A diferença – se é que há – é que antes mandavam os alunos fazer pesquisas para trabalhos na licenciatura que eles depois usavam nas suas teses de doutoramento ou provas de agregação. Quando não em obra publicada sem a devida referência ou agradecimento. Ou a troco de 3 em cada 10 euros ganhos. Ou 3 contos em cada 10, nos tempos dos contos. Assim os patronos alargavam a reputação e os discípulos ganhavam créditos no acesso a assistentes. E falo, aqui, apenas em prostituição intelectual, que acho mais indigna que a física.
Plágio alastra nas universidades portuguesas
Investigação da “Visão” revela que não são apenas os alunos que plagiam. Alguns professores também já foram apanhados. E há até quem faça teses a troco de alguns milhares de euros.
Ainda me lembro, em idos de 90, de uma proposta indecente ser feita bem à minha frente por um guru a um par de aspirantes, que aceitaram logo. A obra em causa sempre me recusei a comprá-la, por saber no que se baseava. Talvez por isso tenha poucas Histórias de Portugal completas.