A Pacóvia


Isto perdeu todo o sentido… a Educação, a dignidade pessoal e profissional de nada vale perante um ministro alienado da realidade, apenas preocupado em completar uma agenda de pseudo-rigor e a caminho de fazer parte da alegre confraria de ex-ministr@s que ao longo dos anos se vai encontrando em debates sobre o futuro da Educação, tudo aquilo que fizeram de bom e só não fizeram melhor porque a corporação dos professores é do piorio.

Provas para professores prosseguem em clima de contestação

Prevê-se que entre esta quarta e sexta-feira, 1565 professores façam 2747 provas, para se poderem candidatar a dar aulas no próximo ano. A Fenprof e outras organizações procuram travar o processo, que consideram ilegal, com uma greve e cinco providências cautelares.

Farto, farto, farto de toda esta encenação vergonhosa que acaba por nos atingir a todos por acção, inacção ou mera observação.

IAVE critica exposição pública da prova dos professores

O presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) afirma que se pouparia dinheiro se os exames pudessem ser reutilizados.

Não vi pessoalmente, mas foi-me contado como o Iavé anda a publicitar os seus exames very british pelas televisões. Não sei se é apenas sedução aos órgãos de comunicação social, através do patrocínio de viagens lá fora, se é mesmo coisa paga.

Seja como for, é dinheiro gasto para sacar dinheiros aos encarregados de educação que pretendam uma certificação que vale muito pouco, ao contrário do que se afirma.

Os certificados do ano passado, por exemplo, de nada servirão quando os alunos que os fizeram chegarem ao 12º ano.

Mas, ainda a propósito de reutilizações… consta-me que o papel higiénico tem dois lados mas nem por isso consta que… :mrgreen:

E, já agora, com que autoridade acrescida sobre os colegas de profissão? Antiguidade? É amig@ de um@ amig@? Fez uma formação acelerada no assunto?

Governo faz uma prova diferente por cada 40 professores

Serão necessários 30 enunciados diferentes para avaliar os vários níveis de ensino e disciplinas na componente específica da prova. E potenciais candidatos são apenas 1218.

Acho que me vou divertir imenso com a de História… Será com cruzinhas?

 

O examinador foi ao exame

… que, tal como o anterior, se ri da ordem legal sempre que lhe interessa e aposta na estratégia do facto consumado, usando dos artifícios jurídicos dos recursos após recurso como qualquer litigante de má fé.

Isto só não é uma “brincadeira de crianças” para usar o vocabulário algo apatetado do actual PM porque trata de questões muito sérias e causa danos individuais e colectvos muito grandes.

Tribunal anula despacho sobre prova de professores em acórdão “demolidor”

 

Português dos redactores da PACC não cumpre os requisitos mínimos

A estupidez à solta

A minha experiência com a prova

… ter de aturar tanta bicho careta a falar de Educação e da “qualidade dos professores”. Parece que um tipo dá um pontapé numa pedra e aparecem imensos “especialistas” a dizer que se está mesmo a ver que a prova pacóvia era mesmo necesária, a avaliar pelos erros cometidos.

Ainda há pouco era aquela deputada do PSD que meteram a vice-presidente da Comissão de Educação, que pode ser uma excelente pessoa e amiga dos seus amigos, mas que parece não saber dizer nada de seu, uma palavrinha ou frase que não pareça eco.

Vamos lá a ver umas coisas:

  • As pessoas que foram fazer esta prova nem sequer estão a leccionar ou se estão serão meia dúzia.
  • Mesmo as que passaram têm hipóteses muito remotas de leccionar com regularidade, para além de uns contratos de substituição.
  • Todas têm uma certificação profissional passada por uma instituição reconhecida pelo estado português e em particular pelo MEC.
  • Não faço a ponta de ideia da competência ou certificação especial de quem fez esta prova, de quem elaborou os critérios de correcção e de quem a classificou, porque o Iavé é o reino da opacidade nos seus processos e protagonistas.
  • Esta prova [mas com outro tipo de conteúdos] teria sentido como exame final de um curso de habilitação para a docência ou, em alternativa, para acesso a um concurso para vagas no quadro, nunca como prova desligada de qualquer contexto razoável.
  • Não reconheço a estas criaturas nascidas para a vida pública do carreirismo jotista, que agora aparecem a perorar inanidades, qualquer legitimidade para falarem sobre a qualidade dos professores portugueses.
  • O mesmo se aplica a senadores do jornalismo de sofá e restaurante, que aproveitam toda a oportunidade para debitar preconceitos e exibir uma autoridade nascida do nada ou então de um passado em que contribuíram activamente para o abandalhar do ensino nos seus tempos de revolucionários.
  • E haveria ainda outros etc que não vou desenvolver para não dar demasiada largueza à vontade de desancar o senhor Iavé e a sua arrogâncian inaceitável.

(nada disto serve para justificar a iliteracia, quantas vezes a par da vazia arrogância, de muita gente que gosta de criticar os “velhos”, mas ainda tem muito a aprender com eles…)

A minha sensação é que… enfim… o campeonato ficou matematicamente perdido no início da época.

Agora, parece que é só para cumprir calendário. Se até boa parte das associações científicas e pedagógicas de professores se encolheram quando o parecer do CC  do IAVÉ foi conhecido…

Claro que não defendo a apatia perante a asneira, apenas prevejo nevoeiro na estrada.

Não coloco link para a notícia, porque é daquelas a pagantes e eu esbarro sempre naquela mensagem de ter esgotado o meu número de borlas, apesar de ser “parceiro”.

Pub18Jan15b

 

Público, 18 de Janeiro de 2015

Porquê? Porque o artigo 16º do decreto-lei 102/2013 de 25 de Julho reserva ao Conselho Científico do IAVE muito mais competências do que apenas assinaturas de cruz.

E a história do dito parecer ainda está a ser escrita… o problema foi que alguns apressados se encavalitaram com tanta pressa que…

Visao8Jan15

Visão, 8 de Janeiro de 2015

Carlos Fiolhais classifica prova de avaliação dos professores como inútil

Pelos vistos, o documento foi enviado ao senhor IAVÉ e a outras entidades “competentes”, ainda antes da realização da sua 2ª temporada, mas sem ter direito a qualquer reacção.

Vale a pena ler e divulgar: PACD-Versão FINAL.

Caros colegas

​ ​1. ​No dia 19 de Dezembro de 2014 teve lugar a realização da PACC;
2. Anteriormente, a Comissão Paritária aceite pelas partes — Ministério da Educação e Sindicatos de Professores — decidiu, por unanimidade, que a lei não permitia para esta situação a definição de “serviços mínimos”;
3. Os sindicatos mais representativos do sector docente agendaram greve para o dia da PACC;
4. De acordo com o noticiado na imprensa, o Corpo de Intervenção da PSP manteve-se de prevenção para esse mesmo dia;
5. Os Inspectores da IGEC, por determinação da tutela, desenvolveram nas escolas onde a PACC teve lugar uma acção de controlo e de fiscalização.

A pergunta é: por que é que​,​ neste contexto​,​ os Inspectores da IGEC voltaram a ser enviados para as escolas?​;​ ​o​u: quem é que está interessado em colar a IGEC ao Corpo de Intervenção?​;​ ​ou: quem pretende contribuir para a ​fragilização da IGEC?

​ Pel’A Direcção do S​indicato dos ​I​nspectores da ​E​ducação e do ​E​nsino​

José Calçada

(Presidente)​

Falta de pagamento nos “prazos previstos”. É esta a primeira razão apresentada pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) para a exclusão de 515 dos 611 professores que estão impedidos de realizar a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), marcada para amanhã, sexta-feira, por as suas candidaturas terem sido excluídas.

(…)

Por outro lado, acrescenta-se, dos 515 que não pagaram a tempo, “244 já tinham obtido aprovação em provas por eles realizadas anteriormente”. Ou seja, já tinham feito este exame para professores contratados em Dezembro de 2013 ou Junho de 2014, quando das duas primeiras edições da PACC, o que os impede de realizarem a prova de sexta-feira. Só poderão ser de novo candidatos a este exame dentro de cinco anos.

(…)

Sobram 96 excluídos. Segundo o IAVE a sua candidatura não obteve validação por parte das escolas onde foi feita a inscrição.  No aviso de abertura de inscrição para a PACC, publicado em Diário da República, especifica-se que não serão admitidos os candidatos que não tenham cumpridos os prazos legais para tal, que não tenham pago a inscrição, que tenham preenchido incorrectamente os formulários ou não tenham apresentado os documentos comprovativos da sua situação.  

E salvo algumas iniciativas (felizmente) preparadas com o devido sigilo, o assunto morreu para a opinião pública e nas salas de professores das escolas onde não se realiza; mesmo na maioria daquelas onde se vai realizar é falada com o devido recato e a miúfa típica de quem em tempos dizia que matava e esfolava mas que se acomodou como o MEC sempre previu.

Um grande exemplo de como algo injusto e desapropriado acaba por ser feito, generalizado e pode ser apresentado como uma vitória deste desgoverno e do MEC, obtida à custa do elo mais fraco da de si já muito debilitada classe docente.

No balanço do ano, acho que já sei de que lado posso colocar este tema. Do lado mais preenchido…

loser

 

… as instruções foram distribuídas hoje.

A prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) dos professores vai decorrer em cerca de 80 escolas, dispersas por todo o país, que vão acolher, cada uma, cerca de 45 inscritos na prova, adiantaram esta quinta-feira os diretores escolares.

De acordo com Filinto Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), um dos diretores escolares que hoje participou numa reunião com responsáveis do Ministério da Educação e Ciência (MEC) sobre a PACC, a prova agendada para 19 de dezembro vai decorrer «nos mesmos moldes» do que a que se realizou em julho passado.

«São os mesmos procedimentos», disse Filinto Lima, adiantando que cada uma das cerca de 80 escolas onde se vai realizar a PACC vai acolher, «no máximo, 45 candidatos», distribuídos por três salas em cada estabelecimento, com dois professores vigilantes por sala.

Segundo Filinto Lima, as listas com os nomes dos professores inscritos na PACC vão chegar entre hoje e sexta-feira, e o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que coordena a aplicação da prova, deverá informar os professores inscritos, por e-mail, da escola onde deverão comparecer dia 19 de dezembro, pelas 15:00.

CRATO QUER TRAVAR POR TODOS OS MEIOS A LUTA CONTRA A PACC

EXIGINDO “SERVIÇOS MÍNIMOS” ABSURDOS

(comunicado)

  1. Depois de duas tentativas, em dezembro de 2013 e em julho deste ano, de impor aos professores contratados com menos de 5 anos de serviço uma PACC ignóbil, Nuno Crato marcou nova prova para o próximo dia 19 de dezembro, em pleno período de avaliações. Em resposta, a Fenprof e outras seis organizações sindicais convocaram uma greve “a todo o serviço relacionado com a PACC” para esse dia.
  2. O movimento Boicote&Cerco, que esteve na primeira linha do combate contra as duas PACCs anteriores, apela à continuação da luta, sob as formas que os grupos B&C das diversas cidades do país decidirem. Embora considerem que a greve convocada pelos sete sindicatos perde eficácia por ser apenas ao serviço da PACC (vigilância, secretariado, etc.) o movimento B&C apela à máxima participação dos colegas na greve de dia 19.
  3. Cada vez mais isolado e desacreditado por professores, pais e alunos, em resultado das suas políticas destrutivas da Escola pública e dos seus trabalhadores, o ministro Crato não conhece outro meio de agir que não seja pela cobardia e pela intimidação. Absurdamente, vem exigir que a greve de dia 19 seja acompanhada da definição de “serviços mínimos”, como se a PACC fosse uma “necessidade social impreterível” e a vigilância de professores por outros professores estivesse no conteúdo funcional da profissão docente.
  4. Têm razão a Fenprof, a ASPL, o SEPLEU, o SINAPE, o SIPE, o SIPPEB e o SPLIU, quando contestam esta interpretação da lei e se recusam a acordar serviços mínimos com o MEC. Quem está em falta com serviços mínimos para a Escola pública é Nuno Crato. Faltou com serviços mínimos quando deixou por colocar centenas de professores no início do ano letivo. Faltou com serviços mínimos quando excluiu do concurso nacional oito mil professores contratados. Faltou com serviços mínimos quando considerou legais PACCs feitas em condições inaceitáveis e eivadas de irregularidades. O ministro Crato não tem moral para invocar a lei e a Constituição: é um anti-democrata que só conseguiu que a última PACC se realizasse com proibição de reuniões sindicais, portões fechados a sete chaves e polícia nas escolas.
  5. As únicas necessidades impreteríveis da classe docente e da Escola pública neste momento são a extinção da PACC, a integração de todos os professores excluídos no concurso nacional, e a demissão imediata deste ministro.

 

Movimento Boicote&Cerco

Dezembro de 2014  

Será que amanhã, em Torres Novas, se saberá algo mais em concreto? As convocatórias já chegaram às direcções seleccionadas….

Professores marcam greve para dia da prova de avaliação

Alemanha: Pilotos da Lufthansa em greve

O Ministério da Educação e Ciência publicou, nesta quarta-feira, em Diário da República o aviso de abertura que dá início formal ao processo de realização de uma nova Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC). O teste destinado aos professores contratados com menos de cinco anos de serviço vai acontecer no dia 19 de Dezembro, uma sexta-feira, exactamente um ano e um dia depois da sua primeira e polémica edição.

As inscrições para a prova começam na próxima semana. O Governo promete também divulgar, em breve, o Guia da Prova.

A publicação desta quarta-feira não faz referência ao local de realização da PACC deste ano. O Governo chegou a admitir fazê-la a um sábado em instalações de instituições de ensino superior, mas recuou, entretanto, nessa intenção. Tal como no ano passado, a prova deverá realizar-se em escolas do ensino obrigatório.

Crato quer professores a fazer exame nas universidades a 20 de dezembro, sábado

O Ministério da Educação quer realizar a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades a 20 de dezembro, em instituições do ensino superior. Em 2013, boicotes e greves marcaram o dia da prova.

E quem vigia?

Os superiores? Os poli-ramiros de Santarém?

Aguarda-se prosa do próprio, no Observador, a elogiar a coragem de Crato, por ter usado esta estratégia de fuga.

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