Phosga-se Pá!


Ex-ministros querem professores sem turmas a apoiar alunos

(…)

O Conselho Nacional de Educação (CNE) quer que as reprovações sejam substituídas por uma aposta no apoio individual aos alunos em risco de chumbar. E os ex-ministros da Educação Roberto Carneiro e Maria de Lurdes Rodrigues concordam que a solução poderá passar por usar os todos os professores do sistema para fazerem esse trabalho.

“Tenho sempre defendido que não temos professores a mais, temos é alunos a menos. Os professores do sistema deviam ser reaproveitados para dar esse apoio aos alunos que têm dificuldades em aprender”, aponta a ex-ministra socialista.

Quanto ao mais… o erro fulcral é achar que quem não tem horário disponível está naturalmente destinado a este tipo de funções.

E se não for assim?

E se a solução passar por colocar estes professores a dar aulas e quem tem mesmo jeito para a coisa a apoiar estes alunos?

 

Quem diz que não somos um país unido por causas comuns e mobilizadoras desde que não tenhamos feito a ponta de um corno a esse respeito?

As extensas planícies da margem sul cobriram-se de gelo e nevoeiro para festejar um entusiasmado regresso às aulas.

Entre as brumas, uma pileca raquítica fazia as vezes de cavalo branco do Napoleão, digo, D. Sebastião.

Exmo.(a) Senhor(a),

PAULO JORGE ALVES GUINOTE
NIF: *********

A partir do dia 1 de janeiro de 2015, com a aprovação da reforma do IRS, apenas as faturas que incluam o seu número de contribuinte serão consideradas no IRS.

Com a entrada em vigor do novo IRS, deverá sempre solicitar a emissão de fatura com o seu número de contribuinte em todas as despesas que realiza, de forma a poder beneficiar das seguintes deduções à coleta:

• 35% das despesas gerais familiares (por exemplo, despesas com supermercado, vestuário, combustíveis, água, luz, gás ou outras), até ao máximo dedutível de 250 euros por sujeito passivo (corresponde à realização de despesas até 715 euros por sujeito passivo);
• 15% das despesas de saúde, até um máximo dedutível de 1.000 euros;
• 30% das despesas de educação, até um máximo dedutível de 800 euros;
• 15% das despesas com rendas de habitação, até um máximo dedutível de 502 euros ou 15% das despesas com juros de empréstimo à habitação, no caso de casa própria, até um máximo dedutível de 296 euros;
• 25% das despesas com lares de 3.ª idade, até um máximo dedutível de 403,75 euros;
• 15% do IVA suportado em cada fatura relativa a despesas nos setores da restauração e hotelaria, cabeleireiros e reparações de automóveis e de motociclos, até um máximo dedutível de 250 euros.

O cálculo das despesas a considerar no seu IRS passa a ser baseado no sistema e-fatura, de forma a simplificar-lhe a vida. Basta que exija faturas com o seu número de contribuinte nas compras que realiza para que as empresas sejam obrigadas a comunicar as faturas à Autoridade Tributária e Aduaneira.

Através desta comunicação, a Autoridade Tributária e Aduaneira disponibilizará as suas despesas na sua página pessoal do Portal das Finanças, a qual poderá ser consultada a qualquer momento, procedendo posteriormente ao pré-preenchimento da sua declaração de IRS referente ao ano de 2015, a entregar em 2016.

Não se esqueça:

• A partir de 2015, apenas são consideradas despesas no seu IRS quando exige faturas com o seu número de contribuinte!
• A exigência de fatura com número de contribuinte é a forma mais eficaz de combater a economia paralela!

Com os melhores cumprimentos,

O Diretor Geral,

António Brigas Afonso

Malala espera ter carreira na política e “ser primeira-ministra do Paquistão”

É que eu estava mesmo convencido que só os psiquiatras podiam fazer tais diagnósticos e passar receitas. Afinal, são os educadores e professores…

(a menos que existam especialistas e profissionais de “saúde mental” que não façam o seu trabalho e receitem qualquer coisa que lhes peçam sem avaliarem devidamente a criança ou adolescente…)

Tenho de receitar-me qualquer coisa para não mandar estes tipos para um qualquer sítio esconso.

Álvaro Carvalho critica a existência de “crianças e adolescentes medicadas com metanfetaminas para supostas hiperatividades”, obtidas em “diagnósticos rápidos feitos por educadores, professores e pais” – quando “é natural que as crianças se mostrem instáveis em ambiente onde não se sentem bem” – contribuindo, muito provavelmente, para o significativo aumento de consumo do metilfenidato.

Sobre esta matéria, o relatório deixa no ar a questão: “será que esta fúria farmacoterapêutica está isenta de consequências no funcionamento mental futuro de quem é alvo passivo de decisões tão pouco prudentes?”.

Álvaro Carvalho considera que estas crianças e adolescentes têm um risco acrescido de desenvolver défices cognitivos ou doenças que possam aumentar a morbilidade e a mortalidade.

Estou a moderar-me, porque sou pessoa temente quanto a tudo o que seja pecado.

Mas… o Sócrates… o Benfica…

Senhor@s, por favor, afastem-me estes cálices…

As tentações são mais do que as de Santo Antão mergulhado em bellucis.

É a teoria Lobo Xavier acerca dos visto gold. Depois acrescentou-lhe uma ressalvas e tal, mas a pata já estava enterrada na poça de lama.

Passou na Quadratura e no noticiário generalista da SIC.

Lá se vai mais uma fatia da reserva moral do CDS…

(quanto às bacoradas do pénaltes de lama, já nem vale a pena falar…)

O Sérgio Sousa Pinto estava num canal noticioso a dizer qualquer coisa e eu temi por tudo, pois os jotas-de-jarretas estão de volta.

… são os galambas, os perestrellos e o resto da ganga de marimba boys e harpias jugulares que aparecem a defendê-los e às ditas cujas.

Arrepiam-me.

I see dead people mas o pior é que estão vivinhos do costa para se afiambrarem ao do costume…

Legionella 4, Ébola, 0.

Fui reler:

Parece relativamente compreensível que um sistema descentralizado e concorrencial funcione menos mal do que um sistema centralizado ou dependente de decisões políticas. Foi por isso que o modelo soviético faliu: porque assentava num modelo de decisão centralizado, em que os decisores locais não eram livres de tomar as suas próprias decisões — nem eram responsáveis pelos resultados das decisões que (não) tomavam.

Portanto… desde que descentralizado em gulaguinhos, tudo estaria bem e o erro das purgas foi estarem centralizadas no kremlin e no pai josé e não terem sido entregues aos zézinhos e leónidas locais que concorreriam entre si na implementação dos pogrom ou outras actividades lúdicas do mesmo calibre.

Phosga-se…

Ontem, quando começava a almoçar, um cidadão com nome aproximou-se da minha mesa, deu-me os cumprimentos pelo comentário que fizera na TVI24, mas disse que eu devia ser mais incisivo, porque os professores estão a ser esmagados.

Eu cá não acho que seja pouco incisivo, apenas acho que não esperneio, qual canino desgovernado.

Mas… a pessoa em causa tinha razão numa coisa… os professores sentem-se cada vez mais esmagados e o início deste ano lectivo – condenações e desculpas à parte – voltaram a não ter grandes razões para se sentirem estimados e estimulados pela tutela ou pelas mensagens que inundaram o espaço mediático.

Vejamos… ainda antes de começar o ano tivemos a desilusão de muita gente perante o logro das rescisões, enquanto ao arrancar Setembro tivemos a palhaçada da BCE. Sejam os mais “antigos”, sejam os mais “novos”… os dos quadros ou os contratados foram, mais uma vez vítimas de opções políticas e decisões técnicas que oscilam entre a falta de respeito e a falta de decoro.

Ao nosso redor, nos primeiros dias do ano, nas salas de professores ou nos espaços de debate, quase só se encontram palavras e rostos marcados pela frustração, pela irritação, pela desilusão, pela tristeza.

E com razão.

Mas havia mais à espera.

A partir de um bom relatório técnico do CNE sobre o Estado da Educação em 2013, o que foi chamado para primeiro plano?

Que as escolas falsificam as notas, beneficiando injustamente os alunos, mas também que são antros de uma cultura de retenção que custa 200 milhões de euros ao país; que os professores estão envelhecidos e que é indispensável um novo método para os seleccionar, pois são necessários melhores professores, pois na sua formação também terão classificações inflacionadas.

O que significa que tudo começa sob suspeita, com acusações de manipulação de notas, mas igualmente de um excesso de rigor avaliativo, de velhice e falta de qualidade.

Parece tudo mau, nada parece positivo. Mesmo os restantes títulos, raramente encontraram algo de positivo na Educação e nada em relação a escolas e professoras.

Phosga-se, pá! Nem vou entrar naquela coisa de rebater ponto a ponto as acusações, já só peço que encontrem alguma coisa de positivo.

Por exemplo, o facto de eu ter uma careca crescente, não significa que isso tenha de ser repetido à exaustão, ano após ano. Não poderiam, por exemplo, de quando em vez, referir que eu até mantenho muitas áreas pilosas pelo meu corpo, mesmo avaliando só pelas visíveis?

É necessário estar sempre a dizer que sou míope, não destacando que tenho uma audição de tísico?

O que quero eu dizer com isto?

Não é que a tutela, a comunicação social e a própria opinião pública tenham de andar sempre com os professores ao colo e a fazer-lhes cafuné no cocuruto.

Mas podiam dar-nos uma folguinha, de quando em vez?

Não se poderia, nem que fosse como excepção, destacar coisas positivas ou associar os professores a alguns dos aspectos mais positivos que é inegável existirem?

E se em vez de se dizer que o abandono escolar está bem acima da média europeia, se sublinhasse que os ganhos em duas décadas são enormes?

É que, parecendo que não, os professores também gostam de ver o seu trabalho reconhecido, nem que seja nos anos bissextos, em vez de estarem sempre a ouvir que são muitos, são caros, que aldrabam as notas, que chumbam, demasiados alunos, que estão velhos e precisam ser trocados por outros?

Será que quem diz ou escreve estas coisas não percebe que dificilmente está a ajudar a melhorar as coisas? Eu sei que há quem produza esse tipo de discurso de propósito mas, que raios!, não podem as outras pessoas (que acredito serem de bem) pensar que não gostariam que lhes fizessem o mesmo?

E deixar de chamar “corporativo” a quem ouse discordar da cantilena?

Estamos envelhecidos? Já sabemos! Somos os primeiros a sabê-lo!! Por isso é que um número substancial se aposentou (e esses são os únicos que aparecem pelas escolas com ar sorridente) e muitos outros tentaram rescindir o seu vínculo laboral!!!

Que é preciso formar melhores professores? Acham que não sentimos falta de colegas novos, com novas ideias, novos métodos, nas escolas?? Claro que sentimos, mas os últimos professores a conseguirem entrar para os quadros – nestas vinculações extraordinárias – têm quase todos a idade média dos que já neles estão!!!

A formação de professores podia ser melhor??? Claro que sim!!! Mas de quem é o raio da responsabilidade pelo funcionamento desses cursos??? Quem lá dá aulas???

Será que quem produz este tipo de narrativa, repetida, ano a ano, mês a mês, dia a dia, relatório a relatório, não entende que, mesmo que tenham razão, parecem apenas obcecados em ampliar a parte negativa da realidade? Que apenas ajudam a uma atitude de derrotismo que nas escolas se traduz em situações de um dramático desânimo e de uma progressiva depressão colectiva?

Quando será que os professores merecem o reconhecimento (político, público) pelo trabalho que efectivamente fazem e bem, em vez de serem os bombos da festa, a cada novo ano lectivo que arranca, seja por actos de políticos ineptos, seja por palavras de quem também tem a obrigação de ver o que não corre mal?

Do mais recente relatório do CNE, a ser apresentado no início da próxima semana.

A redução das EB1 é uma coisa brutal.

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Despacho n.º 11670/2014. D.R. n.º 180, Série II de 2014-09-18, do Ministério da Educação e Ciência – Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar.
Subdelega competências na Diretora-Geral de Estatística da Educação e Ciência, Prof.ª Dr.ª Luísa da Conceição dos Santos de Canto e Castro Loura.

A circular conjunta ISS/DGEstE: CIRC -ISS-DGEstE.

Os fluxogramas…

Educ Especial Fluxo1Educ Especial Fluxo2

Educ Especial Fluxo3Educ Especial4

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Visão, 4 de Setembro de 2014

O Expresso traz hoje uma peça sobre o insucesso no Ensino Básico e a sua evolução desde a introdução das provas finais.

Mais logo, publico as minhas declarações completas às perguntas que me foram colocadas, sendo que uma parte delas serve mesmo para encerrar a dita peça.

Os dados não são nada óbvios de interpretar, não seguem uma lógica “mecanicista” ou adequada aos clichés em vigor, dos dois lados da barricada.

Mas o que eu acho espantoso é que a representante de uma associação de professores e logo de Matemática onde o insucesso continua muito elevado, apesar de planos disto e daquilo, de metas e objectivos, opte por culpar directamente as escolas e os professores por esse insucesso, aderindo à teoria da “cultura de retenção”.

O que se impõe, neste momento, é saber o que fez e faz pelo sucesso dos alunos, que tipo de turmas tem e que resultados consegue com esta sua forma de atirar culpas para quem está ao lado.

Eu sei que a APM não anda feliz, mas… que raios… andamos a brincar? Há um ano, a culpa dos males era da mudança dos programas

Agora, há um “encostanço” ao presidente do CNE, no que se percebe ser uma luta sem tréguas contra o MEC, patrono da SPM.

Mas, no meio desta guerra, já nem importa quem se atinge colateralmente?

Exp15Ago14(…)

Exp15Ago4bExpresso, 15 de Agosto de 2014

“Se as coisas no país evoluírem de tal forma que um dia seja absolutamente claro que há muita gente que o deseja muito, que deposita muita confiança em mim e que, por um conjunto de circunstâncias, quer que eu vá, se eu sentir que isso é realmente um movimento grande, é evidente que dificilmente uma pessoa pode defraudar as pessoas e fugir”, disse Rui, na entrevista que está disponível em vídeo no site da Rádio Renascença.

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