Após demorado estudo da vida política nacional, estou em condições de afirmar que permanece entre nós, década após década, uma arreigada cultura de desresponsabilização e auto-desculpabilização.
Os custos para o país são muito dificilmente calculáveis, mas andarão por um valor equivalente aos biliões desperdiçados em fundos comunitários mal geridos e destinados apenas alimentar clientelas que, como retribuição, atestam os oleodutos financeirtos das campanhas eleitorais. A nível nacional e local. Aguarda-se o nível regional para novo nível de sorvedouro e passa-culpas.
Março 19, 2015 at 1:06 pm
Na governação, já toda a gente percebeu que impera um interessante padrão ético: quanto mais alto o cargo é, menor o grau de responsabilização.
Uma completa inversão na hierarquia ético-institucional que reflecte a podridão em que se instalou a classe política e tomou conta do regime.
Só a PC está reservado o privilégio de mentir, quebrar promessas, desprezar obrigações – ele que deveria dar o exemplo primeiro…
Março 19, 2015 at 3:33 pm
Estamos entregues a colaboradores do inimigo ocupante, todos de baixo nível.
A começar no Marques Mendes e a acabar no Vitorino, passando por aquela besta que argumenta que não acredita no Pai Natal desde os cinco anos, o que faz do seu Querido Líder um herói nacional-
Março 19, 2015 at 4:35 pm
Teodora Cardoso, que preside ao Conselho das Finanças Públicas, apresentou ontem um relatório. A parte que foi aproveitada por Passos Coelho é esta:
É preciso mais austeridade só para cumprir metas do défice
O leitor atento, que não se fique pelas letras gordas, descubrirá porém outras informações contidas neste relatório:
Os juros cobrados pelos credores a Portugal desde 2010 foi responsável pelo crescimento de 60% do valor da dívida pública.
Jornal I de hoje, página 26 (não encontrei link)
Prefiro deixar ao leitor o cuidado de formular as suas próprias conclusões.
Curiosa reacção de Mitu Gulati e de Lee Buchheit, dois especialistas em dívida soberana segundo entrevista publicada pelo Jornal de Negócios de hoje, à segunda questão da redução da dívida pública portuguesa a 60% do PIB em 20 anos:
Miti Gulati : (Risos).
Lee Buchheit: É risível.
Fonte
Março 19, 2015 at 7:30 pm
É o que se passa com a lista VIP. Ninguém é responsável! E não é uma lista, é um…pacote! Ora pergunto: será justo e legal proibir os funcionários do fisco de ir ao pacote? Ou até de, apenas, contemplar o pacote? Eis o que o Dr. Nuncio terá obrigatoriamente de esclarecer no Parlamento, sob pena de pooder vir a ser eternamente apelidado de mistagogo do pacote
Março 19, 2015 at 9:00 pm
Março 20, 2015 at 12:03 am
mas essa cultura não existe entre os cidadãos comuns: qualquer atitude semelhante é objeto de forte censura social, ostracização e inflexibilidade.