A menos que seja dentro de uma daquelas bolhas à japonesa…
Praia de Alburrica está já “em estudo”
(…)
A campanha de recolha de amostras começa em Maio e o delegado de saúde do Barreiro, Mário Durval, acredita que os resultados vão ser diferentes dos que foram registados em 2011. “No ano passado fizemos análises e a água ainda não estava em condições. Acredito que este ano os resultados vão ser diferentes”, diz o responsável pela saúde pública no concelho.
De acordo com o ministério do Ambiente, a praia de Alburrica está “em estudo” desde 2011 com o objectivo de classificar a zona como balnear. Caso os resultados da monitorização em curso o justifiquem, a Administração de Região Hidrográfica do Tejo (entretanto integrada na nova Agência Portuguesa do Ambiente e da Água) admite a possibilidade de alargar a área em estudo.
A Câmara do Barreiro quer estender essa possibilidade às praias de Barra-a-Barra, Copacabana, Palhais e Ponta do Mexilhoeiro. Segundo o delegado de saúde, a campanha de amostragem já engloba os cinco locais, embora só um esteja oficialmente na “corrida” pela classificação.
Para ser levantada a interdição e ser aceite a candidatura das praias a zonas balneares é necessário recolher amostras da água do Tejo com resultados positivos ao longo de três anos consecutivos. Assim, na melhor das hipóteses só em 2015 será possível obter a classificação.
As praias fluviais do Barreiro estão interditas há “sete ou oito anos”, segundo Mário Durval. Mas nem por isso os banhistas deixaram de as frequentar – sobretudo a praia de Alburrica e a Ponta do Mexilhoeiro. No Verão é frequente ver pessoas a usufruir do tempo quente naqueles areais e a falta de qualidade da água não afasta as pessoas do rio. “Não podemos ter um polícia atrás de cada pessoa”, sustenta o delegado de saúde.
A sério, não se metam nisso, a menos que tenham uma PPP com umas clínicas dermatológicas e/ou alergológicas.
Quanto ao pessoal que continua por lá – é verdade, até andam às lambujinhas – temos de nos lembrar que são, principalmente, sobreviventes (ou os seus descendentes já com as mutações genéticas incorporadas) dos gases da CUF/Quimigal dos anos 60 aos anos 80 quando, só para exemplificar, as grades de ferro da estação de comboios do Barreiro A duravam menos de um ano sem ficarem completamente corroídas pelo ar puro.
Para além disso, há sempre que pensar que estar na praia ali defronte para o skyline formado pelas estruturas da Siderurgia (a vista de Palhais é magnífica), do eixo Seixal-Amora-Corroios-Almada e da Lisnave (vista de Alburrica) e com os despojos da Fisipe atrás sempre é melhor do que tomar banho no Mar Negro ao lado dos restos de um submarino atómico.
Para quem pense que estou a exagerar, e apesar da minha capacidade para fotografar a zona de forma que ilude a poluição que não desaparece em menos de uma geração daquelas águas, é só esperar pelas análises… a menos que sejam feitas na banheira salgada da dona Joaquina.

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