Férias


… quase, quase, quase.

Mais do que merecida e mais do que necessária para muita gente, desde alunos a professores.

Quem não percebe isso e encara as escolas como campos de trabalho permanente, percebe muito pouco de Educação.

Aproveitem-no bem (mesmo se há quem já esteja ao serviço), pois se há coisa que sabemos é que cada ano lectivo se tem tornado mais delirante do que o anterior.

Foto2402Foto2403

Não é feitio, é defeito, mesmo.

Não me apetece ir para uma praia pejada de gente como o metro em hora de ponta, com o argumento que são férias, todos estamos bem dispostos e é muito interessante falar e conhecer a opinião dos outros.

Admiro quem pensa assim (é mentira, não admiro nada), mas não é essa a minha praia.

Nem é aquela em que um tipo (ou leidi) chega à praia e, por pouca gente que tenha, começa logo a tentar dominar o ambiente, conhecer quem está, entabular contacto e converseta de ocasião, porque comigo acaba em solilóquio, a menos que o bocejo não seja suficiente para a coisa nem chegar a tanto.

Ainda se fosse para falar do divórcio do Tony Carreira…

O bom do choquinho frito com arroz de feijão e das enguias fritas com arroz de lamejinha…

Foto2355Foto2359

Tecnicamente, as férias só começam segunda-feira, mas o espírito está aí…

Vou deixar de alinhar naquela treta do eufemismo de chamar a estes dias “pausa lectiva”. Contra mim, o digo… a certa altura interiorizamos mesmo o lixo propagandístico desta gentinha que se entreteve tempo demais a acusar-nos de privilegiados quando eles, quantas vezes, muito menos fazem e merecem.

Estou, pois, de férias e acho que isso deve ser assumido, mesmo que algum imprevisto me possa fazer ir à escola resolver isto ou aquilo. Mas este período que durante tanto tempo foi chamado de “férias” assim deve continuar a sê-lo e a ser praticado, como direito pelo trabalho desenvolvido e se me apanharem outra vez a dizer “pausa lectiva”, armado em parvo, martelem-me o cocuruto sem parcimónia ou cerimónia.

A comida é sulista, pouco elitista e foi servida e consumida  com a devida liberalidade, enquanto não decretarem que professor nem salário deve receber.

(R)Foto0193

… a “boca” que ontem me lançou um partidário da liberdade de escolha ao fazer o reparo de as férias não terem sido impeditivo do avanço e conclusão das negociações para o novo estatuto do ensino particular e cooperativo.

Nesse aspecto, tem razão. Para eles a luta foi e é contínua.

Todo o dia – continuar a roer as unhas.

IMG_2105

Nem sabem o esforço que eu tive de fazer para me portar bem com o título deste post. Confesso que ainda estou arrependido por não ter querido fazer uma alusão literário-bedéfila e designar o post apenas como Tintin au Congo.

Pensavam que hoje era feriado? Nada disso.

Pub15Ago13

Público, 15 de Agosto de 2013

O MEC continua aquela máquina em matéria de não respeitar a vida das pessoas e dos profissionais que deveria saber acarinhar. Como antes, não passam de uma dependência do Ministério das Finanças fazendo jogos de números.

Continuo a afirmar que a engenharia estatísticas e profissional que está em desenvolvimento há anos na área da Educação é um dos fenómenos mais vergonhosos da desgovernança que atravessa os últimos governos, com meros retoques de cosmética.

Desde 2007 andaram a fazer tudo para limitar a progressão na carreira dos professores, a torna-la mais lenta, a congela-la e a proletarizar a docência em termos materiais.

Neste momento é a tentativa de a precarizar ao máximo, com truques de gestão curricular sem qualquer base pedagógica e com manobras absolutamente vergonhosas em matéria de rede escolar apenas com o objectivo de diminuir o maior número de professores que seja possível.

É mentira, repito sem problemas, é mentira que isto seja qualquer tipo de ajustamento às necessidades das escolas e muito menos dos alunos.

Há, pelo menos, 6.915 professores dos quadros com horário zero, na maioria de 1º ciclo, e que são candidatos ao concurso anual de colocação, revela o Ministério da Educação. No entanto, este número de professores sem turma atribuída(horário zero) ainda vai ser alterado havendo o risco de poder vir a aumentar. Isto porque, aos 6.915 horários zero que não consigam colocação a 31 de Agosto – dia em que são divulgadas as colocações para o próximo ano lectivo – ainda podem vir a ser somados os 11.412 docentes com vínculo de quadro de zona de pedagógica (QZP) que não fiquem colocados. 

O MEC decide divulgar os dados sobre professores a concurso em mobilidade interna, um mês depois do que fez o ano passado.

Todo o dia – será que o telefone toca a dizer que tenho horário?

 

IMG_1537IMG_1542IMG_1546

Calma, Caneta… os sapatos são os mesmos, mas…

… as férias são coisas um bocado cansativas e stressantes. Porque parece que temos obrigação de nos divertir e descansar e tal.  E eu não gosto de fazer isso apenas um mês por ano e logo sempre em Agosto.

As férias deviam ser como aquilo do Natal, sempre que um homem quiser.

(c) We Have Kaos…

Passos Coelho espera que portugueses façam boa gestão de recursos e possam ir de férias

Ou será que há residenciais em conta por Massamá?

TerraFlor de volta…

Página seguinte »