundamentar seriamente o que quer que seja sobre ética, política ou comunidades humanas.
Ou seja, para ser simples e directo, o domínio da história e da filosofia (para além de tudo o mais) ajudam muito ao questionamento das NOSSAS PRÓPRIAS teorias e fundamentos, uma vez que o pensamento e a crítica racional se articulam SEMPRE com base em (pre)conceitos e crenças centrais que raramente colocamos à luz do dia ou admitimos que possam ser de outra maneira.
“Poder” e a “Liderança” são dimensões completamente distintas – imposição mais ou menos coerciva v.s. aceitação pelos outros.
Do ponto de vista investigativo da Psicologia, tentou-se, em vão, encontrar “traços de personalidade” que definissem “líder”. Os modelos ou abordagens contingenciais prevalecem na interpretação da dimensão “liderança”.
As abordagens de “desvio social” (a mairia da investigação era na dimensão “conformismo” grupal)são muito interessantes a este respeito. Mas, de facto, em termos de literatura (mesmo) especializada não estão disponíveis no mercado.
H5N1
Quando, todos os dias de manhã, abre a torneira e se maravilha com a saída de água, o que conclui? Que há uma organização por trás! Quando acciona o interruptor, quando roda de bicicleta na estrada, quando, quando…
Não gosta de organização? Experimente então viver sem ela. Não deixe o seu ser puro ser contaminado por essa desgraça. Radical a sério não faz concessões, nem se deixa corromper por benesses. Aceita conscientemente e enfrenta integralmente as consequências das suas opções.
Ana Henriques
A liderança é uma função das organizações que não se consubstancia exclusivamente no líder. Está difundida por todos os membros. Este ponto é crucial. Ao rejeitarmos este conceito, caimos em muitas dilemas, cada qual mais insolúvel que o outro.
Significa que concorda comigo. No meu comentário anterior, afirmo que os modelos ou abordagens contingenciais prevalecem na interpretação da dimensão “liderança”.
Não tente encarcerar-me numa gaiola conceptual rígida e cientificamente rigorosa, que nem sequer tem razão de ser e que contraria o que venho afirmando.
O que eu estou a tentar argumentar é que a) uma coisa é a organização natural da espécie humana, tipo abelhas ou castores, e b) outra coisa são as políticas culturalmente determinadas (pela história, pela filosofia, pela religião, pela economia, etc) que os homens utilizam de forma instrumental para a prossecução de determinados fins ideológicos e, supostamente civilizacionais.
Não perceber a diferença e “fundir” os dois aspectos é um dos défices da “esquerda” e de todos aqueles que apostam na escola enquanto “oficina da humanidade”, como o afirmava convicta e doutamente o substituto de Vasco Gonçalves na pasta da Educação.
Longe de mim querer encarcerar alguém. Registo que aprecia positivamente alguns aspectos da organização, mas que detesta outros. Já é um passo em frente, pois quase me convencia que a sua aversão era total.
Chegados a este ponto civilizacional (palavra sua) que integra todo o nível de organização, planeamento a longo, médio e curto prazo, etc – enfim, todas essas coisas detestáveis das organizações, fica por esclarecer a razão porque não podemos ir mais além.
Aguardo com interesse – sincero – a sua resposta, caro H5N1.
O h5n1 tem razão na escavação arqueológica que faz, no local e nas conclusões: a mim sempre me pareceu que os ideais revolucionários estão contagiados por um fanatismo de matriz cristã: querer a todo o custo fazer o reino de Deus na Terra. Está provado que essa sede do absoluto resulta em sangue. Porque os seres humanos não são perfeitos. As sociedades devem organizar-se prevendo a tendência natural dos homens para o egoísmo, a pulhice, a violência, e aprovar leis que contrariem isso e obrigando-os a viver com um mínimo de respeito e decência. Os países decentes fazem isso e por isso há milhões de desgraçados na Terra que querem emigrar para lá. Quando se parte do princípio errado que os humanos são perfeitos ou aperfeiçoáveis à força, a experiência resulta mal. Ver a miséria e as máfias que engendraram os ideais comunistas. Muitos gajos do BE e do PC têm um discurso de seminaristas destrambelhados.
Convenço-me que aqueles que mais fazem questão de afirmar a sua impoluta, absoluta, intocável, celestial individualidade – rejeitando qualquer forma de associativismo ou militância – são também os que mais facilmente negam a individualidade aos outros.
No princípio do mandato de MLR, uma das linhas de força da sua campanha foi eleger o mau comportamento de alguns professores como paradigma do comportamento generalizado de todos os professores. Isto aconteceu, não estou a inventar. Só hoje é que ela condescende em dar alguns créditos aos professores. Há que ter pachorra…
A estratégia apostou sempre no Markting, Publicidade e Consultores de Imagem! Não interessa o que se vende, importa sim, fazer um embrulho bonito, atraente e socialmente aceitável e, simultaneamente, controlar os canais de distribuição. A estratégia continua a mesma, convinha era dar um toque de “humanidade” na estratega.
Foi com ele que tudo começou. É um “case study” de como a engenharia social é a arma de todos os modernaços, dos estalinistas aos socialistas travesti. Como arma de combate político e de destruição dos inimigos internos externos, foi usada ate à exaustão por Lenine e Staline. Que tenha regressado a Portugal pela mão de dois ex-anarquistas e libertários é apenas uma questão de pormenor e que confirma a velha tese de que “os extremos se tocam”. Agora, a engenharia social é usada pelos socialistas travesti com o objectivo de destruir uma profissão perigosa para o status quo. O professor como intelectual livre, com liberdade pedagógica, com tempo para o estudo e com liberdade de expressão e autonomia pedagógica é incompatível com o novo paradigma da escola dual: uma escola para as elites, exigente, disciplinada, tranquila e com um currículo assente no que de melhor construiu a nossa herança científica, tecnológica e artística e uma escola para as massas, os produtores, os executores, a geração dos 500 euros, que, em tempo de vacas magras, tem de ser utilitária, instrumental, eficaz e sem desperdícios. Fazer aceitar o segundo paradigma de escola, exige o silêncio e a extinção da liberdade e autonomia pedagógicas dos professores. Então, a ministra, ela própria especialista em engenharia social, lembrou-se de pedir auxílio ao seu mestre e mentor, João Freire, aquele que orientou a sua tese de doutoramento sobre a “engenharia social aplicada ao estudo da profissão de engenheiro”. O mentor, já reformado do ISCTE, mandou às urtigas o seu passado de sempre, anarquista e libertário, e aceitou o desafio. Em seis meses produziu o estudo sobre a reorganziação da profissão docente e a ministra pôs equipas e grupos de trabalho a plasmarem em leis, descretos-leis, portarias e despachos as conclusões e recomendações do estudo de João Freire. O estudo foi entregue em Dezembro de 2006 e um ano depois a profissão de professor, como a conhecíamos, estava destruída. A destruição foi tão rápida, intensa e profunda que a tornou irreconhecível. Foi um dano irreparável. O que se vai seguir já é presente: professores jovens a abandonarem a profissão, professores mais antigos a pedirem reformas antecipadas, professores revoltados e desanimados e jovens com vocação que vão escolher outras profissões porque sabem que “assim não se pode ser professor”.
Portanto a estratégia resultou. Não era isto (professores jovens a abandonarem a profissão, professores mais antigos a pedirem reformas antecipadas, professores revoltados e desanimados e jovens com vocação que vão escolher outras profissões porque sabem que “assim não se pode ser professor”) que se pretendia?
«O Expresso publicou na sua última edição uma entrevista de páginas centrais com a Ministra da Educação da República. É das tais que não li nem vou ler – não estou propriamente interessado em ouvir as explicações de sua excelência para os resultados mágicos da Matemática Contemporânea Versão 2008. Não li, mas vi. Porque esta peça jornalística não é pra ler, mas é para ver. Esta peça vale pelos bonecos, isto é , pelo excelente trabalho fotográfico do repórter Tiago Miranda.»
Tapor
[…] Mas então não foi o Expresso que há um ano permitiu uma das entrevistas mais memoráveis de sempre de Maria de Lurdes Rodrigues e aquela que me ia destruindo a líbido, ao mesmo tempo que me massacrava mais uns milhares de neurónios? […]
Julho 7, 2008 at 9:02 am
assim, em overdose, ainda consegue ser pior…
deixa às colherzinhas, Paulo…já é suficiente…
Julho 7, 2008 at 9:05 am
😀
Estratégia-choque.
Julho 7, 2008 at 9:49 am
Para quê esta entrevista?
A entrevista de MLR trata basicamente de 4 temas:
– exames nacionais;
– avaliação dos professores;
– sindicatos;
– contestação.
O resto são generalidades e banalidades e outras coisas acabadas em “ades” que não acrescentam nada.
Não há temas novos.
O discurso é o mesmo de sempre, com as frases estafadas e as estratégias que usa desde o início.
Veja-se a resposta a esta pergunta: “Vai conseguir levar para a frente este modelo[de avaliação dos professores]em ano de eleições?”
R:”As escolas estão a trabalhar. A comissão científica está a trabalhar.(…)”
A estratégia é a habitual: desvia a atenção do objectivo, mais difícil de alcançar, e centra-a na processo que sente seguro.
Alem disso, aproveita para se contradizer como o Paulo já demonstrou, o que nela também é recorrente.
Aqui também nada de novo.
Então o que há de novo nesta entrevista?
Em 1º lugar, a inusitada reportagem fotográfica.
Em 2º lugar, o destaque dado (páginas centrais do Expresso).
É possível compreender o destaque dado à forma se tivermos em atenção a pobreza do conteúdo.
Mesmo assim, era necessário este estardalhaço? Não me parece.
Esta entrevista não traz ideias novas (coisa nova nas entrevistas de MLR), repete o discurso e não é suficiente para apaziguar as preocupações da classe média com o facilitismo dos exames.
Volto ao início.
Para quê esta entrevista?
Julho 7, 2008 at 10:07 am
A última é digna de um filme de terror, que tipa abjecta.
Julho 7, 2008 at 10:35 am
Legendas
1ª Não, não quem vai ficar a chuchar no dedo são os profs.
2ª Ganda moca, vejam-me só este pernaço!!!
3ª Rezo todos os dias aos santinhos para não me tirarem o meu Valter.
4ª O sucesso da minha política foi ter apanhado os professores a dormir.
5ª Ai desculpem-me mas não estava à espera de soltar este gás. Hi hi.
6ª O valter garantiu-me que a “crise” é deste tamanho. Eu tenho dúvidas mas espero não me enganar.
7ª Mas ri-se de quê? Talvez de nos ter lixado(com f) a todos.
Julho 7, 2008 at 11:19 am
Óptimas legendas, Chico !
Ela está realmente a chuchar no dedo, não está? Freud deve explicar isso algures…
Deve ser a forma recorrente para combater os pesadelos com os seus pesadelos diários, escalpelizados por Maria C., no post 3. : exames e suas “broncas”, os malandros dos professorzecos que não querem a sua tão “original” e chilena avaliação, os sindicatos comunas e as contestações a que é …”indiferente”.
Esses quatro pesadelos surgem muitas vezes em simultâneo : Ela a fazer um exame perante o país e os sindicatos,assediada por contestações e submetida ao seu próprio veneno (“avaliação do desempenho”).
Resultado, nos dias piores: acorda aos gritos depois de verificar que o seu Ministério não teve direito a quota que lhe permita ter excelente, um mero 13,4 no exame que não lhe permite o acesso ao escalão seguinte (PM ou PR, no seu caso….), perseguida por sindicalistas e manifestações constantes, ao virar de cada esquina.
Julho 7, 2008 at 12:30 pm
O Ministério da Educação e a FENPROF reforçam-se mutuamente numa estratégia concertada, destinada a beneficiarem da imagem de uma oposição intransigente, mas que na prática visa apenas reduzir a margem de manobra aos docentes.
A Ministra, na entrevista de onde são retiradas as fotos, continua a lamentar-se dos sindicatos, na mesma lógica em que a FENPROF a utiliza para legitimar o seu papel de embrulho.
Mário Nogueira, Carvalho da Silva e Maria de Lurdes Rodrigues, blindam-se atrás de uma encenação e de uma coreografia perversa de desculpas e mentiras, porque disso depende a sua permanência nos cargos que ocupam e o futuro das suas carreiras político-mafiosas.
A ministra mostra a coxa, a FENPROF mostra bandeiras negras e o espectáculo continua para gáudio da Nomenklatura.
A FENPROF anuncia o programa das festas como quem anuncia o próprio programa deste governo, em relação à educação:
“a FENPROF empenhar-se-á no combate ao insucesso e abandono escolares e lutará pela democratização da Escola Pública. Defenderá o incremento de medidas que promovam a real inclusão e o acesso de todos à sociedade do conhecimento, independentemente da sua proveniência social ou das necessidades especiais que apresentem. Lutará por uma escola em que se respeite a diferença e em que todos possam ser considerados em função das suas necessidades específicas.” Lutará para que “a Escola contribua para eliminar a exclusão, focos de delinquência, o racismo e a xenofobia, garantindo uma verdadeira democratização do ensino”
Quem consegue distinguir a FENPROF do governo neste particular ??
Isto é uma verdadeira porno-chanchada, com bigodes, faxs, doutoramentos e coxas celulíticas fora-de-prazo à mistura.
Julho 7, 2008 at 12:32 pm
É a Bruni do Sócras.
Julho 7, 2008 at 12:33 pm
h5n1/7: Concordo 100%.
Volto a apelar: parem de pagar quotas aos sindicatos, entreguem os cartões já!!Se em Setembro NINGUÉM tiver pago quotas, vão ver os sindicatos a se mexerem…
Julho 7, 2008 at 1:26 pm
Eu acho que este fotógrafo está com os professores!!! Ou então, foi uma encenação pensada, do tipo vamos lá humanizar a ministra, que correu muito mal.
Julho 7, 2008 at 1:49 pm
Paulo,
Isto assim é tortura!
Concordo com os colegas que apelam à luta e ao boicote aos sindicatos (o que já é uma forma de luta).
No entanto, falta liderança! Falta liderança!
Julho 7, 2008 at 1:59 pm
Consegui o artigo completo!!!!
“RETALHOS DA VIDA DE SÓCRATES
Aqui destacamos apenas alguns “retalhos” de NASCIDO PARA O PODER. SÓCRATES – DA INFÂNCIA AO PODER (In Semanário SOL, “Tabu”, nº 26, 10 de Março de 2007).
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/07/retalhos-da-vida-de-scrates.html”
“O ano de 1965 faz mossa no retrato de família (…) Contra os preceitos da época, o casal desenlaça o destino. Separação é coisa pouco vista , ainda mais na Covilhã, e o desaire acaba notícia de pé de orelha. A irmâ mais velha, Ana Maria, e o irmão mais novo, Tó Zé, partem com a mãe para vila Real. Sorte diferente tem Sócrates, entregue à rédea curta do pai. O homem é da natureza das fragas da sua aldeia, esbanja em rigidez o que poupa em afectos. E o pequeno, com oito anitos, ganha estofo «até essa altura tive uma infância feliz. Depois, a separação dos pais era um estigma e estar longe dos meus irmãos foi doloroso». O divórcio no tribunal só chegaria mais tarde, depois da revolução dos cravos. Na barra, Adelaide teria como patrono o advogado do pai, Dias Ferreira. A vida tem os seus acasos: aquele era, nem mais nem menos, o pai de Manuela Ferreira Leite. (…)”
pp 44
Julho 7, 2008 at 2:01 pm
Eu acho que a ministra deve ter gostado do fotógrafo…. só isso justifica esta alegria e boa disposição.
Julho 7, 2008 at 2:12 pm
PJ (11),
COMUNICADO DOS MOVIMENTOS REUNIDOS A 31 DE MAIO
05-Jun-2008
Divulgamos aqui o comunicado, publicado no blogue do MUP, que resultou da reunião realizada neste último Sábado entre a APEDE, o Movimento Mobilização e Unidade dos Professores e o Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia. Este comunicado e o encontro que esteve na sua base são apenas o ponto de partida para a construção de uma plataforma dos movimentos de professores, a qual desejamos que seja o mais ampla possível. Reiteramos aqui os nossos agradecimentos e as nossas saudações aos colegas do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, que tiveram a iniciativa dessa reunião, honrando dessa forma o compromisso que assumiram quando criaram o seu próprio movimento.
apede.pt/joomlasite/index.php?option=com_content&task=view&id=33&Itemid=2
Julho 7, 2008 at 2:18 pm
Que entrevista deprimente, acompanhada por umas fotos não menos deprimentes.
Julho 7, 2008 at 2:21 pm
14:
Justo seria que o valor de quotas que se está neste momento a pagar aos sindicatos fosse direitinho para esta nova plataforma de movimentos de professores, que realmente visa defender os professores e as escolas públicas! Pensem nisso. Deixem já os sindicatos, que mais não foram que Judas! Só que, provavelemente, por mais do que trinta dinheiros….
Julho 7, 2008 at 2:54 pm
Ana (14),
Isso está onde? No blogue mobilizacaoeunidadedosprofessores?
Julho 7, 2008 at 3:06 pm
COMUNICADO CONJUNTO DE MOVIMENTOS DE PROFESSORES
A APEDE – Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, o Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia e o MUP – Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, reunidos em 31 de Maio de 2008, depois de analisarem as políticas educativas empreendidas pelo actual Governo e a consequente resposta por parte dos professores, decidiram reiterar a sua oposição a essas políticas, designadamente as que estão patentes no Estatuto da Carreira Docente e nos decretos de Avaliação do Desempenho e de Gestão Escolar.
Apelam a todas as formas de resistência dos professores, individuais ou colectivas, que assumam uma domensão de escola, agrupamento ou conjunto de escolas, exprimindo a rejeição destas políticas, e declaram também, em consequência, o seu apoio activo e solidariedade a todos os professores e a todas as escolas que decidam contrariar a sua aplicação.
Apelam, finalmente, a todos os professores, associações, sindicatos e outras entidades, para que dêem corpo a um esforço conjunto de contestação a estas gravosas medidas que, atentando contra a democracia na escola e perturbando o seu funcionamento, põem em causa a escola pública.
MUP – Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores
APEDE – Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino
Movimento Escola Pública, Igualdade e Democracia
Julho 7, 2008 at 3:10 pm
DESTAQUES
NASCIDO PARA O PODER
ESTUDO QUASE SECRETO
O REI E A RAINHA VÃO NUS
PARA UMA ALTERNATIVA AO ECD
E ARQUIVO!
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
Julho 7, 2008 at 4:01 pm
Isto é o que o artur albarran chamaria de “imagens dramáticas! O horror!” lol. Eu acho que sob aquele ar de bruxa maquiavélica, esconde-se uma ninfomaníaca depravada :p
Julho 7, 2008 at 4:53 pm
PAULO!
ISTO É UMA AMEAÇA!!!
Se voltas a por mais uma… uma que seja… foto da senhora, juro que não volto a por aqui o pé!!
Julho 7, 2008 at 6:05 pm
Esta ameaça tem piada.
Julho 7, 2008 at 6:24 pm
E se for com cuecuinha de rendinha e de borlas rosa choque com música do género hino nacional já pode ser?
Julho 7, 2008 at 7:32 pm
“A bota joga com a perdigota”!!!!1
“NASCIDO PARA O PODER
“Tive a certeza de que a engenharia não era o meu destino. É o mundo dos pormenores e eu tenho uma inteligência direccionada para o abstracto.” – José Sócrates [vide primeira página aqui publicada].
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.c
om/2008/07/nascido-para-o-poder.html
Aqui, em versão “mini”
RETALHOS DA VIDA DE SÓCRATES
Aqui destacamos apenas alguns “retalhos” de NASCIDO PARA O PODER. SÓCRATES – DA INFÂNCIA AO PODER (In Semanário SOL, “Tabu”, nº 26, 10 de Março de 2007).
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/07/retalhos-da-vida-de-scrates.html
Julho 7, 2008 at 7:44 pm
fm,
Vou ceder a essa ameaça.
😉
Julho 7, 2008 at 8:02 pm
PJ (11)
Será H5N1 a liderar? Ou talvez a liderança, no conceito de H5N1, não faça qualquer falta: pelo menos nunca li nada dele que denotasse uma opinião contrária. Lacunas… discretas mas significativas.
Julho 7, 2008 at 8:02 pm
A palavra que me ocorre quando olho para isto é decadente mesmo. Mas palavras para quê?
As imagens falam por elas próprias…
Julho 7, 2008 at 8:40 pm
A MOTIVAÇÃO É O SEGREDO
É interessante o que se pensa dos professores, dos alunos, da escola…
(Pág. 10 e 12 do Jornal OJE, de 7 de Julho de 2008)
In,
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
Julho 7, 2008 at 9:04 pm
António (26),
Pois, é que assim não vamos a lado nenhum. De nada serve (ainda nos ridicularizam se for preciso) cada um gritar para seu lado, sem um mínimo de conserto e concerto! o que nos está a fazer falta a todos é um maestro. Os sindicatos estão sem crédito junto de muitos de nós. Estes movimentos, de que sou particular admirador, ainda não demonstraram ter qualquer poder reivindicativo.
O que podemos/devemos fazer?
Julho 7, 2008 at 9:32 pm
É uma Galeria de Horrores tal e qual a que o Kaos apresenta em Segunda-feira, Julho 07, 2008
O Museu do Horror
Julho 7, 2008 at 9:49 pm
PJ (29),
Que conceito tem de liderança?
Julho 7, 2008 at 9:51 pm
LIDERANÇA Tipo Lech Walesa..antes de se vender..
Julho 7, 2008 at 10:07 pm
bigbrother (32),
Ah…antes de se vender…
Actualmente, já ninguém “vai nessa”. A galeria de líderes em Portugal, deu neste “sítio mal frequentado”…
O “8 de Março” tem 3 meses e os sindicatos entenderam-se com os sindicatos.
Julho 7, 2008 at 10:09 pm
O “8 de Março” tem 3 meses e os sindicatos entenderam-se com o ME.
Julho 7, 2008 at 10:10 pm
Os sindicatos trairam os professores.
Julho 7, 2008 at 10:14 pm
O REI E A RAINHA VÃO NUS
Desde que foi desmascarado, o Estudo sobre a Reorganização da Carreira Docente do Ministério da Educação, coordenado por João Freire, tem vindo a ser objecto de algumas reflexões e comentários nos blogs de educação.
. Solicita-se uma ampla divulgação deste estudo e das reflexões sobre ele, para que todos os professores (e todos os cidadãos em geral) possam, definitivamente, perceber as trampolinices dos nossos responsáveis ministeriais e afins que, através do seu enfezamento, vão tornando o País mais mesquinho e vil.
. Parte deste estudo pode consultá-lo neste blog em ESTUDO QUASE SECRETO.
. Reflexões e comentários:
Da APEDE:
. Para uma Genealogia do Estudo da Carreira Docente – 1
. Para uma Genealogia do Estudo da Carreira Docente – 2
De Ramiro Marques
. Estudo sobre a Reorganizão da Carreira Docente: a Origem de Todos os Males
De Paulo Guinote:
. Margarita e o Mestre
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente-2
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente-3
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente-4
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente-5
. A Arqueologia do Estatuto da Carreira Docente-6
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/07/rei-e-rainha-vo-nus.html
Julho 7, 2008 at 10:15 pm
PARA UMA ALTERNATIVA AO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE
mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/06/para-uma-alternativa-ao-estatuto-da.html
Julho 7, 2008 at 10:17 pm
PJ (29)
A questão da liderança é perfeitamente oportuna. Mas é apenas um dos aspectos da questão mais geral da organização. Há muito mais do que liderança. Por exemplo, a capacidade de intervenção autónoma de cada um no sentido de reforçar (ou criticar) uma linha de orientação; o poder de difusão da palavra para proporcionar o choque das ideias; o acerto sobre a acção mais adequada a cada momento. Nada disto nasce do acaso, é uma obra a longo prazo. Haverá tempos de avanço e de recuo; de esperança e de desespero; os teimosos e os transfugas; de tudo um pouco, para fazer um mundo. Se bem que uma organização completamente desenvolvida ser uma entidade muito complexa, basta, por exemplo, um meio de diálogo persistente como este espaço de Paulo Guinite – tem dotes de liderança – para que um embrião de organizaçõ nasça. O mais importante é não olhar para uma organização como algo negativo em si próprio, à maneira dos anarquistas. Com esta condição, ela crescerá naturalmente.
Julho 7, 2008 at 10:19 pm
Ana:
Não se repita tanto!! Já ouvimos os mesmos posts há város dias… sorry…mas cansa!
Julho 7, 2008 at 10:51 pm
na ultima foto quase que dá para ver as caries…
Julho 7, 2008 at 10:56 pm
e algum tartaro…
Julho 7, 2008 at 10:57 pm
diagnostico: necessidade urgente de branquear o canino esquerdo…
Julho 7, 2008 at 11:00 pm
está muito amarelo…
nada de conotaçoes politicas. Até porque o direito nao está visivel….
Julho 7, 2008 at 11:39 pm
Eu acho que a Ana Henriques está certa. Isto não pode continuar. Disseram-me que há escolas onde se querem afixar no princípio do ano AS GRELHAS DOS TESTES DIAGNÓSTICO !!!
Os sindicatos são responsáveis por terem andando com entendimentos. Era o tudo ou nado. Agora temos aí a ministra armada em vedeta!!!
Julho 8, 2008 at 12:08 am
Manuel,
Eu não vou deixar de pagar quotas ao sindicato, nem vou rasgar cartões.
Prefiro insistir.E aguardar.
Julho 8, 2008 at 12:35 am
Há um ditado popular que diz: quem ri por último, ri melhor. E Maria de Lurdes, depois de uma fase negra da sua carreira política, que culminou com cem mil professores a desfilar na rua, pedindo a sua demissão, consegue, por culpa da traição dos sindicatos, ressuscitar das cinzas, vencer uma luta, que ela, por momentos, julgou perdida. Por isso, a sua reacção natural só podia ser a que vemos nas fotos: rir-se dos papalvos dos professores, que um dia acreditaram que poderiam mudar o rumo das coisas
Julho 8, 2008 at 12:40 am
Decadente é pouco, digamos que deprimente é mais adequado, digo eu…que já nem sei mais o que pensar desta TOURADA em que transformaram a educção
Julho 8, 2008 at 12:47 am
Aquela dos sindicatos da plataforma terem argumentado que assim foi melhor porque se pacificou o final do ano lectivo…Phónix, que raio de argumento. Para já, até então todas as acções espontâneas dos professores, e a marcha dos cem mil, não tinham interferido com as aulas. Depois vieram as manifestações dos camionistas e dos pescadores, que esses sim, não estiveram com meias medidas e obrigaram os respectivos ministros a negociar. Acções promovidas pelos sindicatos NUNCA MAIS.
Os professores deveriam deixar os sindicatos a falar sozinhos, ou a entenderem-se com a ministra. Não comparecer num raio de muitos quilómetros ao redor das manifes convocadas por eles. Estar atento a todas as iniciativas dos movimentos independentes de professores.
Julho 8, 2008 at 12:55 am
Desta vez nem houve paciência para ler a entrevista, bla, bla, bla, e o sucesso do PAM, patati, patata, e a melhoria de resultados nos exames, bla,bla,bla… é sintomático que nos centremos nestas imagens de decadência e já não haja paciência para esta propaganda.
A opinião generalizada é que as fotografias, inocentes ou não, foram um golpe certeiro na imagem ministerial.
Apetece dizer às criancinhas renitentes: “ou comes a sopa toda, ou mostro-te umas fotografias que aqui tenho”.
Julho 8, 2008 at 12:56 am
Que são, James?
Julho 8, 2008 at 1:09 am
Óptima Ministra de Portugal.Está preparando criados (analfabetos) para a Europa e não percebe que a idade não perdoa. Deveria ter vergonha destas imagens de Estado.Afeganistão com ela.
Julho 8, 2008 at 1:28 am
Estive a ler o site da Apede. As formas de luta são de Março. E ainda falam de manifestações de rua, de luto, para um protesto sempre que o PM apareça.
No site da mobilizaçãoeunidade….., referem a reunião da Fenprof com o ME e os pontos em discussão.
De que formas de luta estamos a falar?
Eu só quero entender as diferenças e perceber a organização da coisa e os objectivos.
Porque se é para ter conhecimento do estudo de João Freire ou da entrevista da Ministra, sempre posso fazê-lo noutros sítios, certo?
Julho 8, 2008 at 2:35 am
António Ferrão (38),
De facto, as coisas não nascem do nada.
E é muito engraçado as pessoas á espera de um “salvador” (tirano) ou de “salvadores” (tiranos). Do grande “líder” ou da ” organização ou dos grandes objectivos”.
Muito engraçado. Estão sentados a assistir e a comer tremoços. E o Guinote a trabalhar. E outros tb. Tem piada.
Querem, pelos vistos, novos tiranos, chefes. Demagogos.
Sorry.
Eu não quero!
Julho 8, 2008 at 8:32 am
Ana Henriques (53)
Sem organização… kaput. Cada um por si, o mais que se pode construir é um muro de lamentações. O que o poder organizado (e sem regras) teme, não é que todos falem, mas que todos falem e ajam concertadamente. Até uma criancinha percebe isto…
Julho 8, 2008 at 9:29 am
A questão da organização e a sua relação com o cristianismo, o anarquismo e o leninismo-jacobinismo tem muito que se lhe diga.
Foi na Rússia czarista que se lançaram os alicerces daquilo que viria a constituir o “modelo” (ou modelos, se considerarmos as várias tendências ensaiadas) daquilo que viria a ser consagrado como organização revolucionária.
Dostoievsky retratou genialmente este espírito prevalecente da época, que procurava na acção directa e no desprezo/ressentimento absoluto pelo Outro, a ultrapassagem dos dilemas pessoais, sociais e uma espécie de salvação da alma.
A Al Qaeda retoma, na sua essência, o testemunho dessa época, que nunca desapareceu completamente do nosso horizonte: ARA, Brigadas Vermelhas, FP25, ETA, FARC, etc.
No entanto, é inquestionável que sem objectivos comuns empolgantes e “de ruptura”, muito dificilmente se consegue alguma coisa em termos de “conquistas” históricas, mesmo que depois se traduzam quase inevitavelmente em desastres, em “traições” e em crimes hediondos.
A espécie humana evoluíu muito em termos tecno-científicos, mas em termos éticos e sociais não conseguimos soltar-nos da natureza animal, que no fundo constitui a nossa marca mais persistente.
Daí a “terrível” herança que o cristianismo constitui para nós, quer queiramos ou não, uma vez que nos fez/faz acreditar que os seres humanos poderiam/podem vir a superar a sua herança animal na Terra ao elevarem-se ao Reino dos Céus, como anjos sem mácula, sem sexo e sem passado.
É esta mitologia secularizada que a “esquerda” nos quer impingir, em forma de salvação universal e que nos continua a empurrar para formas de organização totalitárias.
Daí eu continuar a considerar que um ser humano livre é aquele que não entregou a sua alma a nenhuma seita, organização ou igreja, mas que tem consciência de que, ainda assim, a sua animalidade deve ser contrariada com formas de pertença a uma comunidade de valores éticos e de princípios políticos que permitam evitar a guerra de todos contra todos e o esmagamento dos mais fracos.
Os machos ou fêmeas dominantes impõem-se da mesma forma em todas as comunidades animais: os mais aptos assumem a liderança.
Julho 8, 2008 at 10:12 am
James /48.:
Tem toda a razão! 100%
Julho 8, 2008 at 10:14 am
Nem todos os indivíduos têm cabelos lisos; nem todos os indivíduos têm carapinha; nem todos são magros; há de tudo.
Igualmente: nem todas as organizações são político-mafiosas; nem todos os líderes são tiranos. Nem é preciso insistir constantemente nos conceito-chave religiosos. A igreja não existiu sempre. Deve ainda existir um remanescente da nossa consciência que nada deve à igreja, mau grado toda a influência que ela exerce. Quanto mais insistirmos em nos mantermos dentro das suas categorias filosóficas, mais aprisionados nos sentimos. É lógico. Acaba também por se relectir nas formas verbais de expressão.
Julho 8, 2008 at 10:38 am
Os resultados dos exames de matemática e de português (para + e para-) estão a começar a fazer mossa em pais e alunos… Começa a haver manifestações de desagrado… Estão a sentir-se enganados… Ninguém é estúpido (por muito tempo)… Daqui a nada vêm para a rua, com os professores…
Julho 8, 2008 at 10:46 am
Pois sim, mas a religião enquanto necessidade de (re)ligação a algo de transcendental é uma constante desde as pinturas das cavernas do neolítico.
Basta estudar a mitologia e os cultos mais ancestrais em todo o mundo para se perceber a centralidade da sacralização da violência fundadora, no processo de humanização da nossa espécie.
Os positivistas estavam convencidos daquilo que o Ferrão enuncia, e os resultados perversos da secularização tecno-científica estão à vista de todos: os sacrifícios humanos perpetrados à facada são a grande moda em Londres, essa grande metrópole da civilização onde todos são iguais e todos são diferentes e onde a religião já não conta para nada.
O Ferrão pensa que se puxar os seus cabelos com muita força que consegue elevar-se da terra.
E está enganado, eu não defendo a preservação dos valores do cristianismo nem tão pouco a sua erradicção total, pela simples razão de que não é possível ignorarmos o passado, sob pena de nos tornarmos crianças e/ou amnésicos, prontos para integrar um qualquer rebanho tecnomanipulado e neuroescravizado.
Julho 8, 2008 at 11:53 am
h5n1
Sempre pitorescas, as metáfoiras de H5N1. Gostei do puxão de cabelos e espero um dia conseguir elevar-me da terra.
No neolítico ainda não havia excedentes suficientes para que uma parte significativa dos membros da sociedade se pudesse dar ao luxo de se dedicar exclusivamente aos problemas transcendentais. A procura de alimentos era diária e exigia a participação de todos.
Não considero que a evolução da igreja judaico-cristã tenha sido feita no sentido da humanização (palavras de H5N1). Pelo contrário, ao pôr toda a gente de mal com o seu próprio corpo, desumanizou. Ao desconsiderar as condições de uma vida com segurança na Terra, prometendo uma compensação celestial, desumanizou. Poderia continuar a dar exemplos, mas não creio que H5N1 seja tão distraido que nunca tenha pensado nisso. Tomo a sua frase como um simples lapsus linguae 🙂
Julho 8, 2008 at 11:53 am
Eu diria que é uma entrevista para manter os professores zangados com a ministra e o governo socretino. Diria que a maioria das perguntas são as que a ministra gostaria de ouvir e não desilude nas respostas. Quanto às fotos…lamentáveis, no mínimo! Tudo muito estranho!
Mas isto deve ser delírio meu, por ter apanhado demasiado sol na moleirinha…
Julho 8, 2008 at 12:27 pm
António Ferrão (54),
Comentário 18.
Julho 8, 2008 at 12:52 pm
Tese 1.
Os mandamentos e ensinamentos judaico-cristãos são uma forma primitiva de tentar controlar a veia predadora e assassina da espécie humana.
Tese 2.
Os mandamentos e ensinamentos judaico-cristãos são uma forma de alienação e aprisionamento da pureza do ser humano.
Como se vê, sem uma “ideia” do que é e pode ser o ser humano não faz sentido falar e fundamentar seriamente o que quer que seja sobre ética, política ou comunidades humanas.
Ou seja, para ser simples e directo, o domínio da história e da filosofia (para além de tudo o mais) ajudam muito ao questionamento das NOSSAS PRÓPRIAS teorias e fundamentos, uma vez que o pensamento e a crítica racional se articulam SEMPRE com base em (pre)conceitos e crenças centrais que raramente colocamos à luz do dia ou admitimos que possam ser de outra maneira.
Julho 8, 2008 at 12:56 pm
“Poder” e a “Liderança” são dimensões completamente distintas – imposição mais ou menos coerciva v.s. aceitação pelos outros.
Do ponto de vista investigativo da Psicologia, tentou-se, em vão, encontrar “traços de personalidade” que definissem “líder”. Os modelos ou abordagens contingenciais prevalecem na interpretação da dimensão “liderança”.
As abordagens de “desvio social” (a mairia da investigação era na dimensão “conformismo” grupal)são muito interessantes a este respeito. Mas, de facto, em termos de literatura (mesmo) especializada não estão disponíveis no mercado.
Julho 8, 2008 at 1:35 pm
H5N1
Quando, todos os dias de manhã, abre a torneira e se maravilha com a saída de água, o que conclui? Que há uma organização por trás! Quando acciona o interruptor, quando roda de bicicleta na estrada, quando, quando…
Não gosta de organização? Experimente então viver sem ela. Não deixe o seu ser puro ser contaminado por essa desgraça. Radical a sério não faz concessões, nem se deixa corromper por benesses. Aceita conscientemente e enfrenta integralmente as consequências das suas opções.
Ana Henriques
A liderança é uma função das organizações que não se consubstancia exclusivamente no líder. Está difundida por todos os membros. Este ponto é crucial. Ao rejeitarmos este conceito, caimos em muitas dilemas, cada qual mais insolúvel que o outro.
Julho 8, 2008 at 2:21 pm
António Ferrão (65),
Significa que concorda comigo. No meu comentário anterior, afirmo que os modelos ou abordagens contingenciais prevalecem na interpretação da dimensão “liderança”.
Julho 8, 2008 at 2:23 pm
Correcto.
Julho 8, 2008 at 2:27 pm
Ferrão
Não tente encarcerar-me numa gaiola conceptual rígida e cientificamente rigorosa, que nem sequer tem razão de ser e que contraria o que venho afirmando.
O que eu estou a tentar argumentar é que a) uma coisa é a organização natural da espécie humana, tipo abelhas ou castores, e b) outra coisa são as políticas culturalmente determinadas (pela história, pela filosofia, pela religião, pela economia, etc) que os homens utilizam de forma instrumental para a prossecução de determinados fins ideológicos e, supostamente civilizacionais.
Não perceber a diferença e “fundir” os dois aspectos é um dos défices da “esquerda” e de todos aqueles que apostam na escola enquanto “oficina da humanidade”, como o afirmava convicta e doutamente o substituto de Vasco Gonçalves na pasta da Educação.
Julho 8, 2008 at 2:44 pm
Longe de mim querer encarcerar alguém. Registo que aprecia positivamente alguns aspectos da organização, mas que detesta outros. Já é um passo em frente, pois quase me convencia que a sua aversão era total.
Chegados a este ponto civilizacional (palavra sua) que integra todo o nível de organização, planeamento a longo, médio e curto prazo, etc – enfim, todas essas coisas detestáveis das organizações, fica por esclarecer a razão porque não podemos ir mais além.
Aguardo com interesse – sincero – a sua resposta, caro H5N1.
Julho 8, 2008 at 2:51 pm
O h5n1 tem razão na escavação arqueológica que faz, no local e nas conclusões: a mim sempre me pareceu que os ideais revolucionários estão contagiados por um fanatismo de matriz cristã: querer a todo o custo fazer o reino de Deus na Terra. Está provado que essa sede do absoluto resulta em sangue. Porque os seres humanos não são perfeitos. As sociedades devem organizar-se prevendo a tendência natural dos homens para o egoísmo, a pulhice, a violência, e aprovar leis que contrariem isso e obrigando-os a viver com um mínimo de respeito e decência. Os países decentes fazem isso e por isso há milhões de desgraçados na Terra que querem emigrar para lá. Quando se parte do princípio errado que os humanos são perfeitos ou aperfeiçoáveis à força, a experiência resulta mal. Ver a miséria e as máfias que engendraram os ideais comunistas. Muitos gajos do BE e do PC têm um discurso de seminaristas destrambelhados.
Julho 8, 2008 at 3:13 pm
Convenço-me que aqueles que mais fazem questão de afirmar a sua impoluta, absoluta, intocável, celestial individualidade – rejeitando qualquer forma de associativismo ou militância – são também os que mais facilmente negam a individualidade aos outros.
No princípio do mandato de MLR, uma das linhas de força da sua campanha foi eleger o mau comportamento de alguns professores como paradigma do comportamento generalizado de todos os professores. Isto aconteceu, não estou a inventar. Só hoje é que ela condescende em dar alguns créditos aos professores. Há que ter pachorra…
Julho 8, 2008 at 3:22 pm
MLR e Freire…anarquistas…
Julho 8, 2008 at 4:07 pm
1- O fotógrafo fartou-se de fotografar a ministra nas posições mais caricatas…. eu cá, tinha vergonha de posar assim. Principalmente nas fotos 3 e 4.
2- E pegando na primeira foto, em que tem aquela questão dela. As mudanças são necessárias… começando pela própria ministra. Tal parva…
Julho 8, 2008 at 5:25 pm
A estratégia apostou sempre no Markting, Publicidade e Consultores de Imagem! Não interessa o que se vende, importa sim, fazer um embrulho bonito, atraente e socialmente aceitável e, simultaneamente, controlar os canais de distribuição. A estratégia continua a mesma, convinha era dar um toque de “humanidade” na estratega.
Julho 8, 2008 at 6:51 pm
Foi com ele que tudo começou. É um “case study” de como a engenharia social é a arma de todos os modernaços, dos estalinistas aos socialistas travesti. Como arma de combate político e de destruição dos inimigos internos externos, foi usada ate à exaustão por Lenine e Staline. Que tenha regressado a Portugal pela mão de dois ex-anarquistas e libertários é apenas uma questão de pormenor e que confirma a velha tese de que “os extremos se tocam”. Agora, a engenharia social é usada pelos socialistas travesti com o objectivo de destruir uma profissão perigosa para o status quo. O professor como intelectual livre, com liberdade pedagógica, com tempo para o estudo e com liberdade de expressão e autonomia pedagógica é incompatível com o novo paradigma da escola dual: uma escola para as elites, exigente, disciplinada, tranquila e com um currículo assente no que de melhor construiu a nossa herança científica, tecnológica e artística e uma escola para as massas, os produtores, os executores, a geração dos 500 euros, que, em tempo de vacas magras, tem de ser utilitária, instrumental, eficaz e sem desperdícios. Fazer aceitar o segundo paradigma de escola, exige o silêncio e a extinção da liberdade e autonomia pedagógicas dos professores. Então, a ministra, ela própria especialista em engenharia social, lembrou-se de pedir auxílio ao seu mestre e mentor, João Freire, aquele que orientou a sua tese de doutoramento sobre a “engenharia social aplicada ao estudo da profissão de engenheiro”. O mentor, já reformado do ISCTE, mandou às urtigas o seu passado de sempre, anarquista e libertário, e aceitou o desafio. Em seis meses produziu o estudo sobre a reorganziação da profissão docente e a ministra pôs equipas e grupos de trabalho a plasmarem em leis, descretos-leis, portarias e despachos as conclusões e recomendações do estudo de João Freire. O estudo foi entregue em Dezembro de 2006 e um ano depois a profissão de professor, como a conhecíamos, estava destruída. A destruição foi tão rápida, intensa e profunda que a tornou irreconhecível. Foi um dano irreparável. O que se vai seguir já é presente: professores jovens a abandonarem a profissão, professores mais antigos a pedirem reformas antecipadas, professores revoltados e desanimados e jovens com vocação que vão escolher outras profissões porque sabem que “assim não se pode ser professor”.
professoresramiromarques.blogspot.com/2008/06/estudo-sobre-reorganizao-da-carreira.html
Julho 8, 2008 at 7:47 pm
Portanto a estratégia resultou. Não era isto (professores jovens a abandonarem a profissão, professores mais antigos a pedirem reformas antecipadas, professores revoltados e desanimados e jovens com vocação que vão escolher outras profissões porque sabem que “assim não se pode ser professor”) que se pretendia?
Julho 8, 2008 at 7:52 pm
Um bom sistema público de ensino é um pesadelo para os nossos fracos empreendedores privados. O mesmo se pode dizer da saúde.
Julho 8, 2008 at 8:52 pm
Análise da foto-choque em http://www.tapornumporco.blogspot.com/.
«O Expresso publicou na sua última edição uma entrevista de páginas centrais com a Ministra da Educação da República. É das tais que não li nem vou ler – não estou propriamente interessado em ouvir as explicações de sua excelência para os resultados mágicos da Matemática Contemporânea Versão 2008. Não li, mas vi. Porque esta peça jornalística não é pra ler, mas é para ver. Esta peça vale pelos bonecos, isto é , pelo excelente trabalho fotográfico do repórter Tiago Miranda.»
Tapor
Julho 8, 2008 at 9:49 pm
O grande Autarca, futuro “amigo” das “crianças” portuguesas
O Autarca Português
Kaos
wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2008/07/um-pas-de-valentins.html
Julho 9, 2008 at 10:37 am
Já percebi a razão desta entrevista e destas fotos.
O Expresso anda com problemas financeiros! Sim, a crise também lhe bateu à porta! E que saídas tem?
Lembrou-se então que ao mostrar as pernocas de Milu (versão Playboy) conseguiria aumentar as vendas…
Vamos ver que mais fotos aparecem nas próximas tiragens?
Julho 14, 2008 at 11:07 pm
só me ocorre o comentário:”this lady is so sexy……!!!!!!”
Julho 11, 2009 at 11:12 pm
[…] Mas então não foi o Expresso que há um ano permitiu uma das entrevistas mais memoráveis de sempre de Maria de Lurdes Rodrigues e aquela que me ia destruindo a líbido, ao mesmo tempo que me massacrava mais uns milhares de neurónios? […]
Julho 11, 2009 at 11:42 pm
Que brasa, vou recortar e afixar nas paredes do meu quarto.